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de a verificar dous-factos, 1." a .promessa que lhe fez o Governo de ter consideração com os Empregados que elle nomeasse: 2.° de não ter concorrido para qualquer medida que tenha ha-vido n respeito dos mesmos Empregados. Quando os Srs. Costa Cabral veio u Lisboa, e depois se julgava necessarip'q,ue voltasse,, a instancias do Sr. Barão do,Bomfim, e Visconde de Sá; quiz o Sr. Cosia Cabral saber se o Governo-te-ria contemplação com os Empregados que elle nomeasse : -a resposta .do Governo foi, que su nesses que elle nomeasse concorressem as cir-cumstancias necessárias, o Governo os preferiria a todos os outros ; por este lado parece-me que está satisfeito o.Sr. Costa Cabral (Apoiado): 2.° mostrar que não concorreu para nenhuma alteração: pelo que eu sei não concor-.reu, nem podia concorrer, porque não houve alteração alguma; julga o Sr. Deputado que a houve pelo Ministério das Justiças, por se terem declarado vagos dõus logares de Delegados, mas creio que o meu Collega o Sr. Ministro das Justiças já o informou do que havia a este respeito; foram demitlidos os dous que anteriormente, tinham sido nomeados, e em relação a estes logarcs declarados vagos, e não. em relação aos que nomeou o Sr. Cosia Cabral,, queainda continuam: logo segue-se que nenhuma alteração tem havido a esse.respeito; haveria alteração se o Govorno tivesse já nomeado nlguem: em consequência concluo, que a promessa foi feita nos termos em que o Governo a podia fazer: quanto-á 2." pai te que o Sr. Deputado não concorreu para as alterações, porque nenhuma alteração se fvz. S. Ex." continuou mostrando qual o meio que o Governo seguia com os Empregados que foram demilti-dos naquelle tempo; que alguns tem requerido, .e que o Governo tem procedido a todas as informações, e mandando igualmente informar o Sr. Visconde de Sá, e que outra reclamação existia, que S. Ex." tencionava reme t tê-la ao Sr. Costa Cabral, e Barão do Bomfim ; que o Governo ha de ter nttenção com os Empregados nomeados na crise, e que os ha de conservar quando ellcs tenham aptidão, c probidade, porque sem estas qualidades ninguém temi direito a empregos (Apoiados.) Que assim está conciliada a opinião de todos os Srs. Deputados, porque se não hão de deixar fora dos empregos os que merecerem entrar, nem deixar empregados aquellos que o não merecerem.

O Sr. Ministro das Justiças, que pôde af-fiançar ooSr. Deputado que ainda nnm um Empregado dos que foram demittidos foi reintegrado: que apenas ha uma excepção a respeito de ura Escrivão de Lamego ; esl^ é o único a quem foi levantada a suspensão : portanto pelo que diz respeito ao Ministério das Justiças, não hu motivo para suppôr que o Governo tenha tido cm menos consideração os actos dos Srs. Com-inissarios do Governo; e está certo que elles obraram da mesma, maneira que obra o Governo : o Governo pediu informações gcraes a -respeito de todos os Empregados; que quanto nos Delegados que ainda estão nos logares, foram dados como vagos em relação aos outros que tinham sido providos. ,"

O, Sr,. Costa Cabral disse, que se,dava por Satisfeito com as explicações que deram os Srs. Ministros; quequand.o nomeou aquelIcsErnpre-gndos tinha desejo de acertar; que se errou foi effeito diis pessoas que o informaram; porém que tivera os melhores desejos de acertar; que approva a política do Ministério, em quanto diz que, porá se decidir a tomar uma resolução .tem mandado tomar informações. , Tendo d-.tdp quatro horas, o Sr. Vice-Presi-dcnte deu a Ordem do dia, e levantou a Sessão.

Discurso do Sr. Deputado Barjona pronunciado na Sessão de 27 de Outubro. "jVTÂo é minha intenção menoscabar os servi-JLA cos do Sr.Costa Cabral, muito pelo con trario, meu desejo é que seja premiado todo o indivíduo que prestar á Pátria serviços realmente importantes. Se agora tomo a palavra, tenho por fim revelar perante o Sr. Ministro da Coroa, e em pleno Congresso, alguns factos que reputo iojustos, e combater certos princípios «miltides pelo illustre Deputado, que |me não parecem, achar-se- em harmonia com as idéas mais sãs de política.

O Sr. Deputado pretende que os Empregado; que no tempo da ultima revolta foram expulsos dos emprego»., 'por serem suspeitos de desaffe-ctos ao actual systema político, se conaerven desempregados, e que os homens que os substituíram se considerem effiicíivos,. pe/o menos cm quanto o Governo por, uai Decreto não decla-

PIARIQ PO GOVERN.O.

