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D l AH Í Ó BX> -G Ô VÊ R N

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Parte não Official.

, SESSÃO EM 2 DE AGOSTO DÊ 1837. ~

A á onze horas e meia da manhã declarou o Sr.Vice-P.residente, Júlio Gomes da Silva Sanches, aberta a Sessão; e pela chamada a que procedeu o Sr. Secretario Vellozo da Cruz, ve-rificou-se em resultado que estavam prementes 70 Srs. Deputados. —Lida a Acta da Sessão antecedente, foi approvada.

Leu-se o expediente,, e deu-se-lhe o devido destino. :

Ordem, èo Dia.

Continuação da discussão do Art. jb° do>Pvo-- jecto N.°59'D. (Vid. a Sessão de^íontem.)"

O Sr. Derramado disse,-que.apesar dê quanto haviam exposto plausivelrnente na Sessão antecedente os honrados Membros, 'que sustentavam- o novo imposto de quatro por cento da renda total illiquida dos prédios urbanos i Cujo rendimefito' excede a/30$'reis em Lisbpa , e Porto, e a 10$ reis nas mais terras do Reino, insistia ainda na sua primeira.opiniãt» de que, esta contribuição era excessiva é desproporcionada' á que razoavelmente se poderia ac-crescéntar aos prédios rústicos, para ser effecti va^ menti; paga; e que'esta vá: persuadido que, não seria necessário elevar B contribuição directa da propriedade a mais dc.dtóíeseie por cento, como por tal modo sv> elevava, para que esta contribuição duplicasse, unia vtízque seprescre. v«9se o iuethodo.de usseut.ir a referida-contribui-çao na renda dos prédios rústicos, com a mesma exactidão que se faz para o?urbanos, nas Cidades de Lisboa , e Porto: disse, que. um illuslre Deputado havia pretendido demonstrar que oaugmentodeum imposto sobre a renda descasas reflectia em favor dos pioprieúrios Qjp» tribuintes, pelo augmeuto da concurreucw»

• uma flagrante injustiça o assentaineulo de um imposto que'pesa'tão desigualmenle^sobre está

• espécie de propriedade: mas que não tendo o illustre demonstrador completado assim a, sua demonstração , elle (Orador) se julgava £utho-risado para dizer, que ella não procedia, e insistiu de novo na slia opinião j de que o ac-crescen ta mento do imposto ficasse reduzido a dous por cento;' accresçenlameiHo em que consentia, bem a seu pesar, oitenta a necessidade em que se «liava a Nação de fazer sacrifício temporário de uma parle mu is considerável da sua fortuna, para saívar pcrmanenlernenie o todo da mesma com a sua liberéade, e independência publica, o individual. Accrescenlou,. que pedia «os i Ilustres, defensores do novo im-

. posto, que o-defendiam pelos meamos, «entunen-

' tos 'de patriotismo por que elle o modiiicavn,

que não insistissem mais na SUA defensa, lem-

ç-randíwçtte os duas bellas Cidades do líei-

rió', eram «s que tinham soffrido mais ruínas

nas suas casas por bccasião dos cercos,.'que 'heroicamente sustentaram na 'guerra contra a tyrannla, -e usurpação; o que o novo imposto seria um poderoso obstáculo á reediticaçâo dos desmoronados edíficio's daqucllas mesmas Cida-dades, que o nosso orgulho nacional desejaria fazer eternas, como ha de ser perpetua ' a sua fama. . - • '.•-.'"'

