O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

 

muito sério que vamos ter que travar de uma forma muito empenhada.
A informação estatística do Serviço de Informação às Vítimas de Violência Doméstica relativamente a 2001 mostra que a faixa etária que apresenta mais vítimas e mais agressores é a dos 35 aos 44 anos de idade, logo seguida da faixa etária dos 25 aos 34 anos, o que significa que, não havendo uma intervenção forte e dotada de meios nesta área, corremos o risco de que as vítimas e os agressores continuem, durante algumas décadas, a viver as suas vidas nesta mesma condição de vítimas e de agressores.
Assim sendo, Sr. Ministro, gostaria também que clarificasse a sua intenção e as medidas que o Governo pensa tomar neste combate, pedindo-lhe que nos concretize o que for possível relativamente ao novo plano nacional contra a violência doméstica e à rede das casas de abrigo, que, sei, é uma das suas preocupações.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria Elisa Domingues.

A Sr.ª Maria Elisa Domingues (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Ministro, não pensava, de facto, vir hoje aqui fazer uma curta intervenção acerca de um eventual controlo dos conteúdos da RTP pelo actual Governo, quer porque o estatuto de autonomia da empresa impede esse controlo quer porque, decerto por inexperiência, pensei que este debate do Orçamento na especialidade se iria processar em termos bastante diferentes.
No entanto, a suspeição aqui levantada pelo Sr. Deputado António Filipe de que o Governo estaria a interferir na escolha dos convidados dos programas de informação da RTP, referindo um convite que teria sido formulado ao Sr. Dr. Luís Filipe Menezes e depois retirado, fez-me recuar vertiginosamente aos tempos do PREC, em que o PCP controlava a informação com total desrespeito pelo estatuto dos jornalistas.
Por isso, creio ser importante esclarecer, no âmbito desta discussão e neste Plenário, se nalgum momento - sim ou não - este Governo desrespeitou a autonomia da RTP em geral e a autonomia dos seus jornalistas em particular.
Uma segunda questão de ordem geral que gostaria de colocar-lhe tem a ver com o seguinte: sendo a terceira Opção das Grandes Opções do Plano investir na qualificação dos portugueses, sabendo nós que cada português passa, em média, mais de três dias frente à televisão - o que, aliás, torna a RTP necessariamente numa questão crucial ou magna (para utilizar a expressão da minha colega Teresa Morais) - e tendo o Sr. Ministro referido que é necessário articular, por exemplo, televisão e cultura, o que, na minha opinião, não é mais do que devolver a RTP ao seu conceito inicial e rigoroso de serviço público de televisão ainda que tal possa implicar quebras de audiência, com as quais, espero, o Governo venha a ser solidário, considero, no entanto, que essa articulação se pode fazer de muitas outras maneiras interessantes, com vista ao tal objectivo das Grandes Opções do Plano. Estou a recordar-me, por exemplo, de ter encomendado, da última vez que exerci o cargo de Directora de Programas da RTP, em 1998, uma série de programas sobre ciência ao Professor João Caraça, série que três anos depois tive o gosto de ver no ar e para a qual procurei, então, sem sucesso, o contributo financeiro e técnico do Ministério da Ciência e da Tecnologia.
Cabendo-lhe, Sr. Ministro, no Governo a articulação entre os vários Ministérios, para além da tutela da RTP, gostaria de saber se pensa promover, de forma concreta, as sinergias com outros Ministérios, nomeadamente o da Educação, o da Ciência e do Ensino Superior, o da Cultura e até outros, tendo sempre em vista o melhoramento da qualificação dos portugueses através de uma política audiovisual.

