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II SÉRIE-B — NÚMERO 3

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Apesar da forte instabilidade e conflitualidade geopolítica que o Médio Oriente tem conhecido desde o final

da Primeira Guerra Mundial, e em particular após a criação do Estado de Israel, é justo relembrar o incansável

esforço de Shimon Peres em busca de soluções de paz para a região, desde as negociações com o Egipto para

a estabilização do Sinai até à assinatura do Tratado de Paz com o Reino da Jordânia, passando pela interlocução

direta que fez questão de protagonizar nas conversações que promoveu com a Autoridade Palestiniana, em

busca de uma solução pacífica para o problema da Palestina, trajeto este que haveria justamente de culminar

com o seu agraciamento, em 1994, com o Prémio Nobel da Paz, então partilhado com Yitzhak Rabin e Yasser

Arafat.

Ilustre social-democrata e co-fundador do Partido Trabalhista de Israel, distinguiu-se também enquanto

parlamentar, tendo sido eleito para o Knesset, pela primeira vez, em 1959. O seu pragmatismo, aliado a uma

peculiar persistência, visão e empenho políticos, deixaram, por momentos, antever o caminho possível para uma

paz duradoura na sua região, infelizmente, ainda por alcançar.

Pensador profundo sobre os problemas do Médio Oriente e do posicionamento de Israel no contexto

geográfico onde se insere, sempre privilegiou o sonho da paz e da convivência entre todos, destacando-se,

numa ambiência geopolítica de extrema agitação e conflitualidade, como um homem do seu tempo, alguém que,

como chegou a referir, pertenceu a uma era em que à perda de um mundo se impôs o início da construção de

um novo.

Nestes termos, expressa a Assembleia da República o seu profundo pesar pelo falecimento de Shimon

Peres, endereçando à sua família, às Instituições e ao Povo de Israel, sentidas condolências.

S. Bento, 29 de Setembro de 2016.

Os Deputados: Carlos César (PS) — Rosa Maria Bastos Albernaz (PS) — Santinho Pacheco (PS) — João

Paulo Correia (PS) — Francisco Rocha (PS) — José Rui Cruz (PS) — João Galamba (PS) — Idália Salvador

Serrão (PS) — Sofia Araújo (PS) — Hortense Martins (PS) — Francisca Parreira (PS) — Helga Correia (PSD)

— Regina Bastos (PSD) — Pedro do Carmo (PS) — Norberto Patinho (PS) — Júlia Rodrigues (PS) — Miguel

Coelho (PS) — António Eusébio (PS) — Fernando Anastácio (PS) — Paulo Trigo Pereira (PS) — Luís Graça

(PS) — Joana Lima (PS) — José Manuel Carpinteira (PS) — António Sales (PS) — Eurídice Pereira (PS) —

Maria Germana Rocha (PSD) — Emília Santos (PSD) — Susana Lamas (PSD) — Andreia Neto (PSD) — Pedro

Coimbra (PS) — António Cardoso (PS) — Carla Barros (PSD) — Luís Pedro Pimentel (PSD) — Carlos Alberto

Gonçalves (PSD) — Alexandre Quintanilha (PS) — Maria Augusta Santos (PS) — Bruno Coimbra (PSD) —

Palmira Maciel (PS) — Pedro Delgado Alves (PS) — Pedro Pimpão (PSD) — Edite Estrela (PS) — Odete João

(PS) — Carla Sousa (PS) — Isabel Alves Moreira (PS) — Elza Pais (PS) — André Pinotes Batista (PS) — Berta

Cabral (PSD) — Margarida Marques (PS) — Lara Martinho (PS) — Filipe Neto Brandão (PS) — Luísa Salgueiro

(PS) — Maria Antónia de Almeida Santos (PS).

________

VOTO N.º 134/XIII (2.ª)

DE PROTESTO E REPÚDIO PELA EVENTUAL APLICAÇÃO DE SANÇÕES A PORTUGAL ATRAVÉS

DA CATIVAÇÃO DE FUNDOS COMUNITÁRIOS

Durante vários anos, o povo e o País foram sujeitos a uma política de concentração e centralização de

riqueza, de agravamento da exploração, de empobrecimento e submissão a imposições alheias às suas

necessidades e interesses, nomeadamente no quadro do Euro e da União Europeia, visando a concentração de

recursos dos trabalhadores e do País nas operações de financiamento do capital financeiro.

A realidade, no entanto, veio a confirmar que não só não foram alcançados os resultados anunciados como

objetivos dessas medidas como também, em resultado dessas opções, se agravaram injustiças e desigualdades

e se afundou económica e socialmente o País.

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