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DIÁRIO DO GOVERNO.

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180:124$400

, • - -Repartição Central. \.

CONSTANDO a Sua Magpslade a RAINHA, que a execução que se inove, por parte da Fa-jjenda Publica, contra- os herdeiros de Constan-tino Joaquim de Mattos, se acho domorada com prejuízo da mesma Fazenda, desde Janeiro do nnno corrente, no Cartório do Escrivão Francisco Joâc"GonçaIves Pereira Pmto, da Cidade de Braga: Manda a Mesma Augusta Senhora, peio The'souro Publico Nacional, que 6 Conselheiro'Procurador Gorai da Coiôa expeça immediatameníe as mais'terminantes ordens', -para que' o respectivo Agente do Minis-terio Pub'lic"o''requeira, o prompto expediente da dita execução ; "devendo o mesam Conselheiro participar-, pelo mencionado'!hesouro, não só o cumprimento'que tiveram estas ordens, roas igualmente informar sobre o estado actual da cxrculçnoj c das cousas, por que tem sido dc-• morada. Tliesouro Publico NnCional, 19 de Dezembro de 1887. = João de Oliveira. • -

Bilhetes do Thesouro Publico , do» emittidos ''•por Decreto de 10 de Julho do corrente onno. 21:134 -pNTIUDOS no-dito The-JjJ souro até no dia 18 de ^Dezembro corrente, depois -' ' de -resgatados, corno se publicou noDíario doGo-

- ': 'vérno N." 299...........178:722/800

174 Idem desde o dito dia até •• ' hoje": 'sendo • ' _

' t 65 de 4/800 312$000 , 106 de 9$fiOO 1:017/600 <_ p='p' de='de' tag0:_='_1:_' _000='_000' _72='_72' _='_' _21='_21' _--s='_--s' xmlns:tag0='urn:x-prefix:_1'>

21:308 Bilhetes:-

' t.hesóiirô Pirblico Nncionnl, 20 de Dezembro àeÍQ57-=='Domingos António Barbosa Torres.

Repartição Central. = 2." Secção. Continua a Relação dos-Devedores te entraram nestas trans sucções, principiada no Diano N. 299.

• FrafTcísco-de Pauta Castro * Lemos —De ai cance do Pai, como Almoxarife que foi da cx tincía.C^a .do, l O M lado, na Villa de Mou w', 2:069/623 srn 13 de fevereiro. . -. íotlunátò José Ferreira—.Bp Direitos de.vn nho' colhido Vá Quinta dos .Seta Castellos, 4ãa$34l ern lO-^e Maip. - .

. rum.no Anlomo flabello Falhara»-De Dizima e Custas,- -como Fiador de José Miguel , 107 $416 em 10 de Abril.—Tem Execução. " D. Francisca Victòria de Araújo Lage—Ue dinheiro tomado a juro ao cuincio Convénio, de Cervúu-CAwW, 408/212 em 5 de Julho. - --Fraíic.icoMlibciro-da Cui.ba, eimmbo-•cios—Dê Saldo dos Contractos do'Consulado, Fragatas, Sacc.-y,

Francisco de Roure— D/: Decima de prédios, í 9/0&0 em 2í> de-Julho.- •

• Francisco Joaquim Soares Gameiro —Ueal-cante como Superintendente que foi da Decima da Preguem'de Oç.ras, l;3i£/77i> s«W 16 d. Julho —-K''boje Tepreientodo pelos-Jlcr.deiros. •• Frederica Maria —De Dizima d« Sentença, l'43/699 em 9 de Agosto —Tem Execução.

Ftancisco Corrêa -Baptista 'de Menezes —Do alca-nce como ex-Thesoureiro AJO r- da .Bulia noa Bispados1 de Bragança e Mifanda, 1:421/971 érn 14 de'Agosto. . . .

Francisco Avelino Pessoa de Amorim — De alcanàraísTêrças Potriarchaes cm que seu fal-lécido Pai ficara, 1:617/517 em Ití de Setembro—'A importância paga a 7S pai te do total da divida, como um dos Herdeiros- de Gaspar Pessoa Tavares do Amorim. ...

