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to, o não fez o marechal Botelho, quando a província foi invadida pelos Francezes.
N.° 6.° Resposta dada pelo dito capitão ao governador da provinda do Minho.
N.° 7.° Officio do dito governador do Minho, communicando no ex-marechal Beresford a resposta do capitão Vianna, e que lhe parecia melhor que o marechal Botelho respondesse da sua conducta em um conselho de guerra.
N.º 8.° Resposta do ex-marechal Beresford ao governador do Minho, dando-lhe algumas noções a respeito da conducta do marechal Botelho, para elle as apresentar em conselho do guerra.
N.º 9.° Resposta do capitão Vianna, dirigida ao ex-marechal Beresford, dando os motivos de não ter dado ao governador de Minho as noções que este lhe pedira a respeito da conducta do marechal Botelho. Que elle confirmava novamente tudo o que tinha dito a Sua Exc.ª em 16 de Abril.
Secretaria das Cortes em 3 de Agosto de 1822. - Joaquim Guilherme da Costa Posser.

Para José Maria de Sousa e Almeida.

As Cortes Geraes e Extraordinárias da Nação portuguesa, tendo resolvido em data de 20 de Maio do corrente anno, que ficassem prohibidas as licenças indefinidas, não podendo conceder-se por mais de um mez, o qual por justa causa poderia ser prorogado: ordenão que a sobredita resolução seja communicada a V. S.ª accrescentando que se ha por finda a licença, que indeterminadamente fôra concedida, e participada a V. S.ª em data de 6 do citado mez.
Deus guarde a V. S.ª Paço das Cortes em 3 de Agosto de ]822. - João Baptista Felgueiras.
Na mesma conformidade se escreveu ao Sr. Deputado Domingos Malaquias de Aguiar Pires Ferreira.

Redactor - Galvão.

SESSÃO DE 5 DE AGOSTO.

ABERTA a sessão á hora do costume, pelo Sr. Freire, Presidente, leu-se a acta da antecedente, e foi approvada.
O Sr. Secretario Felgueiras mencionou um officio do Ministro dos negocios do Reino, acompanhando um requerimento de quatro paroquias da ilha da Madeira, que pedem a creação de uma villa, em uma dellas: foi mandado para a Commissão de estatística. E uma carta do Sr. Deputado José de Gouvêa Ozorio, pedindo trinta dias de licença para entrar no uso de remédios, que lhe forão concedidos.
Procedeu-se na verificação dos Srs. Deputados presentes, e se acharão 117, faltando sem licença 5, os Srs. Ribeiro de Andrada, Moreira, Borges de Barros, Agostinho Gomes, Ribeiro Saraiva: e com ella 30 os Srs. Gomes Ferrão, Quental da Camará, Bueno, Arcebispo da Bahia, Sepulveda, Macedo, Feijó, Aguiar Pirei, Lyra, Moniz Tavares, Xavier Monteiro, Almeida e Castro, Queiroga, Ferreira, da Silva, Pinto de Magalhães, Berford, Faria de Carvalho, Faria, Maura, Lino Coutinho, Sousa e Almeida, Fernandes Thomaz, Cattro e Silva Zefyrino dos Santos, Vergueiro, Araujo Lima, Bandeira, Salema, e Vicente da Silva.
O Sr. Rosa: - Ontem veio ao meu conhecimento uma noticia vinda por uma embarcação franceza em que o capitão diz que em Hespanha estão entrando cincoenta mil homens francezes; póde ser que isto não seja verdade, mas se o for, devemos preparar-nos para não acontecer o mesmo que aconteceu, quando os Francezes aqui chegarão, e vem a ser, que quando se soube a noticia, já os Francezes estavão em Abrantes, e foi preciso, para se saber se esta vão, ir daqui um official a este fim. Sabemos o estado em que a Hespenha se acha, e por tanto assento que não nos devemos descuidar, e pôr em lethargo: por mar também ha noticia que se prepara uma esquadra para vir contra nós; se isto assim acontecer, sou a cousa mais desgraçada que ha. Eu vejo que nós não temos tropa, as recrutas não se fazem, não vejo precaução nenhuma, e por tanto rogo ao soberano Congresso queira tomar isto em vista, e na sua mais alta consideração.
O Sr. Presidente disse, que fizesse uma indicação por escripto.
O Sr. Miranda (tendo pedido a palavra, e duvidando o Sr. Presidente conceder-lha) disse: - Pois anuuncia-se á face do Congresso, e da Nação, que um exercito de cincoenta mil homens tem entrado na Hespanha, e que uma esquadra vem contra nós, e não se ha de acclarar este negocio? Donde vem essa noticia, pergunto eu ao illustre Prcopinante? Se ella fosse verdadeira, não estaria ella ao conhecimento do Governo, e não teria elle dado as providencias? O Governo havia de ser tão inepto, que apparecendo na Hespanha cincoenta mil homens, não desse providencia nenhuma? Eu não digo que tenhão, nem que não tenhão entrado; o que digo he, que não posso capacitar-me que cincoenta mil homens francezes nas circunstancias em que actualmente considero a França, tivessem a indiscripção de entrarem na Península. Por isso aquella noticia he muito duvidosa, e não deve ser admittida como certa dentro deste recinto.
O Sr. Rosa: - As mesmas palavras que acabo de ouvir, ouvi eu na occasião em que os Franceses aqui entrarão. Eu não dou a noticia como certa; entretanto não quero, que depois de acontecer, nós possamos dizer, não cuidei.
O Sr. Franzini: - O illuslre Preopinante assustou-se com uma noticia que appareceu no Diário do Governo, em que se dizia, que uma embarcação aportada em Malaga, tinha ali espalhado esta patarata redicula. Nas fronteiras de França não ha mais que o cordão sanitário; e ainda que elle possa ter alguns fins sinistros, com tudo estes se dissiparão á vista dos successos do dia 7 de Julho. Não ha por tanto senão essa noticia vaga, referida. pelo Diário, para dar a conhecer a sua estravagancia, e previnir os crédulos; e não ha facto algum que possa excitar desconfianças,