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Numero 191.

Aíino 183Í.

TERÇA FEIÉÁ í 5 DE ÂGOSTCX: :

Parte Ojjjicial.

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DO DEINO.

• • 2." Repartição:

MANDA a RAINHA que o Intendente das Obras Publicas faça i m medi a to mente proceder ás obras, e arranjos necessários na Sé de Lisboa para a celebração do Te-Deurn, qu« ha dc:seguir-se ao Nascimento do'Herdeiro Pre-sumplivo da Coroa; devendo o mesma Inten-

• dente receber sobre este objecto as 'devidos Ins-trucçòes' do Eminentíssimo Cardeal -Patriarr chá. Paço das Necessidades, cm 14 de Agosto de 1837. = Júlio Gomes da Silva Sanches.

2.a Repartição.

MANDA a RAINHA. declarar'ao'Administrador Geral interino deVilIa Real, que-lia por bem dèmittir o Commandante dá Guarda Na-ciohal deCliay.es; e Determina que o.mesmo Administrador Geral faça logo proceder a no-•. vá eleição, rcmeltendo a este JVlinisterio a res-

• pecti-va proposta, se pertencer ao Governo n escolha do novo Commandante, ou informando quem foi o escolhido, se a nomeação pertencer ao Administrador Geral. Paço das Necessidades, em 14 de Agosto.'de 1837. = Júlio Qomes da Silva SancJiei. . \ ;. • - .. r

• ]i-''' ' 4.* Repaftição. . . ',

SOA MageafadeVa RAINHA , • sendo-Lhe .presente' em Officío do Administrador Geral oVSantarem "a fidelidade, e firmeza com que. as Autlioridadcs do Concelho de Mação tem resistido,ás ordens dos facciosos', procura'ndo manter o -socJesjfó e tranquilidade dos Povos: Manda, :pela Secretaria d'Eslado dos Negócios do Reino, que-o .mesmo'Administrador Geral lou-• ne no Seu R.«dl Nome as referidas Authorida-: dos pela honra com qua s.ibem desempenhar os seus deveres. Palácio das' Necessidades,'era 14

Sanches. .• —'------1 < • - • • , • > • «

•'.. • i • • 4.a- Repartição* . > . , . •

MANDA a ^RAINHA,' pela Secretaria d'Estado dos Negócios do Reino, participar aoAd; ministràdor Geral de Santarém','«m, resposta ao neu Orneio N." 70, de 8 do corrente, que por Decreto de hoje foram dissolvidas a^ Guarclas Nacionaes'de Abrantes, TorreSiNovas, e Al-piarce, e se officioa ao Mimsfwnvda Guerra p»ra mandar quanto antes organisnr eruTorres Novas uma Companhia National Movei,, debaixo doCoftvmando de José Alexandre da Silveira e Serpa, tudo na conformidade do. que a este respeito foi proposto pelo çne&rnp Administrador. Palácio das Neqessjdades-, em ,14.,-de Agosto de 1837.;=: Júlio Gomes da Silva San~

SECRETARIA DISTADO DOS NEGÓCIOS DA F AZtjNDA.

: ; . .'• ' .3." Repartição. •.../

RECLVMANDO os interesses da Fazenda Publi-•d.i', que se leve a effeito, quanto antes, a reforma.das Alfândegas menores do Reino, decretada em 17,de Setembro de 1833, e começada por Decreto de 17 de Janeiro ulUmo; e sendo'necessário para este fim estabelecer,um centro no qual, reunindo-se os esclarecimentos que' se tem. obtido das ^differentes Co.mmissões encarregadas deste importante .assumpto , .se possa, melhor refundir Indo, n "um. plano completo paia'a mesma reforma: Hei. por bern 'crear uocró Comrhissào especial,' que será composta dosJHciribros da Commissão permanente •fias-Prautaè j-;-e 'd«, Cornmissão encarregado.da

icforma das Alfândegas, servindo d? Presidun-tc » mais velho dos Presidentes das duas Com-missues, a qual Me apresentará, não só um Projecto de reforma, c regulamento de ordenados, .e emolumentos que devem pertencer aos OÍTiciaes, e mais Empregados das referidas Alfândegas, mas também Me proporá, corn a maior brevidade possivel , uma medida peln qual os mesmos Empregados obtenham interi-J$n mente os indispensáveis meios de subsistência, ficando para este effeito authorisada'a corresponder-se directamente com a Commissão Geral de Fazenda * e com a que 'se acha estabelecida^ .Cidade do Porto, para auxiliar a Gonjmiesuo,permanente d»« Pautas; e bem assim com todas as mais Authoridades, ou Repartições, .que possam ministrar-lhe os esclarecimentos necessários, enviando-se-lhe, ps que existirem na Secretaria d'Eslado dos Negócios da; Fazenda', Thesouro Publico Nacional.}" e Commiesão encarregada.da reforma das Alfândegas, tendentes a illustrar o mesmo assumpto. O Secretario d*Estado dos Negócios da Fazenda assim o tenha entendido, 6 faÇu executar. Paço das Necessidades, em nove de Agosto de mil oitocentos trinta e sete. = RAINHA.= Jflâo de Uliveira.

T\

*

-•".,' ' N.°54. Setntariá de Eítádo 'dòt 'Negocio»

. . -. ORDEM DO EXERCITO.

. Publicff-se ao Exercito a seguinte

. • • •. Carta de Lei. • • •

ONA MARIA, por Graça de Dços, n pela .Constituição^ da.; Monarchia, RAINHA de Portugal, o do» • Algarves $ d'aquem e d'alem Mar , cm África -etÇi

, Fnço saber .a todos os Meus Subdi.tosj que as,Côrles Decretaram , e Eu Sanccionei a Lei seguinte: • •

• -As Cortes .Geraes', Extraordinárias, e Con-stituitHos da. Nação' Portugueza Decretam o segulnje :'-..'.-„

u -AiUgo. único. ' He cçnfirmada a Pensão de cem reis diários, que, pelo Decreto- de qtlatrò de.JiiUux de tnil_oijlocentos trinta e seis, foi concedida n Maria da Soledade, Viuva de Cândido da Silva. *• . ' '- •

"Portanto",1 -Mando 'ás Authoridades a quem o conhecimento-* execução da referida Lei pertencer, que. a' cumpram , e executem tão inteiramente* como nella só contem. O Secretario d'Estad"o do* Negócios- da Giíerra afaça impri mir, publicar, 'e correr. Dada no Palácio das Nqcessidadei , .em quatro de Agosto de mil oitocentos irinta e.,seae.;==.A RAINHA com Ru bnca e Guarda. = Visconde de Bobeda.