O Sr. Presidente: - Entretanto, inscreveu-se o Sr. Deputado Lino de Carvalho, a quem dou a palavra.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Sr. Presidente, não era minha intenção usar da palavra, porque a nossa intervenção já foi feita pelo Sr. Deputado António Filipe - que, neste momento, não pode estar presente, porque se encontra na Comissão de Inquérito Parlamentar às demissões da Polícia Judiciária -, mas, uma vez que a Sr.ª Deputada Maria Elisa, num final de tarde, decidiu intervir, queria dizer à Sr.ª Deputada que quando quiser discutir estas matérias, apresente exemplos e demonstre-os em concreto.
Agora, talvez seja preferível discutirmos o Orçamento. É para isso que aqui estamos.
Em todo o caso, os Srs. Deputados do PSD têm-se especializado nalgumas perguntas difíceis para o Governo. Há dias, caracterizei algumas perguntas dos Srs. Deputados do PSD como aquelas que são colocadas à peixeira quando se vai ao mercado: "Diga lá, o peixe é fresco?". Os Srs. Deputados do PSD fazem esse tipo de perguntas ao Sr. Ministro: "Diga lá, o seu orçamento é suficiente para cumprir o Programa do Governo?". Ou a pergunta difícil formulada agora pela Sr.ª Deputada Maria Elisa: "Oiça lá, o Governo alguma vez interferiu com a programação?". Claro que o Sr. Primeiro-Ministro vai dizer "com certeza que não. Imagine-se uma coisa dessas!…".
Portanto, é a este tipo de perguntas difíceis que, nesta legislatura, o PSD nos está a habituar.
Em todo o caso, Sr. Ministro, aproveito para voltar a colocar-lhe uma questão já referida pelo meu camarada, Deputado António Filipe, e que, pelo que foi informado, não foi completamente respondida, que tem a ver com o porte pago.
Já foi aqui dito pelo Sr. Deputado Arons de Carvalho, se a memória não me falha, que o PSD, durante a campanha eleitoral, pela voz, em particular, do então candidato e actual Ministro Marques Mendes, fez publicamente afirmações de que, se fosse governo, reporia o porte pago a 100%, como estava anteriormente, tal como nós o defendemos, juntamente com o PSD, quando o Partido Socialista e o então Secretário de Estado Arons de Carvalho o alteraram. Aliás, estamos disponíveis para isso e, oportunamente, vamos apresentar uma iniciativa legislativa nesse sentido.
Sr. Ministro, gostaria de saber se, de acordo com a coerência nestas matérias, o Governo e a maioria estão disponíveis para nos acompanhar agora e repor o porte pago, conforme compromisso eleitoral do PSD.
Por último, Sr. Presidente, foi anunciado pelo Sr. Ministro um aumento da taxa da radiodifusão.

O Sr. Ministro da Presidência: - Não!

O Orador: - Então, o Sr. Ministro esclarecerá, porque, como não há proposta orçamental, isso significa, seguramente, que a maioria irá apresentar uma proposta de alteração ao Orçamento para aumentar a taxa da radiodifusão,

