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16 DE MARÇO DE 2019

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Recentemente, um atentado terrorista, levado a cabo por via de ataques informáticos, sabotagens e atos de

vandalismo, danificou gravemente os sistemas de energia elétrica da Venezuela, causando graves prejuízos à

economia do país e às populações.

Assim, a Assembleia da República, reunida em plenário:

– Condena as ações de provocação e os atentados terroristas contra a Venezuela, a sua ordem

constitucional, a sua soberania e os direitos do povo venezuelano;

– Expressa a sua solidariedade às vítimas da violência perpetrada pela oposição golpista venezuelana;

– Condena as ameaças de intervenção militar por parte da Administração Trump, secundadas por Juan

Guaidó, contra o povo venezuelano;

– Condena a ingerência, a desestabilização, as ações de sabotagem, as sanções e o bloqueio económico, a

confiscação ilegal de bens e recursos financeiros, que visam asfixiar a economia da Venezuela e degradar as

condições de vida do seu povo, e que atingem igualmente a comunidade portuguesa neste país;

– Insta o Governo português a assumir uma posição de respeito pela soberania e independência da

Venezuela, em conformidade com a Constituição da República Portuguesa e a Carta das Nações Unidas.

Assembleia da República, 13 de março de 2019.

Os Deputados do PCP: Carla Cruz — João Oliveira — António Filipe — Paula Santos — Jerónimo de Sousa

— Francisco Lopes — Paulo Sá — Rita Rato — Bruno Dias — Jorge Machado — Ângela Moreira — Ana

Mesquita — João Dias — Duarte Alves — Diana Ferreira (PCP).

————

VOTO N.º 766/XIII/4.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE VÍTOR JOSÉ DOMINGOS CAMPOS

Faleceu Vítor José Domingos Campos. Nascido em Torres Vedras, em 11 de março de 1944, Vítor Campos

licenciou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra em 1971.

Notabilizou-se como jogador da Associação Académica de Coimbra vestindo esta camisola durante 13

épocas consecutivas. Durante este período, sagrou-se vice-campeão nacional na época de 1966/1967 e jogou

duas finais da Taça de Portugal, em 1967 e em 1969. Foi internacional pela Seleção Portuguesa de Futebol.

Nessa qualidade, Vítor Campos foi um dos maiores símbolos da Académica, onde se estreou em 1963 e onde

realizou 345 jogos.

Destacou-se como jogador-estudante sendo um dos símbolos da cidade de Coimbra e da Académica no

tempo em que esta também era um símbolo importantíssimo da luta pela Liberdade e pela Democracia. Neste

contexto, ficou célebre a já referida final da Taça de Portugal contra o Sport Lisboa e Benfica em 1969, em que

participou, e em que este jogo se tornou numa das maiores e mais importantes manifestações contra a ditadura,

devido ao seu enquadramento no contexto da Crise Académica de 1969.

Depois de terminar a carreira desportiva, manteve-se sempre ligado à Académica, como sócio e dirigente e

era, atualmente, o sócio número um do Núcleo de Veteranos. A sua dimensão humana era também reconhecida

como notável médico. Com a especialidade de anestesista desenvolveu a maior parte da sua carreira ao serviço

do Hospital da Universidade de Coimbra.

Vítor Campos manteve toda a vida uma postura de grande solidariedade, de rara lealdade e de exemplar

civismo, que permitirão lembrá-lo sempre como uma referência por todos aqueles que com ele privaram.

Assim, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República manifesta o seu pesar pelo desaparecimento

de Vítor Campos, transmitindo à família e amigos, e à Associação Académica de Coimbra (OAF) as suas

condolências pelo seu falecimento.

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