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Sexta-feira, 15 de abril de 2016 II Série-B — Número 25

XIII LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2015-2016)

S U M Á R I O

Votos [n.os 62 e 63/XIII (1.ª)]:

N.º 62/XIII (1.ª) — De pesar pelo falecimento do ator e dramaturgo Francisco Nicholson (PSD, PS, CDS-PP e BE).

N.º 63/XIII (1.ª) — De congratulação pela vitória alcançada pelo atleta João Oliveira, no passado dia 9 de abril, na Ultramaratona italiana Milano-Sanremo (PSD, PS, PCP e BE). Petição n.º 83/XIII (1.ª): Apresentada pela Associação Portuguesa das Famílias Numerosas (APFN), solicitando à Assembleia da República a criação do "Dia dos irmãos", no dia 31 de maio.

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VOTO N.º 62/XIII (1.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DO ATOR E DRAMATURGO FRANCISCO NICHOLSON

Faleceu, no passado dia 12 de abril, Francisco António de Vasconcelos Nicholson, mais conhecido como

Francisco Nicholson, grande ator, argumentista televisivo, dramaturgo e encenador português.

Nascido a 26 de junho de 1938 no seio de uma família ligada às artes, Francisco Nicholson começou muito

jovem, apenas com 14 anos, a fazer teatro no antigo Liceu Camões, sob a direção do encenador e poeta António

Manuel Couto Viana, a convite do qual veio a pertencer ao Grupo da Mocidade Portuguesa.

Depois de ter estudado em Paris, onde frequentou a Academia Charles Dullin, do Théatre Nacional Populaire

ao lado de grandes nomes do teatro francês, como Jean Vilar, Georges Wilson, Gerard Philipe, Francisco

Nicholson estreou-se, profissionalmente, como ator e autor, com a peça infantil “Misterioso Até Mais Não”, no

Teatro do Gerifalto.

Fez parte dos elencos da Companhia Nacional de Teatro e do Teatro Estúdio de Lisboa onde representou

grandes textos da dramaturgia mundial, de autores como Strindberg, Kleist. Bernard Shaw, Arnold Wesker,

Davis Storey, Apollinaire, e outros.

A convite de Raul Solnado, esteve presente na inauguração do Teatro Villaret integrando o elenco da peça

“O Inspector Geral” de Nicolau Gogol.

Foi no Teatro ABC que Francisco Nicholson se popularizou com o teatro de revista. Tendo-se estreado com

"O gesto é tudo" ao lado de Eugénio Salvador, Camilo de Oliveira, a brasileira Berta Loran e um grande elenco,

foi com "Gente nova em bikini” que se afirmou como autor, ator e encenador de revista. Após o 25 de Abril de

1974, juntamente com outros grandes nomes do teatro nacional ajudou a fundar o Teatro Adoque, na zona do

Martim Moniz, em Lisboa.

Na televisão deu-se a conhecer com o programa Riso e Ritmo (1964) tendo sido o autor de várias novelas,

nomeadamente de Vila Faia, a primavera telenovela portuguesa, e várias séries como Origens (1983), Cinzas

(1992), Os Lobos (1998), Ajuste de Contas (2000), Ganância (2001), O Olhar da Serpente (2002), entre outras.

Autor de algumas dezenas de espetáculos, quase sempre encenados e dirigidos por si próprio, Francisco

Nicholson foi também um dos autores da canção "Oração" com que António Calvário venceu o primeiro Grande

Prémio TV da Canção.

No cinema, assinou os guiões dos filmes Operação Dinamite (1967) e Bonança & C.ª 1969) de Pedro Martins.

A par da sua vasta carreira ligada ao teatro, à televisão, à música e ao cinema, Francisco Nicholson colaborou

também no suplemento A Mosca do Diário de Lisboa, onde se cruzou com Stau-Monteiro, em A Bola, Diário

Popular, Capital, Jornal de Notícias e Norte Desportivo.

Em 2014 escreveu o seu primeiro romance "Os mortos não dão autógrafos", que dedicou à mulher, a atriz e

bailarina Magda Cardoso.

Francisco Nicholson foi distinguido com a “medalha de ouro de mérito cultural” atribuída pela Câmara

Municipal de Lisboa e também foi galardoado pela autarquia de Oeiras.

Homem de inúmeros talentos mas também dotado de uma sensibilidade e dimensão humana notáveis,

Francisco Nicholson gostava de citar António Machado, poeta espanhol dizendo que "O caminho faz-se

caminhando".

Portugal está mais pobre com o desaparecimento de Francisco Nicholson, indiscutivelmente um grande vulto

da cultura Portuguesa.

A Assembleia da República presta um merecido tributo à sua memória e endereça à sua família um sentido

voto de pesar.

Assembleia da República, 13 de abril 2016.

