O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

DIATUO DO GOVEUNQ.

:nái~que na -época em-que .o -rebelde 'Gomes en-«tttnJti: nu -Andaluzia, se reunisse muita gente ao •jp)#íri'HM'ito Eemecliido , mas hoje á vista do •rtstwdo era

Eu, Sr. Presidente, empenho-fõie muito nesta questão, por issp que ella .é do .maior inte< resse": -não receio que o guerriilioiro-Remechido possa atacar nossas. Instituições; mas acerto que os habitantes • do Algarve devem viver em tranquilidade, e teni tocft o direito á segurança de euas pessoas, e «nas propriedades.

O ST. Basilio Cabral:—Eu queria eximir-me de lançar o odioso sobre as autliondadas anteriores á minha estada no Algarve, mas é forçoso fazé-Io por amor cia verdade. Asaulho-íidades superiores tanto civis como .militares, que lá estavam, parece que não cumpriram coiu o sen dever; não tractaram aquelle objecto com a seriedade que era devida, -aliás teriam tomado medidas opporturças para. o pleno socegoda quella Província. Eu, como sabe, muita gente, estive na Campanha do Algarve ate á Conven çiip de Évora Monte; observei rar conseguinte todos os movimentos-do Remp.chido nessa épo ca, e aMí seachavam alg.uns Srs. hoje Deputa dos como-o 'Hiéu il.ljistre amigo o Sr. Lunn, e Rojão. Depois que"áppa'receu- a Convenção de Évora 'Montc7 (Jesàpp'aréceu a guerrilha, e só o Remechido ficou errapte pela serra: a afiei côo-que os habitantes lhe tinham, fez com que este hom«tn fosse protegido,-sé não abertamente , .ao menos ás escondidas,

Depois, que eu.lú/estive fiz uma requisição 'no/Sr. Ministro do Reino de 600 armas; mandou algumas, não mandou, todas, porque lhe D Tio foi possível.-" Querendo eu aproveitar ptem-po, por-isso que aqúélla" Provincia não offerece ascominodidades em transportes, como a&mais, te as viagens de mar são muito contingentes; rjfftcici ao benemérito Comroandahte das Armas 'Èan>buj\aL De aecórdo com o Com-. dasvArmas filemos uma sortida sobre 'lia S de Novembro (supponho eu), or,, M oito dias :• não foi posswet o ftemechido, nem com osguer-ê se deram certas providèn-iiidar- destruir os-fór-nosãon. fe èiíís,toíirftS-ô peto. No cume da Serra dtf,

"'............ naa pequena guarda rebelde,'

emente, deixando umas 41011-

ft 3ti ftzes, que foram-, distribuídas:- passado

^ ;Éòrrtou outra vez acorrer a noticia de que srjfcm o Hemechido na serra; o Comman-de accordo comigo orgamsou>

urrla D,ivisãovolânte,'e'giinTneceu os'porrtos.pTO-ximpSjá Serra, como são S. BartbolomeUdeMes-sines, Eomfim ,-e outro». Estes pontos tinham =força auGQciente paia fazer sortidas repetidas; fiz com que se pozessem -a segundos habitantes do littoral, ^ue é^a pai te do Algarve propria-me.nlfijdJto.: entre tanto a Divisão volante poz-se em acção", estabéleceram-sé os destacamentos, e não foi possível ap"pavccer o Remechido. Agora recebo1 cartas peío Correio* passado" em -que se medi-zia, que Hemechido tornara .a ap-parecer, e a coiiiractler atrocidades: outras ultimo Correio di?,cm, que não foi assim, e que -não'tinha-sido tautocomo sedizia; foi lá uma •força -da Guarda Nacional, e Linha,.e não encontraram o Remechido. Seja como for, o certo é que os habitantes tem todo o receio do Remechido, por isso que presenciaram as atrocidades praticadas por elle em Albufeira eLou-le, e outras terras; mas o quetambeni é corto, e' que elles tem mais medo do que devem tar , porque em uma occasiào em que em Silves estavam 50 bayoueias de Linha-, e 60 ajun da. Guarda Nuuional , assim mesmo, diga, os habitantes tinlifim medo, apezar de cobeHos db mais a mais com uma força de 80 bayonetas um S. Bailholomeu a 2 legoas de distancia, quando eu só com as 50 bayonetas não duvidava defender-me delles; isto de medo e' uma moléstia que ninguém cura ; não c possível. • As circumstancias em que se acha a guerrilha do Hemechido não deve causar tanto 'medo , quanto por muitas partes parecem ter causado ; porque 'tendo-se ido á Serra muitas vezes procura-lo, e elle desapparece. Se o Remechido tivesse 200 guerrilhas em Serras tacs, que por si sós subministram de/eza a uma pequena força , havia de esperar' o ataque ; logo que elle o .não espera dá indícios, que não tem força, nem ha motivo para tanto nJedo. X) Governo está presente, poderá dar algumas informações ; e por esta occasião accrescentarei que e' preciso tomar inedidas, que talvez,não estejam nas suas attnbuições: sem isso não e possível dar conta, de tal guerrilha ; as medidas -serão talvea declarar a Serra em sitio , e estabelecer -a Lei marcial; assim tiradas as fórmulas dav-se-ha cabo do Remechido, e de sua guerrilha.

