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«luzida» a moeda Pórtugueza , pelo cambio cor rante da data do saque,~-Approvada.'

9." verba. . Conhecimentos de carrqgaçòes marítimas, .por ca,da mn.40 rs.—>• Approvada. . .10.*. verba. Letras .de cambio^, seguros, de terra, de risco, escriptos á.or:der/i,.nqU.sprpmÍB,-sórias até 100$000 rs., 100 rs.. ... ~ O Sr. Midosi substituiu-esta verba, e as se--gujntes, -mas sendo a substituição combatida., foram todos approvadas, e são: de 101$ a s., &0.0;deô01^ a 2:4)00$ rs., l^OOOrs.; a 4:000$ xs,, 2$.000 rs.; de 4:001$ •para cima 3^000 rs.

Logo se passou á discussão da verba qqe.diz '«elmpressos avulsos egpriptps, gazetas, perlo-•dicos, ou jornaes, por cada jneia fplha de for-anato grande ou pequeno ô rs.

• .F.oi esta .verba impugnada pelos Sre. Midosl, •Garret, F.Tliomás, Alberto Carlos, e o.utrps, •«-áustantada pelos Sra, F. da Game, Macario, ,lAlv«s do Rjo, e Pissarro: sendo a final ppsta •á votação foi rejeitada,

Logo'se passou 'á di&cuèfão da ultima verba '

Foi impugnada jesta verba pelos Srs. Pissarro, „ e reiei.tada.

Ó Sr. F. da Gama mandou para a Mesa um artigo addlcional, e é = Que os estrangeiros 'jnxguwem por anuo de Sello dos Bilhete» de ré-•sidencia SOO rs.

, Foi mandado á Commissão -.paca terem em Avista a legislação existente.

Dada a hora deu-se a Ordem do dia, e fe-'Chou-se a Sessão.

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NOTICIAS ESTRANGEIRAS.

TH ANCA..-—Paris, 16 de Julho.

ESCREVEM de Vienna em data' de 25 de Junho o'seguinte: O Príncipe de Metternich .vai n Municli, e antes de ir a Toqplitz irá ás •fronteiras de Itália. A sua viagem, .segando di-

• r.em , é relativamente aos negócios de D< Cardos, e entre nós não e ntn segredo que a Santa Alliança quer feconbeceV o Pretendente como liei de Hespanha. A Rússia insadou-lhe dinheiro por via deM'r. ObrelLof; a Áustria dá. alen* 'to á sua causa com as palavras de esperança que lhe deu Mr. Líchnowski, e ate' se tem ,of-ferecido ao Duqnc de .Ragusa o cominando das tropas de D. Carlos; mas tendo-o recusado o Duque, pensa-se agora em Mr. Bourmont.,Mr. -de Metternich vai estimula-lo, e secundar com seus -conselhos, e influencia estas manobras do «absolutismo europeo. (Comtitulionnel.)

• iSegundo annuaciara alguos periódicos, tra-•ta-se presentemente do matrimonio da Princesa Clementina com o .Príncipe hereditário de 'Swíonta-Cobur^o, sobrinho 4o Rei dos Belga»;

Também circulou estes dias a voz que-a Bu-'queza 'deXent, de .accôrdo .com .o ministério "Whig, destinava.a,mão de .sua.frlha n-Rainha 'Viotorin ,a um -Pcinatpe .de Swouia-Coburgo.

'O periódico ministerial da 'tarde 'responden-'tíq ao,artigo de um pnpcl legitimista sebne a •atítliorisação .pedida,pelo -Marechal Clausel, dú •A -íegimite explicação , que julgamos .um.,dever *transmrttir aos n-ossos leitores: • •

-«-Ao negar-se -ao.Marecual Clausel a^aiiUio-risaçãp que pedia para tomar urntcamniando -flmilíespanha,-o (Grov^tno.do ,Rei .não.fez senão cpersistirTva política ide QÍÍO ^intervenção jqueiem seguido constnntemcnte a respeito -da.pfifHOsu-ín, je ,que o,Cpndé,Mole tein substituído tão felizmente &o principio :daSaata-;Allian.c.a depois •da revolução -da J-utlio. 'Em.quaato aos passaportes .pedidos imperiosamente, -è ás insolências do-estrang£Íro, .de que falia .o 'Constitntionnel, ^são outros tantos sonhos que homem algurn.seji-sftto pôde acreditar ,»erí«tnen;te, » •. V

G O V JS ft ÍN U.

