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Parte não OjficiaL

STLSSAO DE 12 DE SETEMBRO BE 1837.

IJei.AS 11 horas c meia' se abriu a Sessão,' estando presentes 45 Sr». Deputados•: lidf a j\cia da Sessão antecedente, foi àpprovadff. "

Jintiou-se na Ordem do dia. — Continuação da discussão do Requerimento do Sr. I. Pizar-ro, pura que se continue desde já á drscutir'o Projecto de ConsUtuição. ' Ó Sr. Midòsi começou por mostrar que' pareceu dizer-se que os que produziram .tfrgtlmentos pnrn que a Constituição não continue a ser desde já discutida, querem espaçar essa discussão : que sendo assim, el.'c rejeita p;(rã longe fsstr incnlptição , pois que e' de voto que téivhti logar essa discussão, e o /fiais breve que seja possível ; porém que isto não e dizer que quer seja-já, mas.quesoja com o congresso mais pie-iro que for possível.

Passou depois a combater os argumentos produzidos contra esta sua opinião, e .concluiu vo-lando conlia a urgência da discussão do Projecto; e porque se limite um praso , o qual será segundo o Congresso melhor entender.

O Sr. Alberto Carlos disse, que havia quem tivesse dito que os Deputados faltavam aWséiiá' mandatos; porém que estes claramente diziam que se fizessem as modificações- na Curta de' £6 e Constituição de22, formando uma nova Cou-' átiUnção, e tudç o Qtié contribuísse para ó melhor bem da Nação: logo à questão neste caso' é de prudência, e.o ficgocio 'que pôde ser para o maior bem do. Paiz é o da Fazenda, no qual ainda bastante ha que fazer. Quanto a dizei-se que isto seja o motivo dá gueira', ninguém o creia; que também não sé pôde s"ábèr quul se-TÍ.Í o resultado da discussão, c se se ganharão, ou perderão adeptos : quanto á incerteza , que u não ha', pois1 que pela discussão na generalidade todos áabijm que haverá duas Camarás, icslando só a decidir o modo de Constituir a segunda Camará ; porém isto é negocio muito delicado,- a que toda a Naçãoéeslranha. Quanto á despeza que o Congresso faz, não julga que a Nação o possa arguir disso, tanto mais que muitos Deputados' nào recebem o subsidio' por serem límpregudos'publicos, c a muitos dos que os recebem mais conta lhes faz cuidar dá suas casas, do que pela profissão que exercem. Continuou fa/.endo-mais algumas reflexões, e concluiu votando contra a urgência da discussão do Projecto.

O Sr. Fernandes Coelho combateu os áifgu-mcnlos, pelos quaes se pretendeu mostrar que o objecto de Fuzcuda era mais necessário,' porque quando ha uma revolução a primeira cou5-sd que o Povo exige ó coiibtituir-se, e depois c crue sobre esta base tracta dos seus negócios de 'fazenda ; quç islo consta da historia de todos os paizcs. Que se esta discussão se continuar, Como cila não se pôde concluir em Ires dias, em uma semana, ha tempo paro que osSrs. Deputados possam vir vindo para assistirem ádis-ciiãsão. Concluiu votando pelo requeiimento.

O Sr. Lopes Monteiro disse que não citevtí prcsèríle quando 'se decidiu quê se suspendesse' n discussão por não ha veiem gaiantias, por estar coarctada n Liberdade de Imprensa, ele., •pelo que elle não votaria: com tudo qiie hoje respeita a decisão, e que como ellá teve logar e hoje um facto, e portanto é necessário esperar porque veíiliarii íiquellcs,Senhores que salii-ram «om licença, pela persuasão em que estão de que c=ta discussão não continuará por ora. Que' se marque um praso, e que expiindo elle continue esta discussão sem interrupção ; q'ue'a Nução não se perdia por .haver este prazo razoável.

