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DIAÍUO DO GOVERNO.

f 239

Passou-»e á leitura da correspondência , á qual se deu o competente destino. - Leu-s« o seguinte .Requerimento :

JlUistrissimos S«. Representantes da Nação Portuguesa ;;s= Os Negociantes da Praça desta Cidade, eleitos Juizes Jurados pelo Corpo de Commercio, vem hoje respeitosamente por meio de uma petição, por elles assignadu, apresentar incompatibilidade em que se acham de poder rvir tão honroso cargoelectivo; isto pela aglo-iiíeraçâq M.cê • Por oecasião da apresentação deste requerimento disse

O Sr. Secretario llebello deCarvnllio : — Eu fui encarregado de apresentar ao Congresso o Requerimento de que acabo de dar conta, o qual, apesar de uno se achar instruído corn do-tiumentíis, por mule o$ recorrentes mostreai que requcreruni ao Governo, c que e-tu indeferiu a sua pretençào, fui todavia info .iíudt; tinham requerido ao Governo, e que a ru;posta deste foi = que roque ressem ás Cortes, por não Ser -negocio da suu cotnpe.lençia=^;, Ku não entrarei agora na justiça do que sllegtm o» Jurados, entretanto devo observar, que o cargo de Jurado do Tribunal de Coininercio é muito trabalhoso, p.orque ulwn de terem duusAuJien-cins por semana r que regularmente principiam ás dez horas da manhã, e acabam às qu-Hro da tarde, tem de exaiuiuiw, e duíptiçhar os negócios das fallencias em que são Juizes Com-missa rios, assistir as reuniões de credores, fazer relatórios, e e

Tractondo-se de saber a que Cominissão devia ser remeUido, vários Senhores faUaram, decidindo-se n finul que fosse á Commisào de Administração,'.ouvindo a de Legislação.

Teve segunda leitura utn Requerimento do .Sr. Luna, para que se pague aos .oldados iÊJ preferencia a todos os outros pagamentos. ^P O Sr. Cosltt Cabral desejou que este Reque rimento tenha outra rcdaeçao , isto«, qwe $ íecominende ao Gnvt;rno que tenha «m tiia o pret dos soldados, õ mais que \\ws Vòr possível; porque a Lei deve ser iguul .paru. lodo». O Sr. Menezes orou no mesmo sentido. O Sr. Luna disse, que lambem «rã.dos mesmos pfjfljcipiòs ^ porém que su ttilundbsào -que um soldado tem apt-iias li^ reis., e «ndu cwn uma arma ás coitas: que o soldado privadu de tão pequefips rccur;os 5.0 ff ré mais que qualquer •empregado qun gunha ct-m vezes mais: uleu: de que o soldado quu não está bem pago esu arri$fpo)° a .faltar ã disciplina.

O Sr. Leonel disse, quu não são pa,ta »

O Sr. B. da Ribeira de Sabrosa disse, qu •approvava o Requerimento de Sr. Luna cornai-guinas modificações : mostrou que é de juttica. c de política que se pague ao soldado, e qu< c escandaloso estarem algumas repartições pá gás em dia , quando o soldado uno recebe o tristes 60 réis: portanto deseja que se pngu

o.m a igualdade possiv.el; porem que se repa-e que as Províncias estão padecendo os estra-os que causou a ultima revolta; revolta que cve oj-igçm .pelo soldado indisciplinado, e que ao sendo bem pago não pôde ser bem diçci-linado; disse que o pret não e' o que tanto vulla, mós sim as Repartições civis, o Com-nissariado, etc. etc. Discorreu depois por ol-

ins abusos que notou haver no Thesouro, e

dministração de Fazenda.

