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II SÉRIE-B — NÚMERO 40

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VOTO N.º 278/XIII (2.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE CARMEN CHACÓN

Garcia Lorca escrevia, em 1918: ‘Ver a vida e a morte/A síntese do mundo/Que em espaços profundos/Se

olham e se abraçam’.

Palavras que soam com a notícia da morte de Carmen Chacón. A vida breve de uma mulher que marcou a

vida política espanhola de forma indelével. Destacada militante e dirigente do Partido Socialista Operário

Espanhol, apreciada e respeitada pelos seus pares. José Luís Zapatero, Presidente do Governo de Espanha e

Secretário-Geral do PSOE, definiu-a como ‘a primeira’ em tudo: lealdade, solidariedade, competência, convicção

e determinação. Uma energia contagiante e um sorriso doce de quem quer aproveitar a vida em cada instante,

celebrando cada dia que o seu coração lhe permitia viver.

Desde cedo, Carmen Chacón soube que o seu coração podia parar a qualquer momento. Isso nunca a

impediu de seguir em frente com os seus sonhos. Foi Ministra da Habitação e, mais tarde, a primeira mulher a

ser Ministra da Defesa. A luta pela igualdade de género, de que a imagem de si, grávida, a passar revista às

tropas espanholas, se tornou um ícone, foi a sua vida. Haveria de dizer, sobre esse momento: ‘Grávida ou não,

era claro para mim que a minha primeira obrigação era visitar aqueles que são capazes de pôr a sua vida em

risco por valores superiores: a liberdade de outros. Uma grávida não é uma doente’.

Mesmo correndo riscos, quis ser mãe. Ironicamente, o seu último discurso público foi sobre o papel das

mulheres na política. Deixa um conselho às mulheres e homens: ‘Se quiserem ser mães, não sacrifiquem a

vossa maternidade pelo trabalho. Ninguém vos vai agradecer por isso. O mesmo para os homens. Desfrutem.

Podem fazer-se, sem dúvida nenhuma, ambas as coisas’.

Carmen Chacón foi mãe, mulher, política, advogada, cidadã ativa na construção da democracia espanhola.

Aliás, são os relatos sobre o regime franquista que levaram Carmen Chacón a querer ser política, para defender

a igualdade de oportunidades para todos.

Morre uma mulher marcante, mas fica a memória da sua luta e do seu trabalho para as gerações futuras. ‘…

A vida e a morte, a síntese do mundo.’ Carmen Chacón é um símbolo de modernidade e de progresso. Tal como

quando assumiu a pasta da Defesa pronunciou a frase que ficou para a história ‘Capitán, mande firmes’, hoje

também dizemos: seguiremos firmes, Carmen!

A Assembleia da República endereça ao Reino de Espanha, ao Partido Socialista Operário Espanhol, ao filho

e demais família de Carmen Chacón os sentidos pêsames pela sua morte.

Assembleia da República, 13 de abril de 2017.

Os Deputados do PS, Ana Catarina Mendonça Mendes — Susana Amador — João Paulo Correia — Filipe

Neto Brandão — Edite Estrela — Maria Antónia de Almeida Santos — Idália Salvador Serrão.

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VOTO N.º 279/XIII (2.ª)

DE CONDENAÇÃO E PESAR PELOS ATENTADOS EM ESTOCOLMO, NO EGITO E NA ALEMANHA

Na passada sexta-feira, a barbárie terrorista teve o seu epicentro em Estocolmo, quando um camião abalroou

deliberadamente quem passava por uma das mais movimentadas ruas da cidade.

Este atentado vitimou mortalmente quatro pessoas, deixando muitas mais feridas.

Uma vez mais, foram diversas as nacionalidades atingidas.

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