Páginas Relacionadas
Página 0262:
  O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, temos quórum, pelo que declaro aberta a reunião. <
Pág.Página 262
Página 0263:
  (e estou a falar de travessia ferroviária) - não a considera uma prioridade, mas a verba
Pág.Página 263
Página 0264:
  não seja só para o Porto ou para Vigo, mas tenha uma possibilidade de ser alimentada por
Pág.Página 264
Página 0265:
  Quanto às áreas metropolitanas, gostaria de destacar a aprovação do diploma legal, também
Pág.Página 265
Página 0266:
  Portanto, para além dessa classificação, gostaríamos que todo este processo avançasse no
Pág.Página 266
Página 0267:
  ao Picoto e depois há um outro ainda, do Picoto ao IC1, que já está construído e concluíd
Pág.Página 267
Página 0268:
  têm apenas um milhão de euros em PIDDAC, o que é manifestamente insuficiente - só o Metro
Pág.Página 268
Página 0269:
  lesiva do interesse nacional e do estatuto de companhia de bandeira que se pretende para
Pág.Página 269
Página 0270:
  da Administração do Porto de Sines e da Administração do Porto de Singapura, que precisam
Pág.Página 270
Página 0271:
  De maneira que estamos a tentar fazer as coisas com a maior economia de meios e (muito im
Pág.Página 271
Página 0272:
  Públicas, Transportes e Habitação considera serem os principais empreendimentos deste Orç
Pág.Página 272
Página 0273:
  estão a ser estudadas e algumas delas já a ser concretizadas, podem ou não reduzir o temp
Pág.Página 273
Página 0274:
  autorização para "guarnecer" a comissão de avaliação e isso foi feito. Ela foi recomposta
Pág.Página 274
Página 0275:
  CP, em articulação com a Refer, a tratar de estimular e de arranjar novas maneiras de exp
Pág.Página 275
Página 0276:
  A ligação de Sines a Espanha é fundamental. Não podemos, por deficiência de ligações ferr
Pág.Página 276
Página 0277:
  O meu colega Deputado Joel Hasse Ferreira já aqui focou o problema de Sines, mas é precis
Pág.Página 277
Página 0278:
  também tem direito a alguma comodidade e a alguma rapidez no trajecto que diária e perman
Pág.Página 278
Página 0279:
  E uma vez que se trata de um concurso não por concessão, porque foi retirado do concurso
Pág.Página 279
Página 0280:
  O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Ministro. O Sr. Ministro das Obras Públicas,
Pág.Página 280
Página 0281:
  Quanto à reformulação do ICOR (Instituto para a Construção Rodoviária) e do ICERR (Instit
Pág.Página 281
Página 0282:
  O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas (Vieira de Castro): - Sr. Presidente, os Sr
Pág.Página 282
Página 0283:
  Para terminar, queria que me dissesse se vai ser feito estudo ou avaliação de impacte amb
Pág.Página 283
Página 0284:
  poder ser utilizada como revenda, o que levará a que uma família tome uma casa de arrenda
Pág.Página 284
Página 0285:
  ser electrificada? Como é que vai avançar, qual é a calendarização? Por outro lado, t
Pág.Página 285
Página 0286:
  O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Habita
Pág.Página 286
Página 0287:
  que existam os projectos de execução, avançar-se-á para a construção, exactamente porque
Pág.Página 287
Página 0288:
  de euros é um número que está bastante longe dos 200 milhões de euros, que é em quanto as
Pág.Página 288
Página 0289:
  Gostaria, portanto, de saber se há alguma ideia de datas. Não sei se está previsto algum
Pág.Página 289
Página 0290:
  Sr. Ministro sabe, está já projectada a ligação Vigo/Madrid, que passa a 50 km de Braganç
Pág.Página 290
Página 0291:
  era então Ministro do Planeamento e, na altura, o seu Ministério defendeu uma posição dif
Pág.Página 291
Página 0292:
  resposta à intervenção da Sr.ª Deputada Edite Estrela, referiu que era preciso remover um
Pág.Página 292
Página 0293:
  cordiais em matéria de realojamento; estamos a tratar da questão do traçado, especialment
Pág.Página 293
Página 0294:
  Uma outra questão que quero colocar tem a ver com a taxa da radiodifusão, que, tradiciona
Pág.Página 294
Página 0295:
  Sr. Deputado esteve presente na primeira reunião que tivemos em sede de comissão, há larg
Pág.Página 295
Página 0296:
  a sua conferência e que, depois, era responsável pela emissão das letras. E existiam cont
Pág.Página 296
Página 0297:
  Ainda assim, direi, sem qualquer temor, que não é intenção do Governo inverter o caminho
Pág.Página 297
Página 0298:
  Por outro lado, creio que é ilegítimo afectar a taxa de radiodifusão a outras finalidades
Pág.Página 298
Página 0299:
  conclusões que são corajosas, no sentido de que marcam uma opção, que, porventura, é semp
Pág.Página 299
Página 0300:
  retorqui, dizendo "bom, de facto, tem resultado positivo, não gasta a totalidade da taxa!
Pág.Página 300
Página 0301:
  logo, a RTP, em mais este processo desastroso em que se enfiou sem fazer contas, como aco
Pág.Página 301
Página 0302:
  que tomou em relação à NTV, mas o Sr. Ministro já a explicou ao responder ao Sr. Deputado
Pág.Página 302
Página 0303:
  Há cinco anos, falar de jogos ou de outras realidades interactivas em televisão - e, hoje
Pág.Página 303
Página 0304:
  crime e, no Orçamento do Estado, se eu falsificar as contas, não cometi um crime". Acho q
Pág.Página 304
Página 0305:
  Para além deste plano, existem ainda - mas isso é distinto disto - programas de iniciativ
Pág.Página 305
Página 0306:
  Por exemplo, numa matéria como a da imigração, em que o número de imigrantes, depois de t
Pág.Página 306
Página 0307:
  Ainda neste plano da comunicação social, relevaria a atenção que todo o Programa do Gover
Pág.Página 307
Página 0308:
  Portanto, Sr. Ministro, cada argumento que traz ao nosso convívio é um erro que comete.
Pág.Página 308
Página 0309:
  Em primeiro lugar, um que já foi assinalado: o Sr. Ministro vem aqui desmentir, contradiz
Pág.Página 309
Página 0311:
  uma vez que a iniciativa nesta matéria já não pertence ao Governo mas ao Parlamento. Era
Pág.Página 311
Página 0312:
  considere as componentes educação, cultura, telecomunicações, para além da simples questã
Pág.Página 312
Página 0313:
  Em relação à taxa da RDP, não há qualquer subterfúgio. O valor que constará no Orçamento
Pág.Página 313
Página 0314:
  devem ser consideradas como alternativas para garantir um financiamento estabilizado à te
Pág.Página 314
Página 0315:
  num aspecto nunca mencionado: é que pela tal situação de suficiência em que os senhores c
Pág.Página 315
Página 0316:
  A segunda questão é a de saber se, na sequência do debate que aqui se travou, sim ou não
Pág.Página 316
Página 0317:
  necessário afectar para uma realidade, que não pode ser uma realidade de mais de mil títu
Pág.Página 317
Página 0318:
  Ora, o Sr. Ministro vai defrontar-se - diria mais, não é apenas o Sr. Ministro, somos tod
Pág.Página 318
Página 0319:
  Por exemplo, recentemente, o Sr. Secretário de Estado da Defesa e Antigos Combatentes dis
Pág.Página 319
Página 0320:
  difícil que significa gastar o mesmo, investir mais; e é possível "no gastar o mesmo" ter
Pág.Página 320
Página 0321:
  Sr. Deputado Marques Júnior, creia que é com satisfação que digo que a primeira questão a
Pág.Página 321
Página 0322:
  se pretendia precisamente reforçar, por um lado a cooperação europeia e, por outro, uma p
Pág.Página 322
Página 0323:
  Em todo o caso, para quem quer aproximar-se do arco da governabilidade, é uma questão que
Pág.Página 323
Página 0324:
  Orçamento para 2003, é de cerca de 1,4%. Por conseguinte, o objectivo dos partidos que ap
Pág.Página 324
Página 0325:
  Sr. Ministro, tinha um conjunto de perguntas para lhe colocar, que, no entanto, já foram
Pág.Página 325
Página 0326:
  da política de defesa nacional, que é o conceito estratégico de defesa nacional. Convém,
Pág.Página 326
Página 0327:
  E a consequência sobre um entendimento em questões estruturantes é conseguir um entendime
Pág.Página 327
Página 0328:
  de questões pessoais, que lhes foi pura e simplesmente retirada pela administração. A
Pág.Página 328
Página 0329:
  um esforço para reestruturar e recuperar a empresa. É nosso compromisso, queremos salvar
Pág.Página 329
Página 0330:
  vou referi-lo, porque o Sr. Ministro falou muito nisso - e no crescimento da Lei de Progr
Pág.Página 330
Página 0331:
  houve o primeiro impacto e, agora, há uma estagnação relativamente ao futuro. Penso que i
Pág.Página 331
Página 0332:
  e que, além do mais, intervirá em pleno parque ecológico do Funchal através de postos de
Pág.Página 332
Página 0333:
  Sr. Secretário de Estado deram algumas respostas de esclarecimento que me agradaram, mas
Pág.Página 333
Página 0334:
  Também não está inscrito no Orçamento - creio que não só no orçamento do Ministério da De
Pág.Página 334
Página 0335:
  O Sr. José Lello (PS): - Não estamos a falar da mesma coisa! O Orador: - Mas por qu
Pág.Página 335
Página 0336:
  Podemos todos discutir por que é que há tantos anos os planos de investimento da defesa p
Pág.Página 336
Página 0337:
  O Sr. Secretário de Estado da Defesa e Antigos Combatentes: - Sr. Presidente, Srs. Deputa
Pág.Página 337