.O Sr. M. A. Ae Vasconcellos disse, ^qtie es-o Requerimento era objecto -de uma Lei ; pó* íin que lhe parece impolitico estar-se n<_ que='que' de='de' o-exe--utivo.='o-exe--utivo.' loi='loi' ipial-='ipial-' do='do' mais='mais' devem='devem' por='por' pagando='pagando' umprir='umprir' traclaivclo='traclaivclo' calcular='calcular' modo='modo' a='a' ospagnme.ntos='ospagnme.ntos' os='os' e='e' que.se='que.se' o='o' p='p' pertence='pertence' pôde='pôde' fa-er='fa-er' con-resso='con-resso' isso='isso' quem='quem' todos='todos' porque='porque'>

ent« possível. Concluiu .pedindo quo fos-idario oilliiilre aucior para rcfor«iar o sou Re-upri(nonto.

O Sr. Leonel dUõç, que seu auclor concor-nva em que fosse remettido no Governo com ecommenclação, mas seui exclusão sobre pa-amentos.

O Sr. Furtado de Mello disse, que nem to-o o exercito soffre igual atraso; quê será ape-as IIHI quarto: otlcrcce» portanto uma subsii-uição para que se igualam os pagamentos do

frcilo.

O Sr. Luna mando») para a Mesa uma sub-tituição ao SPII requcrimento = que o Governo enha na devida attençuo o pagamento do pret ;>s soldados. = Foi approvado.

Teve segunda ls credores d

O Sr. .B. da R. de S.ibrosa ponderou que nos

pa^amnnlos ha grande desigualdade ; quesedevo

i

anto -ás Viuvas dos Militares pelos seus monte

ios ; qun uílns inlVIizns recebem dos Rebutedo-:s («s Vi.u-us de Capitão) 2/300 por âO^OOO

iô; que daqui a sais me7.i*s o Rebatedor ha de •«.•ebor 06 20^000 réis, e u Viuva nada, para ,e não quebrar a fé' dos contractos; que no en-to a Relação du Lisboa está mais adiantada que a do Porto; e notando assim varias ir-eg-tiloridadcs, inalou pelo seu Requerimento.

O Sr. Lopes Monteiro: Sr. Presidente, eu lãotomei a palavra .paradiscutir o requerimen-o do Sr. Barão da Ribeira de Sabrosa ; em meu entender -«lie c tào justo e tão convenien-te, que bustft ouvir a sua leitura, para ò ap-provaj; levnntcU-mc porc'm ; porque desejo ap-proveilar esta occasiuo de fazer algurrifis declarações análogas ao.objecto, e que podem ede-

ern aproveitar a alguns Empregados públicos que fibtào em miséria e penuiia pela desordem que vai «03 pagamentos; alludo, Sr. Presidente, aos-líulpregado& na Administração de Dis-ricto de Brngn, que sei estão porpag-ar ha treze tnezcs , ao mesmo tempo que aos da Administração do Districto do Porto, ee devem só noves inezes. Niio quero fazer com isto censura ao Ministério; são muito violentas as crizes , porque temos- passado, e nào e depois de uma mima civil, qw *« ha de accusar o Governo, porque app.arecem alguns desaraiijos; o meu fim e chamar aqui a sua attenção. Alem disso eu set-tambem que*e deu ordem ao Contador do Districto de Braga para lhe pagar um trimestre ; o que eu ignoro é porque elle não tem feito, será por não tcrdinheiro; masespcro que logo que o haja, se remova esta odiosa dosignnl-

dade. _

Quanto ao requerimento do Sr. Branquinho Fein, approvo-o também; mas

Termino já, porque estou desejoso de que vamos á Ordem do dia: voto pelo requerimento do Sr. .Barão de Sabrosa, c do Sr. Bran-quinho Feio.

O §f. Braoquiaho Feio orou no mesmo sentido, e offereceu um requerimento sobre as declarações dos Srs. Deputados que veiaem ordenados alera dos subsídios.

Mais alguns Srs. oraram Acerca do requerimento do Sr. Barão, reconhecendo a necessi--dade desta medida.

