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DÍARIO DO GOVERNO:

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dias, c no caso de falta, sujeitos ás penas de-

clnradas na Portaria da Secretaria d'Estadodos

Negócios da Fazenda, de 21 do Agosto ultimo.

11 ST A 322.

_ Z-7-

Arrematação perante a Junta do Credito

Piiblicç.

NO DIA 13 DE DEZEMBRO PRÓXIMO FUTURO. DISIR1CTO DK BRAGANÇA.

_ Convento da SS. Trindade, cm Lauta. Coiicellio de Cnrrazedu de>Anciães.

163 Quinta-no sitio do Farfào, AvalinçScs.

que se compõe-de oliveiras» arvores defructo, vinlia, cnsa de lagar de azeite, e pombal, . que parte com o caminho do Concelho , que vai para as Azenhas, e com o caminho que vai para o Bezrnl.......6:4-00^000

DJSTIUCTO DE VIZEU.

Mosteiro de S.ioá» de 7orou-ca, da Ordem de S. Bernardo .

164 Quinta do Mosteiro, situada

tio Douro j e na Feitoria an-

K: consta de vinha, pomar >pinho> e diversas arvores de frucla, oliveiras, terra para horla, casas, armazéns, Capella , cardenha , e casa L pura madeira : por ser mui conhecida os Louvados não-declararam as suas. confrontações............-........4:374^400

165 Vinha- pertencente, á mesma

quinta, denominada a For-nnnga, ciicuitadu de oliveiras, que vai de Sande para a estrada da Barca, e das mais partes com a quinta dos Alemos..................... 635^000

166 Quinta denominada do Gran-

jão, noDistncto de Mondim, ' toda murada, e consta de terras de pão, vinho, varias arvores, de fructo, e malas de lenha, e pinheiros, com casas de-residência , Capella, casa» de lugar, e casas de cortes , e de gado.............

D1STRICTO DE LEIRIA.

Mosteiro df. Sanln Maria, da Ordem de S. Bernardo, em silcobaça. • • Concelho de Alcobaçn.-

167 Uma fazenda no sitio de Vallc

das Maias, arrebnlde da Villa de Célia: cousta de pomar de espinho, e caroço, vinha, terra de semear; e confronta paio norte com Manoel Franco, poente com Luiz Franquiolio, c outros, nascente COMI estru-. da,e sul com Joaquim Fragoso 2:

Concelho da. Pedcrnena. 16.8 Casas nobres na Villa da Pederneira, com varanda lagea-da , e frente para o mar: tem celleiros, palheiros, cavalla-riça , e puleo ;'.para o lado do sul, e contíguo tem uma terra de lavoura murada em roda , com poço empedrado .. . 400$000 Concelho de Alcobaça.

169 Um lagar de azeite de seis va-

ras, e ires caldeiras, sito onde chamam = as Aulas = com um olival pela parle do sul, e terra de sdmearum redondo , que tudo parle do norte com herdeiros do Capitão Braz do Couto e Aguiar, de Alvorninlm , sul $ nascente com D. Maria Angélica Pereira de Sousa, e poente com o rio Concelho das Caldas da , Rainha".'

170 Lagar de azeite com quatro va-

ras , e duas caldeiras, denominado das Barroxas daRai- , nhã, no sitio de Ribafria, que,confronta com charneca pública.........'.'.....

D1STRICTO DE PORTO.

Convento de Nona Senhora dos Anjos, na Villa de

Aturara. Concelho da Villa do Conde.

171 Prédio rústico c urbano, que

N-*1 se compõe do edifício do dito Avaliaçõe». Convento, e suas officiiías, a da cerca annexa, que" e toda ' murada , e tem agoa de rega. Exclue-seporcm aígreja,eSa-chrislia, • e a parle da cerca , que foi concedida para cemitério, cuja parte comprelien-dc 264 braças quadradas , de dez palmos cada braça , e IV-ca independente" do resto da inesrna cêrcn, depois de tapada pelo lado do sul, e poente ; com atiençâo ao que foi avaliado em.............'-----3:560/000

Convénio de S. Marlmho , de

Mancellos. Concelho de Santa Cruz.

172 Uru prédio rústico, e urbano,

que Se compõe do edifício do • dito Convento , que consta de dormitórios, claustro com seu chafariz, refeitório, cozinha, lagar, eira de pedra, caval-lariça , e mais oíficmas que Ide pertencem , exceptuada a ,Igrcja, e Sachristia; e dos passaes., ou cerca com todas as suas pertenças, que constam de terra lavradia , e pinhal corn 600 pinheiros: tudo 5:304^480

Somma total Rs.. .27:538|'S.

Contadoria da Junta do Credito Publico, 21 de Novembro de 1837. =fgnaciu Pergolino Pe-

reira^de Sousa.

'SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS ECCLE-8IAST1COS E DE JUSTIÇA. Repartição da Justiça.

MANDA a HAINIIA, pela Secretaria distado dos .Negócios Eeclesiaslicos e de Justiça, rernetter ao Ajudante do Procurador Geral da Coroa a Copia" inclusa da Representação da Junta de Parochia de Nossa Senhora do O' do Paião, no Julgtido de Lavos, narrando factos .da. maior gravidade e contendo expressões nijurinzissimos contra o Escrivão de Paz da mesma Freguczia José' Pinto Fernandes, imputações que, se mostram falsas segundo as informações havidas; a fim de que faça requerer pelos u gentes do Ministério Publico como for dedircilo- contra os Andores dessas imputações, que na dita Representação st: contcem. Paço-das Necessidades, 21 de Novembro de 1837.= José Alexandre de Campos.

MANDA á RAI.NHA, pela Secretaria •dMSstn-do dos Negócios Ecclesiasticos e de Justiça, declarar á Junta deParocliia de Nossa Senhora do O"do Paiào, 'no Julgado de Lavos, cm vista dá sua Representação, trnnsimuida a este Ministério pelo do Reino, em Officio de 2!) do Setembro ultimo, narrando factos da maior gravidade contra o Escrivão de Paz da mesma F,reguezia José Pm'to Fernandes, e concluindo que SuaMugestade fosse Servida revogar oDe-crelo pelo qual Houvera por bem Nomear o ré-" tendo Escrivão^ que tendo-se conhecido p'elns informações da Camará de Lavos, e do Administrador do Concelho, acompanhando o Offi-cio do Administrador Geral de Coimbra, que' a Representação da Junta e falsa e dolosa: Ha por bem indeferi-la, c mandar estranhar á Jnn-ta que fizesse subir á sua Presença uma informação'menos'exacta : e que contendo ella con-VraMim Empregado Publico expressões iiijurio-zissimas,',-tachando-o de Ladrão, e cumprindo ao Governo diimtlir os Empregados rnáos, e pugnar pela'honra e consideração dos bons: Determina outrosim que a dita Representacão seja remeltida por copia ao Ministério Publico, afim de re"qucrer, como for de direito, contra os Auctores das falsas.imputações que na mesma Representação se contém. Paço das Necessidades,' em .21 de Novembro de 1837. = José Alexandre de Campos. .