O Sr. Lopes de Moraes disse que approvariâ' o requerimento, estabelecendo-se o praso a'té 21 do corrente. ,

O Sr. J. J. Pinto disse que se continuasse nquella discussão embora continuasse agueira; porém que primeiro sé fa'çd saber atà Membro^ deste Congresso que estão ausentes, quê' ella se vai continuar; não porque esteja persuadido, qiie cá, venham os que estão empregados^erh altas missões, ou os que positivamente não qui-zerum vir; mas para que .a Nação não possa nrgurr-iYos cteqWqtfizernosl 'ftfzér pYogrèair uma aisbussào na. ausência deStesv 6\V daquellês Se-tíhotaf Dèpàtorfò'í."Ct>nfelú1á votando" pela sub-

' stituição do Sr. José EstevUo. 'J___

• O Sr. Gorjâò ofou contra p requerimento,' sendo de opíííiao q'u'é ^^cus-

são, até que outros cifctraistfcrrcíás peftnittisserii entrar'nella. . ••

O Sr. José Estevão disse,' que tíávia perstiá-cndo-se que obteria ò valioso voto do ultimo prcopinaritè pelas suas primeiras expressões; pó? rérrrqtie" perdeu estás fagueiras esperanças por suas ultimas' frases,1 p'ondo^s"e o Orador, por ellas', em iima p"osição isolada,.eque isolado se.-rã o seu -voto; pois que' tendo já mestrado qual ern" na sua opinião orneio dê constitui r o Paiz, pede" agora qiie esta 'discussão seja indefinida-me'ntè addinda.' Passou depois a combater aidéa do me$mo Preopinante,' quando disse que elle (Orador) tirrha-mudado de opinião: e corrfba-tendo lambem mais alguns argumentos de outros SenIroVes'contra a sua opinião, concluiu votando pelo praso de quinze dias, como praso razoável'para qualquer jornada.

O Sr. Sá Nogueira votou pelo requerimento do Si. Puarro, para pwr esta forma se fechar À porta a tnda a espécie de^ransacçiio.

O Sr. Garretl,-dizéndo-se escrupuloso, disse que ncninfma outra -razão fòrie tinha para instar pela'continuação da discussão do Projecto senão;- que havia um anno c três dias que a Nação ittandou-que'Seitractasso de reformar a Lei fundamental1; que muitas razões se tem al-h-gaclb, porem "que esta é'a' que acha mais forte. Combateu'depoií> as razões que se tem alle-gadò para" espa'çar i-por mais tempo esta discussão,' dizendo, qiíe mais alguma desculpa haveria sé s'e tiveste de fazer uma Constituição: notou que a suspensão da liberdade de imprensa rtãd obsta'1'a',' porque'de certo Se nào queria ri hbércfadè de imprensa miguelislai nem a liberdade de' imprensa cartista; que'quanto á outra «Slla existia, c que poucos" são Oi'Mernbros do Congresso que não tenham sido mimoseados pelo Periódico que a disfructa; que além disso qnér tirar toda' a possibilidade moral de transacção. Concluiu votando por qvle. se discuta o mais hreve possível; porém como este possível é ainda'- muito vago, desejava que se marcasse um praso gara que possam assostir os móis Membros possíveis-, com tanto quê este praso nào seja' indeterminado.

OSr>S'atHos Cruz-disse que'estavam em primeiro logar medidas geraes sobre Fazenda, sobre' brgánisB^ivò d'a'Guar3a Nacional em todo

O Sr. Ministro do Refno declarou queoGo-tfemo1 tinha uina Proposta urgente para fazer zer'ao Congresso; poíe'm quê a queria fazer preceder de unia conta do' uso que tinha feito no primeiro rripz da~ sdspertsàtí das garantias. " Qoa'nto no estado do Paiz , pouco mais podia dizer hoje do que honteni linha dito; que o Brfíão do Boinfim tinha entrado a 9 em Cus-t\illo'B'r'dricô, onde pouco' se demorou, seguin-dò"fná'rcha sobre os revoltosos que estavam em S. Miguel ,, pouco adiante de Castello Branco.