• ,'» ' .'.Por Decreto 'de 8 'do corrente mcz.

Tonenle', atjdido ao Estado Maior, da Pra_-

ça. dç Almeida , o Tenente de Cavallaria do

Exer.çij;o, J. Maria, Fraga. • •' .• - , -. .-

Por Portarias de 10 do corrente mex."

Encarregado provisoriamente. dò,Go,*crno.Mi-litar de Torres Novits , Thomar,re Povoações adj-acéntes,"o, Tenen(e Coronej doBntallião;Na-cionaj.de Thomar , J. Tamagnini de Al^reu.-

Para fazbr ,o.sery.,iço provisoriarnsate na 9. Divisão .JVJ.iljtar,..o Ofiicia l- -de , Decretaria do extincto-Estado^LiJor Imperial, com, exercício ne^ta Secretaria'., d'Eslado, F. Moniz Es-corcio. ' '

• ' Por Portaria de'll'do'diio met.

Para fazer o seryjço-no;l.° Batalhão Nacional Provisório de Lisboa, o'AJfercã, d,espacha: dp'par.a a Província .du..Cabo 'Verde, F. de

Pauta de Mello; que flcará prompto'á partir para o seu«destirioi logo que houver transporte.

Paro que nas circumstancias actuacs a revolta dos que se mtitulam amigos dá Carta não sirva de pretexto a abusos, de que. pôde resultar 'transtorno, e prejuízo para a Fazenda Na-cionai, Álanda Sua Magéstade a RAINHA declarar,:' .

1." Que os Commandantes das Divisões, e mais Authoridades Militares devem liinir.ar-se, ás vias ordinárias, c legaes, quanto ao forné-, cimento de.viveres, e transportes para a tropa; . e só em casos muito extremos, lhes c permitli-do proceder extraordinariamente. • - 3.° : Que o Deferidos Commandnntcs, c Au-thqridadcs não podem admiitir, ou nomear Empregados para o fornecimento ;'e só*os deverão requisitar ao-Commissario em Chefe, ou aos' seus Delegados nas Províncias, quando seja necessário.

3.?. Que nas requisições de viverei e transportes, dcye'liaiveri tod.i a^parcimonia , principalmente pelo'gue respeita a reservas para as. Praças dcGuerra,-de rações,'õujos géneros facilmente se, arruinam.

Sua Magéstade Manda igualmente dissolver" a Cornniissuo encarregada dos*trabalhos do re" conhecimento d,as-estradas militares ; e Determina que, osOfficiaes, que foram nomeados para este serviço, voltem 4 situação em que antes se achavam. •, .. - , . . -Sus Magcstadc Determina outro sim que pa-fa o serviço de Conselhos de Guerra, sejatn. feitas por escala as nomeações dos Qfficiaesj qnp devem ,servir de Membros nos ditos Con-selbci. .-,.',«'' . ;, Licenças^cpncedidas por motivo de moléstia aos Officiaes abaixo indicados.

; JEm Sejís^o de 9 ,do me* próximo passado.'

Ao Tenente do" Batalhão de Infanterlá N.° 7, B./Moreira, de Brito, quarenta dias1 para fazer usç de banhos das,Caldas,da Rainha. Jím Sessão de 11 do dito ine\.

Ao Capellão do mencionado Batalhão, L. Maria Durão,- trinta dias-para se trãctai. ' Em ISessáo, de, 27 do dito me^. _ ,

,',Áo Capitão, do Infonteria do Exercito, C. j. António Teixeira, quarenta diaá para fazer uso das agoas tlicrmaes das Caldas da Rainha. è= .Visconde de Bobeda. = Está conforme. = O',Tenente Coronel, Cheíe interino dá l.a Di» recç^ão, Gouvea. .

M- - THESOurio PUBLICO NACIONAL.

w^ • .' > <_ p='p' _-='_-' _..='_..'>

. • , > ' - ,1.* Repartição. . •)

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$30

DIÁRIO DO GOVERNO.

possam resultar consequências pouco agradáveis aos Membros das Juntas que se mostrarem ze Josos, pelos interesses da Fazenda Publica : e Conformar>do-Sé a Mesma Augusta Senhora com n resposta Fiscal havida a este respeito •Manda, pelo Thesouro Publico Nacional, qui o mencionado Administrador Geral faça cum p~rir o disposto nos citados Artigos, e paragra fos, primeiro,'segundo, terceiro, e quarto, sem o que não pôde haver lançamento possível, f se illudiria o preceito da Lei, senão se execu-tasse "d meti a sua sancçâo,,devendo iguelmen te pugnar pela observância dos parágrafo» quin •to e sexto Jo predito Artigo, a fim^desappaie cerem por uma vez as corntemplaçòes mal en-lendida? a lavor dos contribuintes, que tanto Ciais ri-prchtfnbiveis st> tornam, quanto aiais aportadas são as circumstnncias do Thesouro Publico. Tliesouro Tu b'l iço Nacional, 11 d' Airosto de 18.37. = 7oáo de Oliveira,

ADMINISTRAÇÃO «EUA! DO DISTRICÍO DE LISBOA-

Relação Estatística Criminal do Diítricto Ad-ministralivo de Lisboa, no «iça de Junho

do atino de IC37.

Concelhos do Districlo Administrativo de Lisboa, números dos presos, e classificação dos crimes.

ALCÁCER do Sal, presos 12, assassínio l, roubos 8, deserção de'corpos militares $, pf:jiu7os Q. Sahiram, removidos 2. Existem, sentenciados 3, em livramento G, sem processo l Aldua Gallega da Mcrciana: não tem preso algum.

Aldeã Gallega do Riba Tejo, presos 6, roubo l \ transgressão de o=dens de Poli-cia 5. Sahiram , soltps 4, removido 1. Existe em livramento l.

Alhandm , preso l , assassínio 1. Almada, projos 2, ferimentos 2. Alveicg: não leni preso algum. Arruda dos Vinhos: não tem preso algum. Azambuja, preso l, roubo l, ferimento 1. Sahiu removido.

Azeitâo; não*tem preso algum. Barreiro, presos 8, resistência l, transgressão de òidens de Policia 2, rixas 3, prejuízos 2.

Cascaes', presos 10, assassihios 3, roubos 2, ferimento 1. Existem, cm livramento 9, sem processo 1.'

Cezilnbra : não tem preso.algum.

Cintra, presos 9, assassínio l, roubos 3, fe-

íimenlo'1, politico.l, transgressão de ordens

de Policial, deserção de corpos militares 1.

Collares, presos7, ferimento l, transgressão de ordens de Policja 5, desefção de corpos militares 1. Sahiram, soltos 6, removido 1.

