O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

 

Sr. Ministro, tinha um conjunto de perguntas para lhe colocar, que, no entanto, já foram colocadas, a meu ver, de forma bastante responsável, reconheço, por parte do Sr. Deputado Marques Júnior, que saúdo, mais uma vez, pelas preocupações que tem de, em matérias de defesa, procurar maiores consensos e de não fazer da defesa um tema de guerra política. Acho que da parte do CDS-PP também houve essa posição, pelo menos quando estava na oposição, e falo por mim, porque não tenho a capacidade de falar também pelos outros.
Saúdo, portanto, as perguntas feitas pelo Sr. Deputado, que, de facto, nos preocupavam e as respostas dadas pelo Sr. Ministro, que vão descansar muitos militares, nomeadamente em relação à não aplicação do artigo 37.º aos militares, a que, com certeza, os membros da comunicação social darão publicamente voz.
Como já disse, as várias respostas dadas pelo Sr. Ministro reduzem o leque das perguntas que tinha para lhe colocar.
Mas, como o Sr. Deputado João Teixeira Lopes já se referiu aqui ao discurso que o Sr. Presidente da República fez na segunda-feira, aquando da tomada de posse do CEMFA Almirante Mendes Cabeçadas, em que ele apelou, como estão recordados, apelo esse que acho que é importante, a consensos alargados sobre as grandes reformas que são necessárias para as Forças Armadas, eu gostaria de dizer que acho esse apelo positivo. Não é só ir buscar alguns aspectos do discurso, acho que esta é, de facto, a parte mais importante do discurso.
Mas o Sr. Presidente da República falou também de calendários. É obvio que o Sr. Presidente da República não assiste, nem tem de assistir, às nossas sessões, por isso não assistiu à sua primeira vinda à Comissão de Defesa Nacional, julgo que em Junho deste ano, em que V. Ex.ª anunciou exactamente a calendarização das actividades que se propunha fazer em matéria de defesa. Ora, eu gostaria, para relembrar e porque já está a ser aplicada de facto, que, em relação às várias matérias, informasse a Comissão de Defesa dessa calendarização de actividades e sobre o seu efectivo cumprimento, ao contrário do que andam por aí a dizer, porque isto, depois, tem a ver exactamente com a aplicação do orçamento.
O segundo aspecto importante que eu gostaria de saber, porque isso tem a ver com a aplicação da Lei de Programação Militar, é em que estado é que se encontram alguns dos programas de reequipamento das Forças Armadas. Nós vimos a assinatura do contrato dos patrulhões, que já foi aqui referida, tal como também já foram referidos os programas dos MLU da 2.ª Esquadra dos F16, mas gostaria de saber em que estado é que estão esses programas e outros que ainda estão para ser tratados, ou seja, em que estado é que está a aplicação da Lei de Programação Militar.
Por outro lado, aquando da sua primeira vinda aqui à Comissão, se não me engano, há um mês atrás, foi-nos dado o estado do cumprimento da actual LPM e as verbas que foram gastas, mas eu gostaria de saber em que estado é que estão as verbas já cativadas e as verbas já efectivamente gastas, comparando-as, eventualmente, aos anos anteriores.
Terceiro aspecto: que mensagem é que o Sr. Ministro nos pode deixar sobre o sistema retributivo dos militares, porque também já disse que ia tentar resolver as questões que tinham a ver com esse sistema, que foi deixado numa situação muito problemática. Nós herdámos, de facto, a esse nível uma situação muito problemática.
Já foi dado um passo muito positivo, aliás, referido pelas associações militares, que tem a ver com a resolução da questão das retribuições dos sargentos e praças das Forças Armadas e sua equiparação a idênticas categorias da GNR. Que mensagem é que o Sr. Ministro nos pode deixar para outras situações de desequilíbrio que existem e que, a nível do sistema retributivo, não se encontram resolvidas, sendo que é óbvio que não pode ser resolvido tudo imediatamente, porque não há verbas, pois estamos numa situação complicada. Mas como este vai ser, graças a Deus, um Governo de quatro anos e, se Deus quiser, de mais quatro, gostaria de saber que perspectivas a médio prazo é que existem sobre esta questão.
A minha última questão tem a ver com uma coisa que o Sr. Ministro aqui disse e que me levantou dúvidas. O Sr. Ministro falou, nomeadamente, da cooperação técnico-militar com os PALOP, que é fundamental. Nesse âmbito, pergunto-lhe em que estado é que se encontram exactamente as dívidas desses países para connosco, se alguma coisa está a ser feita a esse nível, porque essa foi uma situação muita complicada que herdámos, sendo que também é muito difícil fazer os nossos países irmãos, os países lusófonos, cumprir, porque eles não têm capacidade.
Mas, num momento em que começa a haver estabilidade em Angola, e ainda bem que assim é, com a paz que chegou finalmente - e, como nasci em Angola, isso é uma coisa que me diz muito, assim como ao Sr. Deputado João Teixeira Lopes -, pergunto se essa situação de maior estabilidade política pode permitir, eventualmente, uma resolução a esse nível, porque sei que houve um encontro que o Sr. Ministro organizou, e, aliás, muito bem, com todos os Ministros de Defesa dos PALOP. Gostaria, portanto, de saber se, a esse nível, algo foi abordado aquando dessa conferência, porque, obviamente, tem também um impacto directo nas contas do Estado.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro de Estado e da Defesa Nacional.

