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16 DE MARÇO DE 2019

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VOTO N.º 768/XIII/4.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE FERNANDO MIDÕES

Faleceu, com 86 anos, na Casa do Artista, onde residia, Fernando Midões.

Natural de Lisboa, frequentou o Liceu Camões, diplomou-se em Ciências Pedagógicas pela Faculdade de

Letras de Lisboa e licenciou-se em Direito, na Faculdade de Direito de Coimbra.

Trabalhou na RTP durante décadas. Participou na histórica emissão televisiva do dia 25 de Abril, tendo sido

da sua autoria uma parte significativa das notícias do primeiro telejornal em liberdade.

Dirigiu dezenas de programas da RTP, nomeadamente de teatro para televisão.

Desde cedo, o teatro foi a sua paixão, tendo sido um dos fundadores do Grupo Cénico de Direito da

Faculdade de Direito de Lisboa, onde para além de ator, encenou algumas peças.

Iniciou a sua carreira como Crítico de Teatro, no jornal A Planície, colaborando mais tarde com o Diário

Popular e o Diário de Notícias. As suas palavras ficaram por jornais e revistas (Flama, R&T, Revista Mais,

Notícias da Amadora, entre outros) e em programas televisivos (Fila T) e radiofónicos sobre teatro.

Foi membro da Sociedade Portuguesa de Autores e da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro.

Em 2017, o seu espólio de críticas teatrais foi entregue ao Museu do Teatro, que o tem aberto a consulta.

Militante do PCP de 1974 até ao seu falecimento, Fernando Midões foi representante dos trabalhadores na

Comissão de Trabalhadores da RTP e membro do Sindicato dos Jornalistas.

A Assembleia da República, reunida em 15 de março de 2019, expressa o seu pesar pelo falecimento de

Fernando Midões e envia aos seus familiares e ao Partido Comunista Português, sentidas condolências.

Assembleia da República, 14 de março de 2019.

Os Deputados do PCP: João Oliveira — Paula Santos — António Filipe — Ana Mesquita — João Dias —

Rita Rato — Jerónimo de Sousa — Francisco Lopes — Jorge Machado — Bruno Dias — Diana Ferreira —

Duarte Alves — Paulo Sá — Carla Cruz — Ângela Moreira.

————

VOTO N.º 769/XIII/4.ª

DE PESAR PELA MORTE DE AUGUSTO JOSÉ MATOS SOBRAL CID

Augusto José de Matos Sobral Cid, cartoonista, caricaturista, ilustrador, escultor e publicitário português

morreu dia 14 de março, aos 78 anos, vítima de doença prolongada.

Augusto Cid, como era mais conhecido, nasceu no Faial em 1941, mas a sua açorianidade é acidental, já

que a sua mãe acompanhava, por altura do seu nascimento, o seu marido, tenente de artilharia, destacado na

Horta.

Realizou os estudos secundários no Colégio Infante de Sagres e no Colégio Moderno, em Lisboa, mas

termina o ensino secundário nos Estados Unidos da América e, de regresso a Portugal, frequenta o curso de

Escultura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Antes disso combateu no Leste de Angola.

Tentou vários empregos antes de, na sequência do 25 de Abril, se tornar muito popular graças aos seus

cartoons. Primeiro no «Povo Livre», órgão oficial do então PPD, Partido no qual se filiara, e mais tarde em jornais

como «O Diabo», «Semanário» e «O Independente».

O seu estilo de cartoon era provocador, e motivou alguma polémica tendo alguns dos seus livros sido

apreendidos judicialmente.

Para além da sua atividade artística, a sua forte intervenção na investigação do desastre aéreo de Camarate

foi uma das causas a que dedicou muito do seu tempo e empenho.

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