THESOUUO:.PUBLICO NACIONAL. l,* r£lc[>artiçcÍH,

HAVENDO-sE-recomrnendado mui positivamente a,conclusão dos lançamentos da Decima, e Impostos annexos do anno económico findo, em Junho ultimo, a fim de que procedendo-se á sna immediata cobrança, o Thesou-ro Publico seja habilitado a occorrer de prom-pto ao pagamento das urgentes duspexas com que se acha onerado; c.constando a Sua Ma-gestade a RAINHA, que alguns dos mesmos lan-

çamentos estão concluídos, e entregues aos Contadores de Fazenda os competentes quadernos , sem que ainda se tenha começado a dovida cobrança , na conformidade do que dispõe as Inslrucçòes'dfi vinte e seis de Julho próximo passado : .Manda, pcloTlicsouro Publico Nacional, que o Contador do Fazenda'do Djslnclo de Lisíjon , foça annunciar irnmeriiatamenre a abertuia dos Cofres para o pagamento d'aquul-les'Impostos , respectivos aos lançninenlos das Frpgticzias do dito Districlo, que já se acliam ultimados, devendo praticar o mesmo com os mais que for iccobendo, depois de extrahidos os conhecimentos , e feita -n necessária conferencia. Thesouro Publico 20deNovembro.de 1837.= João d" Oliveira.

Idênticas se expediram aos mai's Contadores de Fa«enda dos Dislrictos do Reino. •

TRIMF.IHY DIVISÃO Mll.IT.VR.-

Rclaçdo dos Of/icifies que serviram cnm os revoltosos, apresentados neste Quartel General nos dias 11 até 19 do corrente., e que em consequência da Convenção de Chaves sán mandados para as suas naturalidades até nova determinação do Governo.

Dioco Bello de Sousn Malaquias, Capitão de Irifanteria N.° 7. . '

Agostinho da Costa Monteiro, Capitão de In-

- fanteria N." 16.

Joaquim .José' Corrêa de Lacerda, Capitão do Exercito.

José Bultencourt Abreu, Tenente do Exercito.

Domingos José Venancio, Alferes de l n f tyi teria N."7. r

Francisco de Sousa Pinto, Alferes de Infantaria N." 16.

José'António Pereira, Alferes de Caçadores N.°3." Quartel General ha rua da •Quintinlia, 20

de Novembro de 1837. = J. P. de Mello, Chefe do Esttido Maior:

Parte não OffidaL

• f SESSÃO DE 22 DE NOVEMBRO DE 1837.

As 11 horas occupava a Cadeira o Sr. Presidente; e abriu-se a Sessão estando presentes 54 Srs. Deputados.

• Lcu-se a Acta da Sessão antecedente, que foi approvada.

O Sr. -Presidente disse, que o Sr. Midosi pedira á Mesa lhe dissesse o estado ern que estava a impressão das Actos dnsSessões dasCòr-tes; que passava a responder-lhe agora: que quando- tomou a Cadeira achou, que o Diário de^Côrtes não continha aparte das Actas; que desejou que o Diário andasse em dia, e logo requisitou ao Governos os fundos necessários; para que elle se imprimisse; porem que apezor dos seus esforços elle continuou na mesma mnr-clia-em que estava; que as Actas em consequência de um Decreto da Dictadura-deviam ser impressas com todos os Documentos; que com estes Documentos é^quasi impossível imprimirem-se, porqvre é uma infinidade de papeis, que já fazem uns poucos de volumes, que para se imprimirem só as Actas é preciso uma resolução do Congresso que revogue aquelle Decreto de 31 de Dezembro de 1836; que a proposta do Sr. Sá Nogueira não revoga este Decreto., e que para o rovogar é precisa uma de--liberação das Cortes, mais formal, e mais positiva; e que lambera julga, que é impossível, quo as Actas se imprimam para poderem estar promptas a tempo de servirem, porque já ha. 4 volumes! Que informava disto aoCongresso; e pedia uma resolução, se se deviam imprimir as Actas'sem os Documentos; porque espera, que a levisão da Constituição esteja prompta muito breve; e até deseja propor uma medida ao Congresso, que é dispensar de assistir con-sUntemenle ás Sessões os Senhores daCommis-são de revisão de Constituição, porque entende assim como os outros Senhores, que é preciso acabar a Constituição quanto antes.

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DIÁRIO DO GOVERNO.

em consequência julgava necessário, que seirri-' primissem paia se subcr o que se tinha ven-.cido;

O Sr. Mídosi — Que lhe parecia impossível que se podpssern i imprimi r ns Actas a tempo de poderem servir; mas que estejam na Secretaria para serem examinadas pelos Srs. Deputados.

Q Sr. L. J. Moni/, disae, que á vista do que ,O Sr. Piesidento informou, (não é possível imprimiras Actas n tempo; masque tem tenção de propor, que as Actas sejam fodas impressas pá-fo o futuro: e que e;n tempo competente Ija fie fazer umn moção |>Vra 4IIC .9 Governo seja responsável pela impressão do Diário das Còi-tes e das Af-tns, porque isto é um monumento pelo qual as Leis hfiq do sei explicadas, c in-íerpreiad^S; e que c necessurip que os Povos tenham aqucllu fonte para se illustrnrem.

Maia alguns Senhores tomaram parte nesta matéria, e a final propoz o Sr. Presidente os deus quisiios seguintes:

1." Se o' Congresso quer que as Actas se im-pritni?m-tf»p§ qun.es sijo sem -fozer menção dos Documentos a que ellss su inferem? SINI.

2.° .Que sp imprimam pela sua ordem nnlu-laH Sim.

Q Sr\ Almeid-T Garrett: — Suo vários os ré-qupTÍmcnlos qiie vou.\cr a hpnra de apresentar ás Côrle£, 'etodo^ ellps urgentes, todos delrans-cendente impoi tancia, ou pela natureza pro-priíA dp sp(i, objecto-,.ou'pela gravidade dasc|r-cumstancias de q«e estão revestidos.

