O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

 

se pretendia precisamente reforçar, por um lado a cooperação europeia e, por outro, uma posição autónoma de um pequeno país como Portugal?
Já agora permita-me também que pergunte quais são os reflexos orçamentais dessa opção atlantista no que diz respeito às missões humanitárias e de paz, que estão incluídas no seu Ministério, que deve ser acima de tudo o ministério da paz, e não o da guerra?
A segunda questão é a seguinte: há, ou não, um favorecimento de determinados ramos das Forças Armadas em detrimento de outros? Pergunto-lhe se tem reflexo orçamental a dúvida instalada em muitos sectores das Forças Armadas relacionada evidentemente com a recente crise que desencadeou a demissão do Sr. General Alvarenga e a sua substituição.
Estas são duas questões que aliam política e opções orçamentais e para as quais gostaria de obter as suas respostas.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Ministro da Defesa Nacional.

O Sr. Ministro da Defesa Nacional: - Sr. Presidente, Sr. Deputado João Teixeira Lopes, começo por saudá-lo. Na altura em que vim para o Governo o Sr. Deputado chegou à Assembleia, pelo que nunca pude cumprimentá-lo. Por isso, faço-o agora.
Gostaria de dizer que agradeço imenso ao Bloco de Esquerda a preocupação que tem com o meu peso político, mas, verdadeiramente, penso que o Bloco de Esquerda ainda não atingiu peso político suficiente para se preocupar a sério com as questões da defesa, como se viu pela intervenção do Sr. Deputado, que disse coisas genéricas, que, ainda que tenham ligação umas com as outras, não fazem grande sentido do ponto de vista técnico e da consistência.
Ainda assim, começo por dizer que considero relevante que, para 2003, nos países europeus NATO - e não falo dos Estados Unidos da América, cujo diferencial de investimento é altíssimo face à média Europeia dos países NATO -, não são muitos aqueles que conseguem não descer, manter ou melhorar os seus orçamentos de defesa. São mesmo muito poucos, o que foi expressamente saudado, de forma clara, incluindo o Orçamento português, pelo Secretário-Geral da NATO, que é, aliás, trabalhista...! Isto porque as obrigações comunitárias relativas ao défice são para todos e alguns países decidiram fazer diminuições ou reduções, outros decidiram manter ou aumentar, num ano muito difícil. A nossa opção foi a última, tal o estado em que as coisas tinham chegado.
Portanto, considero que Portugal se prestigia exteriormente e afirma a sua capacidade de ser aliado, quer do ponto de vista europeu quer do ponto de vista atlântico - e para mim as duas coisas não são incompatíveis -, ao tomar esta opção.
Chamo a atenção do Sr. Deputado João Teixeira Lopes para o facto de, sem contabilidades criativas, o diferencial entre a média de despesas, ou, como entendo, em grande medida, de investimentos na defesa nacional portuguesa face à média europeia NATO ser um diferencial que temos de recuperar. Já perdemos o que tínhamos a perder nessa matéria. Não podemos se não iniciar um caminho de recuperação. A média dos países europeus NATO gasta 1,8% a 1,9% do Produto nos seus ministérios da defesa e a média portuguesa chegou a atingir 1,1% em determinado momento, chegou a 1,3% no Orçamento rectificativo e está em 1,4% no orçamento para 2003. E considero que é um firme propósito (estabelecido, aliás, nas bases para o conceito estratégico) fazer gradualmente, na medida das nossas possibilidades, o caminho de recuperação.
É que, Sr. Deputado João Teixeira Lopes, das duas uma: ou Portugal aceita reduzir sistematicamente as suas despesas em termos militares - e então não me venha falar em missões humanitárias, em cumprimento de missões externas e em prestígio internacional de Portugal - ou investimos não aquilo que é desejável mas, pelo menos, o que é necessário, para sermos um aliado relevante, tido em conta e participarmos em termos internacionais em missões que muito enobrecem Portugal.
Não entendi bem o discurso do Bloco de Esquerda; o Sr. Deputado falou de uma regressão real e não de num aumento... Presumo que se o Deputado Francisco Louçã estivesse nessa bancada ele diria: "Corte-se na defesa", mas pareceu-me ouvir o Deputado João Teixeira Lopes dizer: "Devia ter aumentado mais". Por isso não sei se entendi bem…

O Sr. João Teixeira Lopes (BE): - Eu não disse isso!

