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rer que e aYim/a/, /nfaíYíYe/rnénte resta, saber o mo-•do de contar o armo; em quanto essas duas cousas ^senão decidirem, não e' possível, sem atropeílar escandalosamente a lógica, sem mostrar medo dos princípios , entrar em nenhuma outra questão. Não direi agora , porque não quero exceder os limites da •ordem em que íallo, o modo porque entendo que o •armo pôde ser contado: só peço a V. Ex.a que mantenha e contenha a questão nestes dous pontos: se -a presidência é annual, e qual é a maneira de contar o anno da sua duração.

~ O Sr. Aguiar:— Respeito muito o meu amigo, •o Sr. Azevedo, mas não posso accomodar-me á ordem que elle queria dar a esta discussão^ E impossível deixar de tomar uma resolução sobre a duração xda presidência; e depois e'preciso tractar a questão, se se deve comprehender n'um anno o antecedente, como na hypothese de que se tracta. Quanto ao mais já."fui prevenido no que tinha a dizer.

O Sr. Presidente: — Vou pôr á votação a Proposta do Sr. José' Estevão. Parece-me que estamos em numero, na conformidade da resolução tomada no anno passado. ( /ípoiados)>

i -O Sr. J. JVJ, Grande: — Parece=me que não e' ,por essa Proposta 'que se deve começar: a Gamara já decidiu que a presidência e' annual, e ainda não revogou essa decisão ; a Camará não deve por tanto tomar uma segunda decisão sobre objecto em que já se pronunciou. Devesse pois passar a votar sobre a primeira Proposta, apresentada pelo Sr. Deputado peio Porto. ' .

O Sr. Presidente:-^Isso não pôde ter logar, Io» go que a Gamara admittiu a Proposta do Sr. José Estevão á discussão.

O Sr. J. M. Grande: — Mas ha outras Propôs-tas feitas antes dessa, e que têem por tanto-o direito da prioridade. A Camará deve ser lógica; não deve tomar uma decisão, que e, pelo menos, inútil, por isso que ainda não revogou a sua primeira resolução. , ,. -

O Sr. José Estevão:— Maravilho-níe de que o illustré Deputado, de cuja lógica temos recebido tantos testemunhos, fallando sobre a ordem, reproduzisse o único argumento que apresentaram os Ora* dores que fallararn contra a minha moção; mas ré-produziu-o fora de logar.

. Sr. Presidente, as Camarás não faliam todas; quem faz as resoluções não são os discursos dos Deputados, são ôâ votos de todos elles; se o illu.stre Deputado quer apresentar um methodo novo de cons* tatar as resoluções d'uma Camará, fazendo que toda a Camará repita o mesmo discurso que elle agora apresentou, estou satisfeito5 escusamos de votar; em vez de uma votação, teremos um discurso repetido por 80 e tantas bocas; e uma cousa nova, mas é melhor. Se a Camará toda está inclinada porque a presidência'seja annual, então deite-se a Gamara de todo: o que eu quero e' que essa resolução fique constatada.

O illustre Deputado disse que a Gamara já-to-movx vima resolução; qual Camatal Acvedita o SY, Deputado em boa fé que seja prudente da parte de um Deputado da Opposição confiar nos protestos que esta Gamara faz de seguir fielmente todos os precedentes de quantas tem havido em Portugal, quando esta mesma Camará apresenta, sempre que pôde, a convicção dos seus poderes arbitrários e de VOL. 1.°—JANEIRO"—1843.

que-desconhece iodos os precedentes ? Se;a rescíuçaè fosse desta Câmara, calar-merhia ;-mas ella e' de outra que já lá vai. Assim, Sr. Presidente, a Proposta em discussão era esta; ás outras estão na Mesa para se resolverem depois, mas não para agora. Essa pertenção pois do illustre Deputado é, contra os factos, contra a.ordem e contra o bòm.seilso: não se pôde votar nada depois disso.

O Sr. J. M. Grande:—Sr. Presidente, eu min* ca receio ennunciar n'esta Casa a minha opinião, •'é desde já'declaro, qire a minha o-pinião é, que a pi!e-sidencia deve sei annual; esta resolução já foi to* mada pela Camará, e eu não quero que se façam nem que se tornem tninca resoluções ociosas. (Uitm voz:—^-Foi no Parlamento de 1836)'. Ou fosse'este ou outro qualquer Parlamento1, é unra resolução tomada, que deve subsistir e respeitasse em quanto não fô.r revogada ; por consequência uma nova vo* tacão é uma ociosidade, e uma ociosidade que hão deve aqui ter logar: demais, Sr. Presidente , se á Proposta do illusire Deputado esteve em discassãoy em.discussão estiveram também as Propostas que n precederam, e por consequência é licito a qualquer Deputado chamar o direito de prioridade para qua!*t quer das Propostas que se discutiram; tanto mais, que a Camará não deve votar sobre uma cousa que já foi votada, e que ella, visto que a imo revoga, tacitamente 'confessa que a adinitfe : existe uma resolução; essa resolução não esíá revogada, não se deve por consequência votar novamente sobre isso ^ deve-se votar sobre-a primeira Proposta apresentada^ porque também já esteve era discussão.

O 'Sr* Mousinhv d'Albuquerque :—A Proposta do Sr. José Estevão é, para que a Camará decida —*• se a presidência ha de durar um ou quatro annos — a Camará admittiu esta Proposta á discussão, logo a Camará não decidiu ainda que não queria revogar a decisão tomada em 1836, e quando admittiu esta Proposta, estava na intenção de discutir se a Presidência devia ser annual ou quadriennal; logo é pré* ciso votar sobre a proposição* Nem se digax que a Camará não derrogou a decisão de 1836; é facto que não derrogou, mas pôz-se nas circumstancias de a derrogar, e é necessário que declare se derro» ga oia não derroga, porque está em discussão, se elia ha de ser ou não derrogada. Por consequência a proposição do Sr. José Es_tevão já não pôde sahir da discussão senão por uma votação formal e solem* ne. (Apoiados).

O Sr. Presidente : —* Devo prevenir que essa era á minha intenção; se se não tivess.e fallado tanto por um receio que ha de que eu não cumpra o meu dever, já isso estava decidido.

O Sr. Mousinho d'Jlhuquerquei-^ Não é por eu duvidar do que V. Ex.a ha de fazer que tomei a palavra; mas porque não posso deixar de expender o roeu pensar para combater uma idéa, quando tenho a convicção de que é falsa.

Posta a votos, a Proposta do Sr. José Estevão, decidiu-se que a presidência fosse annual.

O Sr. Almtidu. Garrei;—Depois da resolução que se acaba de tomar, parece-me que a Gamara não pôde passar a outra questão se não àquella de examinar•—qual é o modo de contar o anno: e n'este espirito mando para a Mesa uma Proposta em que digo