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dito contra o Parecer da Commissâo; e preciso de dizer alguma cousa, mormente em desaggravo da rainha honra; é porem no momento, em que rne cabia a vez de fallar, que um amigo meu me quiz privar delia com o requerimento que fez. Sinto, e sinto amargamente, que me não deixem fallar , declarando á Camará que tenho necessidade de fallar , já na qualidade de Relator, já pessoalmente.

-O Sr. /. A. de Magalhães: — Sr. Presidente, um Sr. Deputado fez urn requeriaiento para que se julgue a matéria discutida ; o illustre Relator da Commissâo declara que tem precisão de fallar para desaggravar asua honra; ora eu entendo que senão deve negar a palavra ao Sr. Relator, mas não é justo que depois defallarem dous Oradores da mês* ma opinião, se não deixem fallar os que se lhe seguem de opinião contraria; e assim a minha opinião é que se ponha á votação o requerimento do Sr. Gorjão, porque não pôde deixar de ser votado, e se se vencer que não está discutida a matéria , então conceda-se a palavra, pela sua ordem, aquel-les que a tiverem.

O Sr. Leonel.' — Sr. Presidente, esta 'Assem-ble'a approvou provisoriamente o Regimento das Cortes Constituintes, e para os casos ommissos approvou o das Cortes de 1826. Ora no Regimento das Cortes Constituintes não se dá aos Relatores a palavra mais de duas vezes , porque não e expresso nelle, que os Relatores das Commissões tenham a pelavra mais dessas duas vezes, mas no Regimento das Cortes de 1326, lá es!.á o artigo 70 que diz, que os Relatores poderão ter a palavra até três vezes, e eu estou bem lejnbrado , de que o Sr. Relator daCommiâsão ainda não fallou senão uma vez, e por consequência tem o direito de fallar rnaisduas vezes, e os Srs, -Deputados que furam dá Camará de 183-1 lembram-se de que os Relatores d'entâo usavam desse direito , e que algumas vezes ainda elles queriam mais; e então como se ha de ne-x gar agora ao Relator da Commissâo, e de uma Commissâo de tanta importância, Commissâo, cujo parecer tem sido combatido, e deffendido com tantos, e taes argumentos? E' verdade que a Camará e o Público desejam anciosamente que este negocio se termine, e muito conveniente será que se termine hoje (apoiado) ; mas se todos os Srs. Deputados rne apoiam quando digo quee&te negocio deve acabar hoje, e se ouviram que o Relator da Commis* são disse que lhe era necessário fallar, corno e' pos-r sivel que se queira terminar -este negocio hoje sem o ouvir! Eu $ou d'opinião que se termine este ne* rgocio hoje, mas não sem ouvir o Relator da.Com--missão.

O Sr. José Eitevão: —.Esta questão tem agora alguma cousa de pessoal comigo. E* uma verdade •

O Sr. Gordão,*-—Eu pedi a palavra no segundo .dia da discussão, logo no principio da Sessão, e •tendo pedido o Sr. José Estevão péla segunda vez aim tanto depois, e não sabendo da transacção do direito de fallar feita entre o Sr. José Estevão, e

o Sr. Rodrigo da Fonseca Magalhães, foi sem riio-tivo que S. Ex.a suppoz mal da occasião, em que fiz o meu requerimento. Em quanto á transacção quê se perteade, sou do mesmo modo de pensar do Sr». Joaquim António de Magalhães; com tudo desejo que se faça agora esta excepção, porque muito desejo ouvir o illustre Relator da Commissâo; ma» em todo o caso peço que o meu requerimento seja posto á votação (apoiado).

O Sr. f^ascancellos Pereira: —'•Perguntarei se a justiça julga alguém seraserouvido l Tem-se ataca do veheinen temente a eleição de Lamego, o que eu julgo que é injustamente. Estou persuadido de que estou tão legalmente sentado aqui como osSrs. Deputados, que se têem opposto a esta eleição: e ainda não foi ouvido nenhum Deputado de Lamego; todos têem os seus nomes ahi; e será justo que nossos constituintes não tenham que/n advogue a sua causa? Peço por tanto que senão foche a discussão sem serem ouvidos os Deputados de Lamego.

O Sr. Aguiar; — Eu sou o que quero que falle outra vez o Sr. Relator da Commissâo, mas quero também que falleni tantos quantos têem pedido a palavra. O. que eu não quero é ver torcer o Regimento para este caso. Um Sr. Deputado daquelle lado disse que o Relator <_3a antigo='antigo' de='de' depois='depois' moção='moção' poderá='poderá' fim='fim' srs.='srs.' pelo='pelo' relator='relator' temos='temos' acabar='acabar' commissâo='commissâo' um='um' imputação='imputação' também='também' presidente='presidente' recahir='recahir' como='como' consequência='consequência' questão.='questão.' têem='têem' duas='duas' precipitadamente='precipitadamente' sr.='sr.' utn='utn' esse='esse' queremos='queremos' sobre='sobre' deste='deste' esta='esta' esses='esses' já='já' vezes='vezes' sufficiente-mente='sufficiente-mente' apresentou='apresentou' que='que' podia='podia' discussão.='discussão.' uma='uma' feito='feito' dos='dos' rnesmo='rnesmo' tanto='tanto' conseguido='conseguido' nós='nós' se='se' por='por' regimento='regimento' nos='nos' então='então' para='para' discussão='discussão' hão='hão' jornaes='jornaes' outro='outro' outros='outros' discutido='discutido' não='não' mas='mas' a='a' estava='estava' negócio='negócio' e='e' é='é' pôr='pôr' o='o' p='p' três='três' lado='lado' podem='podem' pode='pode' cada='cada' protelar='protelar' ha='ha' todos='todos' fallar='fallar' deputados.='deputados.' votar='votar'>

O Sr. Seabra: — Desde que o Sr. Relator da Cora-missâo annunciou a necessidade de fallar, é preciso ouvi-lo; o contrario seria vergonhoso para nós. Protesto que esta é a minha opinião, e hei devotar neste sçntido: porém desta necessidade de justiça segue-se outra, que é de faUarem todos os outros, que têem a palavra sobre o Parecer.

O Sr. Leonel:—O Sr. Deputado disse que em virtude do próprio artigo, que eu citei, tanto direito tinha o Relator a fallar três vezes, como qualquer outro duas vezes: eu respondo a isso, que não cito aos bocadinhos; eu citei o artigo inteiro, e nelle não está senão o que eu disse. Ora agora, disse outro Sr. Deputado, que se é de justiça que o Relator falle outra vez, é de justiça também que os outros fallera. Não é, perdoe-me o Sr. Deputado, porque quando os outros faliam duas vezes pela lei, clle falia três vezes: por consequência o argumento não é exacto.