HS^HI!^^HI^HBHSeSSBSeBSBeaSHeSHaBi»W?

r.ar o contrario, isto é, em quanto não declarar os logarçs vagos; e não teve duvida o illustre Deputado em avançar a proposição seguinte: — que será uma grande injustiça o não os conservar nos empregos em que .estão, visto que os acceitaram n'umaepocha muito melindrosa. Eru, Sr. Presidente, vejo r m e obrigado a dizer que neste ponto os meus princípios estão mui longe de concordarem com os do Sr. Deputado; e lisonjoio-tne de que o mesmo acontecerá á grande maioria do Congresso. Ninguém du» vida de que durante a revolta muitas vezes pedisse a prudência, que este ou aquelle Empregado fosse suspenso, e o logar occupado por pessoa de confiança: mas e' também não menos certo, que finda a revolta, devia tudo tornar ao estado anterior, uma vez que se não provasse que o suspenso era realmente criminoso. A pessoa que occupou o logar interinamente deve ser premiada em proporção dos serviços que fez, e ser despachada para o primeiro logar vogo para que tenha idoneidade; porem jamais deve iicar com o emprego que outro sorvia com dignidade, c de que foi suspenso sem causa real.

Agora passarei, a referir dous factos, quepen-só devem ser remediados quanto antes; tenho ainda outros de que fallar, porém reservo-os para occasião mais própria.

Foram expulsos de seus logares dous Empregados em Coimbra; e cada vez estou mais con-•encido de que o foram com muita injustiça. Jm. é o- Bfidd da Faculdade de Medicina, e o outro é o Contador Judicial. O primeiro diu-sô que é chamorro; porem nenhuma prova se apre-enta de tal asserção: do Contador allega-se' que é parente de um grande chamorro; mas se-á isto razão bastante? De empregos similhan-tes não deve pessoa alguma ser demiltida sem :rime, ou erro de orneio: tudo mais é anar-chia, e leva-nos á dissolução. Supponhamos |iie o Bedel não gostava muito da resolução lê Setembro; seria elle por isso menos hábil jura apontar as faltas dos estudantes, ou para irar da urna as sortes para as sabbalinas? •npoiado): e o Contador, contaria elle por is-o peioros feitos?" Sr. Presidente, existem lo-;ares que não podem ser convenientemente exercidos senão por homens que tenham rio coração is máximas do systema político dominante, is-o é certo: mas na maior parte dos empregos rnsta que haja da parte do Empregado, honra, obediência ás Authoridades, e aptidão sufficien-e. Esta ultima e uma círCumstencia de que.se não pôde prescindir, e a que em nossos dias se a l tende muito'pouco (apoiado). Em Coimbra viu-se isto a respeito do Bedel; porque deram o ogar a um estudante, que nunca póds dar con-" ta de seus estudos, e que foi sempre mui pouco regular na frequência delles: esta é a informação que me tem dado, porque eu não o conheço. Se assim é, corno de Coimbra me in-"ormam, nào é o novo Bedel o mais próprio ^ara manter pela sua parte a necessária disciplina (apoiado). Do novo Contador não posso dizer outro tanto, supponho que-será pessoa capaz, pois me aíTirmam ser irmão do mesmo Sr. Deputado Costa Cabral. Não serei mais extenso:'o que disse é bastante para chamar a attenção do Governo e do Congresso sobre a matéria, e para que sejam restituídos sem demora a seus respectivos empregos aquelles indivíduos que foram suspensos por uma medida de simples cautela , que se não acharam criminosos; e folio especialmente dos douj^sujoilos que-nomeei, por isso que além de serem bons Empregados, e terem sofTndo muito pela Causa da Liberdade, não tem meios alguns de subsistência , nem para si , nem para as suns famílias.

NOTICIAS ESTRANGEIRAS.

JTRANÇA.. —• Paris, tí de Outubro.

EM consequência da informação do director da Chancellnria de Liest, decidiu-se que os Es_tados de Hanòver serão convocados para o fim do próximo mez. Annunciam que se pró porão aos Estados certas modificações á ie fundamental. Entre estas figura asuppressâo da indernnidade qua se tinha concedido até agora aos Deputados. E^ por isso- que para o futuro os Deputados'não receberão nada pelas despe zás da viagem , nem o subsidio diário que s< lhes tiuha concedido anteriormente. Esta sup pressão da indertinidade poderia occasionar qui a Dieta sn corrippzesse para o futuro s.ó detnerp ÍKOS residentes na capital. Asnoiicias deCalcutáannunciauV que o com

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taereio daquella cidade estaca póiico'animado.