Ericeira: não têm preso algum. r Grondola, preso l, transgressão de ordens de Policia 1. Sahiu solto.

Lisboa, presos 799; Sahiram, soltos 194, removidos 102, degradados 4, mortos 6. Existem , sentenciados 14, «m livramento 777, sem processo 8.

Lc-urinhã, presos 2, político l, transgressão de ordens de Policia 2. Sahiram soltos.

Mafra, presos 6, roubos 2, transgressão de ordens de Policia 4.

Oeiras, preso l, roubo 1. Sahiu solto. Peniche, presos 3, roubo l, trangressão de ordens de Policia l, rixa 1. Sahiram, soltos 2, removido -1.

Rebaldeira :_ não tem preso algum. Seixul, assassínio l, fé i i mento 1. Setúbal, presos 27, assassínio l, roubos f, ferimentos 6, transgressão- de ordens de Policia 15, prejiti/os3. Sahir.atu, soltos 19, removidos 2. Existem, sentenciados 2, em livramento 4.

Sobral doAJonle Agrasso: não tem preso algum.

Torres Ved-as, presos 5, roubos 2, resistência!, 2, deserção de corpos'militares 1. Sahiram, soltos 2, rptnovido 1. Existem, sentenciado l, em livramento 1.

Somma : presos 900, assassinos 8, roubos S3, ferimentos 13, políticos2, resistências 3, transgressão de ordens de Policia 37, deserção de corpos militares ô , rixas 4, prejuízos 7. S ali í-iam, soltos 131, removidos 111, degradados-4, mortos 6. Eiislern , sentenciados 20, em livramento 798, sem processo 10.

Synopse comparativa com o mcz antecedente.

Mer de Maio: presos 956, rebelliâo l, assassínios 22, roubos 37, ferimentos 22, políticos 5, resistências^, transgicssào de ordens de Policia í)4, deserção de corpos militares 48, rixas 62.

Sahiram, soltos 188, removidos 43, degradado 07, mortos 4. Existem, sentenciados 102, em livramento 775, sem .processo 19.

Mez de Junho: presos 900, assassínios 8, roubos 23, ferimentos 13, políticos 2, resistem cias 3, transgressão de ordens de Polioia 37 deserção de corpos militares 5 f rixas 4, prejui-zoa 7. Sahiram, soltos 131, removidos 111, de< gradados 4, mortos 6. Existem, sentenciados 20, etn livramento 798, sem prosesso 10.

Differençu para menos: presos56, assassínio! 14, roubos 14, ferimentos 9, políticos 3, ré sistenciae 5, transgressão de-ordens de Policia 57., deserção de corpos militares 43, rixas 58, prejuízos 7 para mais. Sahiram , soltos 57, removidos 68 para mais, degradados 53, mortos 2 para mais.'Existem, sentenciados 82, cm livramento 23 para mais, sem processo 9.

Secretaria da Administração Ger;il de Lisboa, em 27 de Julho de 1837. = Pelo Admi-'mstrodor Geral, o Secretario Geral, José António Lopes.

O Doutor Lourenço de Oliveira Grijó, Juiz servindo de Presidente do Tribunal Superior do Commercio, por Sua Magestade Fidelíssima a RAINHA, que Deos Guarde, elo. «te. FAÇO saber que pela Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros me foi romeltida uma Portaria cm data de tf do corrônie, com o i m presso abaixo transcripto, para lha faaer dakr a publicidade conveniente. Direcção geral das Pontes, Calçadas, Faroes,

e Facho».

AVÍS.O «os Navegantes. Provine-se aos Navegantes, que de 1& dêJu lho próximo em diante s* ancendúrão sais novos Faroes, por todo o espaço dos noites, Otxs pontos descosias de França abaixo designadas; a saber:

Mancha.

l.k A entrada do porto que acaba de esta belecer-seemCourseulesj Departamento de Gol vados.

Mediterrâneo.

• 2.°, e 3.° A' entrada do Porto de Matsethn.

4.' A ponta do Sul da ílha de Porquerolles,

Departamento de Var.

5.° A ponta oriental da Ilha d& Levante, til Titan , no mesmo Departamento.,

6.° O Cabo Camarote,1 ou Cabo Lardier, no mesmo Departamento. Imprensa Nacional, Maio de 1837. ,

Sendo as indicações, que fazem conhecer a' posição geográfica, "o caraéter,'ie as circums-tancias que distinguem este,s seisFaroes de uma extensão, que não permitte inserirecn-se n'um Edital; as pessoas interessadas as poderão ver examinar, e copiar nn Secretaria do Tribunal de 1." Instancia desta'Cidade do Porto, em todos, os dias .não feriados.'E para conhecimento dos Navegantes se mandou affixar o presente Edital nas Praças de Lisboa, o Porto, e transcrever no Diário do Govor.no. Lisboa, o Secretaria do Tribunal Superior do Cornmer-cio, em 8 de Agosto de 1837. E eu João de Sá Pereira, Secretario do m(3smaTribuual'O'fâz escrever. O Jujz servindo de.Presidentcrj Lou-renço de Oliveira Grijó. ±= Esta.confarm.ej. João de Sd Pereira , Secretario. - • > ' • t • •

Parte não OjíciaJ. , .!

SfeSSÂÔ- EM 14 DÊ A60ÍTP'>DE 1037^- ' ' -

AíRit-st tt Sessão -stítido 11 .liorus 'e meltt, e estavam presente» 73' Sr*. Deputadas." Leu-se a Acta-da Sessíco-antoctidente,. Cfaú 'oi approvada* •••>•• , •• i . -.

Contiftiioii a dièeossão sóbr* o Artigo 2." do Projecto N.° 69 B, addiada de Sabbadot-' O Sr. L. J. Mortia sustentou a doutrina do Artigo, combatendo os argilnlèiitos em contra->. '

Os Srs, Valentlrn*e Leonel abundaram nas mesmas ideas.

O Sr. Sampayo Araújo: — Sr. Presidente, mando para a Mesa uma emenda do Sr. Fran-zini, que elle me deixou no Sabbado, porque antes dê lhe chegar a palavra, se viu precisado i retirar-se,' mas declaro que não partilho nas' déas dessa emenda : peço a V. Ex.a que a queira mandar ler.

O Sr. B. da R. de Sabrosa, respondendo & Igumas reflexões do Sr: Valentim, concluiu cotando contra o Artigo. O Sr- Rodrigo de-Menezes disse, que no dis-

cussão deste Artigo tem visto emprega-r os argumentos de que elle e necessário, aliás não se poderá trazer a administração da Fazenda ao' estado normal, e não J>o

Ô Sr. Visconde de Fonle Arcada combateu o Artigo; e o Sr. João Joaquim Pinto, respondendo aos seus argumente*, votou a faoor.