Os Deputados: Luís Montenegro (PSD) — Sérgio Azevedo (PSD) — Pedro Pimpão (PSD) — Maria Manuela

Tender (PSD) — Susana Lamas (PSD) — Helga Correia (PSD) — José Carlos Barros (PSD) — João Pinho de

Almeida (CDS-PP) — Palmira Maciel (PS) — Maria Antónia de Almeida Santos (PS) — Isabel Alves Moreira

(PS) — Sara Madruga da Costa (PSD) — Firmino Pereira (PSD) — Carla Tavares (PS) — António Carlos

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Monteiro (CDS-PP) — Fernando Negrão (PSD) — Nilza de Sena (PSD) — Regina Bastos (PSD) — Fátima

Ramos (PSD) — Edite Estrela (PS) — Cristóvão Simão Ribeiro (PSD) — Teresa Caeiro (CDS-PP) — Pedro do

Ó Ramos (PSD) — Laura Monteiro Magalhães (PSD) — Nuno Serra (PSD) — Carla Barros (PSD) — Bruno

Coimbra (PSD) — António Topa (PSD) — Catarina Martins (BE) — Jorge Costa (BE) — Mariana Mortágua (BE)

— Paulo Trigo Pereira (PS) — Clara Marques Mendes (PSD) — Emília Santos (PSD) — António Cardoso (PS)

— Ana Mesquita (PCP) — Idália Salvador Serrão (PS) — Júlia Rodrigues (PS) — Sofia Araújo (PS) — Lara

Martinho (PS).

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VOTO N.º 63/XIII (1.ª)

DE CONGRATULAÇÃO PELA VITÓRIA ALCANÇADA PELO ATLETA JOÃO OLIVEIRA, NO PASSADO

DIA 9 DE ABRIL, NA ULTRAMARATONA ITALIANA MILANO-SANREMO

A Assembleia da República congratula-se com a vitória alcançada pelo atleta flaviense João Oliveira, no

passado sábado, 9 de abril, pelo segundo ano consecutivo, na Ultramaratona italiana Milano-Sanremo,

reconhecendo e enaltecendo o resultado alcançado, motivo de orgulho para todos os Portugueses. João Oliveira

liderou grande parte da terceira edição da prova italiana de 285 km, revalidando o título e sagrando-se

bicampeão, batendo de novo o record da prova.

Em 2015, o ultramaratonista natural de Chaves acabou a prova em 30 horas e 14 minutos. Este ano, acabou

o trajeto às 29 horas e 8 minutos tendo sido o único atleta a chegar à meta em menos de 30 horas. Este feito

evidencia, mais uma vez, a qualidade e o mérito desportivo de João Oliveira.

Já em 2009, o atleta português foi vencedor da ultramaratona de 101 Km em Espanha, e em 2013 venceu o

UltraRevezamento Marília-São Paulo, de 112 Km, no Brasil, e o SPARTATHLON de 246 km de Atenas a Sparta,

na Grécia. Em 2014 venceu a Transomania, de 300Km, no deserto de Omã, e a Ultra Caminhos do Tejo, de 144

km, em Portugal. Em 2015 João Oliveira foi recordista da Ultramaratona italiana Milano-Sanremo, da prova 24

horas em pista e da PT 281Km +, sagrando-se ainda bicampeão da Ultra Caminhos do Tejo, em Portugal.

As vitórias do atleta flaviense mostram que com muito trabalho, coragem, determinação, resiliência,

perseverança e dedicação se consegue superar os obstáculos e dificuldades e trilhar o caminho que conduz ao

sucesso, ao êxito e ao reconhecimento, e constituem também um exemplo e um estímulo para os nossos jovens.

A Assembleia da República associa-se, deste modo, ao sentimento de reconhecimento nacional por esta

vitória, já expresso por S. Ex.ª o Sr. Presidente da República Portuguesa em mensagem endereçada ao atleta,

saudando o flaviense João Oliveira pela excelente demonstração do seu valor desportivo e pela forma como

dignificou Portugal e o seu desporto, contribuindo para a projeção internacional da cidade de Chaves, da região

e do País, e para a notoriedade desta modalidade desportiva, e escrevendo mais uma brilhante página da

meritória história do desporto nacional.

Assembleia da República, 15 de abril de 2016.

Os Deputados: Maria Manuela Tender (PSD) — José Carlos Barros (PSD) — Álvaro Batista (PSD) — António

Costa Silva (PSD) — Luís Pedro Pimentel (PSD) — Carlos Peixoto (PSD) — José Cesário (PSD) — Luís Leite

Ramos (PSD) — Fátima Ramos (PSD) — Edite Estrela (PS) — Ascenso Simões (PS) — Francisco Rocha (PS)

— João Torres (PS) — Sara Madruga da Costa (PSD) — Margarida Mano (PSD) — Diogo Leão (PS) — Diana

Ferreira (PCP) — Pedro Pimpão (PSD) — Joana Mortágua (BE) — Júlia Rodrigues (PS) — Sofia Araújo (PS) —

Maria Augusta Santos (PS) — Hortense Martins (PS) — André Pinotes Batista (PS) — Santinho Pacheco (PS)

— Palmira Maciel (PS) — Nilza de Sena (PSD) — Idália Salvador Serrão (PS) — Lara Martinho (PS).