O- prfrhoiro é uma/represantação da Juntq de Parochia da Adagdalenà desta Cidade sobre um« das mais úteis, das mais bella.s, e certamejHe a mqis phijaiUiopica, instituição entre quantas se tem feito na Capital. Tructa-se do asylo da Mciídicidpdí; , quo .011 já pereceu ou vai p?re-cer, affog.ido pelo próprio beneficio e amparo que U(é qmz dftr a legação. Aqncllc instilu-tp rra mantido .p.elás sybscnpçôcs voluntárias dos Cidadãos. Uuia Lei da Ditadura, c Uina cxccllcalcLci, e que uiuitalior.ra llief.n, mandou impor uma pecjuerja fracção addiuional ás Decimas para segui a r (como em Inglaterra só fo1-/) a permanência do instituto. Mas, fado sempre corto dás cousas Porluguczaa ! —a LPI não se cumprryrrão se arrecada o ríi;o'addicio-ral, -e os Cidadãos que ntPgora subscreviam , e que. vèrtín quo hão d" p.ag«r pela Lei o nect?s-onrlo pa;r<_ de='de' a.uiainileuçào='a.uiainileuçào' e='e' assim='assim' dos='dos' meio='meio' o='o' p='p' todo='todo' faltou='faltou' se='se' cessaram='cessaram' aylos='aylos' sustentarem.='sustentarem.' subscrevei='subscrevei' _='_'>

Co(iup em indo qunnto vai por esta desgraçada terrn de Portugal , estamos «qui também ^utuUudosí'ciUro .oiHçe o'Testamento velho e o O0vo — 9 Lei delVJoyseU quedei se não cumpre, a Loi dy Chtiito que airída ao não pôde cuui-priç!! E euueuwilo perece tudo!

Se Isto íião .Q urgente, não sei o que pôde sê-lo.- Peço. cm' nome da civilisação, da huina-i}idtido «4 de quanto ha santo c sagrado, quoes-1,e nçgo.cio Sí!Ja reineUido á Còmmissão respectivo |ipra'dn.r. «««parecer com.urgência. (Apoiado , apoiado..): ' : ' . .Não. ANCHOS; grave nem menos, merecedor de utteiiçi?o, e den> sympalllias duvCôrles e a se-gundrç -repreae»t«çâo que'aqui tenho assiguada |w>r idaií, de {fctecuto Cidadãos' fabricnntrs de Sedus'nasla, C.ypjilal, ^ristes, e amesquinhaclas espqrçiiças de sua futura industria, sempre tão pioinettida coiit belfos tlicorias, 'com magníficos. proje«to&.-f' sempre 'Çibaridonoda, sempre deixada ao antigo desfavor e diisruazello.

.Quo&.i d<_ e='e' membros='membros' raesibo='raesibo' mexia-estes='mexia-estes' da-syor='da-syor' úteis='úteis' interessantes='interessantes'>dade são victrmas de nossas /ff^uízs'reformai ,"íle nosso- imaginário e illusono progresso que sempre reírtJgroaa .''T.un-btiin cales oblâ.t>,pntnllados entre "o Dcutcrono-

EUA quanto, es. Pauins^ as encheram de espe-Tíinç.iSj' um UnçaiiEen.to1 absurdo 'de impostos Ih^tii ifuciioa á naicença. E' preciso accudir a Í£.to. Quanto mais se pioinelle c nlenns só faz , tanto ma i s-desmerecemos-do po.vo. ií ta.nlo elie ecccaditcai em nós em quanto esperava, tanto n>nÍ6 nos ha de obarrucer quando desòaporar. !N'islo., Senhores, n'is lo- quo c tangível, é pal-jiaxel,. e que unira pela1 bolsa do-povo, que lhe gnsla osang-iie, que lhe bebe osuor-, .que Mie devora os lugrimus, n-'isto é que elle tem inte-r,eò?a; c pelo i|ue, só n'isto o tomar 'e que úllu LaUu avaliar a liberdade e HPUS bens e suns vantagens . e o que ITÓS por cita e para elle só-iuos; —• qiie' não- por t-ssi-s princípios abstiactos, por trsaas theon^s de Gabinete, por essas argu-cias de livros qUe ello «aot-nleiide, e que, ilidis ajni/iidii a nni|s babio que nós, avalia somente fifix açus cffeitoí, (Amiúdo-, -apoiado.)

Peço .para este objecto p, nicsma urgcneia; e desde já declaro que me vpspjyo para quando vier o paiecer dn Coinmissâo para tornar parte no de.bale, e defender ,os inteiesses distes beneméritos Cidadãos, que me fizeram a honra de me confiai sua causa. .

Este e ura dia grande paia mim, e de satisfação para a minha alma, .que possp orar perante as Coités dePoitugal, ppr tantos desvalidos e nggravados! ,

liis aqui Srs., outro requerimento , que de certo não d.de corporação nenhuma, senão de poucos e obscuros Cidadãos, .obscuros na língua vá n e vaidosa do vulgo,.que pui a mim os não h$. iiiats illustres, .i)(jm conheço meiito mais clai-o , c uiais ernirjenic qqfi o seu. São poucos, digo, c desco.nJiôcidos indivíduos, mas não sei de corporação alguma que possn apresentar-se dimiltí do Congresso Portugycz leves-tida do caracter que estes trazer», e convidando ao respeito que a eslfis <í p='p' devido.='devido.'>

São poi

• Peço igual urgência para eslc nvjueriuicnto.

Concluo finalmente a minha taiefa de hoje, que muito' me pesa se enfado ao Congresso , pois que para mim e' a mais gostoza que posso dar-me; concluo-a, digo, caiu uni icqueii-mento ultimo, mas não derradeiro na importância c interesse.

Este e de uma simples viuva e de seus filhos órfãos , e quasi engeilados da pátria, que mal prometteu e a custo alimentá-los, quando tanto deve a seu pai; ssu pai um dos mais illus-tres Portuguezes com que nos podemos honrar, um.dos pouquíssimos que n'cstas oras mesquinhas e degeneradas em que nascemos, appareceu no meio do corrupto Portugal, Portu-guez'da tempera velha, verdadeiro varão Por-tuguez , d'aquolles d'antes quebrar que torcer.

!£' a viuva c órfãos do Conselheiro José António Gueireiio, heioc e martyr de nossa \\i beidade, saceidote c victuna de seu altar, e d'outra divindade a quem não rendeu menor culto, nem foi menos fiel cm toda sua tan curta quanto illustre vida, a inteireza ligada qua-si desde a i.nfanciu, com esle amigo que reverenciei vivo. c de quem, morto, se me não apagou ainda a saudade , perdoe-me o Congresso se desabafo com demasiada largueza no que não sei como me encurte para dizer d'clle.. Saindo da universidade com os maiores créditos com que ainda não sahiu d'f6lli estudante algum n'este século, Josc António Gucrrci-i-o veio logo pouco depois tomar assento nas Cortes Conslituintcs de 1821. Ahi logo seu profundo saber, e raza integridade'lhe fez os costumados ininirgos de toda a clientella facciosa do predonlinio que já então havia, 6-que tanto veio depois a pegar sobre estes votados reinos. Não serviu áquella, como nunca serviu a nenhuma facção; e já nas Cortes de IQQ3 não pôde ser reeleito , não- direi o rnais bn-liiarite, quo o não era; mas'certamente o mais profundo talento quo se sentou nas cadeiras das Necessidades.1

Chamado porem nas ultimas agonias da li-. herdade ao. Ministério , 'alli den o piimeiro, e .único-exemplo que amda^fttj-b -nós se viu, de.