O Sr.Macario de Castrp.principiou por combater o'nobre Orador que se acabada de'assun'

tar, naquella parte' dor seu eloquente discurso , que-tocòu objectos de fatíto, porque esses factos não eram exactos, e a não exactidão dê!lês vê-se da emenda do Sr. Deputado ; porquanto lendo o Sr. Deputado calculado em Cem contos o seu imposto, reduzidoá.2 porcento, Tnasem relação "aoq '»e entendeu renderodaCommissãp, não reflectindo q o mínimo q* 'pròpoz b Sr. Depuado c milito maior do que o que propoz a Commis-são", porque não é só a differença de â- por 5 , mas de'uma iinmensiclade de casas, qtie pelo estabelecimento daquelle ininirno deixam de pagar : dis"se -mais o Sr.'Deputado j que ''se leni querido dizer qu« este tributo pesa sobre Lisboa e Porto', quando não e asâim , porque cHe e para todo o Reino; nesta idea insistiu muito o nobre Orador. • ' •"

O Sr. Sampayo Araújo respondeu nos argumentos do Sr. Derramado: disse qne se os l)e-putados de Lisboa e Porto não imb-am faílado, era porque estavam persuadidos da'jnstiça del-le; notou que havendo um déficit: de dous mil contos, a pez â r do augirienlò quo se espera de novecentos contos oa "decima, por isso que doa prédios .rurnes e que se esporava o complemento -deste deftci t, refteelindo-que'-os prédios1 ru-raes tem, além do tributo da Decima, o pagamento do Subsidio1'Litierariò, e Real Imposto, isto que erik preciso ser compensado, augmen-tando a Decima nos píedios urbanos-..'

O Sr. Derro-ínado usou por segunda vez da palavra para ratificar duas idéus suas, que mal interpretadas fora-rn, .porquanto se linVia cora.-batido a idca de que este tributo pesava só em Lisboa e Porta, -quando elle Orador tinha dito que pesava mais cm Lisboa e Porto, o que era de facto assim, 'e o que lambem se tinha combatido sem calculo-: o qual de novo fez.

. O, Sr. Maca rio tambain de novo sustentou ás suas ideas'. . ~ ' • V

.O. Sr. Bárjona disse quê desagradável era sustentar impostos, e também desagradável e faze-lo aqui; pore'm inàis o e o não fazer o seu -dever: declarou, e insistiu que o tributo era geral pára todo o Reino y porque' só só fazia diferença nomimmo, pelas razões que eram sabidas. . •.'•'-•- • ' ••_••

Chegou*a Deputação; é teVe à palavra o Sr; Presidente^ o -qual communicou que a' Deputação tinha sido recebida com agrado,' e leu á resposta de Sua Magesiade á Mensagem, que é a seguinlo; ' • ' ' : •

Srs. Deputados 'ás -Cortês Constituintes da Nação Portugueza-!

E' digna das Cortes 'Constituintes- a sole-mnu declaração que- hòjti Me dirigem, e que Ouvi com o maior praser. Eu conto cotn a Nn-çào Portugueza, assim como ella deve contar Comigo. - '

• Progredi, Senhores Depurados, no caminho das reformas, que tão judiciosamente encetastes^ e que a .Nuçâb reclama.

Ás medidas'vigorosas e enérgicas quê o Meu Governo tem tomado, assas vos provam que Eu estou de acordo com ris seus Representantes. Tenho plena confiança que o socugo'será'bem depressa restabelecido.

Vós terminareis a importante obra do nosso pacto fundamental;:— Eu hei de fazè-lo executar' e respeitar, o nenhum esforço poderá prevalecer, contra esla união indissolúvel da Na cão e da Rninha.

Foi recebida com -especial'agrado, e máh dou-se, cfiití na Acta1 fosse trauscripta por exten só a dilí» res|JO»ta. .

.-' Continuou a discussão da Ordem do dia': • O Sr. Visconde de Fonte Arcada combatei o artigo, - e reflexionou sobre elle pedindo cer tos esclarecimentos.

O Sr. Fiarizini sustentando o. Projecto, ou Antigo em disciíssãò , combateu 'com numero o additamento do Sr. Derramado.

