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II SÉRIE-B — NÚMERO 10

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para cavar clivagens; e em nada ajudam a clarificar o diálogo nem a reforçar as relações de confiança. De resto,

o Governo português deve fazer uso das vias diplomáticas para dar eco a este protesto.

É precisamente em nome da consolidação das relações de confiança entre todos os parceiros europeus que

declarações deste género, e no âmbito em que foram proferidas, são condenáveis. E essa condenação vale

para qualquer membro do Governo, de qualquer Estado-membro, que se pronuncie nestes termos sobre a

situação política interna de um Estado-membro seu parceiro.

Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, condena as declarações do Ministro Wolfgang

Schäuble sobre Portugal.

Palácio de S. Bento, 2 de Novembro de 2016.

Os Deputados, Luís Montenegro (PSD) — Hugo Lopes Soares (PSD) — Sérgio Azevedo (PSD) — Carlos

Silva (PSD) — Emília Santos (PSD) — António Costa Silva (PSD) — Regina Bastos (PSD) — António Lima

Costa (PSD) — António Ventura (PSD) — José Silvano (PSD) — José Carlos Barros (PSD) — Cristóvão Crespo

(PSD) — Margarida Mano (PSD) — Pedro Pimpão (PSD) — Berta Cabral (PSD) — Sara Madruga da Costa

(PSD) — Helga Correia (PSD) — Emília Cerqueira (PSD) — Álvaro Batista (PSD) — Fernando Virgílio Macedo

(PSD) — Cristóvão Norte (PSD) — Carla Barros (PSD) — Fernando Jesus (PS).

_______

VOTO N.º 152/XIII (2.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE MANUEL DE SAMPAIO PIMENTEL

No dia 1 de Novembro, morreu, aos 46 anos de idade, Manuel de Sampaio Pimentel. Nascido na freguesia

da Sé, no Porto, serviu e viveu como exemplo do que sempre considerou serem valores portuenses: a

frontalidade, a retidão e a capacidade de trabalho.

Licenciado em Direito pela Universidade Católica, fez duas pós-graduações, em Fiscalidade e em Ciências

Jurídico-Empresariais. Foi vereador pelo CDS, em coligação, sob a presidência de Rui Rio, e voltou a servir o

município do Porto com Rui Moreira, como vereador eleito na lista independente.

Sem medo de polémicas ou de disputas, capaz de sacrifícios pessoais pelo imperativo de defender e de fazer

aquilo em que acreditava, era conscientemente desafiador e controverso – tudo em nome das suas convicções

profundas e inabaláveis, às vezes mesmo intransigentes e teimosas mas, sempre, bem-intencionadas. Mais do

que isso, era tão absolutamente leal nas suas amizades como nas suas convicções, pondo sempre essa

lealdade à frente do seu conforto, das suas conveniências ou do seu interesse pessoal. Era um amigo com quem

sempre se podia contar, franco nas opiniões e seguro no apoio.

Dono de um carácter vertical e com um sentido de justiça particularmente apurado, Manuel de Sampaio

Pimentel afirmou-se pela sua dedicação aos outros, como diretor do Centro Distrital de Segurança Social do

Porto, nos esforços para melhorar o seu concelho ou o seu distrito, como vereador da Câmara Municipal ou

como Vice-Presidente da CCDR-N, e, bem assim, pela firmeza com que viveu a sua participação política, como

cidadão e dirigente nacional do CDS, mas, acima de tudo, de entrega à causa pública.

Manuel de Sampaio Pimentel, mais do que um percurso político exemplar que muitos de nós pudemos

partilhar e testemunhar, deixa acima de tudo enquanto cidadão, homem de fé e de valores um exemplo e um

legado.

A sua tenacidade, a sua coragem, a sua frontalidade, a sua verticalidade, a sua dedicação, mas, também, o

seu peculiar sentido de humor e o seu espírito autocrítico, enfim, a sua nobreza de carácter, ficam como

inspiração e exemplo.

A Assembleia da República apresenta as condolências à sua família e amigos e aos portuenses a quem, e

por quem, se dedicou.

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4 DE NOVEMBRO DE 2016 5 Palácio de S. Bento, 3 de Novembro de 2016. <
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