uin homem livre, intrépido e quaes os quer a liberdade uns suas horas de angustia. Convir dado, Ultimado por ,El-líei .Absoluto (que os déspotas não cojividam) para ir ú sua piesen-ça, respondeu que elle era Ministro do fiei Constitucional e'não do Rei despótico, e desobedeceu e' níxo. foi! ! E o seu digno, o* seu espantoso procedimento (que tal pareceu então a todos) jriipoz tal respeito ao mesmo'absol 13-tismo, que .só em sua causn, a opinião icspei-tosa1 lhe serviu de muralha e castello, e não ousaram tocar-lhe. } '

Naquellcs. três annos dtí interregno cdnstU tucional que se seguiu, José''António Guerreiro, o homem que tinha vestido.a toga de Senador, e as boidadna vestiduras de Ministro, esteve exercendo com orgulho a indopondente e modesta profissão de advogado':1 Alli á sua banca, como aos antigos Dictadores á sua chuirua, o foram buscar om 1828 para lho.darem a pasta de Minístio q-ue não ambicionou, e que pouco tempo conservou; potque no Paço, como no Senado , a sua condição nobre e independente não e das que apioveitarn, e se bem querem.

Depressa -largou o Ministério deixando-nos om Icgndo aquella primeira o'tão » :<_- que='que' de='de' saberá='saberá' depois='depois' apoitido.='apoitido.' açores='açores' judiciaria='judiciaria' do='do' tomada='tomada' fura='fura' qii='qii' reformas='reformas' nossas='nossas' para='para' ponto='ponto' natureza='natureza' salto='salto' não='não' piogrosso.='piogrosso.' _..='_..' foismòaiai='foismòaiai' _='_' como='como' a='a' progresso='progresso' foiensuaque='foiensuaque' os='os' e='e' cuido='cuido' dn-r-='dn-r-' o='o' partida='partida' p='p' eu='eu' oalá='oalá' furmí='furmí'>

Caluda segunda vez a'Liberdade, o Conselheiro Guerreiro, á sua custa, marchou logo para o Rio de Janeiro, e Proctuador de.nod^J do e slrenuo, foi c.\pôr a ElRui n Senhor D. Pedro o veidudeiro oítndo de seu Povo , e sol-licilar os meios de ihe restituir o que tão gene-losamcntu Ibp dera, quanto imprudentemente liie lizera perder com o funesto presente que de suu indigno união nos Jkora.....

Prcíisliu no meio de todos os embaraços," api-sar de lc*das as intrigas, e foi elle quem com aquelli! duro e tenaz pieâuppoíto que tinha n'aima como um ierro que lha cravava em sua-tendões, fez-com que 'partisse a Regência para a lerceira , -e se fossem colloear no meio do Oceano, rodeado das esquadras do lyranno, do ódio de todas as potências, do abandono de todo o mundo.,. sós com. sua virludo', sós com sua milagrosa constância!

Ahi o que-fez, e o que merece» da Liberdade, e da Pátria seria longo de contar; mas duum-no assas o ódio e a "inveja da facção , que seguiu e perseguiu o immortal Duque de lirdgunça, eque desde logo lhe fez crua guerra." Obrigado areemigrar dulli, o ex-regenle Guerreiro íoi, combalido já da doença, buecar asylo em França; e voltando a Lisboa apenas íi-bsilu, uqui espirou, acabrunhado de dissabores, morieu u incute dos bemfuilores e beneméritos, abandonado do Príncipe, e da Palru !!

A' sua Viuva e Filhos, pelas mesmas Cortes que tão lurgas pensões votaram a >ros, se ueiam módicos alimentos. E estes 'me serão ugoia cerceados, 9e a generosidade e.justiça do Congiesso lhes não conceder o mesmo que ha poucos dias concedeu ao Conde de Cubo S. Vicente, não Com'menos justiça, rrias lambem nuo com maior.

De novo peço perdão de ter sido longo; lê. voti-rne a amisnde que sempre consngrul a este illustre Poritiguei, o que lhe devi de obséquio e consideração, e deferência — jamais de cousa publica ou favor que lhe pedisse ou recebesse ; m.is outros que mais preso, de ensino, direcção, e conselhos que nunca esqueci, equu sempre me apioveitaram. Tenho concluído, Senhores : fui extenso; mas fallo tão poucas vezes, ha tanto que minha perdida saúde uienáo pcr-milte enfadar o Congresso, que espero desculpa de o ter feito hojs. (Apoiado, apoiado.)

O Sr. L. J. Moniz apresentou um Parecer da Comrnissão do Ultramar sobre a Divisão Judicial do Território das Ilhas da Madeira, e das de Cabo Verde, e sobre outras providencias iclalivas á Administração da Justiça nas mesmas Ilhas. •

Ordem do diot.

Continua a- discussão sobre a eleição dos Senadorei. •• •

O Artigo1 l." foi approvado na Sessão de hontem. • • • • •.........

Artigo 2.°

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DIÁRIO 00 ÔOVERNQ.

O Sr. Monig disse que votava pela eleição indirecta, porque assim se fazia na Américo Inglezu, se.ui que estQ Paiz doixe de ser uni dos mais, livre», nem o deixassem de ser os homens xjue fizeram aqueHa Constituição.

O Sr. Lopes Monteiro sustentou o Artigo pelos razões que lianlcro apresentou, para mostrar que clle era preferível a qualquer outro que se offerecesse.

' O Sr. Sá Nogueira offereceu uma substituição ao "Artigo.

O Sr. Midosi votou pelo Artigo, mostrando

a coiiveniencin que havia de que fosse directa

(a eleição dos Senadores, porque se dava a mes-

uia razuo que houve para ^er direcfa a eleição

dos Deputado-s.

O Sr. Franziui offereceu orna substituição, caso não ser opprovndo o Artigoi

Foi posto a votos o Ai ligo em partes pela manoira seguinte:

1." A eleição dos Senadores será directa? Sim.

2." Feita pelos mesmos Eleitores que forem habilitados para vqiar tia eleição dos Deputados? Sim.

n \* A '•'"' e'e'l"rr|l icgiilarú os modos, e mais isgii. jB;Ha <_ p='p' a='a' eleições='eleições' as='as' effcito='effcito' cvnr='cvnr'>

í ff----r\fti- • í. c i

- ofm.

Artigo 3.°

O Sr. L.opss Monteiro offerecçu a este Artigo um §. addiiionul, para .que os Senadores não potleasem s

Foi npprovado.

Artigo 4.°

O Sr. Leonel observou que passando o Artigo como esta redigido,, a duraçuo cios Senadores -c de seis ânuos.