Tendo alguns Srs. pedido que se concluísse primeiro' o objeeiò em questão, o Congresso decidi u qúé' sim ; e pondo-se á votação se a matéria" estava discutida1', assim se julgou.

Pediu«-5e a votoção-nominal sobre Q'Requerimento do Sr. J. Pizarro, c tendo^se decidido que fosse á votrfção'norrtinal, resultou da votação que de 73 Membros presentes disseram ap-provo 32, e rejeito'4^0, sendo a maioria de 8 votos.

Pediu-íé igualmente votaçTio nominal sobro a' substituição do Sr. José Kslevão, marcando-se o' p'fns'o proposto pelf> Sr, Vieira de Castro até 27 do corrente, e resultou desta votação , que de 67 Membros.presentes disseram appro-vV45, e ríjcitò' 22, sendo' a maioria de 23 votos.

O Sr. Ministro do Reino disse,- que o Go-ve'rnd querendo faxer uma proposta urgente ao Congresso, qViz'primeiro apreséntor-lhe acorria dó uso qúé tinha1 feito dá suspensão das garantias durante' d prfhrtiro 'mez delia : que esta conta' era' do'q'íiè mais lhe tinha sido possível obter ^' ppí» ÍJiié 'a'índà não tinlíam chegado as párticijVar^èsdéioígimí Administradores Geraes.

Decidiu o Congresso , que este1 relatório por' ser mui to .longo fósiiTrnandíKlp para a Mesa_, ou p'itfà'à''Secreta'ria-pa'rà hlli se'r é^tímiíiádo por aíiúeítès Se~nn'ôreé qne'quízésséln, e qáe S, fix.a fizesse a proposta quê perteridiá.

O Sr. Ministro d'ò Reino leu eníâò' ^prò^ds-ta p'á'rd' quê fVásè" hóvaroénlt, pforògado po^.ou• tfocrnéz li LeíJde l^^J^llió docòr;rérrte"arinc(,v' qiíè á foi já emu íí dô! A^t». (^ftififeíú S:' È\." qW n-éhTlDm rèdtíío1 se^riYa^F^pfarq-Oé errí L-iáboa' sê* comrd^tòi^é ^tfòtfso'- dF*am;, '^ols que rioícspaço deste uftitrió mWfot-sS^rèsió rittt'

estfàtigeiro^"' q'ue seria dá 'mesma forma preso; ainda quando não estivessem suspensas as gà-ra"ntias"; e bem àssioj fdrarri presos" hoje três iní dividúos, que também o seriam serri haver suspensão de garantias, porque são implicados em Complicações miguelistás^ por parle'que se recebeu no Ministério. Concluiu por pèdJra Urgência desta proposta.' :

• Co.nsuHado o Congresso decidiu eate que ò. negocio era urgente,' que fosse mandado liojd mesmo á Comuíissão Especial, e q'ue'esta fosse a meírria que Ô mez passado' tràctou de rgUèll objecto. " . '

O Sr. Presidente deu para Órdérri do dia a> discussão da Liberdade dê Imprensa j e o Orçamento da Repartição dos Negócios do Rei-rib; e levantou a Sessão depois das 4 horaé;

Relação dos Pareceres ádbre o'é Reqiierimenibi dos indivíduos abqiío' designados f ijue foram) resolvidos pelas Cortei Geraes, Extraordinárias , e Constituintes da Ndçãó- Portugtie* za, eni Sèstòo de 9' do corrente';

DOKA Marianna Alexandrina de Mattok é Abreu—i Deferida pára séla'vrar Decreto'.

- Capitão António Igrfacio de SéíJCas^-^ Re-' mettidcí ao Governo pelo -Ministerioi do Remo.

Dona Maria da Pjinficáção Fonseca— Idein-pelo Ministério da Fazenda. . , .

