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foi consultada a Commissão de Fazenda, e que esta tendo ainda hoje duvidas, quer que seja ouvida a Commissão de Marinha, porém julgo que este negocio deve ser regulado simplesmente entre as Commissôes, sem que haja volação da Camara. As Leis para a fixação da força tanto de terra como de mar, sâo sempre em harmonia com a quantia designada no Orçamento; islo é, os Ministros propõem no Orçamento uma quantia, e nas Leis propõem onumero de homens que está em relação com essa quantia : por consequência como estou certo que a Proposta feita pelo Governo para a fixação da força de mar não altera a quantia proposta no Orçamento, pare-cia-ine que o negocio se devia decidir ordinariamente pela Commissão a quem compete, ou por ambas as Commissôes, e depois apresentar-se na Camara um Parecer regular, como é coslume, sem que haja agora discussão sobre este negocio.
O Sr. Secretario Sá Vargas: — Não é essa a hy-pothese. A Commissão de Marinha é que se não^ conforma com a Proposta, do Governo, e quer ampliar a força de mar além daquella que o Governo propoz. A Commissão de Marinha considera que a força marítima proposta pelo Governo é inferior á que cumpre ordinariamente manter para estreitarias communicações com as nossas Possessões Ultramarinas, para protecção ao commercio, e para manter em geral o respeilo á Bandeira Porlugueza; mas a Commissão de Marinha não se deliberou a fixar a força maritima conforme julgava que era necessário, sem que fosse ouvida a Commissão de Fazenda, em consequência do apuro e falta de recursos do The-souso.
O Sr. Presidente:—A Commissão de Fazenda
interpondo o seil parecer, diz, que a Commissão de Marinha se deve regular pelo Orçamento da. despeza; compete agora á Commissão de Marinha dar o seu Parecer sobre a Proposla do Governo, respectiva á fixação da força de mar; é para isso exactamente que a Commissão de Fazenda apresentou o seu Parecer.
O Sr. Oliveira Borges: — V. Ex.* prevenia-me perfeilissimamente no que eu linha a dizer. A Commissão de Fazenda nâo competia fixar a força de mar. A Commissão de Marinha enviou á Commissão de Fazenda esla Proposta, na supposição de que o Thesouro não tinha os recursos necessários para augmentar a força designada na mesma Proposta, e lendo a Commissão de Fazenda apresentado já a cifra da despeza respectiva, pareceu-lhe que a única cousa que tinha a fazer, era devolver oulra vez á Commissão de Marinha, a mesma Proposta, a fim de que ella apresente o seu Parecer em harmonia com a cifra proposla pela Commissão de Fazenda.
O Sr. Presidente: — Não ha mais ninguém inscripto; vai-se propor o Parecer á votação.
Foi ápprovado o Parecer.
O Sr. Presidente:—Vai remettido á Commissão de Marinha, e convido a Commissão a dar o seu Parecer quanto antes, por isso mesmo que afixação da força de mar anda sempre a par da de lerra, e a de lerra já está votada ha muilo tempo. A Ordem do Dia para amanhã são trabalhos de Coinrnissões. Está levantada a Sessão. — Eram quatro horas eum quarto da larde.
O Redactor,