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27 DE JANEIRO DE 2017

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décadas a proteger as florestas e os territórios da comunidade que liderava, cuja devastação tem servido

maioritariamente a produção agropecuária intensiva, nomeadamente através da monocultura de soja

transgénica para alimentação de gado.

O assassinato de Baldenegro vem reforçar o perigo a que os ambientalistas estão expostos um pouco por

todo o mundo, e principalmente na América Latina, uma área do planeta subordinada a políticas extrativistas

que continuam a promover e a fechar os olhos ao impacto nocivo do uso de energias não renováveis e não

limpas, da produção de alimentos com práticas agrícolas tóxicas e insustentáveis e da contínua subjugação do

bem comum aos interesses económicos, ameaças ambientais que, aliás, se alargam aos restantes continentes

e que continuam a ser consentidas também no nosso país.

Isidro Baldenedro deixou-nos sem saber se algum dia conseguiria finalmente garantir a proteção consolidada

das culturas indígenas e das suas florestas intactas, que infelizmente continuam a desaparecer a uma

velocidade devastadora. Mas deixou-nos também um legado que marcou e continuará a marcar o trabalho e a

resiliência de gerações de ativistas e de Organizações Não Governamentais de Ambiente. Isidro Baldenegro é

um exemplo para todos aqueles que diariamente questionam os pilares que sustentam o modelo hegemónico

da globalização extrativista. Isidro Baldenedro deixou-nos cedo demais. É nosso dever continuar o seu trabalho

no mais mínimo contributo que possamos oferecer.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária em 27 de Janeiro de 2017, expressa o seu mais

profundo pesar por este triste acontecimento e presta homenagem a Isildo Baldenegro, sua família e ao povo

mexicano.

Assembleia da República, 26 de Janeiro de 2017.

O Deputado do PAN, André Silva.

________

VOTO N.º 203/XIII (2.ª)

DE PESAR PELO DIA INTERNACIONAL DE MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO

Por ocasião dos 60 anos da libertação de um dos mais emblemáticos campos de concentração nazi, o de

Auschwitz-Birkenau, a Organização das Nações Unidas consagrou, em 2005, o 27 de janeiro como o Dia

Internacional de Memória das Vítimas do Holocausto. De acordo com a Resolução aprovada pela Assembleia

Geral, pretende-se não só homenagear a memória de todas as vítimas que perderam a vida às mãos de uma

das piores formas de totalitarismo que o Mundo conheceu mas também promover a educação dos jovens sobre

um dos períodos mais trágicos da Humanidade.

No espírito desta evocação internacional, a Assembleia da República, renova, hoje, e pelo sétimo ano

consecutivo, o seu compromisso em preservar e promover a sua memória e educação nas escolas e

universidades, comunidades e outras instituições, “para que gerações futuras possam compreender as causas

do Holocausto e refletir sobre as suas consequências”, por forma a prevenir qualquer repetição de atos de

genocídio.

Nos tempos conturbados que vivemos, e perante o ressurgimento de fenómenos dramáticos de racismo,

ódio, discriminação e antissemitismo, reveste-se de uma enorme importância assinalar este dia e o seu

propósito.

Assim, a Assembleia da República presta a sua homenagem a todas as vítimas do Holocausto; lembra esta

data, confirmando a sua responsabilidade em não esquecer; e manifesta a sua profunda preocupação sobre a

reemergência de movimentos xenófobos, racistas e antissemitas.

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