O Sr. Midosi, qua uma única Vez tinha fal-lado neste Projecto , «nada ouvira ate hoje que o fizesse mudar da sua primeira opinião; e depois de produzir muitos argumentos, conclui* votando pela emenda do Sr. Derramado, com tanto que se faça mais alguma declaração á respeito de dinheiro* capitalisados, '

Ainda tiveram a palavra os Srs, Ferreiro d« Castro, sustentando a sua erhenda; oSr.Oxôa sustentando o Artigo com alguma emenda , e • O Sr. Pinto Borges disse, que vitto estar a matéria tão illustrada por todos os Jurioconsul-^ Los, que tinham falindo nolla, podia que su consultasse oCongrcsto se a matéria estava suf-< ficientemcntediscutida ; porque ha vendo A intiei^ da do Sr. Derramado> parecia-lhe que podia satisfazer a todag as opiniões.

Consultado o Congresso julgou»so a materi* áufficientemente discutida. /

O Sr. A. Nunes de Vasconcellos:—*Sr. Presidente, como me não tocou-a palavra sobre a matéria,-parece-me que não posso ser mhlbido de mandar para a Mesa uma substituição a éster Artigo ; para que as despegas do inventario-quando a herança não exceder a 200$ rs., só-, jom ex-officio, não possam os Qfficiaes levar, nada. '

O Sr. B. da R..de Stfbrosa pediu que a Votação fosse nominal. . Não se venceu.

O Sr. Ministro dós.Nego<íios norte='norte' que='que' estado='estado' cor='cor' revoltosos='revoltosos' impossível='impossível' do='do' elle='elle' daí='daí' dar='dar' era='era' oe='oe' conscquént='conscquént' não='não' hoive='hoive' cortes='cortes' _='_' palavra='palavra' a='a' hoju='hoju' pediu='pediu' reino='reino' pau='pau' e='e' províncias='províncias' em='em' dabi='dabi' passasse='passasse' achando-se='achando-se' coimbra='coimbra' tag1:_='dis-o:_' noticia='noticia' posso='posso' desejp='desejp' correio='correio' tts='tts' as='as' informar='informar' ás-='ás-' y='y' cia='cia' todos='todos' porque='porque' sabem='sabem' xmlns:tag1='urn:x-prefix:dis-o'> ma9 tenho a convicção, e a certeza da que as nego» cios continuam no mesmo estado se não tiverem, melhorado: agora quanto ao B^rão de BomíJírr ternos só noticias ate ao dia 9-, apezaf de se tet estabelecido "uma posta militar; porém pelos movimentos que o Barão tem /o dia 10 da ilnia para as duas horas, da turde; a sua força t o do a a sabem, c não tet» augOlentado; em Coimbra fornm recebidos com toda a frjoza; o-Coirtchan- , dante da Guarda Naciorral tinha evitado qui ns communicações oflicia*» cdbissem nas màoa doS rebeldes; tquarendo manda-las para Q Por* to, não. foi posjively porqua elles tiniram pique-* t «s nas estradas. 8. Esc.1 uqntinuou dizendo, quem era o AdministradoíCiviluomeádo^ o qual El ri ha doscoruentaddmuito: todas, ns Atltbotrda* dês se retiraram, ó excepção de um Juiz de Di» feito, qilé perece os foi cumprimentar; inasnpe-zaí disso ha uirta carta dei lê que dá. ns niaiotds informações, cuja carta e' de 11 de Agosto, o neço licença para a ler (leu). Esta carta diz que a força não excede a 400 homens; qtic as nimeiros vivas foram dados pelos do Marquez de Saldanha-; que tem querido extorquir os dinheiro» dos Cofre» Públicos, tâas que se leui recuettdo a dar-lha ; quo tencionavam f a n ca e nmo contribuição de oito contos de réis; que br à M é, Figueira, e trauaeratíi de lá três con* os de réis depoifc de fazerem ali i aacclamação. S. Exc,* òondtiiu pedindo ao Congresso que se ratasse1* com urgência, da Lei do Registo Civil da Casa de Bragança, porque todos aabiam que esta Lei podia nt Heceasariff do um para outro dia. •

O Sf. Piwdgnto:—•Coavido a Cammissã» n ciar o^ San Pitretier quando poder.

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DIÁRIO DO GOVÈ&NO.

SR tractár ímanhã, pois que. a Cdmajissão •se havia de reunir pejas 10 horas da manha para este fim. •

Procedendos,e á v,otação do Artigo que.tinha •estado em discussão, propôz o Sr.. Presidente

1:° Se deve haver.AHIJ tributa sobrh a traus-niisíão'deis bens itnujovcis?—Sim.

.2.° Se dwve haver um imposto sobre ,09 semoventes?—Srm.

3." SpVre os dinbeiros-capitalisados, e constantes dó testamentos? —Sim.

4.° Sobro direitos c acções?—Sim.

5.° Sobre dinheiro que se actiar, não incluído nas duas espécies que já se votaram? — Sirn.

Todas as mais emendas se julgaram compre-hendidas no (que se votou, ou prejudicadas.

~D Sr. Presidente \consultou o Congresso so-Vê s" devia dar para Ordem do dia da primeiro Sessão a Proposta do Sr. Pisarro, asaignada por mais vinte uru Srs. Deputados, para a discussão da Cpnstitmçâo.

.O Congresso assim o decid.iu ; e foi esta a primeira paru- da Ordem do dia dada, e a continuação ..da de-hoje em segundoMogar. — Fe-

ÍTSBOA, 14 DÊ AGOSTO.

No din 10 do corrente fiieZ , pclns duas horas da tardo, entrou eln Coimbra o JVlar-quéz da Saldanha , o Barão de Seliiba-l , ò Barão dí'S.. Gosrtie, e oulros com pequiula força de Irifanleria,.e mais Cnvallaria^ sondo ao lodo 400 & 500 homens. O Povo do Coimbra- não tornou parte nesta entrada, assini como a Guarda 'Nacional , "que executando as ordens de seu Major, e Governador Militar, ficou fiixendo u foliem da Cidade, por tor «quellê eahido pata as alturas de Santa Clara, donde observou a sua entrada, dirigindo-se cTalli pa.ra Soure tí reunir força som que contava atacá-los; o que sabemos fez constar ao Ministério da Querra em Officio de 11'.. Logo que chpgnrann ', destacaram partidas de Cavallaria sobre ás Autlio-» ridades que se tinham retirado, "e m&íto- pntítíi-' palmente sobre o Contador d--.tra- os eatei i tos, e consócios dír luurpador, que •dtt. Nação visinlla n-osestiiô ameaçttndd. Ó>nTO-dó prtf- qòe terrr sido recebidos' ern , todos <_5 que='que' no='no' de='de' governo='governo' cntforrtraf='cntforrtraf' lovos.='lovos.' dos='dos' tende='tende' desenganado='desenganado' foz='foz' justa-='justa-' por='por' se='se' resistência='resistência' tc-lc-s='tc-lc-s' ite='ite' rfpatiso='rfpatiso' per='per' tem='tem' devia='devia' can-çada='can-çada' _='_' _-aspira='_-aspira' setrt='setrt' a='a' uberdade='uberdade' setembro='setembro' e='e' povos='povos' é='é' lòp='lòp' tantos='tantos' exército='exército' fadigas='fadigas' o='o' unanimemente='unanimemente' p='p' êló='êló' _9.='_9.' estabilidade='estabilidade' vexação='vexação' dueilo='dueilo' revolução='revolução' nação='nação' cijnduos='cijnduos'>