Francisco António Presado—.De Dinheiro teimado a juro-por suá-fallecida Alai .ao exíin, «to Convento'de S. Domingos, da Villa de Abrnntes, 163/615 em 16 d u Novembro. .

• Gabriel Borges Marques da Rocha— De alcance em que ficou Francisco de Paulo Isidoro Alves, ex-Thesoureiro Mor da Bulia do Bispado de Eivas, 1:016/915 em 19 de Julho. ' -Gonçalo Vieira da Silva Telles—De Decima extraordinária e Ecclesiastica da-Cammen da de Santa Maria de Cadimo, e da renda de , õutrn , 321/997 em 27 de Outubro. • Gregorio Carvalho, e sua mulher — Do capital, de-000$000 réis, que a extmcla Procu-rudoria Geral dos Carmelitas lhes emprestara,

475/000 em 21 de Outubro.— Foram-lhes abo-ados 25/000 .réis de juro que duplicadamentc tinham pago.

Guilherme Charters — De diversos emprosti-mos feitos pela Repartição "do Terreiro Publico, 1:749/163 em 21 de Novembro.

Herdeiros de FlorencióTeixeira d'Azevedo—-Dó dinheiro tomado a juro ao extincto Convento >de Corpns Christi, 500/330 em 9 de Novembro. ' . ,

José Victo-de Oliveira — De dinheiro tomado a juro ao extmclo Convento, dos Carmelitas descalços, por seu Tio Joaquim Lino de Oliveira , 2:667/052 erri 6 de Fevereiro. ,.

José' António Ferreira de.Abreu — De Sisu e Decimas na Comarca de Aloncorvo, 98/ÍM5 eiri 6 de Fevereiro.

Jacinto José' de S;í Lima — Dealcance-como Thesoureiro que foi da,Bulia nos Bispados'de Bragança e Miranda, 561/627 eici 2 de Fevereiro— Tem Execução. . •

Joaquim dos Santos Pereira—.De foros de prasos .que pertenceram á extincta Basflica de Santa Maria Alaior, 155/680 cri» ô de Alaio.

• • José Antunes — De Direitos de Vinho dosan-nos de 1826 a-1832, 143/633 em 10 de Março.

• José António Bastos do Pinho i—Do Contacto da Cotnmenda.de Santa Maria .de Vou-zella, 140/855 .em 15 de Março.

José Silvcrio Gomes-"-De fiador do Contracto da Sisa do Pelourinho o Adeilas, desta Cidade, 1:858/251 ein 23 de.Março. •'

José Caetano Vidal — Da Dizima de Sentença , .'39/752 em 15 de Abril,

Joào António-da Silva — De alcance como ej>'fiiesour,eiro Mor da Bu-lla no Bispado de Lamego, 4:937/209 em 23Uí Março.

João Evangelista da Silva Pereira — De pensões ao cxtinclo Collegio Militar de Coimbra,

i/960 cm 11 de Maio.

Joaquim António de Aguiar —Do Ditvheiro tomado, a juro á cxtincta .Procuradoria Geral dos Carmelitas Descalços 1:936/010 , em 9 de Junho.

'Joaquim de Lemos de Nápoles —r-De Decima de Prédios na Cidade de Eivas, 38/568 em l de Julho. f - , .

• Jo»e da Fonseca Carneiro — De Direitos de Vinho seu, e do Padre. António da Fonseca, 82/478 em 26 de Abril.

O mosmo — De Dinheiro tomado a juro ao ox^ tincto Convento d&Corpus Chriiíi, 1:655/281 em 26 de Abril. . - .

José Far." Relvas de Campos, e D. Ignez Alaria Caetana —Do arrendamento de vários Almoxarifados da ox li n c ta Casa do Infantado, 39:575/808 em 31 de Março. -

José Maria da Cunha Grãe Athaidc — De Decima extraordinária de cinco Commendas que possuía a casa do Conde de Pavolide, 2:945/710 em 6 de Fevereiro.

João Evangelista da Silva Pereira — De Decima ordinária, c Ecclesiastica da. côngrua dos Parochos , imposta em vai ias Coinmandas , 195/760 em-26 de Maio.. (Çontinuar.se-íia.J '

Parte não OffidaL

j 'SESSÃO DE 21 DE DEZEMBRO DE 1837.

