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Assim, já há instalações próprias para, provisoriamente, instalar de uma forma mais condigna esta unidade de saúde de Vilar de Andorinho. Também já há um projecto pronto - pelo que me foi dito pelo Sr. Presidente da junta de freguesia, já foi apreciado por alguém da Sub-Região de Saúde do Porto e parece ser um bom projecto - para, mais tarde, construir um bom centro de saúde, de raiz, na freguesia de Vilar de Andorinho, uma vez que esta foi das freguesias que mais cresceu, duplicando a população, por causa desse empreendimento de Vila d'Este, que se situa dentro da cidade de Vila Nova de Gaia e que se vê perfeitamente quando se entra na cidade. Justifica-se, por isso, como digo, a construção, a médio prazo, de um centro de saúde de raiz, mas, de imediato, impõe-se a transferência para essas instalações provisórias situadas na Vila d'Este, que estão, realmente, disponíveis para o efeito.
Em relação ao Centro de Saúde de Canidelo, falei ainda muito recentemente nesta Câmara, interpelando a Sr.ª Secretária de Estado Adjunta do Ministro da Saúde, que, na altura, até me deu uma informação, que não era rigorosa mas que, felizmente, há poucos dias, veio a confirmar-se, relativa à transferência do centro médico, que estava mal instalado, para novas instalações, nas quais sei que foram investidos 90 000 contos. Mas isto não resolve, apenas ajuda, as necessidades daquela freguesia, que tem uma população muito carenciada em matéria de saúde, porque a maioria das pessoas já é idosa, com idades acima dos 50 anos, e está a ser servida pelo Centro de Saúde de Barão de Corvo, na freguesia vizinha de Santa Marinha.
Justifica-se, pois, construir, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, um centro de saúde autónomo, de raiz, na freguesia de Canidelo, sem prejuízo, naturalmente, da transferência de instalações desse centro médico, com o que nos congratulamos e que está convencionado, mas que apenas dispõe de quatro médicos quando se justifica a existência de oito! Aliás, como disse a Sr.ª Secretária de Estado Adjunta do Ministro da Saúde, vai ter lugar a celebração dessa convenção nominal para que haja oito médicos efectivos, e não quatro, porque são insuficientes, nessa unidade de saúde que é privada e não pública.
Mais uma vez, apelo para que não se esqueça e não se atire para as calendas gregas a criação e a construção de um centro de saúde, de raiz e autónomo, na freguesia de Canidelo.
Para terminar, no que toca à extensão de saúde de Sandim, que vem contemplada no PIDDAC, que está na dependência do Centro de Saúde dos Carvalhos, devo dizer que a verba que está inscrita no PIDDAC parece-nos, francamente, bastante insuficiente para se poder avançar seriamente no próximo ano. Seria bom que esta verba viesse a ser reforçada.
Também o Centro de Saúde dos Carvalhos, do qual falo há muito tempo e que serve uma população vastíssima (serve várias freguesias, mas, só na sua sede, são mais de 30 000 utentes), está pessimamente instalado; as pessoas têm de esperar na via pública, pondo até em risco a sua integridade física, devido ao elevado tráfego nessa rua; as instalações são completamente exíguas e degradadas, situação que já é denunciada há muitos anos. Ora, a Câmara Municipal de Gaia e a junta de freguesia de Pedroso (Carvalhos faz parte da freguesia de Pedroso) têm vindo a diligenciar no sentido de disponibilizarem terrenos à Sub-Região de Saúde do Porto para construir o novo centro e, até hoje, nada aconteceu.
Por último, vou falar sobre o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia. Como eu disse há pouco, este é o maior concelho do norte de Portugal e penso que o Centro Hospitalar de Gaia é o terceiro grande hospital, a seguir aos de São João e de Santo António. Há mais de 15 anos que se fala e está em curso um projecto de ampliação e modernização - vai a caminho de duas décadas! -, mas já foi ultrapassado pela construção do novo Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, e do novo hospital de Santa Maria da Feira.
O hospital de Vila Nova de Gaia continua, lentamente, a marcar passo.
Gostaria de saber, da parte do Sr. Ministro da Saúde ou da Sr.ª Secretária de Estado Adjunta do Ministro da Saúde, se, porventura as verbas inscritas em PIDDAC são aquelas que a própria administração do centro hospitalar considera necessárias para se avançar, de uma forma decidida, a fim de concluirmos esta obra de "Santa Engrácia", que é o que ela parece! O hospital de Vila Nova de Gaia nunca mais é concluído, e serve, como sabe, 300 000 habitantes do concelho, para já não falar de muitos outros dos concelhos a sul de Vila Nova de Gaia.
Sr. Ministro, também gostaria de saber por que é que não se acaba com esta história das extensões! Por que é que não se lhes chamam centros de saúde das localidades, ou das freguesias, ou dos concelhos onde estão sediados, em vez de se lhes continuar a chamar extensões? A meu ver, faz muito mais sentido e é mais digno chamar-lhes centros de saúde de cada uma dessas localidades.

A Sr.ª Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado José Miguel Boquinhas.

O Sr. José Miguel Boquinhas (PS): - Sr.ª Presidente, Sr. Ministro da Saúde, Srs. Secretários de Estado, os meus cumprimentos antes de mais.
Creio que, e penso que estaremos todos de acordo nesta matéria, a melhor maneira de controlar as despesas da saúde é, de facto, combater o desperdício, que todos nós reconhecemos que existe, e, a meu ver, este é, certamente, o mecanismo mais eficaz para controlar as referidas despesas. Nesta matéria, entendo que o Governo vai no bom caminho.
Os exemplos são variados: os custos controlados, que ainda agora foram referidos, que têm vindo a ser aplicados nas construções hospitalares; a alteração, que se prevê para muito breve, do modelo de gestão hospitalar, e que irá, certamente, melhorar em muito esse combate ao desperdício, através de uma melhor gestão dos dinheiros públicos, naturalmente; a melhoria da qualidade dos serviços de aprovisionamento, que é um programa que está em curso e que tem precisamente a intenção de combater a má gestão levada a cabo por muitos serviços de aprovisionamento de hospitais; os novos modelos de concurso público de aprovisionamento por parte da IGIF, modelo que é muito interessante e que, de facto, indicia que os consumíveis e certo tipo de equipamentos serão comprados a um preço, pelo menos, controlado e, provavelmente, bastante inferior ao que tem sido praticado até agora; e, finalmente, a política do medicamento, com uma série de vertentes, desde o protocolo da indústria farmacêutica, já aqui citado, ao redimensionamento das embalagens, à política de descomparticipação, à promoção dos genéricos, etc. Enfim, tudo isto são, realmente, vertentes importantíssimas para o controlo das despesas.

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