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5 DE JULHO DE 2017

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As suas duas imponentes chaminés marcam o perfil da cidade, juntamente com a torre de menagem do

Castelo e a frontaria e torres sineiras da Sé Catedral, construída em relação com a criação da Diocese de

Portalegre e Castelo Branco e a elevação de Portalegre a cidade, por carta régia de D. João III, em 1550.

Da Fábrica que nos quase dois séculos da sua existência empregou milhares de portalegrenses e influenciou

o quotidiano de muitos mais, resta agora um valioso património de arqueologia industrial, com caraterísticas

ímpares, que faz parte da identidade da cidade e de toda a região, e que urge preservar.

O património de arqueologia industrial da antiga Fábrica Robinson representa uma das mais significativas

referências histórico-culturais de Portalegre, da região do Alentejo e de Portugal, associada ao recurso

endógeno da cortiça desde a sua produção no montado de sobro, à sua transformação por processos industriais

e utilização nas nossas casas. Por esse motivo o IPPAR classificou esse património como de Interesse Público,

abrangendo o conjunto fronteiro de edifícios históricos da Fábrica Robinson.

No entanto, este património encontra-se em acentuado estado de abandono, degradação e deterioração que

se agrava de dia para dia, provocando uma imagem de desolação e “vazio urbano” em pleno centro histórico da

cidade, pondo em perigo uma parte fundamental da memória de Portalegre, do Alentejo e da indústria corticeira

em Portugal e no mundo.

Em nome da proteção e valorização de tão relevante património cultural material e imaterial e do

desenvolvimento sustentado que pode potenciar numa cidade e num distrito tão deprimidos, e como fator

impulsionador do conhecimento sobre a indústria corticeira e a sua relevância económica nos tempos atuais, os

cidadãos abaixo-assinados requerem à Assembleia da República que providencie junto do Governo de Portugal

a sua intervenção urgente através do Ministério da Cultura e do Ministério da Economia, no sentido de garantir

a salvaguarda daquele importante património, mobilizando as entidades e instituições implicadas,

nomeadamente autárquicas, científicas, associativas, empresariais e outras.

Data de entrada na AR: 3 de março de 2017.

O primeiro subscritor, Luís Manuel Madeira Pargana.

Nota: — Desta petição foram subscritores 4388 cidadãos.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.

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