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ditar: faça-o muiio embora. É conveniente para o andamento deste Systema que depois de feitas as cousas, não se venha aqui pedir mil escusas: visto que esláo nessas circumstancias, é licito dar logar á meditação; mas será também licito, depois de limas poucas de questões estarem em discussão, pedir que se adie uma e resolva outra ?! Não; este é o meio subiépticio de prejudicar as votações da Camará e falsear os esforços dos diversos lados do Parlamento. Propuz pois que se adiassem todas as questões ; porém não o propuz, por que entenda se de» vem adiar, pois em verdade julgo que nenhuma sé deve adiar; mas adiada ama proponho que se adiem todas: vo.to. contra o adiamento, entendo que o adiamento não é conveniente; mas entendo.também que para destruir essa inconveniência, e a injustiça delia, é preciso que. adiada uma se adiem todas, visto que a questão é uma só. Por consequência ponho o caso nesta franqueza que é realmente pequena: parece-me que não haverá inconveniente em se adiar'a questão, que é impossível deixar de se adiar; porém que a justiça, a lógica, a razão , os precedentes, a decência, tudo exigia que a JMaioria se. pronunciasse sobre o assumpto, que não quizesse falsear todas .as -regras parlamentares, e que se discutisse uma questão que está discutida, acabada, terminada, e da qual se não adia senão a votação, somente ^a votação, esta é a verdade. Por consequência que é adiar uma votação?... Certamente não é adiar para convencer, porque acaba a discussão, não a ha, não existe; adiamento sobre votação não sei o que é; tem qualificações que não se podem dar aqui, que não direi, que sinto muito ver-me na necessidade talvez.de retardar.» ..

O Sr. Dias d'yízevedò: — Estou verdadeiramente espantado, não posso deixar de pedir á Camará que rne desculpe, .que hei de fazer todos os esforços para me restringir. Eu não hei-de modo algum redarguir a um amigo a quem pre'i?o muitíssimo , e a quem respeito por todos os titu.los, o illustre Deputado pelòFayal (creio eu) quando fallando sobre esta questão do adiamento declarando que elle não tinha logar, disse que se espantava de que se apre-, sentasse uma questão que por modo nenhum poderia ser trazida a esta Camará, e que não podia mesmo ser proposta por V. Ex.a? Não quero negar, antes confesso os profundos conhecimentos que S. Ex.a tem da táctica parlamentar, e de todas as. miudezas do Regimento; mas permitta-me S. Ex,a que lhe note o muito contradictorio que está comsigo mesmo nesla questão; S. Ex.a nesta occa-sião não foi feliz, e foi -este em verdade .um dos jnornenlos raros, eni que S. Ex.a perdeji a luz claríssima, que sempre tem em todas as questões .em í^íi& j?j?ifs. S, JELy.a ≺£\?#jvts?a & A f i. &3 tis? íl&g}* mento, e não viu que elle se refere ao Àrt, 38; e que diz este Artigo ? Que a discussão está fechada, quando? Eu leio (leu), e creio que na verdade o -illustre Deputado pelo Fayal.lem estado fascinado com uma fantasmagoria cr.eada por S. Ex.a, equan-to per(ende fazer recahir de desairoso sob.re a Maioria j não pôde deixar de recahir sobre S; Ex.% e sobre aquelle lado da Camará ; que diz o Artigo? (Leu} u não havendo-mais q.uem f aliasse. ji.Eu queria fallar, não se me deu mais a /palavra. Estava fechada a.discussão? De ,que modo? Á discussão não estava fechada por não.se ier cumprido a ;dis-.

posição do Art. 38, por consequência estava no meu direito propondoL, como propuz, o adiamento em tempo.; e então não tem logar de modo algum o que disse S. Ex.a o illustre Deputado pelo Fayal.

Não tem logar este adiamento, porque não e possível! Pois os Srs. Deputados dizem que a questão sé gravíssima, que involve questões de muita, monta, da maior Jmporiancia , e estava suficientemente esclarecida sendo, presentada d'improyiso, e tendo nós, com a sua resolução, de entrar em outras de ;grande transcendência e importância 7! Em verdade isto admira? Hoje os Srs. Deputados estão muito elucidados de tudo, em outras occa-siões as cousas mais simples adiam-se, porque SS. SS. não estão elucidados, e assim fazem protelar grande parte de questões trazidas a esta Casa. Eu, Sr. Presidente, que também hei de ser Opposição algumas vezes, porque hei de sempre votar como entender, sem receber inspirações, e hei de àppro-var ou rejeitar quando for da mirha convicção fa-ze-lo, declaro a V. Ex.% e á Camará que não recebi essas inspirações para o caso presente , nem sei que se recebessem neste lado. Agora, Sr. Presidente, o que é verdade e' que a discussão não estava fechada quando eti propuz o meu adiamento, e a primeira cousa que V. Ex.a tem a perguntar á Camará, e que eu requeiro, e' se a discussão estava fechada quando eu fiz essa Proposta.

O Sr. Presidente: — O requerimento do Sr. Deputado dirige-se a terminar a questão, e ella já, teria terminado se me tivesse sido permittido fazer essa Proposta ; entretanto não quero pôr embaraço algum, ou limite ás discussões; por isso mesmo que de ta! objecto se tracta ; mas o modo de terminar esta questão e'aquelle que apontou o Sr. Dias d'Azevedq, e é perguntar-se á Camará se entende que ella poderá ainda parlattientarmente occupar-se da questão do adiamento; isto e, se a discussão sobre a Proposta do Sr. Garrett estava fechada , e a Proposta com effeito posta já á votação. Da minha parte devo informar a Camará que não havia mais Orador nenhum inscripto, mas eu nem perguntei se a matéria estava discutida como determi-na o Regimento, nem disse que h ia pôr a Proposta á votação; dirigi-me ao seu auctor, pedindo-lhe a explicação das palavras =zou como —que por tal generalidade não fixavam uma Proposta que deve ser clara, e deduzida das Moções dos Srs. Deputados, porém a de que se tracta, nem estabelece alternativa determinada, nem esta appareceu no discurso dos Oradores; por tanto mal a podia estabelecer o Presidente (apoiados;) mas foi nesta occasião que vários Srs. Deputados começaram a pj?&? J) pal&vra svbre a ardem.

O Sr. Almeida Garrett: — Ponha V. Ex.a á Camará as questões que qiiizer, mas peco-lhe em nome das conveniências tod^s públicas, que me dê a palavra sobre a ordem desta questão.