As onze horas occupava aCaduira o Sr. Vi-ce-Piesidunle: estavam presentes 56 Srs. Deputados.

Leu-se a Acta que foi approvada.

Passotirse á Correspondência, que teve o competente destino.

Teve segunda leitura o Requerimento do Sr. Rodrigues Ferreira ; o qual foi approvado.

Um do Sr. Visconde de Ponte Arcada, para que o Governo, pelo Ministério competente, re^ mctta todos os muzes a Statislica criminal.— Foi approvado.

Alguns Srs. Deputados mandaram representações para a Mesa, a que se deu o devido destino.

'Requerimentos. 7,'iRequeremos,que se indique ao Govcrno,-que cm face dos respectivos .Orçamentos dos Distri-ctos Administrativos das ilhas adjacentes estabeleça um syslema de pagamentos, a fim de'ob-viar os inconvenientes .de se acharem, n'uns pagos em dia os públicos Empregados, n'outros etn divida ~de 18 mezos ! Providenciando' de prompto sobre e.ste ultimo casp. — Sala 'das Cortes, 21 de Dezembro de 1837.= A. C. Sá Nogueira = Soares d'Albergaria =£ Barão d.e Noronjm —Almeida Garrtítt= Nunes de Yas-

concellos = Furtado de Mel Io = Judice Sá mora = J. M. de Andrade. . •

Este requerimento, assim como outros, ficaram para segunda leitura.

O Sr. João Alberto participou ao Congresso que o Sr. Deputado Duarte Campos não com» v parecia hoje a Sessão por motivo de rnojestia, e que lhe não serú possível comparecer por alguns dias. / ...

Sobre a primeira parte daOrdenrdodia, que •era* a continuação da discussão sobre o requerimento do Sr. Almeida Garrett, dècdiu oCon- \ gressp que amatcria eslava sufficicntornenfediscutida; e pondo-se a totós o requerimento,, foi. rejeitado.

- • Tiveram a palavra para explicação de voto vários SFS. Deputados, .c

O Sr. José Alai ia de A ndrade disse: Sr. Presidente, a minha posição particular não me permilte dar (jin voto silencioso nesta questão,, e como me não chegon a palavra, por isso a. pedi para me explicar; gastarei pouco tempo, porque reconheço que é elle precioso, c necessário também .para. outros objectos. Eu assigneL a indicação de Mensagem que acaba de votar-se; honro-me ainda muito de a ler assignadoy c se o illuslre auctor delia, ou qualquer outro Sr. Dcp.utado aqui vier amanhã (ou em quanto os negócios do Algarve estivererh no mesmo estado em que estão) com similhanics indicações, sempre estarei prompto para as assignar,, ainda mesmo depois do destino que ella soffreu. (e para que eu concorri com o nleu voto); não estou, arrependido de a ter assignado , porque, Sr. Presidente, embora se dissesse que ella era. inútil, eu julgo que.indicações destas, sempre foram , .e .são de uma grande utilidade, e nem eu fui inconsequente, como poderia parecer; porque o fim da indicação já se havia obtido» no acto da votação. Agora direi com a franqueza que me e própria ; que nenhuma Admi- -nistração te:n-dado tantas e tão repetidas .provas de selo .patripticp , e de ter muito a peito,este negocio, como. os actuaes Srs. Ali-nistros ; tnas lambem soffram que lhesdiga que; não tem posto em pratica todos os meios, que lhes tcru sido possíveis; e no decurso desta discussão .compararam a guerra do Algarve á de ' Ia Vendeo, deveriam ter tornado por typo o procedimento do Governo Francex nessas crises,, e ae menos quando reconhecessem qus não era sufficienie um General Marce, deveriara substitui-lo -por um Mocho, e se este não bastasse ainda,'podiaiD,mandar um Larnnrque. • : Segunda parle da Ordem do dia.