O Sr. AI. A. de ^^asconccllo^ dis^c que SP coiífoima com a doutrina cio Artigo r>nrj', ft r<_-noVQçuo com='com' de='de' dç='dç' tag0:_='quc' conformar='conformar' soju='soju' reformar='reformar' consti-tuiçào='consti-tuiçào' propoz='propoz' totalidade='totalidade' também='também' como='como' consequência='consequência' extraordinária='extraordinária' em='em' reformada='reformada' ordinariu='ordinariu' dissolução='dissolução' linja='linja' na='na' pôde='pôde' jiouvcr='jiouvcr' deputados='deputados' cauiur.i='cauiur.i' algum='algum' todo.='

O Sr. Sá Nogueira dis*e que lhe parecia dever discutir-se primeiro uma questão prevra ; isto é', qual devia ser a duração da Camará dos Senadores.

O Sr. Leonel:' — O Artigo diz (leu). Quan-• o tempo duram as funcções dos Deputados? Três ânuos: no fim dos três uunos elegem-se metade dos Senadoies, no fim de outros três ulmos outra, metade: quanta vem a ser a duração? (uniu vez seis.) São seis annos. Bem : se ;il~'Ue''"'quer que dum mais, diga, ren-ive-se 'pov um terço, por um quarto ctc., e enlíu> »lu iM ú ac >bada u questão; não ha necessidade da t.il qucVtào previa.

O José Estevão— Contrn o que acaba dedi-'zor o Sr. Leonel não ha nada.

O Sr. Sá Nogueira sustentou a sua propos-,ta , c pediu que se votasse pela duração de nove annos, eque a renovação fosse por urn terço.

Posto a votos foi rejeitada a quealão previa, e continuou n discussão do Artigo.

O Sr. Fernandes Thoioúa foi devoto, que a duração seja de novo annos como está na Con-"slittMção Hespanhola ; que se se renovar por /i n» terço a escolha, será muito mais fácil; e mesmo e necessário dar úquellc Corpo uma maior estabilidade do quu á Camariv dos Dc-putndos.

Depois de mais algumas reflexões foi oArti-' g° Pnslo & votação por partes, e pela irianci-.ra seguinte :

Todas as vezes que houver de proceder-se á 'eleição dos Deputados porque te.uliu expirado o praso ordinário de siias funcções renovar-se-lin a Cama i a dos Seu adules por u metade dos Membros í Approvado.

Todas at vezes que houver du proredcr-se A eleição dos Deputados, porque o liei lenha dissolvido a Camará dos Deputados, rcnovar-so-ha o Cu mu i u doa Siinadoreè por amelade doa 'seus Membios? Appiovado.

Ss onu-uifio Foi impar sahirá amelade e mais Vm ? Approvado.

A emenda Jo Sr. JVI. A. de Vaaconcellos, am que propòu que sej.i renovada lopft a Cci-tfiara dos Sanudorcs quando se traciar-de iefor«

mar algum Artigo Constitucional.—• Fqi rejeitada.

Artigo ironsitorio.

O Sr. L. Jk Moníz disse, que desejava mais alguma clareza.a respeito deste Artigo; porque senão falia no Artigo erh Ilhas Adjacentes.

O Sr. Leonel propoz o

O Sr. M. A. de Vasconcellos votou contra o addiamento; e também pediu mais clareza para Q Artigo.

Julgada a matéria do addiamento discutida, foi o mesmo approvado.

Passou a discutir-se oaddltamento á Constituição proposto "hontcm peJo Sr. Macario de Castro.

O Sr. Leonel offereceu ao addilnmento certos modificações.

O Sr. Derramado orou largamente em favor do fldditnmenlo tal qual fora apresentado.

O Sr. Fernandes Thomás respondendo a algumas asserções do Sr. Derramado, concluiu votando pelo ndditamenlo,- |>orquc assim dava o Congresso uma pprova da sua boa fé', e respeito que tinha pela vontade Nacional ; que ns suas ideas a respeito da segunda Camará.logo foram declaradas no principio da discussão dn Constituição, quo queria duasCamarus de eleição popular, c- por iaso nada houvu que mlluis-se pnru a sua votação; e que lhe part-ce que o addil.imento não clfcve ser concebido em outros termas senão uquelles em qife está.

O Sr. B. da Ribeira rfr Sabrosa : —Sr. Presidente, PU não posso ser Senador', e, se po-dcsle, não queria sê-lo, suppondo que os meus uoribtituintes quizessem ler a bondade de qucier conlur:r-mc similhante hiiura; uão digo outro tfinl'» a respeito do cargo, de Deputado; mas como eu não quiz nunca , lambem não quero agora enganar ninguém, e muito menos os meus visinhos, os meus generosos constituintes, que lies vexei me tom feiio a honra (lê nomear-me seu Representante. Declaro, portanto, que voto contra a restrição,- lembrada por. um II.-lustre. Deputado por Aveiio; porque estou.determinado a não sccnitar procuiaçaç alguma, que possa inibir-me de votar segundo o meu entender c consciência, e.m qualquer questão que- possa ter logar ^olire a .origem , composição, e durução do Senado.

O Sr. José listevão coml>nlcu os nrgumenlos do Sr. Derramado em um longo discuto, e sustentando as suas idc:.is emiUidus na Sessão de hontem relativamente ao addiKimenlo.

O Sr. L. J. Moniiiobbcrvoíi que era também por sua posição especial nesta questão, que levaria alguns minutos HO Congresso ; ainda que não exactamente pelo» mesmos motivos que o Sr. Deputado pelo Alem-Tçjo que piimeiro ful.-lou : romeçou por dizer que não era por motivo de pertinácia e allerro ;'i sua opinião, por ser sua, que enlrova nesta contenda , nem por despeite de ficar vencido na qucsião que deu origem ao artigo atldieionudo, houlein proposto ; porque seria dii sira pai te a mais stúlta |)rc-siimpção, e sciia praticar aieapeito doàta questão o que em iie.ulitiriia outra tem praticado: que Mia maicha invanavel tem sido piigriarcotu energia pelas opmiòcb de que está convencido} mns num vox. vencida a opinião dilVciunle, les-poitar as maioiias que o ponto de que se tra-ctu , poním apresentou feições ditlerentes ; uni dos soiia Collegas entenderam que d maioria fora duvidosa, porque apezar da clareza com t|iie o Sr. Presidente havia posto • os qiiisitos, '•.ião entenderam um del.los , que is,to d um fado; que íxlguns destes Sr»., vccQtibccenim que outroa não vieram ú Sessão, porquq não podc-ram naquelle dia, desejando muito achar-se picient.es, do que resultou que.copi os presentes appureccii «ima maioria de direito ; e quq os que depoi,s declararam sctis votos, apptuecçn outra de facto, do que resulta evidentemente , que a mnioiia quer cm um caeo , quer cm outro não poderia'sor muito grande como seria paia dispor em tnes queslòe?. U* porem forçoso reconhecer quu na questão fia eleição rnixla, fultaram muitos votoaque no todo S;\Q uns vinte e tantos ; porque muitos Deputados se' acharam impossibilitados de vol/ir nesta parte da questão pula maneira com que foi votada a 1." ; que em tudo isto o que su vê claramente «í, que as opiniões sobro Oate ponto importan-tissinio.estão divididas e estão no Congie.sso, e e bem subido que também foi a de.Ho. Foi nes-t« estado de cousa*- quu 'cllc (Orador) •sempiê