O Sr."B. de Leiria: —O fim desta proposta não pôde ser outro se não dizer ao Sr! .Ministro da Guerra, que no Algarve .anda um miguelista, e uma facção, que assola aquelles Povos; da discussão não teremos se não o perguntar ao Sr. Ministro se precisa de algu ma cousa do nós para dar as providencias': c preciso que se advirta, que o Exercito não está pago j nem vestido, e que é indispensável espera.r pelo tempo, e dar dinheiro ao Governo para isto. Por 'bem da ordem," peço que acabe.esta discussão,, ou que'roguemos,a algum dos Srs. Ministros dtf alguma explicação, ou lhe digamos tome isto em consideração para tomas as providencias , que estou persuadido -ha de .dar.

O Sr. Barjona : —Era para dizer o que aça-•ba de ponderai o- Sr. Barão de Leiria, que tinha, pedido a palavra-, — Algumas reflexões tinha' a accrescentar , mas sào. para depois da explicação do Sr. Ministro. Agora só peço, que as dê com a'possivel brevidade. Agradeço-as explicações do Sr. Basilio Cabral, porque me deu a saber algumas cousas, que eu ate' então ignorava. •

O Sr. Judice Samóra: —Eu. apoio plenamente as idéas- do Srj Barjona; a respeito do estado lastimoso- em- que se acha a Província do Algarve: não ha duvida que esisle urna guerrilha, que cor?e os montes, e as povoações da Serra, (e mesmo, aquçHas que lhe ficam immediatas)- isto a seu bel-praze», e .sem q»e tenham obstacuto algufa para exeeutar as maiores atrocidad'e&, e tanto- rjue não ha muito , que no Povo de S. -Martinho assassinou três , oui quatro beneméritos ; e- em algumas outias-poyoaçõès da Serra- tem- praticado iguaes crirnes,, 'os'quaes'é necessário- que iirrmeàia.-tamente se- lhes tolhão-, e que o- Go-vorno tome em- consideração •&• posição-1 desta; -Provin. cia; não só pelo estado em que-seachá-a respeito das-atrocidades-praticadas- por --aquelle ba-ndo-detscelerados,- mas a- respeito» do- estsú-do • do seu* comrn.ércio':' os' CorreJQs te«r sido. mteree-ptados ,• nenhuma otítfa, Pr-ovinGiq,-túBV feito á restauração mai-s-servrços- ck> que o 'At-jarve; por- conseguinte não sóy-poF' sei- uma Darte-JHR!grãnt6-d,b-Reino,: mas -em' cpfisJdera-jão a seus serviços, e ao espirito de que se ach-a; animada-:-; eu- espero -que este Congresso,- & os Srs.- Ministros-" da Coroa tomarão, pvov-id&n-

cias , pelas, quaes por uma ~vez acabassem com aquella quadrilha de salteadores,. a fim de que a Provincia recobre a devida seguridade* E' certo não ser possível que um tal bando de preversos possa penetrar nas.cidades de -Faro y Lagos, Tavira y ou algumas outras povoações guarnecidas; mas penetra nas que estão contíguas, as quaes estão sempre em continua anciedade : deste modo não é possível, que os habitantes tratem de suas profissões, e negócios, porque elles se acham parados .de tempo em tempo em consequência da falta de Correio. ' '"

