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DIÁRIO DO GOVERNO.

Jhc fez de o eleger por varias vc?rs para aquel-1e logar' , e ainda mais llie agradece o tc-lo !i-vrado^dos árduos deveres que el!c tinha, e esperava que o Congresso lhe desculpasse algu-gumns faltes, que de cerlo nuo foram volunta-tarias. (Apoiados geraes.)

Sahiu da Cadeira que foi occupada pelo br. Presidente.

O Sr. Maia e Silva teve a palavra para m-ter-pollar ò Sr. Ministro das Justiças sobre duas Portarias insertas no Diário do Governo, o nobre Deputado deu-se satisfeito com as explicações de S. Ex.a

Segunda parte da Ordem do dia, Projecto N." 96 na sua especialidade.

O Costa Cabral propoz, como questão previa, que se decidisse primeiro sobre que bases Jia de assentar este Projecto, isto c, sobre que natureza du crimes.

O Sr.IUacario de Castro, por parte daLotn-missão , convém, comlanto que não leve tempo esta discussão, c assenta que a primeira base e, se.em certos crimes deva haver um Processo excepcional , e a segunda quaes hão de ter esses crimes.

Decidiu o Congresso, terminada osta questão previa, que se não discutisse o Projecto por Artigos, rnas sim as bases,, sejido á primeira Q Artigo 2.° do Projecto.

.O Sr., Deriamado mandou 'para a Mesa n seguinte bubsliluição ao Artigo 2.° do Projecto que deve ser a primeira base = nos crimes = de roubo = morle = feri mérito grave = fogo posto ocintementtí = tirada de presos = ameaça de Juizes ou Jurados.

Depois dê pequenas observações votou o Congresso que devia haver um Processo excepciona] para certos crimes.

Continuou a discussão sobre, quaes os cri mês.

Muitos Srs. Deputados fallaram sobre a matéria , c o Sr. Ministro das Justiças; c tendo dado a hora fechou-se a Sessão.

USBOA9 21 DE DEZEMBRO.

THEATKO DE. S. CARLOS.

jDança = Pclayo =. Composição do Sr. Villa.

DEPOIS d» uma não pequena delonga, econ-tínua repetição da dança Conquista de Maluca, que npe^ur da sua rc-conhecida belle-za, não deixava já de enfastiar, cesso.u a impaciência e expectação do publico com a ap-pariçãó da nova dança — Pelayo— quefoi pela

§rimeira vez á Sccna na noite de hontem 20 o corrente, e tendo nós ido ao theatro para gosarinos deslc novo espectáculo, seja-nos per-ínitlido ^loiltir o juix» que fazemos das diffc-,rentes parles desle baile.

Do.seu programma exlrnctamos o seguinte :

Dcj>ois dn sanguinolenta batalha de Xeres, em 'que'os Mouros ficp.ram vencedores dos Go-clos, e derribaram o Throno dos Reis de iTes-paniia/os chuslãos llespanhocs, que escapa-rnm á carnagepi, diss<_.tuinaríiii-5e de='de' capital='capital' estado='estado' parte='parte' do='do' filha='filha' vagabundos='vagabundos' província='província' ovicdp='ovicdp' onde='onde' confm-la='confm-la' das='das' um='um' tenra='tenra' terríveis='terríveis' remo='remo' ultimo='ultimo' pcuyo='pcuyo' nas='nas' acoitou='acoitou' atilarias.='atilarias.' este='este' na='na' constrangido='constrangido' destes='destes' godos='godos' que='que' lendo='lendo' foi='foi' cidade='cidade' numero='numero' i.dade='i.dade' dasas-tvirias='dasas-tvirias' uma='uma' dos='dos' montanhas='montanhas' príncipe='príncipe' nós='nós' pelas='pelas' se='se' era='era' maior='maior' peste='peste' paiz='paiz' abunda='abunda' matrimonio='matrimonio' não='não' proscriptos.='proscriptos.' _='_' vicissitudes='vicissitudes' a='a' apodendoeducar='apodendoeducar' seu='seu' e='e' cm='cm' amigo='amigo' o='o' p='p' residia='residia' qual='qual' da='da' dnsvtílos='dnsvtílos'>

Lsta 'Princeza cfeada na corte do Governador Mouro ,• não se pôde esquivar á seduççào das delicias du uma corte licenciosa. O Governador a vê,'e narnoiado da sua formosura, pé-' de-a pa.ra consorte. Ellã da sua parte, esquecida do sangue

As principaes partes foram confiadas aos Srs. Bor»i Pontiroli, José Maria da Conceição, ScannavinOf e Fictorino, o» quaes

as desempenharam com toda a precisão e mérito, e passamos a dizer_ alguma cousa década uma em particular.