disposto dconciliaçâo, faltando com muitos.de seus Collega? lhes disse que havia remédios ê amba? as partes quizesscm convir nèlle quê este remédio , era um já reconhecido pelo. prática de meio sécujo; ou, pára, melhor dizer, de rriais de 3 séculos, porque a nloçâo ou pro-pos;tu cliamíida TIO motiort to recònsiaerà não dftta daindependciíiciapara cá, mas era já praticada nas legislaturas locaes dos Estados-Unidos. Esta moção é fundada sobre a regra de boa razão , de que é 'melhor voltar psra trai para emendar um erro, ou mesmo para solver uma duvida, do, que permanecer cm uma ou nó outro, e, leni regras certas para evitar p ábu* só; uma d«s q u aos e que esta moção para, reconsiderar urna matéria;, nunca é feita pôr um dos Membros de maioria vencida1, rtias, por uni dos vencedores ; 'c note-se que os vencedores na» quello Paiz , tem a generosidade de nunca ré* cusarem aindaqúe não-soja s,enão por acto d<_>• nossa cortezia. Esta prática não tem lá tido es* sãs tristes consequências ; esses negios e tem} veis precedentes que agourou um dos Srs. De4 pulados que tallou em sentido contrario: o iU lustre Deputado continuou. Havendo-me a sor» te collocado cm ciicumsluncias d'c haver co» nbecido esta práíica, paretiei^nlc que me estai-vá rnal .consentir em que s0 disseàse qòè nãd havia remédio algum; que isto era uma ihnoi • vação inaudita e pienhe de desastres. Observou mais, que se circumstancias fora do CongressQ estranhas no methodo endicado, existiam as quaea o tomavam menos prudente, era isso outra questão, mas que, nunca se .podia di/er que nào existia remédio nos práticos parlamenta^ rés, porque isso era contra a verdade conheci* da dos factos. Sc esta medida se tivesse adot ptado a tempo, com serenidade de espirito,.ê em toda a boa fo que aniu>avaJB ; c que supj punha animava a muitos de seus Çollegas, quer por um quer por outro lado dd cjuestão , muito be:n se poderia ter decidido tr ijégòcio ; mas infelizmente exaltaram-se os çspiritòs, é vieram-se meter na.ques.ti\o, eletíientqs mui ,di» versos, e mui inimigos da conciliação; e nès-, te'estado como se perdeu a occasiào própria 4 aconteceu o que muitas vezes acontece em taeji casos quo c', que perdida ella não vplta mais tão .cedo. Visto ,pois que já nuo c pcwsivel su'-i guir aqiielle caminho , só resta appellar par^ a futura legislatura. Isto c O que procurou conseguir o Sr. Deputado que propoz Q artigo) addicionacio. liste artigo, para a opinião do Orador, ora desnecessário, poique ella assegura a opinião de amplos poderes a todos os legiala,-doics, e upczur de todos qs epilhetos honrosos com que o Sr. Deputado por Aveiro carregou, aqucilesojue a seguem, elle Orador nclla p^rma^ nece: e assegura ao Sr. Deputado que os inelbo» rés argumentos que nella o confirmam, são justamente os tirados da Soberania Nacional, e da necessidade do aperfeiçoamento gradual d'»n-de o illuslrc Deputado ttrott oSscus, ernseiitido contrai io: como pore'm já passasse esta questão limrtqu-se, o Orador a uma st» reflexão quq fez , que era-Justamente para nâd abalar tudo; com as reformas e.m rriassa, qua esta dpiHrin* era preferível; porque por cila se vai reformando á porporção que a necessidade vai apparé»" céndo, e nio se deixa accurrjular tudo |>ara,o fim de 3, 4, ou mais annoãj e ncai est» dou-liina é incompatível com «v dissolução do parr lamento, quando essa seja conveniente, é obrit gadas pela lialurc^.a dos casos uspeciaesj como' se pratica cm Inglaterra; .Observou ma'ts qgií os mesmos Srs. Deputados que récpnheçian», que todas as queslòcsComtttucionaes, estavam decididas na liiiropa, menos esta eram os qu» menos receios deviam ter de que ellas fossçrp, suscitadas todos os aaoos; c também 03 qud deviam ter mais alguma confiança com que os que o Povo escolhe, não fossem urn bando'1 de estouvados, que porgosto para aqui viessem to* dos os annos renovar todas,essas questões; quç elles julgam decididas. ,

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DíÀíUO

GOVERNO.

tehtfe nós, c novo nas Monarchias ; mas a Ca-hiara vitalícia era a que mais se chegava para o das Camarás hereditárias, de que havia experiência í sem ter os inconvenientes que estas tinham , via que na opinião delle Orador havia parecido mais conforme nos nossos usos, hábitos é costumes; e que nos ligava mais coro as Nações mais libcvaes, e mais poderosas da Europa, e nos punha em causa commum com el-las. Qjianto a estas profissões que tenho ouvido, sem negar a cada um o direito de as fazer, eJle pela sua parte tinha sempre seguido a prática "de prometter pouco e obrar mais, (apoiado, apoiado), e era isto o que fazia len-câo de seguir; que as sitas opiniões políticas sempre as manifestava ; que por isso e que tinha tomado parte em todas as parles importantes da Constituição; que por ellas e que deseja ser julgado, e pela fuá vida política que c para ninguém é ummysterio; que havia de dizer sempre as^suns opiniões aos seus constituintes; mas que sabidas ellas, esperaria sem pré quê elles teriam o bom senso de nãoquererem agrilhoar o sun razão, e a sua consciência : que e! lê não entende o que e confiança por metades — nesta mo ler ia — que aquella que o não honra com a sua confiança por inteiro , lhe d;i odircito de tamhcrn lhe retirar a delle Orador. Concluiu dizendo, ',que no syslerna de amplos poderes, *>u -como se Ilietem chamado , de omnipotência parlamentar — o Artigo addicçional era escusado, porque quem faz -o mais faz o menos; "mas como jú se venceu outra cousa, elle Oro-ilor votava pelo Artigo como o propoz o Sr. Presidente,' e não pela reslricçuo que lhe fez o Sr. Deputado por Aveiro — pelas razões que deu o Sr. Deputado por Coimbra ; pois nu verdade a circumslancia pôde ser de mais ou menos valor parta com muitos, como accessorio, cujo mérito depende da parle principal neste ponto. "

O Sr. Costa Cabral votou pelo nddi lamento com n reslricçâo proposta pelo Sr. Deputado por Aveiro, e combateu as opiniões dos'Srs". Deputados que o queriam mais amplo.