O Sr. Ministro de Estado e da Defesa Nacional: - Sr. Presidente, Sr. Deputado João Rebelo, cumprimento-o, naturalmente, porque é a primeira vez…

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): - Sr. Presidente, peço desculpa.
Esqueci-me não só de cumprimentar V. Ex.ª e o Sr. Presidente da Comissão de Defesa Nacional, mas também de cumprimentar o meu querido amigo e ex-colega, Secretário de Estado da Defesa e Antigos Combatentes.

O Sr. Presidente: - Muito obrigado pela sua cortesia.

O Sr. Ministro de Estado e da Defesa Nacional: - Sr. Presidente, Sr. Deputado João Rebelo, quero cumprimentar V. Ex.ª, porque é a primeira vez que aqui sou interrogado por aquele que foi o meu primeiro Secretário-Geral, portanto, pessoa que me ajudou muitíssimo ao longo de todos estes anos e que agora está no lado dos escrutinadores e eu do lado dos escrutinados, sublinhando a sua enorme paciência para ver eleições americanas até às 6 horas da manhã.
Quero começar por dizer-lhe o seguinte: quanto à calendarização das nossas actividades, o que está escrito no Programa do Governo é o que estamos a cumprir, e foi dito que começaríamos pelo documento essencial e estruturante