Pelayo, (o Sr.. Borsi") mostrou energicamente o caracter dò'Heroe das Asturiàs, nas entrevistas com sua filha, e nas'disputas com o seu inimigo, desenvolvendo, o valor, e amor pátrio que distinguiu aquelle'Príncipe. Este Sr. vem vestido muito em caracter, tanto quando ap-parece de foiagido, como de guerreiro. - Ormesindà', soa filha, (a.•Shr.°i Pontiroli}, fez uma. parte interessantíssima, e a desempenhou com exactidão. Sentimos que esta .Snr." não possua uma figura elegante, para coadjuvar a expressão dos seus gestos. Na execução da sua parte fè-nos ver que, posto que amante, ainda se lembrava do sangue que a animava. O seu vestuário está todo (ora da acção.

Munuza, (o Sr. José Maria da Conceição.} Este joven artista não tendo tido outra eschola senão a dos nossos theatros, mostra que tem aproveitado, pois executa muito bem os papeis de ojje se incumbe, e o publico, attento aos seus esforços, o acolhe com benignidade. Com-tud.o desejaríamos que na parte de Munuza desenvolvesse mais energia e rancor, próprio de uirrMouro, contra um seu implacável inimigo, tal como o Príncipe Pelayo, e mui principalmente sendo por este contrariado nos seus amores, e despóticas vontades- a ponto de se appôr á sua união com Orrncsinda, que elle pertendia fazer sua consorte , ou para melhor dizer, sua escrava. O seu vestuário e' rico, e próprio. .

Pedro, Duque de Carilabria (o Sr. Scanna-uiYio), f e 7, uma das principaes partes, c a executou com o mérito que o caracterisa, não se pttdendo imitar melhor o caracter de um nobre Hcpanhol zeloso da honra da sua pátria. Temos com tudo \-x notar , que o traje de que apparece revestido é mui posterior úepocha em que se figura a acção. Os Ilcspanhoes do tempo de Pelayo, mesmo os cortezãos, não trajavam como os do século de Carlos 5.°

Fermondo, Cohíidenle de Pelayo, (o Sr. Pes-fina"), preencheu devidamente o seu logar de conselheiro da filha Pelayo, condescendendo forçadamente com alguns dos seus desvarios. Aconselhamos a este Sr., sem ofiender o seu amor próprio, que pmiba mais expiessão na sua fysioriomia, pois que esta nada indica dos sentimentos que manifestam suas acções. O sou traje está no mesmo caso que o do Sr. Scanna-vino.

Andalla, valido de Munusa, (o Sr. f^iclori-no) fez uma parteaecundaria, que desempenhou soífrívelmenle.

A musica desta Dança, apezar de ser boa, e' cnmtudo assaz conhecida. Os bailados, o do l.°,octo ebonite e engraçado, mas de bom grado dispensaríamos a allegona de Viva Ormesindà por não ser usado naquella epocha , nem corn aquelles caracteres. O do 3." acto nada tem de bello, se não o Pas-de-deux de Mitdemoisel-Ic Clara c de 'l/r. Tficodore, peça esta.digna-mente executada, e sentimos faltarem-nos expressões para elogiar , como cumpic, o mérito destes dons tirlistas, mas o Publico apreciador do seu tnlpnto os indemnisa dianiirnente (principalmente: Mqdtmoisclle Claia) com repelidos applausos, da falta que a nossa insuficiência nos faz commelter. A pyrica é d.is muis insignificantes, que temos vislo. Os finaes do 3.°, e 4.° actos são muitos e bem executados; alhdiii-tinctamentc vimos, a nobiesa D valor H espanhol unidos ao desejo de recobrar a Liberdade. Aescalnda da ponte no 5.° acto-e obra prima, e só temos a dizer que o êxito e' muito feliz, por ser &te"inverÒ!>im.il, estando o inimigo apercebido, escalar um ponto.sem nenhum dos assaltantes ser morto.

As scenas são todas novas. As^do 1.°, 4.°, e 5.° acto são lindas, e-cstão mui bem pintadas. As do 2.° está perfeitamente executada; mas sendo alguma cousa escura, brilha muito pouco. A do 3.° não deixando de ser beíln, não e admirável.

Desejaríamos que a Empreza, que bem mos-'Ira não se poupar adcspeza alguma para agradar aos espectadores, attendesse mais á admissão de vestuários apropriados á epocha em que se figuram os factos, pois nesta dança, á excepção de Pelayo, suas tropas, e os Mouros, todos os mais vem fora de caracter.

Resta-nos tributar ao Sr. filia os elogios de que é merecedor pelo seu bom goito e engenho. Com tudo apesar desta dança ser muito boa, nós lhes preferimos a Conquista de Mnlacn, posto que o seu contexto esteja toda fora da historia, não só pela execução, e lindíssima

musica, como por nos recordar as grandes acções que deram renome aos nossos antepassados, e cobriram de gloria a nossa Pátria. '

SERVIÇO DE MARINHA.

Registo do Porto, 21 de Dezembro delQ37.

EMBARCAÇÕES S.tFIIDAS.

GALERA Dinarnarqueza = Louise Sopliie = Cap.HenseisaBoquil, para o Rio de Janeiro com sal , e l passag.