O Sr. Alberto Carlos declarou que tinha b f-ferecido um addiiamento a este Projecto 'napri ineír^ discussão, porem .que hoje convinha n substituição-flri Couyínibsã.o; porquanto haven do ainda a supprir umde/íctt, esse havia de sê Io. pelos tributos 'impostos nos prédios ruraes respondeu ao Sr. Visconde de Fonte Arcaáa reflexionou que o osso para as Cidades de Li

ioa e Porto, não era. muito grande, porque ha-ia sempre nas Cidades certa inércia; e quari-;O o tributo affugentassc. alguém', isso não era erigòso, porque faria com que se espertasse issa inércia. "

O Sr. Alves, do Rio tarabeui se restringiu

Junta por este anno, findo ellt>, quando eja que não são necessários estos tributos, as lôrtes osabnlirão; queéra penoso para a Cotrí-•)issã'o vir pc*dir nquí tributos, jiorem que o faia', porque entendia que era este o único meio c salvar o paiz. ,

O Sr. Pinio Borgesr colheu em rasultado' do eu discurso,'que este tributo devia ser só sobre s prédios qiie-pagáyam Decima. ' ".

.0 Sr. João Victprino opinou em que se-.de4-

am inetler todas as* casas, sej,a qual for a sua enda, na contribuição, impondo-lhe'só dpus or cento. ' ' . . --

Convidado o illustre Deputado a mandaV-pa-a a iVlesa o seu additdaiento ,'escapou-sé n-is-

0 coín o fundamento de que tudo quanto, inah-'avá pá"rã a Mesa não linha seguimento, .ou ao se venci-a.

O Sr.. João Joaquim Pinto combateu a ideá presontáda pelo Sr. J. Vicloririo; approvou'o Vrligo- com1 a doclaração de que este triòulo ião tem appliçação senão ás. casas que pag-airi Decima, ou" q'ue costumam* andar de àrrenda-lenio independente dás quintas.

O Sr. V. de Fonte Arcada declarou que.não nhã sido bem entendido no seu'primeiro dis-urso ; concordou' que caseirost eram ò. mesmo ue tinham dito os Srs. Deputados;. porem o ué elle queria era que'as'casas que não.ren1 lessem, não contribuíssem. '"''-.

O Sr. Judice -^ sobre a Ordem — recjuereo ue a matéria fosse julgada discutida: o Con-resso deferiu ao requerimento. - '

Em seguida propoz o Sr. Presidente á vòta-ão o Artigo substituído péla Cómmissão, que

01 approvado, sendo rejeitado o requerimento lo-Sr.Corfde da Taipa para que a votação fos-ie nominal. . "' ' * "]

Passou-se á discussão do §. 1.°, que diz: Aq, mesmo imposto serão obrigados os proprietários que habitarem as suas próprias casas, quando, a.renda destas for avaliada .em mais do que a lobredita quantia de 30$ rs. • ^

O Sr. B. da R. de Sabrosà declarou que ti- . ha combatido' este Projecto na sua-generalida-de, porque elle ia cair'sobre os pobres ; mas hor • 'e yolava, porque isso estava remediado.

O Sr. Menezes disse, que combalia oste Ar-Igo,. e que o rejeitava, porque elle ia pesar só- . bre 'a propriedade ^ -imposto que era odioso. ' , . O $r. Leonel disse, que seria odioso que >*t propriedade na classe vulgar não pagasse, por. quanto propriedade não era só um prédio, mas lambem o trabalho, o ganho de qualquer indivíduo, o qual, dessas propriedades j pagã'ou,' directa ou indirectamente.

O Sr. Maca" ri o approvou o Artigo, porque na sua opinião este era o que mais devia pagar,-porque o facto mostrava que os ricos « que então não pagariam, porque são os donos dos prédios grandes, e que se elle soubesse que esle-Arr ligo não passava ,- não votaria pelo' outro.

O Sr. Menezes sustentou de novo' a sua primitiva opinião. ,

O Sr. Sampayo Araújo sustentou o Artigo pelas"razões"que expendeu.

