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PI A RI Q DO GO.VERNO.

palavras, designando o tUealro Francez ,, e nomeando o» Templários. Uma espécie,de goslq iiacioíifl, <_:_ que='que' podia='podia' pipsperiilade='pipsperiilade' nu='nu' dos='dos' gloria='gloria' inieres-iarniri='inieres-iarniri' se='se' dejonge='dejonge' seguir='seguir' sem='sem' _='_' cc='cc' a='a' ecibu='ecibu' c='c' sccoa='sccoa' jrondes='jrondes' mente='mente' podas='podas' julgou='julgou' pisadas.='pisadas.' suhb='suhb' particular='particular' _.='_.' o='o' p='p' r='r' tag0:li-ei='lc:li-ei' uogicqs='uogicqs' vocação='vocação' pi='pi' aindaque='aindaque' ima='ima' da='da' áler='áler' xmlns:tag0='urn:x-prefix:lc'>

Aquellc-s grandes mcslies tinham oltçMUUiva-incnt-e trasladado a grandeza dai paixcws- e. dos sublimes conhecimentos políticos aos tempos das guerras civis c dos grandes gojpca de Estudo, a ternura exuggerada de sMitunantos , e a serena austeridade dos pensamentos religiosos sol? a influencia de uma corte ^U-ganle, u á sotra de urn poder regular; em fim'todas as pusodins apaixonadas de um espirito novo , quando já declinando as antigas crenças iam perder-se n'um honsonte carregado .de tempestade. Depois de tão diversas sortes de trnge-. dias, M r. llaynouard, a quem o çspqctaculo dos homens em acção linha iniciado Jios segredos dos lioniens da historia, pensou que ainda ijiie se tivessem posto na s>cei& ns pnixõcs gê-irues na sua moior .parle, aindn.se não tinham apresentado todos os caracteres históricos, c que argumentos nacionaes poderiam tornar a abrir o manaifcial quusi esgotado de emoções drn-inaticaa. g|

Favoreciam-no por outra pinte as oircivr slancios; atrngcdia necessita ver-se a certa distancia para que produza oeffeilo que se desejn, e as assombrosas mudanças que acabavam de se verificar tinham-posto em França a differen-çn de cousas entre o-presente e -o\passado , que as separava ainda muito mais que odecuiso dos tempos. Tinham posto os successos'e os actores da nossa historia naquelle ponto exacto du perspectiva que a arte rosquer, e revestido n renli-dade corn o colorido dapocsin. JV1. Raynouard, que nos fins do século nnterior, e sol) o império de outras idens, tinha já preparado as d uns tragédias de Catão de Utica c Scipiáo, appli-cou felizmente suas novas vistas á dos Templo-fias.

Ern este assumpto verdade!rãmetrte trágico A. ordem do Templo acabava de fmnlisar no

jío-mesmo dia, c á mesma hora em todo o jeino, os Templários, ciijn prisão se tinha preparado com um inaudito segredo, se viram presos , sepultados em calabouços, c obrigados com iguaes tormentos a responder a umas mesmas perguntas; aclamar que n sua1 ordem, instituída p o r n drfensa do cbrihtinnismo , renegara de C lírico, c que.homens que morriam toei os os dias pela lê-começavam por nhjurá-la a proclamar em fim a sua immoralidnde , assim como asna apostasia. Era iinpossivol uma conspiração permanente de toda umn sociednde contra a crença europea, e a moral universal. Fi-Jippe o Formoso-a suppoz n «uai interrogatório, e provou-a com o tormento.

Ao pôr em scena esta tragédia 4* nossa nn-íiga liistoiia com todo o seu colorido original, sua acção simples, c seus movimentos generosos, obteve Mr..Raynouard applausos quaes o não tinha havido desde Stgamemnõh, erwinima raui-se todas asespcranças dosamniiles do Ihen-• tro á vista de um tão inesperado talento. Havia na tragédia dos Templários certa cousa de natural, e de virtuoso que agradava ao gosto, e embriagava u alma. Snhia-se da sua representação nobremente commovido; seus versos ficavam gravados na memória em fortes c magnificas sentenças; o suas personagens estavam debuxadas com tal esmero, que se apresentavam á imaginação como outras tantas bulias estatuas antigas em movimento.