Eu não posso deixar ,dfe combinar com a opinião do_ Sr. Basilio, assegurando que as'' •causas que deram incremento á guerrilha na Serra dependerão do pouco caso, com que as anthoridadcs tanto Administrativas, como Militares tratavam a principio as informações, que •lhes çkrvam a tal respeito; o General da Pró-vinoía até a ousadia de ameaçar aquelles, que lhe fallajpam em _que ,a guerrilha andava pcl;v Sorra, e fazia estorçòcs ; esta foi a causa porque começou a fazer vulto aquelle flagello: as ultimas áuthoficlades não deram as providencias próprias á exterminação das guerrilhas; por que- Foi eutão que apparcceu o rebelde Gomes ameaçando entrar, pelas nossas fronteiras : as authoridades tinham que olhar paia esse exerr cito doCarlistas, afim de que não penetrassem Portugal, e tinham que atteucler ao litoral, pois que appareciam na Costa de dias a diar" bnrcos de vajôr, que não reconhecião o chá mamonto dos nossos vasos, u que de algún modo ameaçavam utn desembarque nas praia' não poderão por isso,-a meu ver, dar as pi •vldencías adquadas para que se exterminas?" as guerrilhas; mas hoje que estamos.inte. mente desembaraçados a esse respeito dever olhar para"«ma Provincia, que merece se dê soccego. E' indigno que um gnerril). daquella qualidade, um faccinoroso, poucos da sua qualidade estejam inqu) uma Provincia, sem duvida digna de sorte. Confio pois que 'se dêm todas . dencias , para que termine aquelle . aguardarei pelas expjicações do Sr. Min, g^^ Guerra para então Hizer mais alguma «ousa. tísle respeito.' . • - • - • • „ -v-

O"Sr, V. de'P. Arcada:—E' muito louva-; vel o zelo que os Illustres Deputados tem mostrado pela pacificação de uma .tão importante Província do Heino. O Sr. Barjona pediõ sobre este objecto explicações, ao Sr. Ministro, não devemos-passar d'aqui; tudo que for além dislo, é alonga? a discussão sem utilidade alguma; peço por tanto a V.Ex^que lhe queir rã per temio. (Apoiado.)

Ô Sr. Presidente í—Eo dei a palavra a alguns' Srs. antes do Sr, Ministro do Reino , porque aUn-ham pedido primeira : agora é que toca ao Sr. Ministro.

'O Sr. Ministro dos Negócios do Reino: -* "Quando nós tomamos contn do Governo, ji existia esla guerrilha sobre as serras do AIgai> vê; e nós tomamos conta doG&verno, sem meios, com muito pouca força de linha, pou-ca Guarda nacional, e sem batalhões nacia-naes, que todos ou quaVi (odos estavam, diasol-vidos. Como havia urgente necessidade de de-Teuder a causa da revolução contra todos os "seus rnimi£os, então procedeu oGu,verno a organizar a Gouveia Nacional aonde ella podjjfa ser organisada; chamou ás armas os Voluntários que generosamente as qnizeram tomai; deiam-se todas as providencias necessanas, não só para manter a ordem constitucional, mas para reprimir qualquer tentativa dos sicários doUsur- . padbr: foi n'aquelle tempo que duas-divisões Caríista* penetraram na Hespanha, a de Sanz., e a de- Gomes, sendo esta forte dequatorze mil homens. 'Errtão o Governo, além dos meios ar,-dinarios que' lhe eram necessários, tinba de at> raiíjar meios-para manterem bom eslado a Divisão auxiliar- d-'Hespanha, e- para organisar á Divisão do Além-Téjo-, que devia, estar ern observação d'aquelle8 exércitos, e reprimir tentativas-dos Miguélistas'; (que alguinas apparece^ ram-, inda que foram soffbcaíhas) e o Governo foi- bastante feliz, porque dtertuiu todas as imi mensas esperanças, e-con,vence« a todos d'e que rráo era possível em qualquer ponto do Rei-p estabelecesse o governo- 'db- Usurpador; —• O Reino goza 'db maior trònquillidade,- e, só nas .serras do Algarve- uns poucos de facciosos escapam' a-o rigor das Leis.