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foi— que estas palavras me auctorisavarn a ppder empregar o mesmo adverbio a respeito, das Propôs» Ias dos nobres Deputados. Ora, Sr. Presidente, se eu por esle fundamento mereço ser chamado á ordem , então o nobre Deputado mostraria ser mais juslo se tivesse chamado primeiro á ordem o seu amigo: entretanto, Sr. Presidente, eu estou persuadido que o Sr. Garrelt não teve em vista offen-der ninguém deste lado; são palavras que escapam na discussão., e elle de certo se ha de explicar de uma maneira muito vantajosa corno costuma-, pó» rern eu não fiz mais de que retribuir áquelle lado da Camará do mesmo modo como elle. nos tinha íraclado.

O St. Silva Cabral:—Eu reslringir-me-hei áor-dem propriamente dita, e não divagarei cotno parece que tem feito alguns illustres Deputados. O illustre Deputado que acabou de fallar disse—-que V. Ex.a não podia propor o adiamento por isso mesmo que eslava terminada a discussão; e com tudo V. Ex.a propoz o adiamento, e a Camará admittiu-o : desde este momento não podia de ma-m\^ ^X\v\m vm V&sm\ ornado* no Regimento, tra,ctar-se de outra questão.

Mas eu não pedi a.palavra sobre este ponto, pedi-a sobre outro, e foi quando o Sr. Mousinho fal-

Jou sobre a incompetência do adiíimen Io ; e então

eu pedi a palavra para ler o Art. 83 do Regimento, que diz. (Leu).

Ora, S. Ex.a deve noiar, que mesmo sobre a ide'a que aqui se apresentou de pospor uma questão á outra, está providenciado no Regimento o meio próprio de se fazer, c o meio próprio e' justamente o adiamento: logo hão ha incompetência nenhuma na proposição de adiamento ; pelo contrario elle foi cottipetentemeníe proposto , e não pôde deixar de ser decidido pela Camará. (Apoiados).

O Sr. José Estevão: — Sr. Presidente, nestes esforços, nesta discussão prolixa de Regimento bem se, vê que havia um certo padecimento que a Câmara não podia pronunciar; mas felizmente o illustre Deputado por Vizeu veio caracterisar a moléstia, e annunciar o perigo em que se achava o doente; com efPeito a discussão acabou por onde devia começar, a Camará declarou a dor que a incommoda, e era bom qne ella dissesse francamente que não eslava preparada para sair desta-questão. Sr. Presidente, o que quer dizer toda esta discussão é, que a Maioria foi tomada cl'improviso neste assumpto, e que precisa de conselho ; pois se a Maioria precisa de conselho, diga francamente, a necessidade em qne se acha, que nós certamente esperaremos que haja alguma reunião na Administração Geral !. . .

Sr, Presidente, nestas campanhas de Parlamento ha certas ordens de táctica e ha Generaes, que meditando sobre os mappas, formam um plano de campanha , o qual ordinariamente se transtorna quando ..ha eventualidades; mas enlão é indispensável no exercito parlamentar haver alguém que tenha olho de General, a culpa não é nossa !.. .

Sr. Presidente, o que ha em tudo isto é uma ty-rannia insupportavel, porque ha um Regimento particular, mn Regimento priviligiado para a Direita da Camará; as Propostas da Direita da Camará passam por uma fieira; as Propostas da Opposição são sujeitas a tramites muito differentes; quando nós propomos um assumpto, executam-se rigorosamente todos

os preceitos do Regimento; e quando qualquer Pró* posta nossa se tivesse discutido duas horas, e alguém da Maioria se lembrasse de que elia não tinha passado pelo tramite sacramental de seradmittida á discussão , cessava immeciatamente a discussão, e ficava sem resultado a que tivesse havido; mas para .as Propostas que vêem da Maioria não é preciso nada disto; essas são votadas quer sejam admUtidas á discussão quer não; basta que o Sr. Presidente as

tolere em cima da Mesa!-----A discussão tinha

acabado porque ninguém,estava inscripto; diz o Regimento—que o adiamento só pôde ser proposto durante a discussão —, a discussão tinha acabado, e entretanto admittiu-se o adiamento !. . .. Mas, Sr. Presidente, tem sido tal o apuro da Maioria nesta questão, que um dos seus Oradores, creio que o Sr. Ministro do Reino, ousou converter o enuun* ciado do Sr. Presidente n'uma Moção regular como qualquer outra, e a essa Moção exigiu S. Ex.a que se lhe desse o privilegio de prioridade! ;. . De modo que qjiando, o Sr. Presidente falia, é o mesmo que se nós propozessemos ; um seu ennunciado é o mesmo c^ue uma Mocjío de c^ualo^uer Debutado !•• •* O Sr. Ministro disse: «pois se esta Moção não tinha sido admittida á discussão, se não se pôde votar sobre ella5 proponha-se á votação a que V. Ex.a fez gué foi a.primeira, e é substancia] » : pois V. Ex.a-faz Moções dessa cadeira? V. Ex.a fallou , e eu estranho, q.ue á face do Regimento um homem que tem pratica deste Systerna chame Moção a um. ennunciado do Sr. Presidente!... Sr. Presidente, um Sr. Deputado deste lado da Camará disse que se tinha interrompido a discussão mettendo assumptos que nella não estavam, subrepticiamente; a frase é appropriada, mas a reconvenção é que é injusta e inappropriada-, a Opposição pôde apresentar as preterições, que julga convenientes, na tela parlamentar, e ennuncia-las como entender, a este trabalho não.se pôde chamar subrepticio, é uma táctica parlamentar; mas o que é uma táctica inaudita, o que é uma infracção do Regimento é interromper urna discussão pela maneira por que esta o foi: nós fazendo u na a Moção, quaesquer que sejam os seus fins ulteriores, estamos no nosso direito ; mas depois dessa Moção discutida, não a votar, é uma infracção do Regimento.

Ha um facto característico nesta discussão que denuncia bem qual é o estado da Maioria a respeito delia. Disse-se ao principio, que a questão da presidência não se podia decidir senão resolvendo primeiro, se a Sessão que passou era Sessão Ordinária ou Extraordinária, e dava-se esta questão por tão fácil, que se queria discutir corno questão preliminar!... Agora o Sr. Ministro do Reino diz—»a questão da presidência só em si tem pouca importância, mas tem-a toda por estar ligada com a da qualificação da Sessão » — qual é pois a questão clif-ficil, a da presidência ou a da qualificação do Parlamento? São todas difficeis para quem não está disposto para as resolver..;..