. O requerimento foi approvado, e bem assim o do Sr. Branquinho Feio.

Ordem do dia. §. 4.° do Artigo 4-6.

§. 4.° Os Presidentes do Supremo Tribu-aal de Justiça, das Relações, o do Supremo Tribunal de Commercib, depois de b annos de exercício neste emprego.

O iSr. Costa Cabral, perguntou á Commis-são as razoes porque julgou que os Presidentes " destes Tribunnes, devam ter a preferencia a tnui-tos outros Fttnccionarios do Judicial, com muitos mais annos de serviço, do que os que,, se exigem dos Presidentes; e tambern qual a razão porque exige a estes Funccionários b annos, não tendo exigido annos nenhuns cie ser» viço ao Gcneraes, e outros Officiaes do Exercito.

O Sr. Leonel, disse que a Comrnissão tinha entendido que os logares de {'residentes eram-inonaoviveis, porque não tinham entre si jurisconsultos : porém que sendo o logar de Presidente um logar de Commissuo, era por isso amovível: que por outro lado se deveexaminnr se a classe dos Juizes das Relações é excessiva, em comparação da dosOfficiaes Gcneraes, ou esta em comparação daquella; c que é necessário fazer de forma que a proporção seja igual, para que no Senado não entrem mais Membros de uma do que de outra.

O Sr. Valentim quíz saber se um conto de re'is, basta a um Juiz para viver independente em Lisboa como Senador: '2.° se uns hão de poder viver em Lisboa, sendo obrigados amais despezas, com o mesmo que outros que n;io-são obrigados a tantas despezas.

O Sr. Leonel disie, que só responderia dizendo, que se um conto de reis não é bastante para a independência de Juiz, então também o não é para a'independencia de Senador; porque um não carece de mais independência, do que o outro : ora senão.basta um conto de rei* ao Juiz, então dê-se-lhe mais.

O Sr. José Estevão disse, que realmente a questão da maneira porque a apreaenta o Sr. Valentim, já foi discutida; porém que elle a apresentará depois em outros lermos.

O Sr. Leonel disse, que será nrn nunca acabar se se fizerem assim reviver questões findas. O Sr- Alberto Carlos, ponderou que estava na mão do Congresso admitlir estes Empregados, ou excluir aquelles, e' que é excusudo para isto fazer tanta bulha.

O Sr. José Estevão disse, que a maneira por que pertende fazer reviver a questão e' propondo , depois de votadas as Cathegorias, q :e aos Empregados que forem adrnittidos a Sena.íores, se lhes augmente os ordenados.

O Sr. Derramado: levanr.o-me só para declarar que, a maioria da Commiàsão de C instituição propoz candidatos da Senatoria os Prer sidentes das Relações, na snpposição de que estes Empregados eram permanentes, e inamovíveis, .como effectivamente o eram , segundo a Lei ern vigor, quando o Projecto foi redigi* do. Mas todo este systema de Calhegocias, era fundado sobre uma base, que foi destruída pela votação do dia lê; e corn esta destruição desabou todo o edifício da maioria, que ficou por este facto fora do combate das discussões Constitucionaes, como eu já o tenho declara» do, pela parte que me toca.

O Sr. Valentim, respondendo o Sr. Leonel disse, que se o ordenado de um Juiz de Rela» cão bastava para elle viver independente era sua casa, não bastava para essa independência na Capital como Senador: que é neste sentido que teni fallado, que pouco lhe importa que SL" habilite para Senador um General, ou um Juiz.de Rclaçuo: que a inatnobilidade já foi estabelecida para fixar a subsistência do Empregado : que o que lhe importa é saber se qualquer habilitado para Senardor, tem bastantes rendimentos para viver com decência na Capital. Concluio propondoesta questão preliminar; se no que se venceu a respeito do serviço publico fazer uma Cathegor.ia, foi independente dos bens de raiz, e de Corninercio, ou tarobeni do rendimento do Empregado.