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co PorVo, em cujas assembleas eleiioraes, eu ainda não di.*se que deixasse de haver liberdade jeal, oà appan-nte; rcesmo dentro do Porto, corno já ,na prh-meira v n, ente a falta dtj liberdade, porque só apenas ha três íisseu>ble'as, dentru das quaos efectivamente- existiu t-sse terror, e. é nessas quo entendo q.ue não ht»> ve-aquel!a plena liberdade para votar , e foi éster o sentido em que escrevi a emenda que mandei para a Mesa: feita pois a diminuição, parece-me que fica atienuado o argumento do 111 ustre Deputado emquarç-. to assevera que foram 10:996 os habitantes do Circulo do Porto que concorreram á urna, ccwno na verdade foram, c;as naquellas assembléas em que osci* dadãos deixaram de comparecer pela razão que acabo de dizer, e certamente muitíssimo pequeno o numero em comparação.

O outro argumento, a que o illustre Deputado recorreu , pnrece-me mais um rasgo da sua eloquência, de que oííectivãmente uma realidade; disse a. illustre Deputado. Pois os habitantes do Porto que em suas trincheiras durante o memorando cesro resistiram ás falanges inimigas, e a oitenta mil baionetas, como seria possiveí que esses homens fossem tocados do medo e do terror? E' verdade, Sr. Presidente, que o cerco do Porto é um dos episódios da nossa historia o mais honroso para aquella Cidade: mas que paridade tem O cerco do. Porto, Sr. Presidente, com as circunstancias das eleições? N'aquella occasiào entre a vida e a morte não bavia meio ; era necessário arnscar a vida por todos os meios para evitar a morta : e por issn todos os habitantes capazes de pegar em armas tinham necessidade de comparecer nas suas trincheiras para d'a!i defenderem a sua própria vida, de suas «'«posas, de SPUS "filhos, a sua dignidade e a própria salvação da Pátria; que foi o baluarte da liberdade, e uma verdade: mas que risco correriam os habitantes do Porto, deixando do comparecer á urna? O único risco era perderem o seu voto; d'ahi não resultava outra consequência; parece-me, Sr. Presidente, qu« não tem relação alguma aquillo que acabo dp refeiir, relativamente ao risco que corriam os habitantes do Porto, ou que deviam necessaria-wnte correr quando se trac-tava da defensa da sua própria vida. Quanto aos factos, Sr. Presidente, para, que hei de eu estar a repeti-los n'esta casa? Sào gt-ra!r, íMile subidos pnra que enfade está Assemble'a cem olJt-s que poder:; trazer-lhe á lembrança recorda-çõr-s dolorosa*; mas em fim sempre tocarei uma cir-cumstancsa ; e vem a ser; um corpo de homens que tinha sido creado para fiscalisar as barreiras do Porto na entrada do vinho para a cidade, toinou a seu cargo tatubeui cuidar que as portas das Igrejas eram bas reiias, e as listas dos votantes nas eircumstancias das pipas de vinho ; om tempo competente noa entraremos sobre este objecto

De resto as actas do Porto ahi estão; e n'el!as se •encontram os mesmos defeitos que são commúns a muitos outros. Fui notado, Sr. Presidente, de ter terminado o meu primeiro discurso com urna sentença ds uui homem celebre dos tempos modernos; e vou incorrer agora na mesma censura, terminando este meu pequeno discurso com uma sentença de um homem celebre dos lernpos remotos; este homem é Se-neca— Qui vetai pcccare, cum puss.it, jubet.-—Voto portanto contra o parecer da Commissâo,

O Sr. Ávila: —Sr. Presidente, os meus illustrpa amigo.s têern esgotado a matéria, e eu teria de bom grado cedido da faculdade de fallar segunda vês sobre este assumpto, se não julgasse do meu dever o iaipugnar as razões, com que foratr. combatidos por •aJguns de meua nobres collegaâ os argumentos, que espmvdi na. sessão de Sabbado. Estes argumentos fir-rnaiido-se^eno factos,, q-«e constam das actas, e documentos:, que as a cora p an h a ir» , merecem' ai tenção ; nem devo consentir, que po< um só instante se duvide de sua veracidade.. O-meu estado de saúde não me permitia que abuse por muito letnpo da atenção da Camará: rogo pois aos meus nobres Coílegas se dignem honrar-aie com toJa a sua benevolência.

Quando eu pedi a palavra, faliava o illustre Deputado por Aveiro, e dirigia contra mim toda a força dos seus. raciocínios: ao Orador seguirarn-se outros, que maisou menos tentaram destruir os meus .argumentos. Eu deveria pois responder aos nobres Deputados na ordem , em que me combateram: po-réai julgo dever fazer uma excepção a favor do Sr. Presidente da Co m missão, visto ter-me este no seu discurso de hontecn referido expressões, que não pronunciei, e que, se tivesse emittido, muito feririam o melindre da Commissâo.

Sinto que o Orador não esteja presente, pore'rri nem por isso isso entendo que devo suspender a minha explicação, assim porque esta diz respeito a toda a Commi.ssão, quatro dos Membros da qual oc-cupam as suas.cadeiras; como porque é esta a ulti-* ma vez, que tenho direito de fallar sobre este objecto»

O illustre Deputado queixou-se de que eu imputara á Commissâo o haver dissimulado documentos, e pediu que lhe desse uma explicação desta frase: respondo , que não foram essas as expressões de que me servi : que o que eu sustentei foi que a Commissâo havia exaggerado as irregularidades, que encontrara nas eleições de alguns Círculos, e dissimulara o valor dos documentos , que as attenuavam , e mesmo em alguns casos destruíam completameníe. Esta frase, que tem um sentido tnui diverso do que o Orador me refere, exprime um facto, que foi perfeitamente demonstrado, não só pelo exame, que eu e os meus illusíres Coílegas fizemos das actas de todos os Círculos do Reino , pore'm ate pela mesma confissão da Commissâo. Não foi todavia o meu intento dirigir-lhe por esía causa a menor expressão de censura: respeito muito os seus Membros, e sou intimo amigo d'algum delles.

Kesponderei agora aos outros illustres Oradores.

O Sr. Deputado por Aveiro (J..Estevão) começou o seu discurso dizendo, que se achava humilhado perante os Deputados, que haviam impugnado o Parecer j que se arrependia de o haver assignadoj que se admirava de ter podido sacrificar os dictames da justiça ás suggestoes d'uma política ruinosa j qu& era a primeira vez, que, isto lhe havia acontecido r e que para completar a mia conversão nada mais era necessário do que conveiicer-se de que os seus adversários eram, fieis aos pr incipios, que tanto alardeavam: que para este fim ia analyzar os seus discursos, e se nelles encontrasse aquelles dictames de justiça, que tanto haviam aconselhado á Commissâo, seria o primeiro a arredar-se delia, e a alistar-se nas bandeiras dos que a combaliam.