VARIEDADES*

Discutia da Mr. Miguel na tesídô da Jlcãde-mi» Franoewr. • .

SENHORES : = Desde o dia om que òccoífeu a uai grande homem o converter unia ihodes-ta reiioiâô- der indivíduos- em wma brilhante Irv* •stituição publica, a Academia Franceza tem auxiliada com, felicidade , e representado com toda a exaetidão o espirito nacional, esse «s» pirito simples, e ao mesma tenípo fecundo, qne buscando a novidade nasidéas, c seguindo gostosamente o uso no lingoagein, tem encontrado em voa seu estimulo e sua regra. A Academia tem- conservado durante dous séculos á lingoa a sua pareza, á arte as suas condições, ao bom gosto as suas delicadezas, c aogtfnío a sua sensatez.

Tudo tem regulado e nada impedido; e no tempo incomparável das noááas obras primas Susteve' os Ímpetos generosos do etlgenhoj Nó século' mais recente dos nossos" arrojes filosóficos, quando trabalhávamos hão tanto para en-canta-ivo mundo cdin as artes) quinto pornper-feiçoa-lií com a scícrvcia,- a Academia excitou, applaudiu* e galardoou todas ás em prezas dó espirito moderno. Então foi quando recebeu em seu seio ontr.a classe de homens .eminentes $ os auctores immortaes do Espirito dais leis, das Epochas da natureza, e áqBêlle engenho forte e diversificado, que pela n'oíidadd dê áuas ideas, apresentadas sob uma multidão de formas, desde a epopêa ate' ao cpigramma* e desde a cpo-pêa ate' ao pequeno folheio, encheu toda o Europa de seu nome, e foi tomo o dictadorj -do seu século. Finalmente-^ nos tiòssos diast e ú força ,de grandes preparações que tini chegado a dar logtir áopiniâo rtoS Gôvtíffios, tendo' chegado a ser n palavra um pode.r,- ã academia v sempre inseparável compnnheii'n do tempo, tem dirigido a sun eleição onde bfotava o talento, e se annunbittva a celebridade, ella tem asso* ciado n si oradore», illdst.ftís políticos; e por um feliz privilegiada nosso paiz, sempre livre e inteligente, viu-sí que a maior parte destes eram também esctiptoTrts rrotaveis, filósofos elo-quentes, historiadores eminentes, e até grandes poetas.

E' poi1 isso, Senhores, que ao recordar tantas antiga» glorias, a lançar a vista sobre tantas celebridades contemporâneas, não pôde o (]Litíontfa neste recinto, ainda quando nelle o introduzam vossos livras votos,- deixar de experimentar, misturado com sua gratidão, um profundo 'sentimento de respeito. Mr. llay-nouard era pelo numero e diversidade de suas obras, a elevação de sua alma, ô brilho de seu talento, e â vastidão de Seifs conhecimentos, um dos membros da vossa, assembleia miíis digno de consideração ; e chamado hoje para vosso lado,- a Qm de osubstUuir, venho deserfipe-nhar, louvando-o, a mais fácil das obrigações' que me impõe a honra da vossa eleição. Mr. Kaynõuard reunia em si'qualidades qtie facilmente »e nào encontram j.un'(a& n'um mesmo homem, qunes são o'génio dos negócios, e o1 d M poesia. Longo de Paris-, e arrastando d# antemão para a senda em que conhecia- queha-via de encontrar a glória , leve

Surprendeo-io. a roVotução antes dí {e^ cumprido ,com a prirrfeira tarefa de quo si incuin* bira, e lançado no meio das nossas agitações pelas circumstanciâs, mai» fortes qufl todos d projgctos, envolvido, n» derrota doí girondmosj Cuja causa, tinha abraçado, .foi trazido dos-conr-fins da.Provenza a Paíía, para'ioffrer o è«stt* go da sua moderação. Vendo -ante si uma próxima morte, em logar do fausto' fu"fur'o que esperava, dirigiu n'un> ea-nto fimebre poéticas-e firmes despedidas ás esperanças que lhe escaparam com a vida; mbs eliegfau o 9 tllerruidor, tínles de lhe ler tocado' a sua voz dw morrer* , VdHoii a Paris, e continutfií dom as tttrefas que deviam assegurar-Hicf d áJa Inddesta independência. « Sou, dizia ellc discretamente a um amigo que o incrOp^vd de que dilatava a sutf gloria, s«u um filósofo, é^ão má falia scoão oafforge, e o capote; mas nindá necessito encher o (Heimeiroj e limpar o segundo, n Em fim, quando já tranqyillo pôde pôr-se a caminho, quando já possuía o capote que havia de cobrir a sua nobre independência, saniu de Paris com trabalhos concluídos, hábitos formados, uma simplicidade original, e a esperança, e meios de uma promptu celebridade.

