O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

 

O Orador: - Não percebi o seu aparte, Sr.ª Deputada!

A Sr.ª Luísa Mesquita (PCP): - Depois direi, quando o micro estiver ligado!

O Orador: - Como eu estava a dizer, um leitor custa ao Orçamento português 1200 contos/mês, enquanto que um assistente custa 600 contos/mês, ou seja, metade. Por isso, em 2003 reduziremos o número de leitores em 11 e aumentaremos o número de assistentes em 10, para tentar gerar algumas poupanças. Dizem-me os especialistas (não é o meu caso) que a acção de um leitor pode ser exactamente igual à cumprida por um assistente universitário.
No que diz respeito à reestruturação consular e aos problemas que a Sr.ª Deputada levantou, designadamente quanto ao Conselho das Comunidades e a casos específicos de consulados, pedirei ao Sr. Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas para falar sobre esses assuntos a seguir.
A Sr.ª Deputada, por fim, levantou o problema relativo ao instituto português de apoio ao desenvolvimento, referindo também as questões das autonomias e das poupanças que as fusões gerariam para o Orçamento do Estado.
Sr.ª Deputada, como sabe, as áreas de projectos na cooperação, neste momento, são estruturadas, tal como já vinham a ser anteriormente, através dos chamados PIC (Programa Integrado de Cooperação), que têm uma plurianualidade de três anos. Entendeu o Governo que os projectos, que são múltiplos e diversos, deveriam ser concentrados sobretudo em torno da língua portuguesa, nos países que utilizam a língua portuguesa como língua oficial. Portanto, haverá um reajustamento dos projectos no sentido de privilegiar a língua portuguesa.
Quanto à fusão que vai ser efectuada e que, penso, poderá estar aprovada nas próximas semanas, porque estão a ser feitos os últimos ajustes necessários, como a Sr.ª Deputada sabe, na lei que aprovou o Orçamento rectificativo está bem clara a definição do que é agora autonomia financeira. Os institutos públicos que não gerem um determinado nível de receitas perdem a autonomia financeira. É isso o que vai acontecer com o organismo que vai dar origem à fusão entre o ICP (Instituto da Cooperação Portuguesa) e a APAD (Agência Portuguesa de Apoio ao Desenvolvimento), como, aliás, está a acontecer a todos os organismos que estão a ser objecto de reestruturações ou fusões pelo Governo.
Posso adiantar-lhe, Sr.ª Deputada, embora seja sempre arriscado trabalhar com cenários futuros, que pensamos que a fusão da APAD com o ICP irá gerar uma poupança de 3 milhões de euros por ano.

O Sr. Presidente (António da Silva Preto): - Tem a palavra o Sr. Secretário de Estado das Comunidades.

O Sr. Secretário de Estado das Comunidades (José Cesário): - Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Luísa Mesquita, os meus cumprimentos. É sempre um prazer dialogar consigo sobre esta e outras matérias, recordando, aliás, bons e velhos tempos que aqui passámos.
V. Ex.ª manifestou-se chocada relativamente ao hipotético encerramento do consulado de Portugal em Osnabrück. Devo dizer-lhe, Sr.ª Deputada, que gostaria muito de a ouvir hoje, aqui, manifestar-se chocada com outras situações que aconteceram nos últimos anos. Por exemplo, por que não com o encerramento do consulado honorário de Portugal em Los Angeles, há cerca de ano e meio? Por exemplo, por que não com a escandalosa falta de cobertura de comunidades portuguesas com significado e dimensão extraordinária no sul da Califórnia, no Canadá, na Córsega, em Inglaterra?
Temos de avaliar as reestruturações da rede consular de uma forma global. O objectivo do Governo não é reduzir custos, é gastar melhor os recursos, como já tive oportunidade de esclarecer V. Ex.ª e os outros Srs. Deputados na reunião de comissão há alguns dias.
Queremos gastar melhor os recursos que temos hoje. O pessoal está mal distribuído, as estruturas consulares servem mal a actual realidade das comunidades portuguesas, ainda por cima numa óptica de reestruturação da própria missão diplomática, numa filosofia de articulação entre a diplomacia institucional tradicional e, por exemplo, a diplomacia económica e a diplomacia cultural. Há que fazer alterações profundas àquilo que se passa hoje, há que fazer alterações profundas também no que concerne à regulação dos fluxos migratórios do Leste Europa para Portugal. Por isso temos de alterar a rede, e é isso que vai ser feito.
V. Ex.ª referiu que eu tinha dito em comissão que a análise das necessidades ainda não está concluída e que, portanto, o Orçamento não deveria espelhar qualquer previsão a este nível. Sr.ª Deputada, o Orçamento é exactamente uma previsão de investimentos. Temos uma expectativa de intervenção aos mais variados níveis em cerca de 30 consulados, mas, porque a análise não está concluída, ainda não tomámos as decisões finais. Queria que já as tivéssemos tomado? Tem pressa, Sr.ª Deputada? Se quiser, fazemos-lhe a vontade dentro de pouco tempo!
Em qualquer circunstância, Sr.ª Deputada, retenha alguns elementos que julgo serem muito importantes. Já que falou de Osnabrück, deixe-me dizer-lhe que se trata de uma situação que temos em análise, e digo-lhe porquê. Em primeiro lugar, porque Osnabrück, de todos os consulados na República Alemã, é aquele que serve a população com menor dimensão. Em segundo lugar, terá sido por acaso que o anterior governo retirou de lá os serviços de ensino, por exemplo? Terá sido por acaso que aquele consulado não foi constituído como consulado emissor de passaportes? Terá sido por acaso? Não foi, com certeza! Haveria algumas intenções por parte dos nossos antecessores, por isso estamos a analisar profundamente a situação.
Srs. Deputados, a proposta feita à câmara de Osnabrück tem que ver exclusivamente com o seguinte: o actual consulado em Osnabrück custa 3700 euros/mês de renda. Se queremos gastar melhor os nossos recursos, primeiro, temos de saber se há alternativas mais baratas para o Estado português. E não é só em Osnabrück, é em muitos sítios!… Temos de saber se o que estamos a gastar hoje não poderá, amanhã, ser reduzido, porventura mantendo a mesma eficácia no plano dos serviços às comunidades portuguesas.
É isso o que está em causa, Sr. Deputados! Haja o primeiro que o censure! Não queremos que a câmara pague, o que queremos é saber se temos alternativas significativamente mais baratas do que aquelas de que hoje dispomos.
Depois, V. Ex.ª referiu mais um conjunto de aspectos, que se prendem igualmente com a reestruturação da rede. Sr.ª Deputada, a reestruturação da rede não é só encerramentos ou aberturas, há muito mais a fazer.
Aliás, o Sr. Deputado José Vera Jardim referiu aqui, por exemplo, a questão da informatização e da modernização