O Orador: - Admito que seja um processo a caminho da consistência, na área da defesa. Temos mais um partido, nesta matéria, a entrar no debate nacional, e isso é muito importante.

Risos do PSD e do CDS-PP.

Já agora, a propósito de opção atlantista, quero dizer-lhe que o Conceito Estratégico de Defesa Nacional teve um período de discussão pública, e tenho ideia de que, dos 112 contributos que foram recebidos, nenhum veio do Bloco de Esquerda. Por exemplo, o Partido Socialista deu um excelente contributo logo no início, que, com certeza, foi, é e será levado em conta na elaboração do texto final do Conceito Estratégico de Defesa Nacional.
Por isso, Sr. Deputado, vejo-o preocupado com o atlantismo, mas tenho a impressão de que houve três meses para fazer um pronunciamento público e não me lembro (posso estar enganado, mas não me lembro) de ter visto um contributo do Bloco de Esquerda - e há 112 contributos escritos!
Aproveito também para dar-lhe uma informação, e em relação a esta matéria devo dizer-lhe que aceito o princípio de que o mundo mudou e as ameaças mudaram também, mas há uma coisa que não mudou, Sr. Deputado, que é a nossa geografia. E por muito que isso possa custar-lhe, somos um País atlântico. Não passámos a ter um rio continental à nossa beira. Somos um país atlântico puro! Não é, sequer, uma escolha! Aconteceu-nos!! É esta a nossa posição estratégica, e é esta posição estratégica que nos deve valorizar na Europa, a qual, obviamente, é a comunidade que, em termos políticos globais, constitui hoje o nosso viver quotidiano, sendo que, evidentemente - também sou o primeiro a dizer (e basta olhar para a operacionalidade dos processos) -, Portugal também é fundador da NATO.
Quanto a este aspecto, quero dizer-lhe que tenho orgulho em ser membro da NATO e em relação a isso, provavelmente há uma grande diferença entre nós. Não sei se o Bloco de Esquerda é a favor da participação de Portugal na NATO e nunca consegui perceber se o Bloco de Esquerda acha que Portugal deve sair da NATO.