A introduoçao demercadouas'éuropeas era díf-

ficil-. A colheita do ariil parece que uãò será

muito abundante. . .

' A corte de Berlim acaba de tornar lucro por Ho dias com motiva da njorto'd# Duque Caros de Meckleraburgo. O Rei'Ernesto detíano-

ver o tomou por seis semanas, • -

Srr Roberto' Peei, membro do Parlamento

Inglez, acha-se actualmente em An vera. Mr. Alberto Nota, cdlebré auctor Italiano-,

. ie obteve tão brilhante acolhimento entre os literatos Parisienses* está actual rhen te em Lyon.

de volta ao seu paia. (Journal de Paru)

BÉLGICA. —* Bruxellasj 11 de Outubro.

H ONTEM apresentou o Ministro da Fazenda na Sessão da Caniara dos representantes, m projecto de lei para a fabrica de moeda» e ouro.

Sabe-se*cjUé no estado actua! Já legislação, igundo o qpdenado na lei de 5 de Junho de 832, e attenlo o grande prego das matérias,

fabrica de peças de ouro que a dita lei determina, é impossível, porque a peça posta em irctilação por 20 francos valerá ihtrinsecatneu-e mais, quando mais será isto factível o res-eito da moeda de prata. Como é por outra rnrte evidente a necessidade de Uma moeda na-ional de ouro, encarregou-se ha tempo uma ominissão que averiguasse que modificações onviria fazer na lei de 5 de Julho, para que ossa fdbncar-se esta moeda, e sem duvida que projecto apresentado pelo Ministro da Fazen* a encerra o resultado das deliberações dacoin-miisão.

Segundo este projecto haverá moedas de ouro e 10, 25, 50, e 100 francos. Esta divisão é á uma aberração da lei existente, que raode-ada pelo regimen Francez, não fallava se não m peças- de 20, e de 40 francos. Será provei-os^ esta mudança? Não nos poremos agora a xamina-Ia. A modificação importante , e a uai fará desapparecer o obstáculo que se op-unlia á fabricação em ouro, recahe sobre o eu pezo. A lei de 1832 ordenava que as peças' e 20 francos seriam do mesmo corte de 155 era illogramo , equivalendo assim a 6' g ramos '52 milligramos cada uma, e o projecto apre-entado á legislatura fixa o pezo da peça de 2Í> ranços , em 7 grarnos 960 milligramos, ouf 368 milligramos para 20 francos, o que dá ma dilferença>, quando menos de 84 milligra-ios. Nada se innovou a respeito da tolerância

titulo, que ficam os mesmos. (IrtdépendanL)

SUÉCIA. — Stoclutlino, 26-cZe Setembro. ^TJ/Í Magestade recebeu os mais vivos testi-_7 munhos da publica alegria em toda a sua iagem, e mui particularmente em Linkisping, Colmar, e Calscrona. Em toda a parte deixou o Monarcha signaes da sua liberalidade. Em Jirabusham recebeu §. M. uma deputação da classe dos paisanos de vários districtos deChris-tiantads-Lehrr, -presidida por Peder Joenssen , que expoz a S. M. o desejo da população da-quelles dislrictos, de que se estabelecesse um Jorto necessário para a exportação doa produ-:tos de todo o dislricto.

O Rei di,jnou*se responder*!he, que iunme-diatarnente julgasse ser possível o dito estabelecimento, e que o estabelecimento do porto não fosse contrario ao systema geral de defen-sa'do paiz , proporia o projecto á assemblé» dos Estados. (Correspondant de Hambourg.)

DINAMARCA.—».Kieli, 2d de Setembro^

UM periódico annuncia que o novo regula» mento das alfândegas se publicará no 1." de Outubro e começará o reger desde-o 1." de Janeiro de 1838; mas esta noticia é inteiramente inexacta. Não está tão adiantado este importante negocio. Ainda não se fixou a tari* fa das alfândegas. Outras questões mais ou menos dependentes destas estão também por se de-» cidir-, e até sabemos que esta disposição legislativa -tem que submetter»se a novas investigações. Não obstante isso, o estado precário, do nosso systema de alfândegas exerce uma' da* mnosa influencia para ocommercio, cujas operações se acham paralisadas, e o registo severo que se verifica-' era alguns pontos acarreia uma desigualdade contraria á equidade»'

(Gaictte-dc Jlugsbourg'.}

ALLEMAfífU.— Hamburgo, 38 de Setembro.