pé/as melhores vias, n tem extraviado nesta oc-.çap.i'«o. ($iècle.}

Lè-se n'urna carta dcTou.lon o seguinte: fíA qrçpediçãp pfRÇonstanlina está definiti vãmente dipposta para o próximo me.z de Selçmbro. .Tçrn-sc organisadp uma esquadra, chamada da África , è compos.ta de quatro -nãos, e dous brigues, e teui-s,e expedido barcos de-vapor para Argel > Orari, e Bona , cpm ordens e ins,truc-çôes relativas a esta campanha, . Segundo as probabilidades o exorcito expedicionário compôrfse-ha de uns 15,PP.O hpmens, 10,0,00 Francez.es, e 5,000 indígenas quq teip promettido ao Coronel Duvivier, que se unirão a nós, e com os quaes se pôde cpnta.r. O Te-riente General Bugeaifd e pqije parecç dp?tina-.do ao commando superior da expedição, cujos elementos de bom êxito estão já prevçnidos cm Bona, Prean, e Guelma. Asseguram que o JDuque de Nemours irá nella.» (Paix,)

O-Phocçcn barco de vapor, ;i'uma suas ul-.tiinaç viagens de Marselha e Barcelona levou a seu bordo um passageiro, sob o nome de Brus-loy, que ia para-Carlhagenp. ,Quo.ndop barco tocou emPalamos foi r/econhocido pelo capitão Sulvia. chefe de estado maior do divisão Nius-bó, o qual quandp se recobrou Solsona pelo Barão de Meer, passou-se ás fileiras dos, ca r-listas, ^atraiçoando o seu General 3 e cuja defecção-causou a morte daquelle, com a'perda de muitos acidados das 4rppas da Rainha.' O transfuga fçi preso-no poeto de .Barcelona a 29 de Junho ,ult'uno, e passado pelas armas u â do correame. • .("J. djjt Çommer.ce.}

LISBOA, 31 DE JULHO.

As noticias oíficiaes que o Governo recebeu - hojUeqi-pelo Telegtafo de Santarém, oom-municando a-retirada dos revoltosqs que pccu-pavam a .Praça de Abrantes,, .demonstram que a facção ariti-nacioi)al não só não encontra nem apoio, nem sympatliia nos Ppvo.s, mas, desconcertada em seus planos -de traição , fnar-cha e contra-marcha ao acaso, fugindo sempre de encontrar as tropas léaqs e patrióticas, que avançam contra clles.^

Graças á firmeza e patriolismo-daNação armada e desarmada : graças ao .valor e fidelidade da maioria dos Officiae.s, da maioria ,do Exercito: A CAUSA NACIQHAÍ ifumfF.AR*'.

Não duvidamqs, e mesmo ale' ,certo ponto sabamos, que o Governo tracta de promover, .e condecorar .aqueltcs beneméritos de todag as .classes., que mais denodo, zelo, e firmeza patê n te, ara m nos cpnflictos em que se acharam.

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VARIEDADES.

Curso de litleratura estrangeira egplicadp no Jlihenco.por-D. Eernaiido Cor.rfldi,

TEMOS á vista o impresso que com este titu-lo-abtange a primaira lição do auctpr no utilíssimo estabelecimento litterario .que.cncej-rando.no seu seio tantas i Ilustrações íjps.panho-las, promette.ser uma fecunda,TOÍna de.ibellas prpducçpes.nos ramos que.cgltiva, ,e uma planta conservadora dos tenros, engenhos que inejle ,se'.nutrajn.

.O.Sr. Corradi ao .apresentar, a/mda qye em pequeno quadro, a litte.ratura.de Franca., Inglaterra, Allemanha, ellalja.nas suas:pr.oduc-.çò^s.mais notáveis, propox-se corno,mira.principal o manifestar o espirito do século £m que .se,escreveram , refleqtido em cada.uma delias. _Eaqpece-slc., ipois, ,.pa»a .a,s julgar, 4a ,epocha .actual ; e r^trocedeodo. >aos .séculos a quevpcr-tencéram , partindo da i.dà.de media, examina o progresso social, as .^reaccupaçòes inherentes á s,ira , epocha, e as circu^mstancias Ipçaes que indispensavelrpente deveriam per «QUB moveis, e constituir s\ia esscncja.

'Desde logo se p4de -vêc que pr0,pond

• Se quizermos. formar yma i,déa exacla de uns séculos puramente guerreiros e de.imaginação,