O Sr. J. J. Pinto disse, que este imposto não cahia sobre a propriedade, porque elle "racahia sobre o usofructo dessa propriedade, e que tanto commodo tirava o inquíllino como o proprietário. ' . >

O Sr. Leonel ratificou as'suas ide'as, e respondeu ao Sr. Menezes". *

Faltaram neste Artigo mais alguns Senhores, e a final foi este posto á votação, e approvado. Passou-se ao §. 2.°, que é o seguinte: N

'Este importo é extensivo a todas as terras do' Reino", servindo de base para o seu lançamento a cobrança dos prédios, urbanos, que cxc«r derem a 10$, rs. ' t

Reflexionaram sobre este §. osSrs. J. J. Pinto , Vasconcellos, Sampayo Araújo, e outros Senhores, todos concordando no Artigo, po}ém achando sun difficuldade no modo de o enterider. Passou-se á votação, e propoz o Sr. Presidente 'se p'impostb de 4 pc/v cê, ri to devia stír ox-tensivo ás mais terras do Reino=.S»m-.

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DIÁRIO DO GOVERNO.

Se devia ser de 15$ rs. nas Cidades, ou terias do numero de fogos que áCommissâo apr«-sentar = 5'«Vii.

Se nas Aldeãs, e nas terras que não chegarem ao numero de fogos marcados devia ser de 10$rs.= Sim.

"Se approvavam o additamento do Sr. S. Araújo pafa ú Cotnmissâo apresentar designadamente os prédios que devem Ver este imposto = Sim. . • Entrou em discussão o

§. 3." O lançamento deste imposto será fei-,to com previa declaração ussignada pelos col-lectados, e pago aos semestres adiantados; c

Um additamenlo do Sr. Prado Pereira, para que este lançamento seja imposto sobre o rendimento depois deduzida a decima.

O Sr. Leonel disse, que approvava o lançamento deste imposto pelas mesmos pessoas que fizerem a decima, quer a casa seja habitada pelos senhorios, ou pelos inquillinos.

Ò Sr, Prado Pereira sustentou o seu additamento, porque não entendia ser justo, quu depois delirada a decima sobre essa quota que já naocsua, houvesse de pagar rnaisalgumacousa.

O Sr. Pissarro disse, que a observação feita 'pelo Sr. Prado Pereira não podia vingar, vista a decisão tomada no§. 1.*; combateu a-rdéa do pagamento adiantado, porque era o único que. assim se pagara, por isso pedia que aCom-inissão apresentasse utn mclhodo que conciliasse tudo; reflectindo os inconvenientes que se podiam seguir.

O Sr. S. Araújo substituiu o Artigo por a maneira seguinte, que e: liste lançamento ser fuito pelo metbodo e modo que o for à de-einia. urbana ; quanto ao pagamento adiantado .opinou, que se fosse proprietário não o deveria ser;' e quanto aos inquillinos, esses devem pagar Adiantado 'como m«io de fiscalização.

Ó Sr.Mcmiz approvou que o lançamento devia ser como o da decima; sustentou, que o pagamento devia ser adiantado quanto á dis-tincçào do prpprietaiio, c do inquillino conveio.

Vários Senhores combateram este §. na parte que diz respeito ao pagamenlo adiantado, e sustentado por outros; fazendo-lhes alguns Senhores additamentos quanto a esta parse do pagamento adiantado.

Julgada a matéria discutida passou-se à votação ; e propoz o Sr. Presidente, se o lançamento pela mesma forma, e ao mesmo tempo da decima urbana, venceu-se que = Sim.

Propoz se o pagamenlo deste imposto devida ser feito pela mesma forma que se estabelecer para o maneio = Não se venceu.

Propoz se o pagamento devia ser feito adiantado = Não.

Se devia ser pago adiantado pelos inquillinos = Náo.

Se devia ser pago pelos proprietários adiantado = Náo.