Eleição da Alcsa. • Pediu e obteve a palavra, e disse

Ò Sr. Macario de Castro: — Sr, Presidente» cinco vezes me honrou este Congresso com oa"1 seus votos paru Presidente, e de todas essas vê- . • zes, e algumas mais do que outras, instej para não tomar a Cadeira, porque não tinha forças moraes nem fysicas para desempenhar r hoje citou eln tal estado de saúde q,ue não> posso tomar a Cadeira. Talvez pareça fora de tempo esta declaração antes da eleição; mas como cpstumo stijeitor-me ás eleições, qnero> antes tomar.sobre mim o, ridículo que esta de-clnráção me pôde trazer, do que recusar depois de eleito.. .' ,

Tenho também que fazer.mais duas declarações: a primeira é, que eu reconheço qual tem sido a miíiha-insuffiencia naCadeiraJ e"poriss» sou em extremo grato ao .Congresso, e cada um dps Srs. Peputados em particular pela maneira cem que rne tem tractado; e a segunda e' r que tendo eu instado nesta Casa que a Secretaria fosse organisada pelo julgar político, e necessário, não concorri para que fosse ninguém empregado de novo para não parecer que eu queria satisfazer a afilhados, quando insisti ni Votação da Lei que organisava a Secretaria.

Proçedendo-se á eleição de Presidente, e Vi-ce-Presidente, recolhidas 68 listas no primeiro-escrutínio, ninguém obteve maioria.

Procedendo-se a segundo escrutínio, recolhidas 65 listas, ficou eleito Presidente com 33 votos o Sr. José' Caetano de Campos, sem haver maioria para Vice-Presidente.

Teve cm seguida logar a eleição de Vicc-Presidente,' para',o que obteve 39 votos, o Sr. Visconde de Fonte Arcada-, '

E na eleição de Secretários sahiram eleito3 os S«. Prado Pere.ira-,51 votos, Branquinha Feio 51, Rebello de Carvalho 50, Ignacio Pisa rro 30.

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DIÁRIO DO GOVERNO.

Jhc fez de o eleger por varias vc?rs para aquel-1e logar' , e ainda mais llie agradece o tc-lo !i-vrado^dos árduos deveres que el!c tinha, e esperava que o Congresso lhe desculpasse algu-gumns faltes, que de cerlo nuo foram volunta-tarias. (Apoiados geraes.)

Sahiu da Cadeira que foi occupada pelo br. Presidente.

O Sr. Maia e Silva teve a palavra para m-ter-pollar ò Sr. Ministro das Justiças sobre duas Portarias insertas no Diário do Governo, o nobre Deputado deu-se satisfeito com as explicações de S. Ex.a

Segunda parte da Ordem do dia, Projecto N." 96 na sua especialidade.

O Costa Cabral propoz, como questão previa, que se decidisse primeiro sobre que bases Jia de assentar este Projecto, isto c, sobre que natureza du crimes.

O Sr.IUacario de Castro, por parte daLotn-missão , convém, comlanto que não leve tempo esta discussão, c assenta que a primeira base e, se.em certos crimes deva haver um Processo excepcional , e a segunda quaes hão de ter esses crimes.

Decidiu o Congresso, terminada osta questão previa, que se não discutisse o Projecto por Artigos, rnas sim as bases,, sejido á primeira Q Artigo 2.° do Projecto.

.O Sr., Deriamado mandou 'para a Mesa n seguinte bubsliluição ao Artigo 2.° do Projecto que deve ser a primeira base = nos crimes = de roubo = morle = feri mérito grave = fogo posto ocintementtí = tirada de presos = ameaça de Juizes ou Jurados.

Depois dê pequenas observações votou o Congresso que devia haver um Processo excepciona] para certos crimes.

Continuou a discussão sobre, quaes os cri mês.

Muitos Srs. Deputados fallaram sobre a matéria , c o Sr. Ministro das Justiças; c tendo dado a hora fechou-se a Sessão.

USBOA9 21 DE DEZEMBRO.

THEATKO DE. S. CARLOS.

jDança = Pclayo =. Composição do Sr. Villa.

DEPOIS d» uma não pequena delonga, econ-tínua repetição da dança Conquista de Maluca, que npe^ur da sua rc-conhecida belle-za, não deixava já de enfastiar, cesso.u a impaciência e expectação do publico com a ap-pariçãó da nova dança — Pelayo— quefoi pela

§rimeira vez á Sccna na noite de hontem 20 o corrente, e tendo nós ido ao theatro para gosarinos deslc novo espectáculo, seja-nos per-ínitlido ^loiltir o juix» que fazemos das diffc-,rentes parles desle baile.