.O Sr. Presidente : que teria pedido ao Sr.Vice-Presidenle tomasse a Cadeira se provesse que a discussão htfvio tomar o caminho que tem tomado; mas que o não esperava, c por isso ficou no logar em que estava.

Eram quatro horas deu a Ordern do dia, e levantou A Scsaíio. _ ___

Ci.Ano que na Sessão de iionlcm votei cõn-__ tra a tdóa da concorrência do Kei na informa de algum Ailigo da Constituição. 'Sala "dns Còrlcfr, Ql ite Novembro ili- 1837. = Judi* ccSamora= Alonl' Al venu-=Vnsconcellos Delgado.

Por engnrio no extracto da Sessão de hontero se nllribuiu esta declaração ao Sr. Deputado Yalcntim Alurcellmo dos Santos, e não ao seu uuctor o Sr. Judite Samorn.

SoitERANJO Congresso Nacional Constituinte: = A Cdmura Municipal do Concelho da Ponte do Sor, por si, e em nome dos Habitantes, de quem e representante, não pôde esquivar-se, "sem offender seu dever, e gratidão de manifestar o seu reconhecimento para com o Soberano Congresso, nos objectos tão sabia-incnte discutidos, e sanccionados; e cm especial pelo deliberação das duas Camarás temporárias, e electivas em que os Povos tciu seu Direito Soberano, indivisível, e inalienável sem usurpação. •

Esta mesma Camará, c os Habitantes deste Concelho tem toda a fé, -que o Soberano Con-gic&so Constituinte ha de levar ao fim com toda a sabedoria e prudência a tarefa de que está incumbido. '

Ponte do Sor, em Sessão de Camará de 4 de Novembro de 1887. = Francisco José Barreiros, Prosidanie. = JoãoDamasceno Leão, Fiscal. =: Joaquim Vicente Murgulho. = João Ro-visco de Mendonça. = António José Marques, Socrcturio. = Joaquim José de Magolliàes. = JFraricis-co José' Pereira Pimenta, Administrador do Concie)l)o.= O Vigário Éncommenda-do , Juão Maurício Cardoso. — Cândido Fer. nandes Pimenta,. Capitão da Guarda Nacional. c=Luiz Amónio de Sousa, Tenente dn Guarda Nacional. = João Rodrigues da Silveira, Regedor da Paroclua. = Francisco Rodiigue-Gatto. = José DionVio -- António José Uio. nisio. ==; O Juiz de Paz, Jacinlho de Mattos. = José Joaquim de Magalhães. =Joào António Lourenço Casimiro, Escrivão do Julgado. ==José deMoura Serra. = Francisco José Dio-nisio. =s AntonJòJ Cândido Xavier 'Nogueira,

Escrivão dm Administrador do Concelho. = Se-verino Alexandre. — Juão Manoel Peregrino. :=Joaquim Dias. = Antdhio Ramos. =João Alves Paes.== Augusto de 'Mattos. = Francisco António Pina. = Fr'ancisco" Ferreira Pimenta. = Joaquim Dorhirigues.' = Joáé'Domingues. = Francisco José. =' Manoel Dômingues. = João Gadinho. = Antònio-Catella. = Miguel Alexandre. : "

LISBOA, 22 DE NOVEMBRO.

CONTINUA ainda hoje a privação de noticias de Hespanho, pela falta da chegada dos respectivos correios. Logo que nos vierem ús mãos Folhas daquelte paiz, apressar-nos-hemos a fazer sabedores do seu conteúdo os nossos leitores, na parte que poder interessar-lhes.

Brilhante acto dç raro valor de um Náutico Portuguet.

ANTÓNIO de Oliveira Silvo, Capitão do Navio Eugenia, de Lisboa paraAItona, depois de haver soflVido mil inclemcncias no decurso da sua viagem , achou-se no dia 28 de Outubro ú altura de Hellignllande, quando a tempestade, que havia miiilos dins açoutava o mar do Norte, redobrem do violência por tal orle, que não ha, desde grande numero de anuoa, lembrança d t; outra igual. Depois de manobras atievidas, nucoroii cm pioxunidade da Ilha, em ponto onde o perigo ora iminente, porém iiiunor que oo largo. Tendo o mar abonançado algum tanto, viuram o bordo dous Pilotos, porém mal unham entrado começou de novo u embraveccr-se com lul Ímpeto que os Pilotos aleirados grilaram ao Ciipilíio que abandonasse o Navio, que fugisse com elles para a Ilha, que práticos daquellas paragens, asseveravam que não havia memória que um Navio naquella posição escapasse por tnl tempo, que olhasse aquclles. 15 ou l G Navios ao iionsonte, nenhum dos qunes poderia resistir, que se recordasse doso corpos de homens boiando que elles tinham vislo, c dos numerosos mastros , labons , pipas, e outros restos de naufrágios que o Navio linha encontrado nu véspera em que u lempestade fora comparativamente calmaria, ele. ele. A tripulação inteira assombrada pelo espectáculo que presenciava, e pel.is palavras dos Pílolos, unia-se ;i elles pedindo ao Capitão que se salvasse, e OD salvnsse. Então lhes respondeu o Capitão Silva: quecisuliissem os que receassem," que quanto a clle, o fado do Navio havia du~ser o seu.n Os Pilotos, a equipagem toda (e entre elles, homens qun havium 40 Mimos nlfibiitudo o mar) se prccepiluram na chalupa, di/cndo no Capitão um udeos que Iodos suppimliain ser o ulu-mo, pois esperavam ver o.Navio ir ao fundo sobre as uncoias. O Capitão Silva, unicamente acompanhado do cozinheiro prelo , imito que o não abandonou, passou uma noite horrível; mus 'tio dia seguinte o mar se ucnlmou, voltaram tripulação e Pilotos, e o Navio entrou no Blbfi sem avaria uliruuiu.

AVISOS.

ESTANDO concluído o novo Mercado ;i Ribeira velha, previiie-su a todas ns pessoas cos-luiiiadas a arrendar lognres sirnillianies (oiule vendem comesliveis) pura dirijirum seus rpque-rimenlos ú Camará Municipal. Lisboa , 21 de Novembro de 1837.= Jeronymo José da Siloa.

No dia 28 do correnle, na Administração Geral do Districlo de Lisboa, se lia do proceder a venda dos objectos seguinles:

Uma Carruagem.

Uma Sege.

Doui lustres em born uso.

Um dito quebrado. A pessoa que pertender comprar os referidos objectos, poderá dirigir-se ú 3." Uepurti

PELA Administração Geral do» Correios se faz público, que sahirií a 23 do correnle para a Madeira o lliatu /tlliançu.

As carias serão lançadas ate ámoia^noilc do dia antecedente.