Achava-se em mais da metade da carreira da vida, e como a sua entrada na republica das Iteras,era tardia, tf por isso mesmo linha que ser brilhante. A academia Franceza tinha pro posto por assumpto de poesirt. A virtude necessária nas republicas j e Mr. Raynouard sahiu coro.do. A bclleza dos versos, feitos segundo o •gosto alguma cousa'éentencioso daquclle tempo, c a ousadia dos pensamentos, todavia- mui l vres, que já em 1803 tfonieçaratn ã desagradar e m. toda a parte meaos.ua- acadefriia ,.cha-

tilaram á àtlênçao'drfivlr. Suàrdj qVé ...uailuu. do ao laureado uni dos vossos bímcotfj é rfíjiií elle mesnlo otícúpàva cdrrid secrêfarfo perpeíabi lhe vaticinou que dépre-Ssd s'e'sérYtaria e'm uai-. esènà chamado n tá[dia ao outro: TeHdes áidoV Srs., da mesma npiniâd de Mr-. Suard, satis-'" fazendo a sua duplicada promessa, e depois dê ter homèado Mi-. Raynouard, vosso 'có-irmão, quizeslé3>que se seiilaSse depois' da tnortè dei Mr. Suard'no logar 'de d'Alem.bef>. j •

E^ste íatisfactòrlo acolhimento da vossa parta ahnunciá*a,'Senhoresi oUtro rhaiof da brfrttf do publico-, e não tardou Mr. Raynònard ertt o- consegUir. Onde ò foi efie1 Húsc.-rr-, e' ó que? tinham ferio dèpoiã dê agitações tio profundas, e de mudanças ião Multiplicadas, os goá* tos que nos restavam" ; è «à ide'ds em quê ainda se cria? Detido ó engenho FrancbZj- triâls1 de^. pressa que surprendrdó ú vista dá rávolttíâoy drisenvolviaentâo suaáaznsí ihà» áÇiie inco'°-nis-V -ns regiões ia Conduzir «eu interrompido voo/ ; transportar o sgculo novo?

As creações da grande litteratura Frnnceza» seus pensamentos, e grandes lioniens tinham. . preenchido duas dilatadas epoehas'. Tinha en-nquccido a Fiança com suas obfas"pridias, tii nha-a livrado de preoccupaçôes, é plfcparadd •ya suas instituições í e ainda que era então' Pando jnenos produzia pela mesma razão de ei-sido tão fecunda, contava ainda com celebre» mestres; tinha deixado uma eschola que dorai* nava só cora todas ás pretençõès, e exigência' que produz um império longo, e nunca disputado. Ainda depois de dous séculos de origina* idade e grandeza devia a língua a está escbolá o ter permanecido pura, c o cápirilo naéional o continuar na sua. simplicidade e graça-, e no ponto a que linha cl>egndo tmhd quasi esgota-' dos os assumptos còrR que a antiguidade forne-í.' céu a todas os nações as bellas formas que o' tempo de Luiz. 1*.° deu á arte, e âs-idéas do stíeulo 13.' Pensava com exactidão,- escrevia' berfl,\ inventava pouco, não sentia- muito, e levada naluralmente á força de admirar a hni-' tacão, linha reduzido talvez em derríasfa á arte. a regras, a& paixõfts a typòs, e a poesia a ver--sificação. Parecia que esta celebre eschola tocava naquelfe ponto, do qual começa a declt- ' nar todo o ser humano, e não podia satisfazei1 a-quella curiosidade insaciável, é aqifella perpetua actividade'do-espirito á qual nada esgotai nem detém. Porowru parle ás-geYaçòeá noV.-is-y separadas violonUmerití -dás1 antigas- recorda-» • çjòes,- permane'cianr nomeio do qátetiíHiBrn ad-» quirfdo com o infrírctotíso peAr do que1 perde'-' ram. Por isso, e'm quanto um £ránde homem , enja sensatez' se tfptíiava na victtífia, restabelecia o culto christãOy urA atrevido inrfovadoí Htterario ,• órgão- dós que padecianti dê tanto* «odoS, rehabilitava a imaginação.' ' :

O poético au-ctor" do génio do ckrisfíaiiisfoo q.ue de 30 annos a eítd parte é lim dos pr^inci. ' pães adornos da vossa corporação, cofisiderárii do não tanto a verdade" das antigas crençáí co. mo sua bélica»? e defendendo a religião' em n dl me das artes, fundava- uma- fioVa eichdla-, que, emprendedora então serti deábrdem, buscartd* a inspiraçâ» em novas fonteá, e mantende n» meio disto-'as leis eternaí da eortiposição è; 4 tradiccão do idioma, íubstituio cotn a* idade media a antiguidade, e o espiriio analyiico com o sentimento religioso. .

Comprazia-se n*â giftrtides sceílâs- da naturei za, e trasladava-se á* do líistoria, a firír de renovar suas imagens e remoçar.áeus herocs ;• mas era de temer-se que btísCamdo a poesia na' natureza, e.a. arte na iiistoria, não se embaraçasse em pormenores descriptiv.os, e'se perdesác enraconte^|tneritos hittõrico's. Tinha" quò evitar com igual ca-idado o incôherehte já usado para não incorrer no falso-, e substituir a ptn-lura do bomcrrn abstracto com a do.lloiiièirt fantástico.

E a qual destas duas escholas pertencia Mr. Raynouard'? Educado nas idéaá do século 18."' e admirador das grandes composições' do. 17.°' bontia»-se não obstante isso ohiínádo'db-espirito' innovador da sirff. «pocha.. Ad:i»rtlahdo-se, pofs, aos que o tinham precedida íià. pUreira da li'iv-goagem e regularidade d«- suas contspçcies, assoeiou-se ao mesaw tempo aos Se"tw contemporâneos, tirando suas pèrioh«Vens;da historia' nacional e síus «ílfeUos do» 9entimeúloslmt)der-ínos. Permaneceu na antiga «jschola a respeito1 das fórmní, c (iiiuou" na nova a respeito dos indivíduos.

Tenho-indicado .um dos méritos de Mr.'Ray. '

nouaid, sem ter dito ainda em que gene/o e '

porque obra se distinguia. Mas vossas.Tecor-'

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PI A RI Q DO GO.VERNO.

palavras, designando o tUealro Francez ,, e nomeando o» Templários. Uma espécie,de goslq iiacioíifl, <_:_ que='que' podia='podia' pipsperiilade='pipsperiilade' nu='nu' dos='dos' gloria='gloria' inieres-iarniri='inieres-iarniri' se='se' dejonge='dejonge' seguir='seguir' sem='sem' _='_' cc='cc' a='a' ecibu='ecibu' c='c' sccoa='sccoa' jrondes='jrondes' mente='mente' podas='podas' julgou='julgou' pisadas.='pisadas.' suhb='suhb' particular='particular' _.='_.' o='o' p='p' r='r' tag0:li-ei='lc:li-ei' uogicqs='uogicqs' vocação='vocação' pi='pi' aindaque='aindaque' ima='ima' da='da' áler='áler' xmlns:tag0='urn:x-prefix:lc'>

