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II SÉRIE-B — NÚMERO 47

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VOTO N.º 316/XIII (2.ª)

DE CONDENAÇÃO E PESAR PELO ATENTADO EM MANCHESTER

O terror atingiu ontem à noite a cidade britânica de Manchester, segunda cidade de Inglaterra, conhecida

pela sua forte tradição na música popular.

Foi precisamente numa grande sala de concertos, a Manchester Arena, onde atuava a artista Ariana Grande,

que ocorreu o atentado terrorista.

Ariana Grande ficou ‘sem palavras’, e o mundo inteiro também.

As explosões provocaram 22 mortos e 59 feridos, entre os quais crianças e jovens.

Quando se pensava que a barbárie já não nos podia surpreender, eis que se supera mais um patamar de

desumanidade na recente sucessão de ataques infames.

Se a juventude é vida e liberdade, o terror é morte e cobardia.

O dever das sociedades abertas é prevenir e combater sem hesitações este tipo de atos, preservando o seu

modo de vida e o primado da lei.

Quando a morte sai à rua, a rua levanta-se em nome da liberdade!

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa a sua mais veemente condenação

pelo atentado de ontem, transmitindo o seu mais sentido pesar às famílias e amigos das vítimas e a sua

solidariedade às autoridades e ao povo britânico.

Palácio de S. Bento, 23 de maio de 2017.

Os Deputados, Eduardo Ferro Rodrigues (PAR) — Luís Montenegro (PSD) — João Oliveira (PCP) — André

Silva (PAN) — Pedro Filipe Soares (BE) — Heloísa Apolónia (Os Verdes) — Nuno Magalhães (CDS-PP) — João

Paulo Correia (PS) — Filipe Neto Brandão (PS) — Palmira Maciel (PS) — Júlia Rodrigues (PS) — Hortense

Martins (PS) — Marisabel Moutela (PS) — Ivan Gonçalves (PS) — Luís Graça (PS) — Bruno Coimbra (PSD).

________

VOTO N.º 317/XIII (2.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE GILBERTO FERRAZ

Na passada sexta-feira morreu em Londres, com 83 anos, o jornalista e escritor Gilberto Ferraz, uma

importante figura da comunidade portuguesa residente da capital britânica.

Natural de Tonda, em Tondela, onde nasceu em 9 de fevereiro de 1934, Gilberto Ferraz veio a mudar-se

para Londres, em 1965, após receber um convite para trabalhar na secção portuguesa da BBC, onde se manteve

por mais de três décadas.

Nesta estação de rádio foi fundador e o responsável pelo Departamento de Estudos de Audiência de Língua

Portuguesa, que incluía a secção brasileira e que tinha por missão avaliar as reações dos ouvintes do Serviço

Mundial da BBC.

Gilberto Ferraz teve, ao longo destes anos, um papel determinante na divulgação da informação para a

comunidade portuguesa e na promoção dos direitos dos portugueses que viviam no Reino Unido.

Durante quatro anos foi presidente do sindicato Association of Broadcasting Staff, tornando-se mesmo no

primeiro não britânico a ocupar esse lugar de destaque.

No final dos anos 70 tornou-se correspondente de alguns órgãos de comunicação portugueses,

nomeadamente do Jornal de Notícias e, mais tarde, também da rádio TSF e, esporadicamente, da RTP.

Gilberto Ferraz teve uma vida cívica e política ativa, envolvendo-se na defesa das causas que entendia serem

do interesse de Portugal e dos portugueses, dinamizando, por exemplo, uma petição contra o fim do voto por

correspondência dos residentes no estrangeiro que reuniu 5533 assinaturas e que acabou por ser debatida na

Assembleia da República, contribuindo para que a proposta de lei fosse abandonada.

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