Carriara Munícipalda Villadè Borba1 -í-tdern p'eló M1histe'rio do Reino. -, v i . - . -

Tenente Coronel das extinetas AÍiliciaS, Ignai cio Moniz Coelho da* Silva Pe'ixotd e'Mello—-' Idem pejo Ministério da Guerra.

José António d'Olive'ira Sampa'yo—^Pertence ao Poder Judicial o objecto'do Requeritnènl» to do SupplicanW. / ;

Lavradores do Termo dfe Liáboa-—-'-PerteiTce ao Conselho'de Districto d objecto do.Requerimento 'dos Suppvlicantes.

Dona Joanna M"ariá de Campos—í Pertence ao Podef Judiciíil d objecto do' Requerimento da', Suppíicánte. . ..

Secretaria'dasCôrteâ,' em 12 de Setembro d» 1837. == Miguel Ferreira da Costa, Officiat tMaior Graduado,' Director: . i

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DIÁRIO DO GOVERNO.

comprometta-se a Liberdade, pontoasse em visco oTiirono da Soberano , aventure-se n'urna hora o que se ganhou orn muitos nnnos.... ; que vale tudo isso uma vez que se satisfaçam ambições criminosas, que secumpram desejos de vingança, que por fim se dicte a Lei, embora de cima d'um montão de ruinas! Trememos quando •um momento de reflexão nos leva ás consequências tjue pôde ler tão desastrosa, quão louca re-Tjelliâo!! Felizmente a Providencia, que de «ontinuo ve'lo sobre nós, tem permittido , que se tenham mallogrado suas horríveis tentativas, desconcertado sens planos, e impecido ,a marcha da revolta, O bom senso dos Portugueses por toda a pai te repelle os fugitivos Marechaes; ern nenhuma povoação acham-guarida ,,porque íicnhumn ainda os hospedou com vontade; ese a principio lhes apresentavam sómenie a resistência passiva da inércia, agora como enfadados de suas inúteis , c inconimodas correrias começam os seus habitantes, decoinmum acoicju, a persegui-los. Cnda vez mais débeis em numero, faltos de recursos-, cheios de remorsos, "aco-çados de perto pelas armas fieis esporamos que em breve se dispersarão esses poucos illudidos, que virão procurar a clemência da Soberana, « a .generosidade da Nação.

NA madrugada de hontem chegaram as malas de Hespanlia, e do Alem-Tejo; e do Algarve vieram duas, a de hontem,,e a que-devia ter vindo Sexta feira 8 do corrente.

SE desejos sinceros de ver beneficiado o Paiz, por meio da prosperidade da construcção, c navegação Nacional, c não inlercBscs parli-etilares, produziram o artigo inserto no Periódico o-= Nacional = de 16 de Agosto ultimo, muito louvável-deveconsiderar-se.o seu Auctor, c ainda mais, se no mewno aitigo tivqsse prescindido de menoscabar o caracter franco, fir-rne, e desinteressado do actual AlinJStro da Fa zenda, que eó tem por fim único remediar os males que a Nação soffro, tanto pela decadência de seu Commercio, como pela desordem das suas finanças.

Sem entrar em profundas indagações sobre a -questão: se os braços que se empregassem uclual-mente na conslrucção, e navegação Portugue-20, -seriam mais productivos do que empregados em outros ramos da publica piosperidade, attcndehdo no estndo das nossas permutações, e aos meios de as verificarmos, ein comparação dos outros Paizes; esuppondo mesmo que sim, convirá examinar-se quaes os meios mais efii-cazes de conseguir-moB rssa vantagem.

O auctor do artigo assevera que o favor concedido á Bandeira Portugueza , (o abatimento de 15 por cento no imposto dos Direitos) pelo Decreto de 16 de Janeiro ultimo, é o único meio efficaz de obter aquelle fim , por quanto tem resultado jii acharem-se nos nossos Estaleiros muitas Embp.icações em construcção.