de uns «p,culoi ate' certo ponto favoráveis ap.en-genho .pela sua orig'na''d^de,-figuremo-nos um • qastello golbico defendido por grossas e ameia-das torres, provido de todos os petrechos de .guerra necessários, e ern c.uja po/ta apparecem. a .forca e o cutello, symbolo do absolutismo do senhor, e da.çscravidão do servo. Atravessemos a ponte levadiça guardada -por, ajguns archeiros, e entremos-no seu recinto. Uma sala se nos npreserita adornada com janellas em arcos pontagudps , e vidros de cores, e em cuja abobada pintada com faxas formando quadrilongos, se reflecte a luz de algumas tochas. N'uma das suas extremidades varias da-• maf , e-cavalleiros discutem e analysam com. formulas syllogisticasjos sentimentos mais delicados do coração; na frente, decansa recostado com negligencia n1 uma espécie ae cadeira de alto espaldar, guarnecida de filigrana e recortes ò desdenhoso Barão, coberto com um manto semeado de globos de prata. A um lado um pequeno pagem ricamente,vestido, e cujos perfumados cabellos caliem çrn anneis sobre seus Jiombros, sustentando a trunfa de seu senhor, adornada com compridas plumas de diversas cêrgã. PO outro lado a sua nobre consorte ten» .do-na mangn direi.tn do vestido bordadas asar-mas do ill-usire.esposo, e. na esquerda as da sua casa, nffngando com a dextra carinhosamente . a um bello galga deitado a seus pe's,

No meio da estancia um trovador cantandp ao som ".da .harpa, e entre discordes satyricos ou lúbricos, ai.façanbfls doa campeões da cruz. /E qm. .quanto o Barão dá com fervor golpes no peito, e a.dama devota-iuente se persigna'oran» do .pela .alma daquelles marlyres da fé, osctllft -á .porta ,do castello, suspe.nso por uma cnrda, o cadáver de um infeliz-servo, cujo âupplicio iinha ella mestna prcsenceado gostosa poucas horas «iites. •£' esta a idade media. .

AO carActfrisnr ,a Dantc , diz: «Nas obras de Dantíe ^istá expressada toda .a .sociedade da. eppca , pois seu talento pão'era uma flor quo crescia jeinjsolitariopr.ado, alheia de todo o con^ tacto, era'um espelho euj.que se reilectiam Io? dos os conhecimcntq6.« idqps de seus conteaipo ranpos. Jill,e mesmocoiistruiu alyra, cujos sons deviam produzir .tão 'bella.harmonia , á manei^ rã dafluelles astro.npmQS^jue inventaj-am osins,T trJumen.tQs.com que.-se propunham medir a abo^ bada idqs Ceo». (A lingoa Jteljano., e a diyiua comedia ,brot,ara{n .de uma ,vez da sua mente,.1

D.anfe, nascidorpo meio ,d,as dissensòes aan. gUÍnolenU(s" de do.us .partidos diametralmente appqsíos, .detestava,-os egoístas,; esses homens sem cô.r-politica, ,çnjp único Deos é:um iiite* resse flierce.n,ario., ,actian.d.o»se Rempre promptos .aalistar-sç.debaixo d.as b.anduiras doquetrium* fa, sem tomar nunca parte nem . nos seus ira, .bailios, nem nps-seu.s perigps. -Danl.e colluca-ps no ipfernq^, ,t}i\de o.8-rne.srnos anjos rebeldes ,a 'Pe9s qs.repelíem ,cpmp corpos estranhos hão pertencentes A esppcje ^alguma. Bem. conhecia aquelle,Vatege,nerQsp.pluâo necessário.e'liasconT tend,as ci-vJ! a decisão,, -e o pronunciamento i e aquelle enthusiasmò, a.quelle fogo divino quo alguns qualificam ;de illusão, mas que é uma illusão tào necessária como o é a esperança.para a vida. .Ah l ,O que não plhar s.e não como palavras insigniftqantes.as. vozes ,de,gloria , pátria., e.liberdade., •entre^uá .a,o opprobrio sua frente, que nunca cingiram nem o louro da vi-ctoria, nem .as palmas-de.gr.atidào nacional. O .retraio ,de Petrarçha também o é do de/icio-.50 paiz que p produziu. Petrarcha, diz elle, o amante de Laura, .seguiu.suas p.tsadas (as de .Par>te),;dando um novo imp.ulso á i Ilustração, pois, não o devemos plhansó ço.mo auclor*dos dulcíssimos sonetos a Laura, rnas.sirn como uru antiquário, uti* filosofo,,uma^speciedegenio político _adornado.com .psa/ins, da poesia. Para nos pene-trqrmosdoespiritft.dusuas obras e necessário trasladar-nos debaixo ,do cep puro e balsâmico da. .Itália, no ,meio dá vida ociosa e musical de seus habitantes: então, e não de outro modo, conceb,e-se sem dificuldade .como ainda hoje , deppis,jde tantos séculos, quando uma voz sua-vê.recitarem qualquer reunião numerosa a can-,ção de P,etrarcha que principia: Xtalia.miabcn* chè .r.pçrlQr sia indarno.... um arrebatamento indizível de patriótico entliusiasmo penetra por V?do o ;a,uditorio, :a cujos olhos parece ei>tão. .PetrarjÇ.lia-o .primeiro .poeta do mundo. *