Aquellc-s grandes mcslies tinham oltçMUUiva-incnt-e trasladado a grandeza dai paixcws- e. dos sublimes conhecimentos políticos aos tempos das guerras civis c dos grandes gojpca de Estudo, a ternura exuggerada de sMitunantos , e a serena austeridade dos pensamentos religiosos sol? a influencia de uma corte ^U-ganle, u á sotra de urn poder regular; em fim'todas as pusodins apaixonadas de um espirito novo , quando já declinando as antigas crenças iam perder-se n'um honsonte carregado .de tempestade. Depois de tão diversas sortes de trnge-. dias, M r. llaynouard, a quem o çspqctaculo dos homens em acção linha iniciado Jios segredos dos lioniens da historia, pensou que ainda ijiie se tivessem posto na s>cei& ns pnixõcs gê-irues na sua moior .parle, aindn.se não tinham apresentado todos os caracteres históricos, c que argumentos nacionaes poderiam tornar a abrir o manaifcial quusi esgotado de emoções drn-inaticaa. g|

Favoreciam-no por outra pinte as oircivr slancios; atrngcdia necessita ver-se a certa distancia para que produza oeffeilo que se desejn, e as assombrosas mudanças que acabavam de se verificar tinham-posto em França a differen-çn de cousas entre o-presente e -o\passado , que as separava ainda muito mais que odecuiso dos tempos. Tinham posto os successos'e os actores da nossa historia naquelle ponto exacto du perspectiva que a arte rosquer, e revestido n renli-dade corn o colorido dapocsin. JV1. Raynouard, que nos fins do século nnterior, e sol) o império de outras idens, tinha já preparado as d uns tragédias de Catão de Utica c Scipiáo, appli-cou felizmente suas novas vistas á dos Templo-fias.

Ern este assumpto verdade!rãmetrte trágico A. ordem do Templo acabava de fmnlisar no

jío-mesmo dia, c á mesma hora em todo o jeino, os Templários, ciijn prisão se tinha preparado com um inaudito segredo, se viram presos , sepultados em calabouços, c obrigados com iguaes tormentos a responder a umas mesmas perguntas; aclamar que n sua1 ordem, instituída p o r n drfensa do cbrihtinnismo , renegara de C lírico, c que.homens que morriam toei os os dias pela lê-começavam por nhjurá-la a proclamar em fim a sua immoralidnde , assim como asna apostasia. Era iinpossivol uma conspiração permanente de toda umn sociednde contra a crença europea, e a moral universal. Fi-Jippe o Formoso-a suppoz n «uai interrogatório, e provou-a com o tormento.

Ao pôr em scena esta tragédia 4* nossa nn-íiga liistoiia com todo o seu colorido original, sua acção simples, c seus movimentos generosos, obteve Mr..Raynouard applausos quaes o não tinha havido desde Stgamemnõh, erwinima raui-se todas asespcranças dosamniiles do Ihen-• tro á vista de um tão inesperado talento. Havia na tragédia dos Templários certa cousa de natural, e de virtuoso que agradava ao gosto, e embriagava u alma. Snhia-se da sua representação nobremente commovido; seus versos ficavam gravados na memória em fortes c magnificas sentenças; o suas personagens estavam debuxadas com tal esmero, que se apresentavam á imaginação como outras tantas bulias estatuas antigas em movimento.

Mas attrcvcr-me-hei a dizer, que talvez Air. •Jlaynouard não reproduziu aquclle trágico suc-ccsòo com todos os seus terríveis caracteres, c sua& pathclicas dores ? Talvez teriam sido rnais penetrantes seus caracteres sendo menos puros. riJippe o Fomoso íinha zelos da ordeui, po-

rem era nobre, drspost» á clemência, mas.de- j }jl, .queria s,alvar os Templários,- e os deixou jçrecer. Ogr.ãp Mestre, e seu? pavallQirpserarn virtuosos,'.decididos,. inacessíveis no uemar, ivres de perturba g ao, e de .remorsos. Uma só palavra podia s»l.v«i«los, e não a pronunciaram. 30 com. consentir crp hutuilhar seu virtuoso or-gulho ante a desconfiança do Rei, só coiu implorar pqrdâo pflr.a sua inhoc.enciu, podiam viver. Com tudo proferiram a morte, e caminha-ia|n á fogueira como mnrtyies da honru sem proferir queixa alguma , sem exbaldr o menor grito de dor; sobeii> no patíbulo, e resando seus cânticos elevam-ie ao Ceo do meio das cham-as, e o poeta nnnuncia, que deixaram de existir por aquella eupressão, uma das mais sublimes da scena. .Tinham já os canlicos cessado! Não é tampouco tão geral a supposição de que Filippe o Formoso dispozcsse c completasse a ruina daquelles malfadadoscavalleitos, que pela sua parle, nem todos'mostraram nnlcs du morrer uma magnanimidade inalterável. Não c ião perfeita a humanidade. Por uma parle a profundidade dos cálculos, o arrebatamento da paixão, uma desenfreada cobiça, uma crueldade inexorável, uma audácia que nada contem , e uma pertinácia que de nada se cansa ; e pula outra a innocencia lactando com o terror, a fraqueza da alma á vista das dores do corpo, a desesperação despedaçadôra depois de uma grande quuda, e emfnn a serenidade ultima do sacrifício; é isto o que apresenta, segundo uma longa, e sabia dissertação do mesmo Itaynounrd, a tragédia da historia que talvez commova mai* profundamente os ânimos, que a trngedia representada.

li não se julfiue, Senhores, que pretendo cir-cumscrever a arte nos limites da realidade, e confundir odramu com a historia. São differen-tes as suas condições como o seu objecto. O fim da historia e o instruir, e a sua obrigação a de ser exacta. Ellu reproduz quanto resta dos tempos passadas, mós não imagina o que a morte já -tem feito desapparccer. Reduzida a supuôr as intenções dos homens por suas acções, se acaso toca cm seus sentimentos, iridica-os antes do que os desenvolve. Suas emoções são continuas, e se são algumas vezes poéticas, é quando seguindo os povos nos seus destinos, ou o género humano na sua marcha, não os apresenta agitados com grandes pensamentos, pxe-cuinndo desígnios superiores, e derramando ns variados cores da vida lobre os vastos planos de Deos. .

- Não succede istocom o drama ; no posso que a historia se delem ante a obscuridade que lhe occulta uma parte do homem, n imaginação, rnnis,poderosa, penetra nossepulchros, etriuni-fa da mesma morte. Resuscitando os grandes actores dos tempos passados, torna-lheá a dur pensamentos, e paixões, e cíin-os pel&'segun-da vez. De tão admirável privilegio nasce o ter-sc olhado sempre a poesia como cousa -divina. Sua única' obrigação e' de nfio erigunnr o lio-mem , pôde equivocnr-s'e ate certo ponto sobre o paiz, e tempo em que viveo, mfts nunca so-breasua nnturcwa essencial. O queseeííige dílln, á a reprcsentoção humana,' -e não a chronolo-gia de suas formas, c sentimentos; ma^ se n el-la pôde unir tf exactidão nos costumes, e lin-goagem , será a sua obra a mais perfeita sen ser a mais pathetica. (Continuar-se-ha,)

BISPADO DB CA.8TELLO BRANCO.