Piopoz mais, se este imposto devia ser debaixo de responsabilidade do proprietário dos inquillinos que pagassem a renda adiantada =Sim.

Propoz mais, se quando não pagasse adiantado dando fiança, dêem igualmente fiança pelo imposto, sempre com responsabilidade do pro-priutario = .S/tf».

Propoz-se mais, se nos casos antecedentes fique o proprietário responsável pelo pagamento do imposto —.SVjfl.

Propoz-se mais, se estava prejudicado o additamento do Sr. Prado Pereira, que é o seguinte:

Proporrho que o imposto do que Irada o Artigo 3.° §§. 1.° c 2." se entenda lançado de-pois de deduzida a decimar== Sim.

O Sr. Derramado apresentou um parecer da Commissão de Agricultura sobre o Projecto apresentado pelo Sr. Cexar, para conceder um privilegio exclusivo das corridas de touros, a lavor da Casa Pia.

Mediante pequenas observações foi arJpro-vado. . ,

Dada 'a Ordem do dia, e decidindo-se que amanhã haveria Coinmissòes, fechou o tír.Presidente'a Sessíio eram cinco horas.

S

LISBOA, 3 DE AGOSTO.

JA iVlngeslade Recebeu hontem ao-mcio dia a Menssgetu que a» Còríea Cera.es, Jix-

traordinárias, e Constituintes da Nação lhe. dirigiram, á qual Sua Magestade Se Dignou Dar a resposta que vai trangcripta, em outra parte das nossas columnas. A Deputação era composta de 15 Membros, e presidida pelo Exm.° Presidente das Cortes. Sua Magestade Recebeu a todos o» Senhores Deputados que compunham esta Deputação da maneira mais graciosa, affavel. • ' . . "..-.'

Sua Magesíade 'Recebeu igualmente pouco depois do meio diata Ç..EX.11 o Senhor .General Goblet, que teve a honra de etxtrçgar A' Mesma Augusta Senhora as suas Credenciaes na qualidade de Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário de Sua Magestade o Rei dos Belgas. Depois disto recebeu igualmente Sua Magestade ao Cavalheiro Kantzoti, Encarregado de Negócios dq Sua Magestad« EIRei de Suécia eNowega, chegado ultimamente, da sua Pátria, aonde tinha ido com licença. Ambos estes Diplomáticos foram apresentados a Sua Magestade com as formal idades do.estilo,'pôr S Ex." o Miiiistro dos Negócios Estrangeiros.

O ADMINISTRADOR Geral de Leiria, era data de 31 de Julho, diz, que sabe pornoticias Ofliciaes de Thomar, que os revoltosos\de Cas-tello Branco, e Torres Novas marcham .em uma só columa cobre Villa de Rei; e que sua ultima tentativa fura destruírem QS Autos de Ac-cJamaçâo da Carta de 1826, para acclamnrcm a RAINHA absoluta; accrcsceiitando que neste sentido mandaram proclamações, a Thomar, o que a (Ti ruía o dito Administrador Geral lhe consta positivamente. As participações que se receberam hoje pelo Correio de todo o Reino, annunciam a conservação da tranquilidade publica cm toda a parte. Do Porto e Valença nada temos que accresceutar áb noticias trazidas pelo Barco de Vapor, e publicadas hontem, porque as carias vindas pela mala, são da mesma data das que trouxe õ Vapor.

O Barão de Bomíun escreve de Abrantes em data de 31 de Julho, annunciando que vai marchar sobre os rebeldes, cuja Cavallaría se achava nodia 30 em Sobreira-formosa. O Batalhão 16.°, forte de 250 praças, passou todo para nós; e o mesmo fizeram o» restos do Batalhão de Infanteria n.° 12; sendo de notar que tudo isto aconteceu quando estas tropas já sabiam que o Marques de Saldanha havia vindo unir-se aos revoltosos, que hoje não tem no Sul um único Soldado de Infanteria.