Páginas Relacionadas
Página 0262:
  O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, temos quórum, pelo que declaro aberta a reunião. <
Pág.Página 262
Página 0263:
  (e estou a falar de travessia ferroviária) - não a considera uma prioridade, mas a verba
Pág.Página 263
Página 0264:
  não seja só para o Porto ou para Vigo, mas tenha uma possibilidade de ser alimentada por
Pág.Página 264
Página 0265:
  Quanto às áreas metropolitanas, gostaria de destacar a aprovação do diploma legal, também
Pág.Página 265
Página 0266:
  Portanto, para além dessa classificação, gostaríamos que todo este processo avançasse no
Pág.Página 266
Página 0267:
  ao Picoto e depois há um outro ainda, do Picoto ao IC1, que já está construído e concluíd
Pág.Página 267
Página 0268:
  têm apenas um milhão de euros em PIDDAC, o que é manifestamente insuficiente - só o Metro
Pág.Página 268
Página 0269:
  lesiva do interesse nacional e do estatuto de companhia de bandeira que se pretende para
Pág.Página 269
Página 0270:
  da Administração do Porto de Sines e da Administração do Porto de Singapura, que precisam
Pág.Página 270
Página 0271:
  De maneira que estamos a tentar fazer as coisas com a maior economia de meios e (muito im
Pág.Página 271
Página 0272:
  Públicas, Transportes e Habitação considera serem os principais empreendimentos deste Orç
Pág.Página 272
Página 0273:
  estão a ser estudadas e algumas delas já a ser concretizadas, podem ou não reduzir o temp
Pág.Página 273
Página 0274:
  autorização para "guarnecer" a comissão de avaliação e isso foi feito. Ela foi recomposta
Pág.Página 274
Página 0275:
  CP, em articulação com a Refer, a tratar de estimular e de arranjar novas maneiras de exp
Pág.Página 275
Página 0276:
  A ligação de Sines a Espanha é fundamental. Não podemos, por deficiência de ligações ferr
Pág.Página 276
Página 0277:
  O meu colega Deputado Joel Hasse Ferreira já aqui focou o problema de Sines, mas é precis
Pág.Página 277
Página 0278:
  também tem direito a alguma comodidade e a alguma rapidez no trajecto que diária e perman
Pág.Página 278
Página 0279:
  E uma vez que se trata de um concurso não por concessão, porque foi retirado do concurso
Pág.Página 279
Página 0280:
  O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Ministro. O Sr. Ministro das Obras Públicas,
Pág.Página 280
Página 0281:
  Quanto à reformulação do ICOR (Instituto para a Construção Rodoviária) e do ICERR (Instit
Pág.Página 281
Página 0282:
  O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas (Vieira de Castro): - Sr. Presidente, os Sr
Pág.Página 282
Página 0283:
  Para terminar, queria que me dissesse se vai ser feito estudo ou avaliação de impacte amb
Pág.Página 283
Página 0284:
  poder ser utilizada como revenda, o que levará a que uma família tome uma casa de arrenda
Pág.Página 284
Página 0285:
  ser electrificada? Como é que vai avançar, qual é a calendarização? Por outro lado, t
Pág.Página 285
Página 0286:
  O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Habita
Pág.Página 286
Página 0287:
  que existam os projectos de execução, avançar-se-á para a construção, exactamente porque
Pág.Página 287
Página 0288:
  de euros é um número que está bastante longe dos 200 milhões de euros, que é em quanto as
Pág.Página 288
Página 0289:
  Gostaria, portanto, de saber se há alguma ideia de datas. Não sei se está previsto algum
Pág.Página 289
Página 0290:
  Sr. Ministro sabe, está já projectada a ligação Vigo/Madrid, que passa a 50 km de Braganç
Pág.Página 290
Página 0291:
  era então Ministro do Planeamento e, na altura, o seu Ministério defendeu uma posição dif
Pág.Página 291
Página 0292:
  resposta à intervenção da Sr.ª Deputada Edite Estrela, referiu que era preciso remover um
Pág.Página 292
Página 0293:
  cordiais em matéria de realojamento; estamos a tratar da questão do traçado, especialment
Pág.Página 293
Página 0294:
  Uma outra questão que quero colocar tem a ver com a taxa da radiodifusão, que, tradiciona
Pág.Página 294
Página 0295:
  Sr. Deputado esteve presente na primeira reunião que tivemos em sede de comissão, há larg
Pág.Página 295
Página 0296:
  a sua conferência e que, depois, era responsável pela emissão das letras. E existiam cont
Pág.Página 296
Página 0297:
  Ainda assim, direi, sem qualquer temor, que não é intenção do Governo inverter o caminho
Pág.Página 297
Página 0298:
  Por outro lado, creio que é ilegítimo afectar a taxa de radiodifusão a outras finalidades
Pág.Página 298
Página 0299:
  conclusões que são corajosas, no sentido de que marcam uma opção, que, porventura, é semp
Pág.Página 299
Página 0300:
  retorqui, dizendo "bom, de facto, tem resultado positivo, não gasta a totalidade da taxa!
Pág.Página 300
Página 0301:
  logo, a RTP, em mais este processo desastroso em que se enfiou sem fazer contas, como aco
Pág.Página 301
Página 0302:
  que tomou em relação à NTV, mas o Sr. Ministro já a explicou ao responder ao Sr. Deputado
Pág.Página 302
Página 0303:
  Há cinco anos, falar de jogos ou de outras realidades interactivas em televisão - e, hoje
Pág.Página 303
Página 0304:
  crime e, no Orçamento do Estado, se eu falsificar as contas, não cometi um crime". Acho q
Pág.Página 304
Página 0305:
  Para além deste plano, existem ainda - mas isso é distinto disto - programas de iniciativ
Pág.Página 305
Página 0306:
  Por exemplo, numa matéria como a da imigração, em que o número de imigrantes, depois de t
Pág.Página 306
Página 0307:
  Ainda neste plano da comunicação social, relevaria a atenção que todo o Programa do Gover
Pág.Página 307
Página 0308:
  Portanto, Sr. Ministro, cada argumento que traz ao nosso convívio é um erro que comete.
Pág.Página 308
Página 0309:
  Em primeiro lugar, um que já foi assinalado: o Sr. Ministro vem aqui desmentir, contradiz
Pág.Página 309
Página 0310:
  muito sério que vamos ter que travar de uma forma muito empenhada. A informação estat
Pág.Página 310
Página 0311:
  uma vez que a iniciativa nesta matéria já não pertence ao Governo mas ao Parlamento. Era
Pág.Página 311
Página 0312:
  considere as componentes educação, cultura, telecomunicações, para além da simples questã
Pág.Página 312
Página 0313:
  Em relação à taxa da RDP, não há qualquer subterfúgio. O valor que constará no Orçamento
Pág.Página 313
Página 0314:
  devem ser consideradas como alternativas para garantir um financiamento estabilizado à te
Pág.Página 314
Página 0315:
  num aspecto nunca mencionado: é que pela tal situação de suficiência em que os senhores c
Pág.Página 315
Página 0316:
  A segunda questão é a de saber se, na sequência do debate que aqui se travou, sim ou não
Pág.Página 316
Página 0317:
  necessário afectar para uma realidade, que não pode ser uma realidade de mais de mil títu
Pág.Página 317
Página 0318:
  Ora, o Sr. Ministro vai defrontar-se - diria mais, não é apenas o Sr. Ministro, somos tod
Pág.Página 318
Página 0319:
  Por exemplo, recentemente, o Sr. Secretário de Estado da Defesa e Antigos Combatentes dis
Pág.Página 319
Página 0320:
  difícil que significa gastar o mesmo, investir mais; e é possível "no gastar o mesmo" ter
Pág.Página 320
Página 0321:
  Sr. Deputado Marques Júnior, creia que é com satisfação que digo que a primeira questão a
Pág.Página 321
Página 0323:
  Em todo o caso, para quem quer aproximar-se do arco da governabilidade, é uma questão que
Pág.Página 323
Página 0324:
  Orçamento para 2003, é de cerca de 1,4%. Por conseguinte, o objectivo dos partidos que ap
Pág.Página 324
Página 0325:
  Sr. Ministro, tinha um conjunto de perguntas para lhe colocar, que, no entanto, já foram
Pág.Página 325
Página 0326:
  da política de defesa nacional, que é o conceito estratégico de defesa nacional. Convém,
Pág.Página 326
Página 0327:
  E a consequência sobre um entendimento em questões estruturantes é conseguir um entendime
Pág.Página 327
Página 0328:
  de questões pessoais, que lhes foi pura e simplesmente retirada pela administração. A
Pág.Página 328
Página 0329:
  um esforço para reestruturar e recuperar a empresa. É nosso compromisso, queremos salvar
Pág.Página 329
Página 0330:
  vou referi-lo, porque o Sr. Ministro falou muito nisso - e no crescimento da Lei de Progr
Pág.Página 330
Página 0331:
  houve o primeiro impacto e, agora, há uma estagnação relativamente ao futuro. Penso que i
Pág.Página 331
Página 0332:
  e que, além do mais, intervirá em pleno parque ecológico do Funchal através de postos de
Pág.Página 332
Página 0333:
  Sr. Secretário de Estado deram algumas respostas de esclarecimento que me agradaram, mas
Pág.Página 333
Página 0334:
  Também não está inscrito no Orçamento - creio que não só no orçamento do Ministério da De
Pág.Página 334
Página 0335:
  O Sr. José Lello (PS): - Não estamos a falar da mesma coisa! O Orador: - Mas por qu
Pág.Página 335
Página 0336:
  Podemos todos discutir por que é que há tantos anos os planos de investimento da defesa p
Pág.Página 336
Página 0337:
  O Sr. Secretário de Estado da Defesa e Antigos Combatentes: - Sr. Presidente, Srs. Deputa
Pág.Página 337