Do.seu programma exlrnctamos o seguinte :

Dcj>ois dn sanguinolenta batalha de Xeres, em 'que'os Mouros ficp.ram vencedores dos Go-clos, e derribaram o Throno dos Reis de iTes-paniia/os chuslãos llespanhocs, que escapa-rnm á carnagepi, diss<_.tuinaríiii-5e de='de' capital='capital' estado='estado' parte='parte' do='do' filha='filha' vagabundos='vagabundos' província='província' ovicdp='ovicdp' onde='onde' confm-la='confm-la' das='das' um='um' tenra='tenra' terríveis='terríveis' remo='remo' ultimo='ultimo' pcuyo='pcuyo' nas='nas' acoitou='acoitou' atilarias.='atilarias.' este='este' na='na' constrangido='constrangido' destes='destes' godos='godos' que='que' lendo='lendo' foi='foi' cidade='cidade' numero='numero' i.dade='i.dade' dasas-tvirias='dasas-tvirias' uma='uma' dos='dos' montanhas='montanhas' príncipe='príncipe' nós='nós' pelas='pelas' se='se' era='era' maior='maior' peste='peste' paiz='paiz' abunda='abunda' matrimonio='matrimonio' não='não' proscriptos.='proscriptos.' _='_' vicissitudes='vicissitudes' a='a' apodendoeducar='apodendoeducar' seu='seu' e='e' cm='cm' amigo='amigo' o='o' p='p' residia='residia' qual='qual' da='da' dnsvtílos='dnsvtílos'>

Lsta 'Princeza cfeada na corte do Governador Mouro ,• não se pôde esquivar á seduççào das delicias du uma corte licenciosa. O Governador a vê,'e narnoiado da sua formosura, pé-' de-a pa.ra consorte. Ellã da sua parte, esquecida do sangue

As principaes partes foram confiadas aos Srs. Bor»i Pontiroli, José Maria da Conceição, ScannavinOf e Fictorino, o» quaes

as desempenharam com toda a precisão e mérito, e passamos a dizer_ alguma cousa década uma em particular.

Pelayo, (o Sr.. Borsi") mostrou energicamente o caracter dò'Heroe das Asturiàs, nas entrevistas com sua filha, e nas'disputas com o seu inimigo, desenvolvendo, o valor, e amor pátrio que distinguiu aquelle'Príncipe. Este Sr. vem vestido muito em caracter, tanto quando ap-parece de foiagido, como de guerreiro. - Ormesindà', soa filha, (a.•Shr.°i Pontiroli}, fez uma. parte interessantíssima, e a desempenhou com exactidão. Sentimos que esta .Snr." não possua uma figura elegante, para coadjuvar a expressão dos seus gestos. Na execução da sua parte fè-nos ver que, posto que amante, ainda se lembrava do sangue que a animava. O seu vestuário está todo (ora da acção.

Munuza, (o Sr. José Maria da Conceição.} Este joven artista não tendo tido outra eschola senão a dos nossos theatros, mostra que tem aproveitado, pois executa muito bem os papeis de ojje se incumbe, e o publico, attento aos seus esforços, o acolhe com benignidade. Com-tud.o desejaríamos que na parte de Munuza desenvolvesse mais energia e rancor, próprio de uirrMouro, contra um seu implacável inimigo, tal como o Príncipe Pelayo, e mui principalmente sendo por este contrariado nos seus amores, e despóticas vontades- a ponto de se appôr á sua união com Orrncsinda, que elle pertendia fazer sua consorte , ou para melhor dizer, sua escrava. O seu vestuário e' rico, e próprio. .

