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17 DE JULHO DE 2019

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VOTO N.º 870/XIII/4.ª

DE SAUDAÇÃO AOS 50 ANOS DA IDA DA HUMANIDADE À LUA

«A Águia aterrou». Com estas palavras ouvidas pelo rádio, a 20 de julho de 1969, milhões de pessoas em

todo o mundo ficaram a saber que se aproximava o momento determinante da viagem iniciada dias antes.

Instantes depois, numa transmissão televisiva inédita, acompanhariam os passos que se seguiram à primeira

alunagem no Mar da Tranquilidade, concretizados na primeira caminhada realizada por um ser humano na

superfície lunar. A frase emblemática de Neil Armstrong, de que teria sido dado um pequeno passo para um

homem e um salto gigante para a Humanidade, ecoa ainda como registo do feito notável que o conhecimento

humano permitiu gerar.

A este desfecho não é alheio o desenvolvimento, nos anos 50 e 60, dos programas espaciais da União

Soviética e dos Estados Unidos da América, que num quadro de competição marcada pela guerra fria e pelo

desejo de triunfar no espaço, desencadearam um processo irreversível de exploração e investigação científica

que ainda hoje marcam de forma incontornável o presente e o futuro da Humanidade.

Marcada num primeiro momento pelos inúmeros feitos dos cosmonautas soviéticos, que passaram pela

colocação em órbita do primeiro satélite artificial, Sputink 1, pela ida do primeiro homem ao espaço, na pessoa

de Iuri Gagarin, e, igualmente, da primeira mulher, Valentina Tereshkova, a corrida à Lua acelerou perante o

desafio do Presidente John F. Kennedy de aí chegar antes do dobrar da década, mobilizando a capacidade e

competências de todos. O engenho humano lograria alcançar o feito inédito e esse espírito que se deve hoje

assinalar decorrido meio século sobre os eventos de 1969.

Num momento em que o conhecimento científico é por vezes desvalorizado e retirado das prioridades das

decisões políticas, em que o desinvestimento na investigação marca negativamente a evolução nalguns

países, e em que o combate contra a ignorância se deve reafirmar como prioritário, importa recordar e saudar

o feito do astronautas do programa espacial dos EUA, enfatizando quer o seu feito, quer os vários séculos de

investigação nos domínios da astronomia e outras áreas científicas, de Ptolomeu a Galileu, de Copérnico a

Newton, de Herschel a Halley, como forma de desafiar as novas gerações a seguir o seu exemplo e a olhar

para o desafio que nos convoca todos os dias quando espreitamos acima das nossas cabeças em direção ao

céu noturno.

Assim, a Assembleia da República saúda o 50.º aniversário da primeira alunagem, reiterando a sua visão

de valorização dos projetos de exploração espacial vocacionados para fins pacíficos e científicos e para o

desenvolvimento da Humanidade, endereçando cumprimentos a todos os que nela se envolveram e

participaram desde a década de 50, em múltiplos países.

Palácio de São Bento, 19 de julho de 2019.

Os Deputados do PS: Pedro Delgado Alves — Eurídice Pereira — António Sales — Elza Pais — Margarida

Marques — Maria Conceição Loureiro — Cristina Jesus — Francisco Rocha — Ana Passos — Hortense

Martins — Rui Riso — João Marques — José Rui Cruz — José Manuel Carpinteira — Luís Graça — Lúcia

Araújo Silva — Hugo Costa — Maria da Luz Rosinha — Wanda Guimarães — Maria Augusta Santos —

Palmira Maciel — Alexandre Quintanilha — João Gouveia — Joaquim Barreto — Santinho Pacheco — Carla

Tavares — Isabel Alves Moreira — Catarina Marcelino — Sofia Araújo — António Cardoso — João Azevedo

Castro — Fernando Jesus — Jamila Madeira — Lara Martinho — Francisco Rocha — Ivan Gonçalves.

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