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Termino, Sr. Presidente, declarando, que ura Paiz não é tanto representado pela maioiia, ou pela unanimidc.de da Nação, quando os seus Representantes não zellam neste recinto os verdadeiros interesses nacionaes, como quando esses Representantes, mesmo não sendo munidos de Titulas legaes, e em forraa, tomam nesta Assemblea o partido de advogar com energia os interesses do seu Paiz. Eu julgo que se este Parlamento se constituir, como está, não será menos Parlamento do que o foi o de França em 1830, e que, se os seus Membros olharem pelo bem do Paiz, farão de certo o que devem fazer os legaes Representantes da Nação. Voto pelo Parecer da Cona-missão. *

O Sr. Gorjão: — Sr. Presidente, para mostrar que eu quando propuz, e que os outros senhores quando me apoiaram, somente o fizemos, tendo em vista as cousas, e não por personalidade alguma, ernui-ío menos por não desejarmos ouvir o illustre Relator da Com missão, a quem muito estimo e respeito, e certamente todos fazemos outro tanto, seja-me per-rnitiido dizer que reconheço quanto era justo oanhe-lo do illuslre Relator em fazer-se ainda escutar mais uma vez, porque vejo que elle estava vivamente desejoso de fazer desviar de si a applicação de algumas palavras que nesta Assemble'a se lêem ouvido, que, quando ditas em generalidade, nàopassâo de ser verdades, e applicadas a algum individwo (o que ainda ninguém fez) se tornarião em oifensas, e as quaes comtudo o illustre Orador de modo nenhum poderia entender que se lhe dirigião, pois é cônscio de si mesmo, e conhece o alto conceito que merece a todos os Pctrtuguezes. Era-lhe também necessário dar uma satisfação aossignatarios da representação, contra as eleições da Cidade do Porto, visto que certamente a esperavão esses cidadãos que escolheram o illustre Orador para órgão, e talvez patrono nesta As-sembiéa, da dita representação, e tal vez mesmo fosse born para corn a eloquência corroborar o que já se tinha dito em favor dó Parecer, e segurar assim mais os que por elle tencionão votar. Corno tudo isto está conseguido, e ao mesmo tempo eu não penso que, por se ter ouvido o illustre Orador, haja a temer-se alguma diversão da parte dos que combatemos nas fileiras oppostas a opinião do Parecer (apoiado, apoiado), e que eíles serão firmes nos sous princípios de justiça, sem desprezo da conveniência das nossas cir-cmnst anciãs, ou vice versa, que vem a ser o mesmo (apoiado}, princípios que certamente são os únicos que dirigem os illustresOradores que têem faílado, e ainda falíariâo no mesmo sentido (apoiados do lado direito), princípios que eu constantemenle dofendi lá fora, e aqui nesta mesma sala sem tnedo dessas senhores, como disse o illustre Relator (aqui o Orador apontou para o lado esquerdo da sala), e em tempo em que. como S. Ex.anos disse, nem passaria aqui por perto sem medo delles, princípios que eu então defendi em todo o rigor e com todo o vigor, e com muito elogio do mesmo illustre Relator, por palavras e por escripto; e princípios que sempre defenderei tanto aqui, onde já não ha medo, como lá fora com o medo que o illustre Relator nos quiz incutir com a Princeza da Beira; princípios que certamente (será sem duvida por incapacidade minha) não estremecerão com a oração brilhante do illustre Relator; por isso desejo, rogo aqui de novo/a V. Exc.a que proponha á Assembléa se a matéria está sufficientemen-

te discutida, pois creio que o mesmo querem também os Membros desta Assemble'a, que da primeira vez me apoiaram (apoiados de todos os lados).

O S r. /. A. de Campos: —Estou callocado n'uma «ituação, que, se a Assemble'a rne não permittir urna explicação de facto, não posso votar: eu lenho tenção de approvar o Parecer, mas approvo lambem o testo de uma reclamação, que foi apresentada contra a eleição de Trancozo; e então preciso explicar este facto; se não o poder fazer, terei de me retirar.

O Sr. Presidente: — Não posso deixar de pôr á votação o requerimento do Sr. Gorjão.

Julgou-se a matéria suficientemente discutida.

O Sr. Presidente: — A votação, segundo os regimentos que estão approvados, devia começar pelas emendas; mas começando pelo Parecerem geral, se elle for approvado , estão prejudicadas as emendas ; senão for approvado, necessariamente havemos devir a ellas. Por consequência parece-me que o mais fácil e'propor o Parecer, tal como elle está exarado no seu ultimo parágrafo.

O Sr. Seabra: — Eu convenho, mas reclamo votação nominal (apoiado).

Posta á votação a proposta do Sr. Seabra, para que a votação fosse nominal, assim se resolveu.

O Sr. Presidente: —Vou pôr á votação o Parecer em globo, os Srs. que approvarem , dizern approvo , e os outros Srs. dizem rejeito.

Feita a chamada pelo Sr. Secretario, disseram approvo os Srs. Alberto Carlos Cerqueira de Faria, António Bernardo da Costa Cabral, António Caiado d'Almeida, António Cezar de Vasconcellos, António Fernandes Coelho, António da Fonseca Mimoso Guerra, António Manoel Lopes Vieira de Castro, António Júlio da Silva Pereira, António d'Almeida Galafura Carvalhaes, António José' Silveiro, Caetano Xavier Pereira Brandão, Custodio Rebello de Carvalho, Diogo de Macedo Pereira, Domingos António Ramalho Varella, Francisco de Borja Carvalho de Mello, Gaspar Teixeira de Sousa Guedes, Henrique Peixoto, João Corrêa de Faria, Joaquim Filippe dê Soure , José António Ferreira de Lima, José Caetano de Campos, José' Estevão Coelho de Magalhães, José Feliciano da Silva Costa, José Henriques Ferreira, José Joaquim Gomes Fontoura, José Liberaío Freire de Carvalho, José Manoel Teixeira de Carvalho? José Pinto Soares, José Ignacio Pereira Derramado, José da Silva Carvalho, José Maria Esteves, João dos Reis Castro Portugal, José da Silva Passos, José Vaz Lopes, Júlio Gomes da Silva Sanches, José de Pina Cabral de Loureiro, Joaquim Plácido Galvão Palma , José Fortunato Ferreira de Castro, Joaquim José Frederico Gomes, José Joaquim da Sijva Pereira, Joaquim Mendes Neutel, José Victorino Barreto Feio, Leonel Tavares Cabral, Lourenço d'Oliveira Grijó, Luiz Ribeiro de Sousa Saraiva, Manoel António de Carvalho, Manoel António de Vascon-cellos, Manoel Joaquim Pimenta, Manoel Maria da Rocha Colrnieiro, Ma-noe! de Sá Ozorio, Manoel da Silva Passos, Manoel de Vasconcellos Pereira de Mello, Manoel Jus-tino Marques Murta, Rodrigo da Fonseca Maga» Ihães, Theodorico José d'Abranehes.