Pedro, Duque de Carilabria (o Sr. Scanna-uiYio), f e 7, uma das principaes partes, c a executou com o mérito que o caracterisa, não se pttdendo imitar melhor o caracter de um nobre Hcpanhol zeloso da honra da sua pátria. Temos com tudo \-x notar , que o traje de que apparece revestido é mui posterior úepocha em que se figura a acção. Os Ilcspanhoes do tempo de Pelayo, mesmo os cortezãos, não trajavam como os do século de Carlos 5.°

Fermondo, Cohíidenle de Pelayo, (o Sr. Pes-fina"), preencheu devidamente o seu logar de conselheiro da filha Pelayo, condescendendo forçadamente com alguns dos seus desvarios. Aconselhamos a este Sr., sem ofiender o seu amor próprio, que pmiba mais expiessão na sua fysioriomia, pois que esta nada indica dos sentimentos que manifestam suas acções. O sou traje está no mesmo caso que o do Sr. Scanna-vino.

Andalla, valido de Munusa, (o Sr. f^iclori-no) fez uma parteaecundaria, que desempenhou soífrívelmenle.

A musica desta Dança, apezar de ser boa, e' cnmtudo assaz conhecida. Os bailados, o do l.°,octo ebonite e engraçado, mas de bom grado dispensaríamos a allegona de Viva Ormesindà por não ser usado naquella epocha , nem corn aquelles caracteres. O do 3." acto nada tem de bello, se não o Pas-de-deux de Mitdemoisel-Ic Clara c de 'l/r. Tficodore, peça esta.digna-mente executada, e sentimos faltarem-nos expressões para elogiar , como cumpic, o mérito destes dons tirlistas, mas o Publico apreciador do seu tnlpnto os indemnisa dianiirnente (principalmente: Mqdtmoisclle Claia) com repelidos applausos, da falta que a nossa insuficiência nos faz commelter. A pyrica é d.is muis insignificantes, que temos vislo. Os finaes do 3.°, e 4.° actos são muitos e bem executados; alhdiii-tinctamentc vimos, a nobiesa D valor H espanhol unidos ao desejo de recobrar a Liberdade. Aescalnda da ponte no 5.° acto-e obra prima, e só temos a dizer que o êxito e' muito feliz, por ser &te"inverÒ!>im.il, estando o inimigo apercebido, escalar um ponto.sem nenhum dos assaltantes ser morto.

As scenas são todas novas. As^do 1.°, 4.°, e 5.° acto são lindas, e-cstão mui bem pintadas. As do 2.° está perfeitamente executada; mas sendo alguma cousa escura, brilha muito pouco. A do 3.° não deixando de ser beíln, não e admirável.

Desejaríamos que a Empreza, que bem mos-'Ira não se poupar adcspeza alguma para agradar aos espectadores, attendesse mais á admissão de vestuários apropriados á epocha em que se figuram os factos, pois nesta dança, á excepção de Pelayo, suas tropas, e os Mouros, todos os mais vem fora de caracter.

Resta-nos tributar ao Sr. filia os elogios de que é merecedor pelo seu bom goito e engenho. Com tudo apesar desta dança ser muito boa, nós lhes preferimos a Conquista de Mnlacn, posto que o seu contexto esteja toda fora da historia, não só pela execução, e lindíssima

musica, como por nos recordar as grandes acções que deram renome aos nossos antepassados, e cobriram de gloria a nossa Pátria. '

SERVIÇO DE MARINHA.

Registo do Porto, 21 de Dezembro delQ37.

EMBARCAÇÕES S.tFIIDAS.

GALERA Dinarnarqueza = Louise Sopliie = Cap.HenseisaBoquil, para o Rio de Janeiro com sal , e l passag.

Brigue Portugue/ = Esperto = Cap. João António Vieira, para Pernambuco com géneros do Paiz, e l passag.

Brigue Hamburguez=JohannCaesar = Cap. A. Nasdycke, para o Rio de Janeiro com'sal.

Patacho Portuguez = Activo = Cap. Jacinto Herrnano de Freitas, para a Figueira em lastro , e 2 passag.

Escuna, Franceza =: La Belle Portugaise = Cap. A.Coneffe', para Nantes com géneros do Paiz , e l passag.

Hiate Portugue?- =AIIiança= Mestre'Ger-vazio Ferreira de Leão, para Trieste coru as» àucar, e caffe'.

liiate-Portuguez = Santa Cruz e Conceicâo= Mestre António de Almeida, para S. Martinho com encommendas.

