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II SÉRIE-B — NÚMERO 52

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VOTO N.º 338/XIII (2.ª)

DE LOUVOR PELO 30.º ANIVERSÁRIO DO PROGRAMA ERASMUS

Criado a 13 de junho de 1987, o Programa Erasmus tornou-se indiscutivelmente num dos programas de

maior sucesso da União Europeia. Ultrapassando de longe os objetivos originais, já conseguiu dar a 9 milhões

de jovens a oportunidade de estudar e ganhar experiência de vida noutro país que não o da sua nascença e/ou

origem.

Atualmente, o Programa Erasmus+ vai proporcionar a participação de 4 milhões de europeus, de todas as

idades, em programas semelhantes de estudo, de treino e de voluntariado. Ganhar experiência deste modo é

provavelmente a forma mais inteligente de construir a cidadania europeia, particularmente numa Europa que em

muitos locais parece querer impedir a mobilidade e a integração dos seus cidadãos e dos imigrantes que nos

procuram. Nunca foram tantos milhares de milhões de euros tão bem utilizados na partilha de conhecimento e

na construção de verdadeiras pontes de comunicação e diálogo entre os diferentes povos europeus.

Juntamente com o programa de bolsas Marie Curie para investigadores, estes dois instrumentos continuam

a ser, de longe, os que de forma mais eficaz ajudam a construir os laços de que a Europa tanto precisa para

garantir um futuro de paz e sustentável.

E não podiam ter escolhido melhores nomes para estes programas: Erasmus, por muitos considerado ‘o

príncipe dos humanistas’, porque foi quem, no período sangrento da Reforma, mais trabalhou na defesa da

tolerância religiosa; Marie Curie, porque como polaca de nascença e tendo escolhido fazer a sua vida em Paris,

tendo sido a única mulher a receber dois prémios Nobel num mundo científico que na altura era dominado por

homens, contribuiu de forma profunda para a alteração de paradigmas científicos que permearam todo o século

XX.

Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, saúda a comemoração do 30.º Aniversário do

Programa Erasmus, louvando os seus resultados e o impacto positivo no processo de integração europeia

através do diálogo e da partilha de conhecimento construídos através da mobilidade de estudantes e docentes.

Palácio de São Bento, 13 de junho de 2016.

Os Deputados, Alexandre Quintanilha (PS) — Carlos César (PS) — Pedro Delgado Alves (PS) — Paulo Trigo

Pereira (PS) — Palmira Maciel (PS) — Tiago Barbosa Ribeiro (PS) — João Torres (PS) — Idália Salvador Serrão

(PS) — Lúcia Araújo Silva (PS) — Santinho Pacheco (PS) — Júlia Rodrigues (PS) — Carla Tavares (PS) —

Odete João (PS) — Diogo Leão (PS) — Ivan Gonçalves (PS) — Eurídice Pereira (PS) — Elza Pais (PS) — Edite

Estrela (PS) — Wanda Guimarães (PS) — Maria Augusta Santos (PS) — Sofia Araújo (PS) — Hortense Martins

(PS) — Joana Mortágua (BE).

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VOTO N.º 339/XIII (2.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ALÍPIO DE FREITAS

‘Homem de grande firmeza’ — assim o cantou Zeca Afonso. E assim era Alípio de Freitas.

Nascido em Vinhais, em 1929, foi padre e foi jornalista, foi português e foi brasileiro e, mais que tudo, foi um

lutador de toda uma vida pela liberdade e pela emancipação do povo pobre.

Ordenado padre em 1952, escolheu viver com os mais pobres, primeiro com os camponeses da serra de

Montesinho e depois num subúrbio de São Luís do Maranhão, associando-se aos mais excluídos na criação de

uma paróquia, mas também de uma escola e de um posto médico.

Com uma coragem invulgar, enfrentou as oligarquias fundiárias do Nordeste brasileiro defendendo, com risco

da sua vida, os camponeses sem terra. Ajudou a fundar as Ligas Camponesas e foi ativista da luta pela terra.