Esta asserção e' lào fácil de fazer, «orno dif-ficil de provar. Não consta que outras embarcações existam nos Estaleiros se não aquellas que m-lles já tinham a quilha quando foi publicada a Coita de Lei d« 5 de JV5aio ultimo, que restringiu somente a essas embarcações a total isenção dos direitos dos géneros que cilas car-jegassem na sua primciia viagem. O que por agora pôde dizer-se com verdade, c', que regulando-se tisse favor concedido no referido Decreto, por um termo médio, fundado nas contas orTiciacs dos primeiros ires mezes decorridos depois da e:\0cucao da nova Pauta das Alfândegas, pode bem reputar-se em 80 u 100 contos annunes o desfalque que directamente soífre o rendimento das Alfândegas, mas debalde, sem se conseguir, apeznr de tão grande sacrifício, o objecto que se pertende, que e o augmentoda nossa navegação.

A este raal gratuito accrescem ainda os incalculáveis provenientes das represálias ordena-das pelos Governos de Inglatena, Estados-Unidos, Brasil, e muitos outros que tem estabelecido como principio fixo, que serão proporcionalmente augmentados os direitos das, mercadorias pertencentes a Paizcs, nos quaes hou-, ver favor especial de direitos com relação ú própria Bandeira ; de forma que o augmento de direitos das mercadorias importadas em Navios Portugueses em.Inglaterfa, conformo o an? núncio ()ii(ilica

cessariamcnte.bào de pôr também levemente em execução contra a nossa Navegação, e que d todo acabará com dia a persistirmos no visio nario, contradictorio, e absurdo systema adoptsf* do pelo Decreto de 16 de Janeiro ultimo.

Accrcsce que se em Portugal a differença es tabelecida é de 15 por cento, a que agora s nos impóz em Inglaterra é de 20 por cento, e em outros Paizcs será talvez mais. E se est procedimento, aliàa justo da parte dos referi dos Governos, diminuo, ou acaba com as ex portações para ebses Paizes em Navios Portu guezes, com que razão deve esperar-se que pó tal- meio augmerite a construcção e Navegação Nacional l

'Parece incrível que em 16 de Janeiro se pu bliçasse o mencionado Decreto em opposiçâo diametral com o Decreto de 10 do mesmo mez que approvou<_ que='que' de='de' paiz..='paiz..' do='do' principa='principa' polida='polida' das='das' dúvida='dúvida' modificada='modificada' bilinente='bilinente' abrir='abrir' á='á' a='a' alfândegas='alfândegas' sendo='sendo' e='e' única='única' fonte='fonte' chave='chave' am='am' prosperidade='prosperidade' p='p' _-pauta='_-pauta' novo.='novo.' ha='ha'>

E com effeito determinando o .artigo 7." da instrucções para a execução da referida Pauta que =r uma ordem especial do Governo aulbo risaria as Alfândegas a receberem um direito addicional nos géneros'importados das Naçõe Estrangeiras equivalente ú differença de direi tos que as mesmas Nações fizessem entre os seus Navios, e os Portuguezes, ou enlre géneros Portuguezes nas suas importações = Parece incrível, repito, que seis dias'depois fosse esta exccllenlo regra, (principio que se acha estabelecido entre as maiores Nações) destruída inteiramente com o favor de 15 por cento concedido especialmente á Bandeira Porlugiieza pelo mencionado Decreto; pois que deste favor resulta, por exemplo, que 100 barris de manteiga, vindos de Inglaterra em Navio Inglcz, pagariam de direitos de consumo em Lisboa 320;$000 reis; e vindos era Navio Portuguez, pagaiariam de direitos somente 272^000 réis. E se nós queremos que isto aconteça, como poderemos queixnr-nos, de que 100 pipas de vinho do Porto paguem agora em Inglaterra de diieitos de consumo 15 contos de reis, ind em Navio Ingiez.,' e 18 contos indo em Navio Portuguez?

