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Sr.; mas ao que elle disse tenho eu ainda a accres-centar que o Sr. João Victorino, bera conhecido pela maior parte desta Assemble'a, não só não era capaz de semelhante baixeza, mas até se achava a esse tempo ausente em distancia demais de três tegoas de Vizeu nas Caldas chamadas de Valle de Madeiros. Disse também que a Mesa em seus trabalhos tivera em vista fazer Deputados homens do seu partido. Por minha parte rejeito a idea da expressão no sentido ern que me parece, que elle a proferiu ; declarando que o meu único partido, como Deputado, seráaquelíe que medictar aminharasâo, e a minha consciência.

Do que tenho dito parece-me poder concluir que a eleição de Vizeu não e' tão defeituosa, como se tem affirmado, ao menos por minha parte, único que sou incluído no Parecer da Com missão; cumprindo-me declarar que, para eu dever ser proclamado Deputado, não era preciso que deixassem de contar-se os votos das três actas, de que tenho fal-lado ; mas bastava que se não contassem os de uma só, se e' certo que o numero que continham é aquel-le, que referiu o illustre Deputado por Vizeu.

Segundo o exemplo, que este me deu, eu farei lambem urna confissão igual, á que elle fez, mas em sentido contrario: S. S.a disse que tinha trabalhado quanto pôde com todas as suas forças para a eleição de Viz-cii ; eu, Sr. Presidente, se isto é virtude, confesso que comettí um grande peccado, porque nada trabalhei, excepto pedindo a alguns de meus amigos, que tirassem o meu nome das suas listas, e daquellas, que passassem, e o substituíssem pelo nome de pessoa, por cuja eleição eu me interessava. Em Vizeu, em outros Concelhos do mesmo Circulo , e principalmente no meu exis-

tem pessoas de caracter, que poderão attesta-lo.

O mesmo Sr. Deputado, forcejando quanto pode em seu discurso por ver se podia fazer-me perder esta cadeira, mostrou ao mesmo tempo algum sentimento, porque eu tivesse de perde-la, desvelo este que muito lhe agradeço. Estou persuadido que a não perderei, porque penso que esta Assemble'a não será levada a dar uma decisão, que eu acho demasiadamente injusta; mas, quando a dê, eu peco ao Sr. Deputado que não seafílija, protestando-lhe, que me ha dever sahir desta Sala com tanta, ou mais serenidade de animo, e com tanta, ou mais presença d'espirito, do que nella entrei a primeira vez. (Apoiados).

O Sr. Monit,; —Sr. Presidente, eu pedi a palavra a V. Ex.a sobre a ordem para rogar á Com-missão de Poderes, que quizesse dar quanto antes o seu Parecer sobfe uma Representação d*alguns cidadãos da Madeira, que aqui foi apresentada pelo Sr. M. A. de Vasconcellos, a fim de que a eleição deste Circulo possa ser votada conjunctamente com as outras, e não fique dependente desse Parecer.

O Sr. Fonseca Magalhães:—Sr. Presidente, a Commissão teta muito gosto em satisfazer os desejos do Sr. Deputado, pore'm tenho a observar que esses papeis ainda lhe não foram remettidos, mas logo que o sejam , a Commissão será sollicita em apresentar o seu Parecer.

O Sr. Moniz: — Então pedia a V. Ex.a que mandasse para a Commissão ess.es papeis.

O Sr. Presidente:—Fica na lembrança dós Srs. Secretários b enviarem esses papeis para a Commissão. A hora está quasi a dar; a Ordem do dia para amanhã e' a mesma de hoje. Está levantada a Sessão. — Eram 4 horas da tarde.

N.° 4.

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1839.

Presidência do Sr. Bispo Conde.

.bértura— A meia hora depois do meio dia.

Chamada — Presentes 91 Srs. Deputados, faltando os Srs, Faria , César de Vasconcellos, Ávila, e Celestino.

Acta—- Approvada sem discussão.

Ordem do Dia — Continuação da discussão do Parecer da Commissão de Poderes.

O Sr. Presidente: — Vamos entrar na Ordem do dia ; antes disso porém julgo conveniente fazer uma observação. Nesta grande questão tem havido duas opiniões bem distinctas; uns Srs. querem que seap-prove o Parecer da Commissão tal e qual está no ultimo §, que se propôz á discussão; e os outros desejam que, á excepção que a Commissão fez de Braga, se accrescente mais alguma d'outros Círculos ; os Srs. que são desta segunda opinião tem fal-lado a meu ver com alguma variação ; e, para facilitar a votação, eu peço aos Srs. Deputados, qae faltarem neste ponto, tenham a bondade de terminar com precisão quaes são os Circules, que rep-provam, e destes quaes são aquelles, em que appro-vam se instaurem as primeiras eleições, ou quaes são aquelles, em que julgam se deve proceder a nova eleição. Creio que os Srs. Deputados, fazendo esta differençaj e exprimindo-se com precisão, e bastante

claresa, facilitar-me-não a proposição final, e evitemos talvez novas discussões sobre o modo de propor. (Apoiados).

O Sr. Ferrer : — Sr. Presidente , depois de tantos e tão brilhantes discursos que se tem proferido na importante questão, que nos occupa, ainda julgo do meu dever expor os fundamentos do meu voto, não só para que sejam conhecidos desta Camará, mas para que sejam conhecidos de meus Constituintes , e da Nação; pois que entendo que depois da decisão desta Camará, seja ella qualquer que for, ainda a opinião pública ha de proferir um juizo inexorável, juízo que eu respeito tanto, como a decisão desta Camará.

Sr. Presidente, eu também voto contra o Parecer da illustrada Commissão; e voto contra elle, porque considerando es>te Parecer em geral, combinando os princípios, que elle proclama com. o resultado final, ou com a sua conclusão, parece-me que elle é incontestável. Mostrarei depois que estes mesmos princípios consideráveis em si não são admissíveis , e procedendo por este modo, Sr. Presidente, chegarei a final ao methodo, que V. Ex.a acaba de propor, e distinguirei quaes são as eleições, que se devem annullar, e quaes são ãquellas, que devem ser restauradas. Sr. Presidente, eu não vou fazer amargas censuras á Commissão ; é a primeira ?ez5