Brigue Portugue/ = Esperto = Cap. João António Vieira, para Pernambuco com géneros do Paiz, e l passag.

Brigue Hamburguez=JohannCaesar = Cap. A. Nasdycke, para o Rio de Janeiro com'sal.

Patacho Portuguez = Activo = Cap. Jacinto Herrnano de Freitas, para a Figueira em lastro , e 2 passag.

Escuna, Franceza =: La Belle Portugaise = Cap. A.Coneffe', para Nantes com géneros do Paiz , e l passag.

Hiate Portugue?- =AIIiança= Mestre'Ger-vazio Ferreira de Leão, para Trieste coru as» àucar, e caffe'.

liiate-Portuguez = Santa Cruz e Conceicâo= Mestre António de Almeida, para S. Martinho com encommendas.

Barco Portuguez = Restaurador = Mestre João de Sousa, para Setúbal com encommendas.

Cahique Portuguez = Veleriana = Mestre Manoel Fernandes, para Larache em lastro, e l passag.

Chalupa lngleza=Windrush=Cap. J. Main, para Bristol com fructa.

N. B. Neste dia não entrou Embarcação alguma.

Quartel do Cominando do Registo do Porto, na Torre de Belém , 21 de Dezembro de 1837. = Leotte, Capitão Tenente, e Commandante.

AVISO.

PELA Administração Geral dos" Correios se faz publico, que sahirá a 27 do corrente para a Ilha de S. Miguel o Brigue-escuna Eu* genia.

. As cartas serão lançadas ate' á meia noite do dia antecedente.

AJfNUííCIOS.

l "Peto Juizo do Tribunal Commcrcial de 1." Tiulancia, JT Escrivão o Sr. Pires, tracla de ee habilitar D. Geno-vefn Rosa de Oliveira, viuva de Francisco António de Oliveira , natural rlti Foz do Douro, Comarca do Porto, iinica ^ c universal herdeira de seu QJho António Joaquim de Oliveira, Piloto da Barca = Zéfiro = fallecido ab inteslalo, em Qui-linmnc, a bem ile receber B hcranç.i do dito fallecido seu fi-Hio, que se ncha noThesonro Nacional; o que se faz publico por meio do presente nnnuucio, a Hm de quem se considarar com direito á supradita herança o venha deduzir ao dito Cartono ; pena de se passar ú nnniincionte o respectivo Precatório de entresra elo.

PKLO Juízo de Paz ila Freguczia de S. Josá-s.e convocam 09 credores á herança do fal-lecido Albino António de Moraes c Castro; devendo apresentan seus titulos legues perante o Conselho, de familia, no dia Si do corrente, pelas 4 horas dn tarde, na rua direita do Salitre n." 304.

IUKVINI: o Publico António José Vieirn da Silva, que JL não conlractc sobre os bens de José Gregorio Gomes de Leiros, por quanto contra elle tem ExecuçSo apparelhada pelo Juízo de Direito da 4.a Vara, Escriviio = Cordeiro.

Kcal Fabrica das Sidas, ao Ralo, se continuam o -L l manufacturar SêJas de todasas qualidades ; a saber, damascos,'gorgcrSet, selins, gros-de-naples, carjas, fazendas próprias para colletes, fitas para cintos, (alagaças , lenços, luvas, meinB, ele.; assim como gallues de ouro e prata de to» dos os padrões; opromptam-se igualmente encommendas de todos oa referidos tecidos, e de çalISes de ouro e praia, e se faz o abatimento de dez por cento , pelo prompto pagamento, quando as compras excedam a cem mil r(5is; em outro armazém na rua do Capellistns n." 101 o 102, ee vendem também fazendas de seda de todas as qualidades, pelos mesmos

preços dasfabrica. ______ •

rjk "PABA. n Ilha de S. Thiajo de Cabo Verde deve 5 J?íí|\\. -T fahir ;io dia 31 do corrcnle, a Escuna = AI->«§:3í bácora = N °3 , CapiUlo Joaquim TheoQlo da Cos» ta : quem perU-nder ir de passagem, ou carregar na mesma, dinja-se ao Escriptono da Companhia de Pescarias Lisbonen-8C, no edifício do Paço de Madeira, ou aoCapitilo na Praça.

LisiLÃi) que se ha de fazer em casa de Mademoi-selle De MA1SONNEUVE para liquidar, no Sabbado próximo 83 do corrente rnez de Dezembro,

__ nn rim do Outeiro n.° 'J, pelas onze horas da ma.

nhã, de innn partida de louça fina de Fiança, espelhos com molduras, vinho de Champanha, um pianno, e outros arti. gos francezes. _______________________

THE ATRO N. DA RUA DOS CONDES.

DOMINGO 24 de Dezembro de 1837. = Hen« rique 3.°, e a sua Còrte = grande Drama histórico em 5 actos. — Uma Fidalga na Corte de Nnpnleão= Drama em l acto. = O Padrinho = Farça em l Acto. Principiará ás7horas.