RECEBEMOS hojs a mala de Hespanha que devia ler chegado aqjf antes de hontom. O conductor viu-se obrigado a seguir caminhos extraviados para evitar o encontro fle guerrilhas. As cartas deMadrid,' são de 25 de Julho, e dizem que no dia 22 estava o Conde de Lu-chana em Checa, Ribero em Origuela, c Bu-rens em Molina; e que no d/a 21 estavam Or-ra em Mora, e o Pretendente junto a Canta-vieja ; dizem mais que em Madrid se esperava a cada momento a noticia fla completa derrota da facção do Pretendente, a quaJ está reduzida a uni mui pequeno numero de combatentes, por causa das muitas deserções, e por isso mui desanimada. Se as tropas de Orúa, que se acham a «ma legoa para a retaguarda da mesma facção, e as do Conde de Luchana. que estão a tre« legoas no seu flanco direito poderem alcançar as do Pretendente, terão estas infallivel-mcnte que dispersar-se, visto que lhes e impossível passar o Ebro naquel/as visinlianças, e que para conseguir essa passagem tem de dirigir-se n marchas forçadas ate'acima dcTudella.

O Visconde das Antas,teve dous dias de fogo (21 e 22 de Julho) entre Arjninhon e Haro, junto ás formidáveis posições de Conchas. Parece que no dia 21 durara o fo

No dia 25 assistiram SS. MM. Catholicas no passeio do Prado em Madrid a uma Revista de 1:000 cavalJos que vão nmnediutameníe partir para o Exercito.

As Folhas deMadrid que temo* recebido alcançam ate'25 do passado, e tendo-as recorrido achamos poucas noticias do theuiro da guerra, que adiantem ás que ultimamente recebemos, e que levámos ao conhecimento, dos nossos leitores; mas dessas mesmas damos os seguintes extractos.

O Pretendente com o resto da facção, que será uns 5,000 homens, achava-se a 20 em líu-biolos, continuando diariamente a deserção de

suas fileiras. JCabrera.com 2,500 homens tinha pernoitado a 19 em Balboha, e na manhã da dia 21 ambos estes corpos facciosos tinham-se dirigido sobre Çantavieja.

O General- Oráa havia oficiado ao Ministério da Guerra, de S. Augustin , onde se achava a 20 esperando a brigada de Rebollo para continuar as suas operações* Buerene tinha ficado no dia 21 çrri Zaç-rejas, e devia chegar no dia seguinte a AJqJina, como tarnbero o Gene* ral em chefe condis de Luchana,.que se achava em Canizores. .. '•.'...

Tinha .havido alguns recontros com oVfac*' coes de Esperanza c Tallada, nos quaes estas, soffreram grande perda.

A Gaceta de Madrid de 23 contem dous decretos das Cortes,' o primeiro concedendo ampla e cofgpleta amnistia a todos os súbditos Hespanhoss por todos os actos políticos ante' riores a este decreto, deixando á disposição do Governo o poder reintegrar nos seus empregos, graduações etc. todos os ditos súbditos que tivessem sido delles demittidos ou privados, ficando tão somente excluídos do beneficio desta os partidistas do' facção rebelde. O segundo mandando levantar os sequestros feitos nos bens e rendas dos mencionados subditoi de que trn-cta o primeiro decreto.

Segundo noticias de França, inseridas noEs-pãnol, fallava-se muito na bolsa de Paris de uma nova legião estrangeira que sã está orga-nisando naquella capital por ordem da Rainha Governadora de Hcspanha. Esta legião deverá, compôr-se de 5,000, dos quaes 1,500 se achata angariados, a maior parte soldados veteranos. Dizem que o commandante Mr. Dumesnil, que obteve autliorisação para fazer um alistamento' para a legião estrangeira, • passara revista no< campo de Marte aoBl,500júaIistados, osquaes-se dirigiram a marchas forçadas para a fronr-leira.