Barco Portuguez = Restaurador = Mestre João de Sousa, para Setúbal com encommendas.

Cahique Portuguez = Veleriana = Mestre Manoel Fernandes, para Larache em lastro, e l passag.

Chalupa lngleza=Windrush=Cap. J. Main, para Bristol com fructa.

N. B. Neste dia não entrou Embarcação alguma.

Quartel do Cominando do Registo do Porto, na Torre de Belém , 21 de Dezembro de 1837. = Leotte, Capitão Tenente, e Commandante.

AVISO.

PELA Administração Geral dos" Correios se faz publico, que sahirá a 27 do corrente para a Ilha de S. Miguel o Brigue-escuna Eu* genia.

. As cartas serão lançadas ate' á meia noite do dia antecedente.

AJfNUííCIOS.

l "Peto Juizo do Tribunal Commcrcial de 1." Tiulancia, JT Escrivão o Sr. Pires, tracla de ee habilitar D. Geno-vefn Rosa de Oliveira, viuva de Francisco António de Oliveira , natural rlti Foz do Douro, Comarca do Porto, iinica ^ c universal herdeira de seu QJho António Joaquim de Oliveira, Piloto da Barca = Zéfiro = fallecido ab inteslalo, em Qui-linmnc, a bem ile receber B hcranç.i do dito fallecido seu fi-Hio, que se ncha noThesonro Nacional; o que se faz publico por meio do presente nnnuucio, a Hm de quem se considarar com direito á supradita herança o venha deduzir ao dito Cartono ; pena de se passar ú nnniincionte o respectivo Precatório de entresra elo.

PKLO Juízo de Paz ila Freguczia de S. Josá-s.e convocam 09 credores á herança do fal-lecido Albino António de Moraes c Castro; devendo apresentan seus titulos legues perante o Conselho, de familia, no dia Si do corrente, pelas 4 horas dn tarde, na rua direita do Salitre n." 304.

IUKVINI: o Publico António José Vieirn da Silva, que JL não conlractc sobre os bens de José Gregorio Gomes de Leiros, por quanto contra elle tem ExecuçSo apparelhada pelo Juízo de Direito da 4.a Vara, Escriviio = Cordeiro.

Kcal Fabrica das Sidas, ao Ralo, se continuam o -L l manufacturar SêJas de todasas qualidades ; a saber, damascos,'gorgcrSet, selins, gros-de-naples, carjas, fazendas próprias para colletes, fitas para cintos, (alagaças , lenços, luvas, meinB, ele.; assim como gallues de ouro e prata de to» dos os padrões; opromptam-se igualmente encommendas de todos oa referidos tecidos, e de çalISes de ouro e praia, e se faz o abatimento de dez por cento , pelo prompto pagamento, quando as compras excedam a cem mil r(5is; em outro armazém na rua do Capellistns n." 101 o 102, ee vendem também fazendas de seda de todas as qualidades, pelos mesmos

preços dasfabrica. ______ •

rjk "PABA. n Ilha de S. Thiajo de Cabo Verde deve 5 J?íí|\\. -T fahir ;io dia 31 do corrcnle, a Escuna = AI->«§:3í bácora = N °3 , CapiUlo Joaquim TheoQlo da Cos» ta : quem perU-nder ir de passagem, ou carregar na mesma, dinja-se ao Escriptono da Companhia de Pescarias Lisbonen-8C, no edifício do Paço de Madeira, ou aoCapitilo na Praça.

LisiLÃi) que se ha de fazer em casa de Mademoi-selle De MA1SONNEUVE para liquidar, no Sabbado próximo 83 do corrente rnez de Dezembro,

__ nn rim do Outeiro n.° 'J, pelas onze horas da ma.

nhã, de innn partida de louça fina de Fiança, espelhos com molduras, vinho de Champanha, um pianno, e outros arti. gos francezes. _______________________

THE ATRO N. DA RUA DOS CONDES.

DOMINGO 24 de Dezembro de 1837. = Hen« rique 3.°, e a sua Còrte = grande Drama histórico em 5 actos. — Uma Fidalga na Corte de Nnpnleão= Drama em l acto. = O Padrinho = Farça em l Acto. Principiará ás7horas.

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