Relação da importância das taxas impostas nas Dispensas Matrimoniaes, durante o mtz de Abril de 1837, na conformidade da Porla-

• ria de 11 de Outubro do anno passado.

JOAQUIM Fernandes, e Izabel Ribeiro, da Freguezia do Sobreira»Formosa , 5$OÓO.

João JYIntlhcus, c Maria Joiimia, da Freguezia de Snrnadns do S. Simão, 5$000.

João dos Santos, e Maria da Concílçâo, da Freguezia de Castcllo Brnnco, 9^000.

Luiz Rodrigues, 'c Luizn Ribeira, da Freguezia dn Sobreira Formosa , 3^000. '

•Manoel Lourençb Ltíriosj c Rosaria Marques, da Freguezia de Mação, 3$000.

Manoel da Silva, e Mtiria Luiza , da Freguezia de yi'ila'de Rei, 3^000.

João Martins, e Luun Maria, da Freguezia de Villa de 'Rei, 5^000. - *

JoãoSiUião, e.Clara Maria, da Freguezia do Louriçal, 5$000.

Moituiho. Duarte, e Anna Leiloa, do Lou-ric.il , 5,5'OGO. . .

Manoel Gonçalves, e Maria da Conceição, da Freguezia d,- Orcn , Í)-JOOO.

Miguel íinrroto, o Wariíi Joíiquinn", da Frc-guoztft de Sunh Mariu do Cabttllo, 5/000.-

Joae Pedro, e,Joaefa,Dias, da^Frê^ulvia de Sarradas de Rodúo,.3^000.';

Zeferino Louro, e Maria 'Mnrqucs. Lavada , da Freguezia de Monfortb, 3^000.

Som ma rs. 63jg'OOU.

CasLello Branco, 2 de Maio de 1837 =^Q Escrivão dos Processos matnmòniaes, José Maria Ferreira Baptista. • .r • '.

SERVIÇO IDE MARINHA. •>

Registo do Porto eaflS dê Agosto delQ37.

.KMBAP.CAÇÕRS ENTRADVS.

PAQUETE ínglez =DeJi<ílitCommandarite guarnição='guarnição' de='de' e='e' cm='cm' l='l' praças='praças' o='o' p='p' defalmouth='defalmouth' william='william' _6='_6' dias='dias' lory='lory' mala='mala' _33='_33' tenente='tenente'>

Gulera Hamburgueza = Aretlmsa = Cap. G. D. Bendiz, de Antuérpia em 8 dins, em lastro, á Viuva Moller e Filhos; 17 pessoas de ' trip.

Pntacho Portuguez = Conceiç"io = Cap. Fe-

iisimo Coellio. de Avellar, de Hamburgo em 31 dias, com fazendas c manteiga, á Viuva Mollcr e Filhos, e o Navio a Diogo Mónaco; 9 pessoas de trip., e 2 passag.

Hinle Poitugupz = S. José — Mostre Joaquim José de Sousa, de Altotia em 30 dias, com fazendas e manteiga, a Jos>e Ignocio de Seixos, e o Hiato a Ja«e Caelnno; 8 pessoas de trip.

Hiute Portuguez = Pedro Atravessando os Mores — Mestre Manoel deLemns, da Bahia ern 60 dias, corn assacar e'couios, avarios, e oHinte fio próprios Mestre; 12 pessoas de trip., e l inala.

Iliate Portuguez = Beijinho = Mestre José Joaquim Trindade, da Ilha de S. Miguei cia

8 dias, com fava, e batatas, a Manoel Joaquim de Mattos;.12 pessoas de trip., Spassag., e l mala.

Hiato Portuguez = Cl n rã = Mestre Manoel da Silva Pestana, du Ilha de S. Miguel em ô dias, com trigo, c fiivu, a Francisco Ferrari;

9 pessoas de trip., c l mala.

Hiate i''ortuguez=Coiiceiçâo Alegria =Mes-tie Gervazio Ferreira de Leão, da Ilha de S. Miguel em 7 dias, com fava, e couros, a vários, e o Iliate u Sebastião Uaymundo; 5 pessoas de trip., o 2 mnlas.

EMBARCAÇÕES SA.IUDAS.

Paquete Inglcz —Camden.

Iliale Portuguez = Isabel 1= Mestre Francisco Lopes Baptista, para n Ilha Terceira, com escala por S. Miguel ,• com sal, encom-> mendas, e uma passageira.

Cahique Portuguez — Senhora do Cnrmo = Mestre António Machado, para Faro com géneros de mercearia, e 2 paasng.

Cemique Portuguez —Sun hora do Rosário = Mestre Manoel Lopes, para Olhão em lastro, com uniu passugeirn.

Rasca r^r Conceição = Mestre Joaquim Henrique dq Oliveira, purn n Figueira em lastro.

Bordo da Corveta D. Joã,o I.°, surta na enseada' de Poço d'Arcos, em 14 de Agosto de 1037. = Atitanio Gabriel Pereira Pessoa, Ca-piluo de Fragnta, Commandante.

PUBLICAÇÕES LITTERARIAS.

SAIIIC £ 1113 : Formulário pnra Ese»iv3os de primeira Insl.in-ii», de Direito, Policia Correcrional, Ordinários, eElei-lo«, etc. Contendo asForniutas dos Aulo», eTarmos do Pró-ceiso Civil, e Crime, conforme n nova lleforiun Judiciaria; por Francisco de Almeida Ferreira lliuo , Escrp-ío-ile Policia Correr.cional. Vende-se por 100 rs. na luja de António Marquei da Silva, rua Auguttíi Q." 3.

ANNUNCIOS,

PRLO Juízo de Pai da Frofiiczia dos Anjos se eslá pror,cdfnn não verú admiltiilo.

í TV!"*, botica ús Purth» de S.nito Anlào n." 128, 9 A JL^I >c conliniía n vender n nyoa d.i.i Caldns dn aJlMRoinha n 40 ri. porfrusco ilc-incio quartilho; .igualmente se vende agoa do Gerei, recentemente chegada.

REAL THE ATRO DE S.- CARLOS.

TP.UÇA feira 15 de Agosto, 21.* representação, Grande Gulla , Anniversario do Nome de Sun Mng-ebtndc Fidelíssima a Senhora D. MAIUA II., Opi-ra^:Belis,irio = depois do 1." Acto=íOí Bailados He^panhocs, e o Pns-de-deiix de Miidemoiselle Farina, e Mr. Thcodore.

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