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13 DE ABRIL DE 2012

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desequilíbrios estruturais, mas é inteiramente compatível com uma acomodação razoável às flutuações do

ciclo económico.

Como se pode ver, a chamada «regra de ouro» e as provisões relativas ao endividamento em geral, não

têm apenas consequências financeiras, desempenham um papel igualmente importante na elevação da

qualidade da nossa democracia. No contexto da democracia europeia a regra de ouro reflete a consideração

que é devida aos cidadãos de um Estado que sofrem as consequências das decisões de um outro. Mas na

democracia portuguesa a regra de ouro, que não é uma regra nem de esquerda nem de direita, contribuirá

para elevar o rigor e a transparência do nosso debate público.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PCP.

Esta regra não empurra nenhum governo a trair a sua identidade,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sobretudo, aqueles que não têm dignidade!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … nem o seu programa. Não condiciona as escolhas do eleitorado que é

chamado a escolher de entre projetos políticos alternativos. Apenas exige que os candidatos ao Governo do

País sejam consequentes com as implicações financeiras das suas propostas.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Além disso, garante um princípio de equilíbrio entre gerações, porque, como

sabemos, os desequilíbrios orçamentais persistentes e a acumulação excessiva de dívida são em grande

medida feitas por uma geração que vinculam as gerações seguintes.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Ora, isso desrespeita um princípio democrático fundamental. Porque cada geração deve ter autonomia

para fazer as suas próprias escolhas — sem o fardo insuportável de dívida que não escolheu —, mas

atendendo sempre à autonomia da que virá a seguir.

Como comecei por dizer, há muito que nos comprometemos com o projeto de uma Europa mais unida.

Estou certo de que, neste momento, saberemos fortalecer os alicerces da União e preparar a prosperidade do

futuro.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado António José Seguro.

O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, é em nome da opção europeia

de Portugal que nós votaremos favoravelmente os tratados que hoje aqui estão em discussão.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. António José Seguro (PS): — O Partido Socialista foi, desde o início, sempre defensor, na primeira

linha e na primeira hora, da adesão de Portugal à União Europeia, da adesão de Portugal ao euro e da

manutenção de Portugal através do aprofundamento político no projeto europeu.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Bem lembrado!

Resultados do mesmo Diário
Página 0004:
: — A regra de ouro que devemos transpor para a ordem interna, de um modo desejavelmente tão consensual
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Página 0006:
, a chamada «regra de ouro». Só que, Sr. Primeiro-Ministro, isto é o que nos une. Gostava, no entanto
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Página 0012:
a isso, numa enorme operação da falsificação política, a regra de ouro. Não é uma regra de ouro, Sr. Primeiro
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Página 0013:
, de uma forma clara e legítima, assumir as nossas responsabilidades. Felizmente, a regra de ouro que é
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Página 0016:
o pacto orçamental e a regra de ouro dos 0,5% do défice estrutural, se for avante, significa
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Página 0017:
Novo (PCP): — O pacto orçamental quer impor regras (ditas de ouro) que transportam
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Página 0018:
, essa, sim, de ouro, a regra da unanimidade para a entrada em vigor de tratados europeus
Pág.Página 18
Página 0024:
amanhã. O Sr. Deputado deixou-me uma pergunta em relação à concretização da chamada regra de ouro
Pág.Página 24
Página 0028:
e introduzimos no debate constitucional a possibilidade da existência desta chamada regra de ouro
Pág.Página 28
Página 0035:
13 DE ABRIL DE 2012 35 e o destino da chamada «regra de ouro» pela primeira vez
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