Páginas Relacionadas
Página 0002:
  O Sr. Presidente (António da Silva Preto): - Srs. Deputados, temos quórum, pelo que decla
Pág.Página 2
Página 0003:
  Aliás, Sr. Ministro, chamava-lhe a atenção para a curiosa frase (neste caso, não é curios
Pág.Página 3
Página 0004:
  O Sr. Presidente (António da Silva Preto): - Tem a palavra o Sr. Deputado Almeida Henriqu
Pág.Página 4
Página 0005:
  esses bens, às vezes, sejam importados, pelos menos há agentes económicos portugueses que
Pág.Página 5
Página 0006:
  das delegações regionais de departamentos consulares - que, como sabe, foram oito das nov
Pág.Página 6
Página 0007:
  Em relação aos projectos, não há uma única área de projectos, em nenhum sector, que não t
Pág.Página 7
Página 0008:
  O Orador: - Precisa de saber?! Quando eu os tiver, venho cá, com todo o gosto, dizer onde
Pág.Página 8
Página 0010:
  de instalações, matéria que para nós é extremamente cara. Por isso é que eu também record
Pág.Página 10
Página 0011:
  e diplomática e os serviços, dotando-os de melhor planeamento e método de trabalho. P
Pág.Página 11
Página 0012:
  para tentar, na medida do possível, pagar as contribuições e os compromissos atrasados, a
Pág.Página 12
Página 0013:
  predominar uma concepção liberal excessiva com o desconhecimento completo das empresas e
Pág.Página 13
Página 0014:
  novo com os mercados-alvo que temos de perseguir, na articulação mais consequente da próp
Pág.Página 14
Página 0015:
  Portanto, há aqui um conjunto de dúvidas e de preocupações relativamente às quais gostari
Pág.Página 15
Página 0016:
  significar, a curto prazo, riscos graves e de debilitação da máquina de apoio às empresas
Pág.Página 16
Página 0017:
  orçamento, já aqui analisado à lupa, verificamos que ele sofre uma diminuição orçamental
Pág.Página 17
Página 0018:
  No governo anterior, o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros conseguiu introduzir na fun
Pág.Página 18
Página 0019:
  responsabilidades para as instituições privadas, pergunto ao Sr. Ministro se tem conhecim
Pág.Página 19
Página 0020:
  Plano, a esta candidatura portuguesa, que é relevante no quadro nacional e no quadro euro
Pág.Página 20
Página 0021:
  facilidade de acesso a um departamento, a um serviço, a uma "loja do cidadão", como às ve
Pág.Página 21
Página 0022:
  para que ele, por si, seja uma prioridade deste Governo - isto parece-me ser óbvio, até p
Pág.Página 22
Página 0023:
  Quanto à primeira questão, colocada pelo Sr. Deputado Vítor Ramalho, que penso ter tido d
Pág.Página 23
Página 0024:
  A Sr.ª Deputada referiu-se ainda a Timor-Leste - e com esta matéria termino a resposta às
Pág.Página 24
Página 0025:
  Mas o Sr. Deputado também reconheceu que o terceiro relatório da comissão só aparecerá no
Pág.Página 25
Página 0026:
  Relativamente aos acordos multilaterais, penso que o Ministro das Cidades, Ordenamento do
Pág.Página 26
Página 0027:
  nos termos de uma resolução do Conselho de Ministros, que tenho de cumprir - aprecie ou n
Pág.Página 27
Página 0028:
 
Pág.Página 28