Mas attrcvcr-me-hei a dizer, que talvez Air. •Jlaynouard não reproduziu aquclle trágico suc-ccsòo com todos os seus terríveis caracteres, c sua& pathclicas dores ? Talvez teriam sido rnais penetrantes seus caracteres sendo menos puros. riJippe o Fomoso íinha zelos da ordeui, po-

rem era nobre, drspost» á clemência, mas.de- j }jl, .queria s,alvar os Templários,- e os deixou jçrecer. Ogr.ãp Mestre, e seu? pavallQirpserarn virtuosos,'.decididos,. inacessíveis no uemar, ivres de perturba g ao, e de .remorsos. Uma só palavra podia s»l.v«i«los, e não a pronunciaram. 30 com. consentir crp hutuilhar seu virtuoso or-gulho ante a desconfiança do Rei, só coiu implorar pqrdâo pflr.a sua inhoc.enciu, podiam viver. Com tudo proferiram a morte, e caminha-ia|n á fogueira como mnrtyies da honru sem proferir queixa alguma , sem exbaldr o menor grito de dor; sobeii> no patíbulo, e resando seus cânticos elevam-ie ao Ceo do meio das cham-as, e o poeta nnnuncia, que deixaram de existir por aquella eupressão, uma das mais sublimes da scena. .Tinham já os canlicos cessado! Não é tampouco tão geral a supposição de que Filippe o Formoso dispozcsse c completasse a ruina daquelles malfadadoscavalleitos, que pela sua parle, nem todos'mostraram nnlcs du morrer uma magnanimidade inalterável. Não c ião perfeita a humanidade. Por uma parle a profundidade dos cálculos, o arrebatamento da paixão, uma desenfreada cobiça, uma crueldade inexorável, uma audácia que nada contem , e uma pertinácia que de nada se cansa ; e pula outra a innocencia lactando com o terror, a fraqueza da alma á vista das dores do corpo, a desesperação despedaçadôra depois de uma grande quuda, e emfnn a serenidade ultima do sacrifício; é isto o que apresenta, segundo uma longa, e sabia dissertação do mesmo Itaynounrd, a tragédia da historia que talvez commova mai* profundamente os ânimos, que a trngedia representada.

li não se julfiue, Senhores, que pretendo cir-cumscrever a arte nos limites da realidade, e confundir odramu com a historia. São differen-tes as suas condições como o seu objecto. O fim da historia e o instruir, e a sua obrigação a de ser exacta. Ellu reproduz quanto resta dos tempos passadas, mós não imagina o que a morte já -tem feito desapparccer. Reduzida a supuôr as intenções dos homens por suas acções, se acaso toca cm seus sentimentos, iridica-os antes do que os desenvolve. Suas emoções são continuas, e se são algumas vezes poéticas, é quando seguindo os povos nos seus destinos, ou o género humano na sua marcha, não os apresenta agitados com grandes pensamentos, pxe-cuinndo desígnios superiores, e derramando ns variados cores da vida lobre os vastos planos de Deos. .

- Não succede istocom o drama ; no posso que a historia se delem ante a obscuridade que lhe occulta uma parte do homem, n imaginação, rnnis,poderosa, penetra nossepulchros, etriuni-fa da mesma morte. Resuscitando os grandes actores dos tempos passados, torna-lheá a dur pensamentos, e paixões, e cíin-os pel&'segun-da vez. De tão admirável privilegio nasce o ter-sc olhado sempre a poesia como cousa -divina. Sua única' obrigação e' de nfio erigunnr o lio-mem , pôde equivocnr-s'e ate certo ponto sobre o paiz, e tempo em que viveo, mfts nunca so-breasua nnturcwa essencial. O queseeííige dílln, á a reprcsentoção humana,' -e não a chronolo-gia de suas formas, c sentimentos; ma^ se n el-la pôde unir tf exactidão nos costumes, e lin-goagem , será a sua obra a mais perfeita sen ser a mais pathetica. (Continuar-se-ha,)

BISPADO DB CA.8TELLO BRANCO.

Relação da importância das taxas impostas nas Dispensas Matrimoniaes, durante o mtz de Abril de 1837, na conformidade da Porla-

• ria de 11 de Outubro do anno passado.

JOAQUIM Fernandes, e Izabel Ribeiro, da Freguezia do Sobreira»Formosa , 5$OÓO.

João JYIntlhcus, c Maria Joiimia, da Freguezia de Snrnadns do S. Simão, 5$000.

João dos Santos, e Maria da Concílçâo, da Freguezia de Castcllo Brnnco, 9^000.

Luiz Rodrigues, 'c Luizn Ribeira, da Freguezia dn Sobreira Formosa , 3^000. '

•Manoel Lourençb Ltíriosj c Rosaria Marques, da Freguezia de Mação, 3$000.

Manoel da Silva, e Mtiria Luiza , da Freguezia de yi'ila'de Rei, 3^000.

João Martins, e Luun Maria, da Freguezia de Villa de 'Rei, 5^000. - *

JoãoSiUião, e.Clara Maria, da Freguezia do Louriçal, 5$000.

Moituiho. Duarte, e Anna Leiloa, do Lou-ric.il , 5,5'OGO. . .

Manoel Gonçalves, e Maria da Conceição, da Freguezia d,- Orcn , Í)-JOOO.

Miguel íinrroto, o Wariíi Joíiquinn", da Frc-guoztft de Sunh Mariu do Cabttllo, 5/000.-

Joae Pedro, e,Joaefa,Dias, da^Frê^ulvia de Sarradas de Rodúo,.3^000.';

Zeferino Louro, e Maria 'Mnrqucs. Lavada , da Freguezia de Monfortb, 3^000.

