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II SÉRIE-B — NÚMERO 55

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VOTO N.º 851/XIII/4.ª

DE CONDENAÇÃO DA REPRESSÃO DE MANIFESTANTES NA PONTE 25 ABRIL ORDENADA PELO

GOVERNO AUTORITÁRIO DO PSD E DE SOLIDARIEDADE COM AS SUAS VÍTIMAS

Faz hoje particular sentido relembrar a brutal repressão de manifestantes na ponte 25 de Abril ordenada

pelo Governo PSD. Perante os protestos populares contra o aumento em 50% do valor das portagens, a

ordem dada pelo Governo PSD para a carga policial no dia 24 de junho de 1994 impôs pela violência aquilo

que o Governo tinha tentado, sem sucesso, durante uma semana: calar a contestação popular e impedir

milhares de cidadãos de exercerem os seus direitos cívicos.

Havia já nove anos que o Governo PSD impunha ao País uma política de retrocesso social, liquidando

direitos sociais, tentando silenciar a crescente contestação popular e social e reprimindo a luta dos

trabalhadores e das populações, por vezes de forma violenta, como aconteceu na ponte 25 de Abril.

O resultado da violenta repressão dos manifestantes ordenada pelo Governo PSD foi avassalador, com o

País em sobressalto, dezenas de detenções e feridos, entre os quais um jovem que viria a ficar paraplégico

após ser atingido por uma bala. Vinte e cinco anos depois ainda aguarda o desfecho do calvário judicial que foi

obrigado a percorrer pela recusa do Governo PSD em assumir responsabilidades pelo ocorrido.

Apesar da brutal repressão desencadeada contra os manifestantes, o Governo foi obrigado a recuar na

decisão que havia tomado e a tomar medidas de resposta às exigências das populações.

Os protestos de junho de 1994 na ponte 25 de Abril somaram-se a muitas outras ações de luta que vinham

sendo desenvolvidas pelos trabalhadores e as populações e que isolaram política e socialmente o Governo

PSD, conduzindo à sua derrota e pondo fim ao que ficou negativamente designado como período do

cavaquismo.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, condena a repressão de manifestantes na

ponte 25 Abril ordenada pelo Governo autoritário do PSD e expressa solidariedade para com as suas vítimas.

Assembleia da República, 26 de junho de 2019.

Os Deputados do PCP: João Oliveira — Paula Santos — Francisco Lopes — Carla Cruz — Duarte Alves —

Jerónimo de Sousa — Rita Rato — Diana Ferreira — Jorge Machado — Paulo Sá — Ana Mesquita — Ângela

Moreira — Bruno Dias — João Dias.

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VOTO N.º 852/XIII/4.ª

DE PESAR PELA MORTE DE MANUEL DE ALMEIDA CAMBRA

Na madrugada do passado dia 24 de junho morreu Manuel de Almeida Cambra. Nascido a 8 de julho de

1929, em São João da Madeira, Manuel Cambra estava a dias de celebrar o seu 90.º aniversário.

«Homem forte e intransigente nos ideais políticos que o norteiam», assim o define a história do município

de São João da Madeira. Foi na sua terra de sempre que começou a desenvolver atividade profissional na

área da construção civil. Desde cedo participou na vida cívica do concelho e na sua atividade associativa,

tendo sido Presidente da Associação Desportiva Sanjoanense, entre 1965 e 1971.

Em 1984 foi eleito Presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira, pelo CDS, seu partido de

sempre. Liderou o município até 2001, deixando uma obra notável. A sua presidência fica marcada pelo

extraordinário desenvolvimento do concelho. Das vias de comunicação à habitação social; dos equipamentos

escolares aos equipamentos culturais; das infraestruturas desportivas à inovadora zona pedonal do centro da

cidade. Muitas vezes polémico, nunca deixou de concretizar os projetos que entendida vitais para a

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