• Em coramercio ha Leis estabelecidas de geral observância em todos os poizes as quaes nenhum delles pôde infringir sem immediatas represálias j e grandíssimos inconvenientes ao seu próprio commcrcio e. navegação.

li' por estas razoes que o» verdadeiros meios de augmentar a navegação Portugueza actualmente não podem-ser outros senão aquelles que em harmonia com o que está estabelecido em quasi todos os Paiccs, foi adoptado na formação da nova Pauta das Alfândegas, isenção, ou quasi isenção de direitos das prodiícções das nossas Possessões Ultramarinas, por alguns an-nos , sendo navegadas somente em Bandeira Portugueza, c aquelles princípios que da mesma forma estabelece o Projecto de Lei apresentado ás Cortes pelo muito digno Deputado Lou-renço-José JVldniz, publicado no Diário do Governo de 8 de Julho do corrente anno, cujo Relatório, com o que fica ponderado, parece sufliciente lesposla pnra convencer o auctor do sobredito artigo, sb foi escriplo, como suppo-nho , em boa fé. ' (Mercator.)

T> Dnsnr.Mos Folhas de Madrid ate 5 do cor--*C4/ rente. As coluninns destes Periódicos contem poucas noticias do theatro da guerra, e movimentos do exercito , que possam interessar os nossos leitores, resumindo-sc tão somente a manifestar , que o Pretendente se achava no campo de los Romanos, Badinas, Escalon, e outros, com direcção a Calarnocha ; e que os Gsneracs Conde de Lucliana , e D. Marcellino Oráa partiram deDaroca no dia 1." do corrente, com objecto de atacarem o Pretendente se tivesse a ousadia de espera-los. Dizem lambam estes Jornaes, posto que não officialmente, que o faccioso Cabrera assassinara o chefe carlista Villareal, por cujo motivo D.Carlos deu as ordens mais positivas para ser preso e castigado o matador.

POR noticias deLcorne, de 18 de Agosto ultimo, consta que a Cholera-Morbus que se eclarou naquella Cidade em 28 de Julho próximo passado, não tem feito progressos consideráveis, não excedendo o numero dos casos desd,e o dito dia S8 de Julho, de dous, três, e quando rriuUo até quotprze por dia; pelo que a Repartição de Saúde dá aos navios que d'alli sah'e.m, cartas que indicam a existência da-quolla moléstia em Leorne.

AVISOS. BANCO DE LISBOA.

Eu continuação do Leilão annunciado no Diário do Governo N".°284-, de 30 de Novembro do annb próximo passado i a Direcção do Banco de Lisboa fará ,vcrder cm Leilão publico, por conta de quem pertencer, na Alfândega Grande desta Cidade , no dia 20 do corrente mez de Setembro, pelns 11 horas da manhã, diversos fardos de fazendas de Bengala , marca I C B & C.% vindas pola Galera = Resolução = Capitão João Licio Borralho, entrada neste porto em J823'. Banco de Lisboa, 11 de Setembro dn 1837.=:José Silcçslre de jíndrade, Societário.

PELA Administração Geral dos Correios se faz publico, que salmão a 20 do corrente para as Ilhas de R. Miguel e Graciosa a, Escuna Ponte Delgada j e a 30 para o Rio de Janeiro a Galera Firmeza. As cortas serão lançadas ate á meia noite dos dia"s antecedentes.

ATWUNCIOS.

PBLO Juizo

PIÍLO Juízo de Paz da Freifiiezia de San Ia h.ibel se convocam todos os credores do frtllecido Conselheiro João Auaslasio de Carra-lhn«» Hennques, para no dia l!) do corrente, -------------pelns 3 bons da tarde, comparecorcm na residência do dito Juiz de P.-iz, n fira de se deliberar a Turma do -T^anienlo de seus credites, ele.