Páginas Relacionadas
Página 0262:
  O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, temos quórum, pelo que declaro aberta a reunião. <
Pág.Página 262
Página 0263:
  (e estou a falar de travessia ferroviária) - não a considera uma prioridade, mas a verba
Pág.Página 263
Página 0264:
  não seja só para o Porto ou para Vigo, mas tenha uma possibilidade de ser alimentada por
Pág.Página 264
Página 0265:
  Quanto às áreas metropolitanas, gostaria de destacar a aprovação do diploma legal, também
Pág.Página 265
Página 0266:
  Portanto, para além dessa classificação, gostaríamos que todo este processo avançasse no
Pág.Página 266
Página 0267:
  ao Picoto e depois há um outro ainda, do Picoto ao IC1, que já está construído e concluíd
Pág.Página 267
Página 0268:
  têm apenas um milhão de euros em PIDDAC, o que é manifestamente insuficiente - só o Metro
Pág.Página 268
Página 0269:
  lesiva do interesse nacional e do estatuto de companhia de bandeira que se pretende para
Pág.Página 269
Página 0270:
  da Administração do Porto de Sines e da Administração do Porto de Singapura, que precisam
Pág.Página 270
Página 0271:
  De maneira que estamos a tentar fazer as coisas com a maior economia de meios e (muito im
Pág.Página 271
Página 0272:
  Públicas, Transportes e Habitação considera serem os principais empreendimentos deste Orç
Pág.Página 272
Página 0273:
  estão a ser estudadas e algumas delas já a ser concretizadas, podem ou não reduzir o temp
Pág.Página 273
Página 0274:
  autorização para "guarnecer" a comissão de avaliação e isso foi feito. Ela foi recomposta
Pág.Página 274
Página 0275:
  CP, em articulação com a Refer, a tratar de estimular e de arranjar novas maneiras de exp
Pág.Página 275
Página 0276:
  A ligação de Sines a Espanha é fundamental. Não podemos, por deficiência de ligações ferr
Pág.Página 276
Página 0277:
  O meu colega Deputado Joel Hasse Ferreira já aqui focou o problema de Sines, mas é precis
Pág.Página 277
Página 0278:
  também tem direito a alguma comodidade e a alguma rapidez no trajecto que diária e perman
Pág.Página 278
Página 0279:
  E uma vez que se trata de um concurso não por concessão, porque foi retirado do concurso
Pág.Página 279
Página 0280:
  O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Ministro. O Sr. Ministro das Obras Públicas,
Pág.Página 280
Página 0281:
  Quanto à reformulação do ICOR (Instituto para a Construção Rodoviária) e do ICERR (Instit
Pág.Página 281
Página 0282:
  O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas (Vieira de Castro): - Sr. Presidente, os Sr
Pág.Página 282
Página 0283:
  Para terminar, queria que me dissesse se vai ser feito estudo ou avaliação de impacte amb
Pág.Página 283
Página 0284:
  poder ser utilizada como revenda, o que levará a que uma família tome uma casa de arrenda
Pág.Página 284
Página 0285:
  ser electrificada? Como é que vai avançar, qual é a calendarização? Por outro lado, t
Pág.Página 285
Página 0286:
  O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Habita
Pág.Página 286
Página 0287:
  que existam os projectos de execução, avançar-se-á para a construção, exactamente porque
Pág.Página 287
Página 0288:
  de euros é um número que está bastante longe dos 200 milhões de euros, que é em quanto as
Pág.Página 288
Página 0289:
  Gostaria, portanto, de saber se há alguma ideia de datas. Não sei se está previsto algum
Pág.Página 289
Página 0290:
  Sr. Ministro sabe, está já projectada a ligação Vigo/Madrid, que passa a 50 km de Braganç
Pág.Página 290
Página 0291:
  era então Ministro do Planeamento e, na altura, o seu Ministério defendeu uma posição dif
Pág.Página 291
Página 0292:
  resposta à intervenção da Sr.ª Deputada Edite Estrela, referiu que era preciso remover um
Pág.Página 292
Página 0293:
  cordiais em matéria de realojamento; estamos a tratar da questão do traçado, especialment
Pág.Página 293
Página 0294:
  Uma outra questão que quero colocar tem a ver com a taxa da radiodifusão, que, tradiciona
Pág.Página 294
Página 0295:
  Sr. Deputado esteve presente na primeira reunião que tivemos em sede de comissão, há larg
Pág.Página 295
Página 0296:
  a sua conferência e que, depois, era responsável pela emissão das letras. E existiam cont
Pág.Página 296
Página 0297:
  Ainda assim, direi, sem qualquer temor, que não é intenção do Governo inverter o caminho
Pág.Página 297
Página 0298:
  Por outro lado, creio que é ilegítimo afectar a taxa de radiodifusão a outras finalidades
Pág.Página 298
Página 0299:
  conclusões que são corajosas, no sentido de que marcam uma opção, que, porventura, é semp
Pág.Página 299
Página 0300:
  retorqui, dizendo "bom, de facto, tem resultado positivo, não gasta a totalidade da taxa!
Pág.Página 300
Página 0301:
  logo, a RTP, em mais este processo desastroso em que se enfiou sem fazer contas, como aco
Pág.Página 301
Página 0302:
  que tomou em relação à NTV, mas o Sr. Ministro já a explicou ao responder ao Sr. Deputado
Pág.Página 302
Página 0303:
  Há cinco anos, falar de jogos ou de outras realidades interactivas em televisão - e, hoje
Pág.Página 303
Página 0304:
  crime e, no Orçamento do Estado, se eu falsificar as contas, não cometi um crime". Acho q
Pág.Página 304
Página 0305:
  Para além deste plano, existem ainda - mas isso é distinto disto - programas de iniciativ
Pág.Página 305
Página 0306:
  Por exemplo, numa matéria como a da imigração, em que o número de imigrantes, depois de t
Pág.Página 306
Página 0307:
  Ainda neste plano da comunicação social, relevaria a atenção que todo o Programa do Gover
Pág.Página 307
Página 0308:
  Portanto, Sr. Ministro, cada argumento que traz ao nosso convívio é um erro que comete.
Pág.Página 308
Página 0309:
  Em primeiro lugar, um que já foi assinalado: o Sr. Ministro vem aqui desmentir, contradiz
Pág.Página 309
Página 0310:
  muito sério que vamos ter que travar de uma forma muito empenhada. A informação estat
Pág.Página 310
Página 0311:
  uma vez que a iniciativa nesta matéria já não pertence ao Governo mas ao Parlamento. Era
Pág.Página 311
Página 0312:
  considere as componentes educação, cultura, telecomunicações, para além da simples questã
Pág.Página 312
Página 0313:
  Em relação à taxa da RDP, não há qualquer subterfúgio. O valor que constará no Orçamento
Pág.Página 313
Página 0314:
  devem ser consideradas como alternativas para garantir um financiamento estabilizado à te
Pág.Página 314
Página 0315:
  num aspecto nunca mencionado: é que pela tal situação de suficiência em que os senhores c
Pág.Página 315
Página 0316:
  A segunda questão é a de saber se, na sequência do debate que aqui se travou, sim ou não
Pág.Página 316
Página 0317:
  necessário afectar para uma realidade, que não pode ser uma realidade de mais de mil títu
Pág.Página 317
Página 0318:
  Ora, o Sr. Ministro vai defrontar-se - diria mais, não é apenas o Sr. Ministro, somos tod
Pág.Página 318
Página 0319:
  Por exemplo, recentemente, o Sr. Secretário de Estado da Defesa e Antigos Combatentes dis
Pág.Página 319
Página 0320:
  difícil que significa gastar o mesmo, investir mais; e é possível "no gastar o mesmo" ter
Pág.Página 320
Página 0321:
  Sr. Deputado Marques Júnior, creia que é com satisfação que digo que a primeira questão a
Pág.Página 321
Página 0322:
  se pretendia precisamente reforçar, por um lado a cooperação europeia e, por outro, uma p
Pág.Página 322
Página 0323:
  Em todo o caso, para quem quer aproximar-se do arco da governabilidade, é uma questão que
Pág.Página 323
Página 0324:
  Orçamento para 2003, é de cerca de 1,4%. Por conseguinte, o objectivo dos partidos que ap
Pág.Página 324
Página 0326:
  da política de defesa nacional, que é o conceito estratégico de defesa nacional. Convém,
Pág.Página 326
Página 0327:
  E a consequência sobre um entendimento em questões estruturantes é conseguir um entendime
Pág.Página 327
Página 0328:
  de questões pessoais, que lhes foi pura e simplesmente retirada pela administração. A
Pág.Página 328
Página 0329:
  um esforço para reestruturar e recuperar a empresa. É nosso compromisso, queremos salvar
Pág.Página 329
Página 0330:
  vou referi-lo, porque o Sr. Ministro falou muito nisso - e no crescimento da Lei de Progr
Pág.Página 330
Página 0331:
  houve o primeiro impacto e, agora, há uma estagnação relativamente ao futuro. Penso que i
Pág.Página 331
Página 0332:
  e que, além do mais, intervirá em pleno parque ecológico do Funchal através de postos de
Pág.Página 332
Página 0333:
  Sr. Secretário de Estado deram algumas respostas de esclarecimento que me agradaram, mas
Pág.Página 333
Página 0334:
  Também não está inscrito no Orçamento - creio que não só no orçamento do Ministério da De
Pág.Página 334
Página 0335:
  O Sr. José Lello (PS): - Não estamos a falar da mesma coisa! O Orador: - Mas por qu
Pág.Página 335
Página 0336:
  Podemos todos discutir por que é que há tantos anos os planos de investimento da defesa p
Pág.Página 336
Página 0337:
  O Sr. Secretário de Estado da Defesa e Antigos Combatentes: - Sr. Presidente, Srs. Deputa
Pág.Página 337