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PETIÇÃO N.º 83/XIII (1.ª)

APRESENTADA PELA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DAS FAMÍLIAS NUMEROSAS (APFN),

SOLICITANDO À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA A CRIAÇÃO DO "DIA DOS IRMÃOS", NO DIA 31 DE

MAIO

«Se queres ver uma criança feliz, dá-lhe um irmão.

Se queres ver uma criança muito feliz, dá-lhe muitos irmãos.»

A vida vai-se construindo em torno de afetos, acontecimentos, aprendizagens, compromissos, ideias, e tantas

outras coisas.

O calendário assinala datas, efemérides, memórias. Por isso se destacam dias especiais para celebrar o que

é mais importante.

Os irmãos são os nossos mais próximos. Crescemos com eles, na família, numa teia de cumplicidades e

vivências comuns. O que vivemos entre irmãos é único, irrepetível, molda a nossa vida para sempre.

Por isso se torna tão importante assinalar um dia dedicado aos irmãos, à relação entre irmãos.

É o que propomos. A criação do “Dia dos irmãos”. Quer em família quer socialmente, essa é a maneira de

mantermos sempre presente, fortalecermos e festejarmos o que, de tão importante, acontece entre irmãos:

• O crescer juntos.

• As aventuras.

• As descobertas.

• A solidariedade.

• A proximidade.

• A cumplicidade.

• A identidade que é diferença.

• A diversidade.

• A entreajuda, a cooperação e a divisão de tarefas.

• A alegria e a tristeza.

• As emoções, boas e más.

• A tolerância.

• A reconciliação.

• A partilha.

• As histórias, raízes e memória.

Quem tem a felicidade de ter irmãos, conhece bem o significado desta pertença.

O recentemente falecido fundador e presidente da APFN – Associação Portuguesa das Famílias Numerosas

e também fundador e presidente da ELFAC – Confederação Europeia de Famílias Numerosas é autor de uma

frase que marca o espírito desta iniciativa e celebração: «Se queres ver uma criança feliz, dá-lhe um irmão. Se

queres ver uma criança muito feliz, dá-lhe muitos irmãos.»

O mundo em que vivemos parece esquecer ou desvalorizar esta verdade. A instituição do Dia dos Irmãos

pretende assinalar o que de mais feliz podemos ser: irmãos.

Propomos o dia 31 de maio para “Dia dos Irmãos”.

Porquê?

Um “Dia dos Irmãos” é uma festa familiar por excelência – é uma calorosa celebração familiar na sua

horizontalidade e, no sentido exato da palavra, fraternidade. Ora, o mês de maio é um mês onde se assinalam

algumas celebrações familiares, como o Dia da Mãe (em Portugal, no 1.º Domingo de maio) e o Dia Internacional

da Família, declarado e instituído a 15 de maio por uma deliberação da Assembleia Geral das Nações Unidas

em 1992.

Encerrar o mês, no dia 31 de maio, com a festa do “Dia dos Irmãos” é fechar o mês com chave de ouro,

exaltando uma das mais fortes relações de geração e sustentação familiares.

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Por outro lado, no dia seguinte, a 1 de junho, festeja-se em muitos países, como em Portugal, o Dia Mundial

da Criança. Ora, a celebração, na véspera, do Dia dos Irmãos proporciona, por coincidência, uma sequência

bem feliz e inspiradora à luz da frase emblema do dia:

«Se queres ver uma criança feliz, dá-lhe um irmão.

Se queres ver uma criança muito feliz, dá-lhe muitos irmãos.»

É como se, coletivamente, na véspera do dia das crianças, lhes assinalássemos a felicidade de terem ou

virem a ter irmãos.

Além do valor social da celebração da fraternidade e da solidariedade familiar, a instituição desta data tem

ainda um valor cívico acrescido num tempo em tanto em Portugal, como na Europa a sociedade e os cidadãos

despertam cada vez mais para a crise e o problema da natalidade.

Assim, os subscritores da presente petição apelam à Assembleia da República para que delibere o seguinte:

É INSTITUÍDA, EM PORTUGAL, A CELEBRAÇÃO DO DIA DOS IRMÃOS, QUE SE COMEMORA

ANUALMENTE 31 DE MAIO.

Data de entrada na AR: 22 de março de 2016.

O primeiro subscritor, Associação Portuguesa das Famílias Numerosas (APFN).

Nota: — Desta petição foram subscritores 4312 cidadãos.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.

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