PF.I.o Juízo de Direito de Primeira Instancia e Vara, Ei> crivão Mascarenhas, correm edictos de 10 dias, peloi qnaes são chamados a deduzirem preferencia» os Credores incertos que tiverem direito ao furo de 3755000 réis annunes, que D. Itodrigo Jota de Menezes paga a D. José Maria Carlos de Noronha, imposto no Palácio sito na rua de S. José n.°' 197 a 200, c de que tem adjudicação e posse D. Anto-nia Ignacia de Abreu, a requerimento de quem se passam. „ PELO Juno da Paz da Freguezia de S. Pedro em Alcan-JL tara se faz publico que n3o se lendo concluído o leilSo nnnunciado para o_dia ÍO do corrente no sitio do Calvário 4 • por cima das Reaes Co'cheiras', continua o mesmo leililo no dia 25 do corrente; e para que chegue ú noticia de todos, se faz o presente aviso, declarando que aquillo que falta a arrematar são arreios e saltas em pouca quantidade, c as carruagens que existem ao Palácio da Bcmposta, onde podem ser vistas e examinadas em qualquer din e hora.

sS&lf.. T>BLO Juno de Paz «Io Fregueziu de Buc '•ilSiS se es'1'1 Proce(len('p a Inventario dos

cellas los bens

que ficaram por fallecimenlo de António Dia8 da Silva: todos os Credores a este casal devem no praso de 15 dias apresentar seus títulos para serem Irgalisados, e admittidos, pena de Gearem excluídos do mesmo Inventario.

/í3£S> TVf° dia ** C'° corrente, pela» três horas da &•;[ l ^1 tarde, perante o Juiz de Paz da Freguezia •J3-AA da Pena. ha de ter logar a arrematarão dn propriedade sita nas Escadinhas dn Barroca, na conformidade da atinuncio do Diário do (governo , de 9 do prefenle mez-

A C IMARA dos Corretorcs tendo recebido da Secretaria do Tribunal superior doComroercio n relação dos Cor' relores cm actual exercício, que se acham providos pelo meu mo Tribunal, manda publicar os nomes dos mesmos para conhecimento do Corpo do Commercio deita Cidade. . Carretai es do Numero, de Mercadorias e Leiloes annexos. Francisco Romano. Vicente Caetano Massa. Carretares do Numero de Cambias. José de Carvalho Rego. Hcmiano Frederico Móser. Francisco Forrest.

Corretorcs dn Numero de (Jnmliios, e Fundai PtMicOi. Domingos Chinppory. Miguel Mac Bride. Carretar do Numero de Navios, e Leilões annexos.

Rafael Gnvazzo.

A mesma Camará faz saber, que desejando se complete o numero,de Correlores designado no seu Regulamento, ha va-pos Ires lufares de Correlor de Mercadorias, e um dito dito de Navios: o» Candidatos que os pertcnderem deverão requerer no referido Tribunal do Commercio. E para constar se mandou publicar o presente. Lisboa, e Camará dos Correio-ici, nos 21 de Novembro d* 1837.:= O Secretario, Pir.ente Cnctiiuo Afasta.

TVT* Recebedoria d1 Ajuda, travessa do Abarrncamento J™ de Peniche n.° S21Í, se ha de vender uo di.i Í6 do corrente, pelas 4 horas da tarde, eui leilão publico 32 alqueires e duas ottavus de trigo pertencentes u renda de Bens Na-cionaes.

. loAQum Hetiodoio da Cunha Rivara, Uacbarel furumdo ti cm Medicina, Professor Proprietário da Cadeira de Ideologia, Grainnmlic.i Gelai, e Lógica no Lyceo Nacional do livor», anniiiicm ipie no I." di.i de Dezembro próximo futuro abrirá o Curso duqnclla Discrplma no Estabelecimento doCoI-legio ilo Espmlo Snnlo na mesma Ciilade. O mesmo Professor se proinplifica a dar lições publicas e gratuitas de Arithnie-liça. Geometria, Gcoçrophia, e ChroHologia, nu caso de haver aluinnos que desejem frequenta-las.

* Dmi;u;u> da Sacicduie Propagadora tlm Conheciincn-J\. lus Cieis, perlende pur a concurso um. Ioga r qm> deve tr.r provido em pensoa que remia conhecimentos de ICscn-pturaijào, Typogr»plna, e LiUerntum : n; pensou? que se ucha-rem nestas circiiiustnncias, podem apresentar os seus documentos ale o dia 29 do corrente, no efcriplorio 'dn Sociedade,

rua diicila do Arsenal n.° 5.S , l." andar.________________

~"H~YÕN4' AIIU.I Viularinn do Hegu Arauhn, Ua Vdla t\t U* Arroncli»». perlende abolir um vinculo , qilc n mcinia nilmmiilrii, nikiiii.iiln pur Francisco Xavier Aranha, Bispo que fvn d« P

. Urde ilu dia 4 de De/emliro se lia de arrematar ua Praça do Deposito geral, com o alialimciilo da ã." parte do valor de 050SOOO réis, uma propriedade de casas penhoradas a DIOIÍVZIO Pcres, qiif f.iram h,-i aiui.ii m,ilíadas em d 400^000 réis,

______________

H A ^l"IE'1UTA'i:*<_ paru='paru' com='com' fícn='fícn' lia='lia' do='do' daale-j.='daale-j.' tíl='tíl' para='para' declarai='declarai' destiuaila='destiuaila' _='_' corrente='corrente' e='e' praça='praça' st.='st.' n='n' o='o' p='p' na='na' t='t' eriu='eriu' uiario='uiario' _23do='_23do' _110='_110' dift='dift' dia='dia' dediniidn='dediniidn' barracas='barracas' chão='chão'>

.0 /"VUUAI quucr louini de arrenduiuciito de Janeiro pro\t-V^J mo cm diante niiiii Marinha da, repartirão de 870 moios, no sitio da Seixola , termo I|H Vi l Ia de Palmélla, di-rija-so n Caetano -Xa\ier Í)iniz, na rua nova dosMailyres n.° 2t, l.« andar.

13

A traveja,i dn Pulha u.°lJU, i.° andar, lia um grande sortimento de chailes de todos os preros alú réis SO^OOO, lenços de Feda ile assoar ale 1^440, curtes de colete ilo ultimo goslo até 4^000, ditos de seliui para bailes, ca-clieiuir.is para calçai, pnnuo prelo olé CiJiOOO, pannoc de Irlanda, luvas de seda lisas e abertas, baet.lo de lustro para so-l>re-i:nf

LI; AI tiver pura render, ou a fura r uma casa pequena acompantintU uai quinta, a, uma Icgoa de Lis-IIOH , deixa a sua morada ua loja dvste Diuno , para sei pró* curado.

THEATRO N. DA RUA DOS CONDES.

HOJE 23 de Novembro de 1837. = IIariadão íí;irbaroxo=r: Grande Drama histórico em 3 actos. = O Cabrtlo Mon(ez, ou o Rendeiro IWluz = Comedia, em 3 actos.

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