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18 DE MAIO DE 2018

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aéreos — resultou na morte de 60 palestinianos desarmados, entre eles adolescentes e bebés, e mais de

3000 feridos.

A violação do direito internacional e o uso desproporcionado da força têm sido práticas constantes do

modus operandi de Israel, tanto que nenhum israelita saiu ferido dos protestos que, só no último mês, já

levaram à morte de mais de uma centena de protestantes palestinianos. Estes factos demonstram como o

argumento israelita da autodefesa não tem qualquer cabimento.

O elemento que espoletou a escalada de violência foi a decisão provocatória de os Estados Unidos da

América mudarem a sua embaixada para Jerusalém. A mesma postura que adotou a sua Embaixadora na

ONU Nikki Haley, que veio afirmar que «Israel mostrou contenção em Gaza» ao mesmo tempo que bloqueava

um pedido de investigação à violência no Conselho de Segurança.

As mortes do passado dia 14 de maio, absolutamente inaceitáveis, pedem uma intervenção veemente e

inconformada desta Assembleia, para não contribuir para a já habitual complacência que ocorre a nível

internacional.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária:

1 – Expressa o seu profundo pesar pelas vítimas palestinianas do massacre na Faixa de Gaza do dia 14 de

maio;

2 – Saúda a decisão do Governo de Portugal em não se fazer representar no ato provocatório da

inauguração da embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Jerusalém;

3 – Condena o desrespeito de Israel e dos Estados Unidos da América pelas resoluções da Organização

das Nações Unidas.

Assembleia da República, 16 de maio de 2018.

Os Deputados do BE: Pedro Filipe Soares — Jorge Costa — Mariana Mortágua — Pedro Soares — Isabel

Pires — José Moura Soeiro — Heitor de Sousa — Sandra Cunha — João Vasconcelos — Maria Manuel Rola

— Jorge Campos — Jorge Falcato Simões — Carlos Matias — Joana Mortágua — José Manuel Pureza —

Luís Monteiro — Moisés Ferreira — Ernesto Ferraz — Catarina Martins.

————

VOTO N.º 541/XIII (3.ª)

DE CONDENAÇÃO E PESAR PELA VIOLENTA E LETAL REPRESSÃO DE ISRAEL CONTRA O POVO

PALESTINIANO

O exército israelita tem vindo a reprimir de forma violenta as manifestações do povo palestiniano em defesa

dos seus direitos nacionais, por ocasião da passagem dos 70 anos da Nakba e em protesto contra as

violações pelos EUA e Israel das resoluções das Nações Unidas relativas ao estatuto da cidade de Jerusalém.

Nos últimos dias, coincidindo com a ilegal inauguração da Embaixada dos EUA na cidade de Jerusalém, a

repressão e os ataques israelitas acentuaram-se de forma ainda mais grave e inaceitável, com o uso letal de

armas de fogo.

As ações de agressão e violência de Israel foram particularmente graves na Faixa de Gaza – exíguo

território palestiniano de 365 km2 onde quase 2 milhões de pessoas sobrevivem sob um absoluto cerco por

terra, ar e mar, há mais de uma década.

Segundo diversas estimativas, o exército israelita foi responsável pela morte de mais de 100 cidadãos

palestinianos e mais de 10 milhares de feridos desde que se iniciou a «longa marcha do retorno» a 30 de

março.

Só no dia 14 de maio foram mortos pelo exército israelita mais de 60 pessoas e cerca de 3000 feridas,

entre as quais crianças e jovens – um autêntico massacre.

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