' - ---••• »>CLO J'1"-" de P;lz da Freituczia de N. S. , ',- fTúTuVT;!â í 'l* Piinfinçlo, da Till» de Ociras, se

f íc " A^f > vai proceder ú tcndii de duas propriedades

',' -''"\~ '.í de casas nt.iB cm Pi>co de Arcos, pertencente i! lier.inca que ficou do falleculo Feliciano José Francisco dói Santos ; as quaes a primeira coust» de casas nobres, armazéns, c ofEcinus, agua nativa, e outras mui dilTcrcnlcs ac-commodnções, avaliada na quantia de 3.%00$000; e a segunda consta de primeiro andar, ajçua-furtada , armazéns, cnval-larica, c outras accommndaçups, aralitidas na quantia de 3:500$000 rs. ; -cuja vinda terj logar no dia 1." de Outubro, depois da mista conventual, perante d dito Juiz de Paz.

jffxftyL. Tf)BLO Juízo de Direito da ã.11 Vara, líscrivào 4 t^TjH -ST Kmyiçdio Marquei, coin-m éditos ile trinta

• ás-^êâi dias, pura SP julgarem livres c'de«cniliaracadaa as casas sitas na rua do Olival n.° 202, prasn foreiro ú ex-tincta Basílica de Santa Mnria Maior, e hoje a Fazenda Nacional, que está contracta Jo a comprar Manoel Ferreira Bai-bosa, a Maria Amalin da Conceição, aulhonsAda por seu marido José Peilro: qilem se julgar com direito ao dito praso o venha deduzir no tempo determinado, findo o que se julgará livre e dc.°cmbaia{adi>

AniinmiAM-SB umas terras entre Vaiada, c Porto de Muge, de que era rendeiro o fal-

_____lecido Aiilouio de Soma Lobato: quem as per-

tender f.illc uo Campu de Snnln ,\nna n." 18.

X^^tv A !i'IONlu ^"il"1»1" 1'crlende comprar o [iiopnc-6 !íí>.T Xi. dado de casas n/i rua do P.io iln Bamíoira /2fiíjí«*-uniu. 4 a 12, Fregue/ia da Lapa, a José Rodrigues Pereira, e para sr julrar lirre e desembarnçada te estão convnilo edictos de 30 dias no Cartono do liscnvno Andrade. da 4.» V.ir., tk Oireilo.

r~Vs, Ciirailuio li cora provuorioe da massa fallida deWiu-

\J teíer & Verdier, com aiithnrisnção d» Jmz Commis-sario, iuTormam os crcdoret da mcpma massa que, no dia 27 do corrente, pela» J l horas, terá ln^ar na Sala do Tribunal do Commercio , .< reunião p«rn a verificação de seus créditos. t K*> 7j_J>UA Antuérpia saluri ale 20 do correnle o

. v^írS" -K. navio Belga , Industrie , Capitiio J. C. {*T, u»,' Zirlli™ : quem perlender carregar, ou irdepas-

* ' --'' s.ifrem piocure nos Corretorcs de navios, ou ao Consignatário Kredcnco Schlosfer.

AÍ cniiliuuar-ie o leilão n» rua de S. .losé, p»-hcio n.° 109, ú Anniinciadn, (f|iie não pÓdc ter l

.. /QUINTA feira 14 do corrente, ás 9 horns, no estaleiro V^J n-" 5, dsntro do pateo da Moeda, continua o leilão da muileira de casquinha, e da terra, mastros, icr^ao, amar' 'as de forro , e de cmro , fogBes de ferro , e diversos outro itensilios de navios; cuja venda se faz em beneficio , e por :onta de quem pertencer, para liquidação.

rua direita de Pedrouços n." I3£, ee abriu uma loja de bebidas, com boaa bebidas, a tem vinho de Lavrador n 100, e n ISO a canada j se aluga o primeiro andar, pura banhas, por lg$OI)0 n.

RE4L THEJTRQ Z>£ S. CARLOS.

QTJARTA. feira 13 do corrente» 33." representação: Opcra=;a Estrangeira = Dança = Lisetta e Leandro.

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