Som ma rs. 63jg'OOU.

CasLello Branco, 2 de Maio de 1837 =^Q Escrivão dos Processos matnmòniaes, José Maria Ferreira Baptista. • .r • '.

SERVIÇO IDE MARINHA. •>

Registo do Porto eaflS dê Agosto delQ37.

.KMBAP.CAÇÕRS ENTRADVS.

PAQUETE ínglez =DeJi<ílitCommandarite guarnição='guarnição' de='de' e='e' cm='cm' l='l' praças='praças' o='o' p='p' defalmouth='defalmouth' william='william' _6='_6' dias='dias' lory='lory' mala='mala' _33='_33' tenente='tenente'>

Gulera Hamburgueza = Aretlmsa = Cap. G. D. Bendiz, de Antuérpia em 8 dins, em lastro, á Viuva Moller e Filhos; 17 pessoas de ' trip.

Pntacho Portuguez = Conceiç"io = Cap. Fe-

iisimo Coellio. de Avellar, de Hamburgo em 31 dias, com fazendas c manteiga, á Viuva Mollcr e Filhos, e o Navio a Diogo Mónaco; 9 pessoas de trip., e 2 passag.

Hinle Poitugupz = S. José — Mostre Joaquim José de Sousa, de Altotia em 30 dias, com fazendas e manteiga, a Jos>e Ignocio de Seixos, e o Hiato a Ja«e Caelnno; 8 pessoas de trip.

Hiute Portuguez = Pedro Atravessando os Mores — Mestre Manoel deLemns, da Bahia ern 60 dias, corn assacar e'couios, avarios, e oHinte fio próprios Mestre; 12 pessoas de trip., e l inala.

Iliate Portuguez = Beijinho = Mestre José Joaquim Trindade, da Ilha de S. Miguei cia

8 dias, com fava, e batatas, a Manoel Joaquim de Mattos;.12 pessoas de trip., Spassag., e l mala.

Hiato Portuguez = Cl n rã = Mestre Manoel da Silva Pestana, du Ilha de S. Miguel em ô dias, com trigo, c fiivu, a Francisco Ferrari;

9 pessoas de trip., c l mala.

Hiate i''ortuguez=Coiiceiçâo Alegria =Mes-tie Gervazio Ferreira de Leão, da Ilha de S. Miguel em 7 dias, com fava, e couros, a vários, e o Iliate u Sebastião Uaymundo; 5 pessoas de trip., o 2 mnlas.

EMBARCAÇÕES SA.IUDAS.

Paquete Inglcz —Camden.

Iliale Portuguez = Isabel 1= Mestre Francisco Lopes Baptista, para n Ilha Terceira, com escala por S. Miguel ,• com sal, encom-> mendas, e uma passageira.

Cahique Portuguez — Senhora do Cnrmo = Mestre António Machado, para Faro com géneros de mercearia, e 2 paasng.

Cemique Portuguez —Sun hora do Rosário = Mestre Manoel Lopes, para Olhão em lastro, com uniu passugeirn.

Rasca r^r Conceição = Mestre Joaquim Henrique dq Oliveira, purn n Figueira em lastro.

Bordo da Corveta D. Joã,o I.°, surta na enseada' de Poço d'Arcos, em 14 de Agosto de 1037. = Atitanio Gabriel Pereira Pessoa, Ca-piluo de Fragnta, Commandante.

PUBLICAÇÕES LITTERARIAS.

SAIIIC £ 1113 : Formulário pnra Ese»iv3os de primeira Insl.in-ii», de Direito, Policia Correcrional, Ordinários, eElei-lo«, etc. Contendo asForniutas dos Aulo», eTarmos do Pró-ceiso Civil, e Crime, conforme n nova lleforiun Judiciaria; por Francisco de Almeida Ferreira lliuo , Escrp-ío-ile Policia Correr.cional. Vende-se por 100 rs. na luja de António Marquei da Silva, rua Auguttíi Q." 3.

ANNUNCIOS,

PRLO Juízo de Pai da Frofiiczia dos Anjos se eslá pror,cdfnn não verú admiltiilo.

í TV!"*, botica ús Purth» de S.nito Anlào n." 128, 9 A JL^I >c conliniía n vender n nyoa d.i.i Caldns dn aJlMRoinha n 40 ri. porfrusco ilc-incio quartilho; .igualmente se vende agoa do Gerei, recentemente chegada.

REAL THE ATRO DE S.- CARLOS.

TP.UÇA feira 15 de Agosto, 21.* representação, Grande Gulla , Anniversario do Nome de Sun Mng-ebtndc Fidelíssima a Senhora D. MAIUA II., Opi-ra^:Belis,irio = depois do 1." Acto=íOí Bailados He^panhocs, e o Pns-de-deiix de Miidemoiselle Farina, e Mr. Thcodore.