4 angariação, segundo, dizem, á feita por Mi. Thomassin, secretario do Marechal Clau-sel, d'onde se infere que o Marechal ainda não abandonou o projecto de ter um cointnanclo em Hespanha, tendo alam disso tido varias conferencias com Mrs. Aguado, de Duc ..., e Dumesnil. .

ANNUNCJOS.

PBLO Juiio de Direito da Comarca exterior de Lisboa, e Cartório do respectivo Escrivão, correm edictoj pelos dias da Lei, a requerimento de António de Fi-

------- gueiredo, da Villa <_1e p='p' para='para' almada='almada' fim='fim' o='o'>

de ser julgada livre e desembaraçada uma propriedade de caia» quo arrematou, sitas na rua direita da Villa de Almada, Fre-giieiia de Stnt-Iago, pertencentes ao casal das falleciilas'Margarida Alaria da Cunha, e sua mui Cuitodia Maria de Santa Anna, por óbito das quae» se procedeu a Inventario no Juízo de Paz da Fregnezia de S. Nicoliio, de .Lisboa, em consequência dç haverem herdeiros menores, e aonde tevelogaranr-remataçilo do dito prédio, cujo pfoducto consignou no Dcno-•ilo Publico de Lisboa, á disposição de quem tiver algum direito a elle, para o poder ir deduzir dentro do praso marcado ao Cartório do Escrivão, findo o qual será julgado livre o dito prédio.

PBLO Juízo da 3.» Vara desta Corte, Escrivão Novaes, se eslú procedendo a Inven. turio, entre maiores, dos bens que ficaram por fallecimento de Joaquim Ignacio Rodrigues Bei-Io, de que é Inveiitnriante , e Cabeça de Ca. ia! Camillo Soares Laroche; e pelo presente annuncio se convocam todos os crúdores da dita herança , para qiie uo (ermo de quinze dias, h.ijaiu tle apresentar no Escriplorio do referi-do Escrivão o» Titulo» que legitimam, e comprovem as siiu dividas, a fim de se haver respeito aellas conforme fôrdeiut-liça, e direito

3 As Apólices com os num. !>027 e 5028, destinadas para jCX serem nrremnladas em o dia t de Agosto, Diário de 87 de Julho, fica traniferida a sua nrremalu

No Jargo do Soccorro n.' ã, se promptjfica o verdadeiro remédio da Icterícia, em sua casa, ou na Je quem a chamar, feito pela fííi» do fmiilciro do Lorcio, Tirnntlieo Joga da Paz , remédio cuja virtude é bem conelnnte , e de que [em bastantes attestados das pessoas que tem curado.

P~~ TLO Juizo da Conservatória Italmnu, KscrivSo José Luiz Malhiaj, e a requerimento de Luiz Polaso, correm edictos contra ot filhos menores, e ausentes de Rnrtholomeii Robello, o que se annimcla, para deduzirem o seu direito.

OBRIGUE Frnncez, Rosa do Tejo, Capitão Grossos —"- —'"'•

sós, muito velejro, e com excellenlqs RC-

-----commodaçSes para passageiros, ha de sahjr liara o

Havre de Qrace no dia 12 do corrente: toda a pessoa que nelle quizer carrejrar, ou ir de pastagem dirija-se ao seu Con. gignatnrio F. Perfumo , rua dos Cspclliítas n." 15.

travessa da Asaumpçilo n." 35, 4.» andar, ha para vonder um pianuo de íeis oilavai, moderno, combo-litas vozes, por preços comtnodot.

THEATR9 N. DA RUA DOS CONDES.

QUINTA, feira 3 do corrente: a 1.» representação do = Aldeão pervertido = Drama em 3 dias ; 1." a Herança, 2." o Baile, 3." o Roubo: Farça =o Noivo do Algarve, com o Sr. ThtjoO.orico.

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