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listai nisto não h;i coacção, ha liberdade. "Digo que naquellc facto o.que houve, foi ampla H-' berdade, porque não ine importa que o partido contrario saiba os indivíduos em quem eu voto: por consequência longe de haver falta de liberdade, houve maioria de liberdade. E eis-ahi porque, não havendo a força física, nem morai, como já-disse, por rnirn empregada,-e «ao exigindo que os Eleitores'vogassem nas listas que eu fiz, segue-se que nesta eléi- < cão não houve o vicio que o Sr. Deputado apresenta.

Ora q-uanlo-a dizer o Sr. Deputado que por haver no segundo escrutínio 3Í votos, e no primeiro 30, não houve liberdade, parece-me que não é filosofar 'bem.. Qual de nós, neste mesmo Parlamento jino têm-visto-isso-? A quantas eleições aq-ui se tem procedido 'em que no pr-i-meiro escrutínio «ao ha maioria absoluta, e -no segundo eMa se consegue? E poder-se-ha concluir daqui que o Parlamento tem estado coacto nessas eleições? E do facto dos-eleitores declararem quedas Httas que eu havia Afeito continham os -notnes daquelles em quem queriam votar, o que se pode concluir e' quenaquella eleição houve liberdade, é «nula liberdade. Pois do lado opposlo não eslavain-homens que votavam erri , sentido contrario ? E esses homens não podem algum dia assumir o Poder ? E os eleitores que então votaram pela minha lista não lêem igualmente a ' recear ?'Sem-duvida-.'

Demais, o'-conlraprolesio offercce uma resposta decisiva aos.argumentos do Sr. Deputadoi porque alli apparecem 31 assig-naturas, e não 30, Por con» sequência esses homens declarara todos que.votararn com liberdade, mas oidustre Deputado quer entrar •j>a consciência de cada urn , para dizer que não.

'Em .presença do que tenho dito, concluo que o Parecer dev-e ser approvado; e que a eleição «e acha íegak .

O Sr. Presidente :J— Â hora detK

O Sr. J. M. Grande: — Peco que se prorogue a 'Sessão até acabar esta discussão.

•sJ-ssirn se resolveu.- ;

O Sr. Atires e Seixos .•-*— Para defender este P-a-rocer não julgo necessário senão fazer a historia do que se passou naquelle Collegio Eleitora l ; e estou ^et

Procedeu-se á eleição no Circ«Jo Eleitoral -de Évora; corrido o primeiro 'escrutínio , appareceu o empate de 30 votos contra 30: foi' forçoso pro-ce-der-se a segundo escrutínio; e neste concorriaiam todos os eleitores

çaram as, suas listas asquerétn relitaY, Telírem-nas^ e votem como quizeTém » os eleitores disseram « nós votamos 'segundo a nossa consciência, e segundo tínhamos concordado ; a 'eleição e (ilha da nossa vontade; por consequência, não queremos que 30 retirem essas listas. « Procedeú-se pois á eleição, e o 'resultado foi apparecerern 31 listas a favor de um lado , e @9 do outro.

Eis^aqwi os factos como elles se passaram. Daqui se vê que não houve* á mais pequena coacção. Dê que servia essa coacção, quando alguns eleitores disseram francamente: qúern nâoquizer votar nesta lista, vote corno quiser! Este mesmo facto é aites* tado peio contraproteslo , cm que declaramos que votamos segunfio a nossa -vontade-j e que não fo-

Quanto a hir-se uín éleitoT sentar junto á Mesa, e entregar as listas, :eí!e não foi mandado de propósito; ale' nós o censuramos por isso: por acaso se sentou alli e entregava as lista?, quando Jha-s pediam , isto não é empregar violência; cada um podia levar a lista que quizesse , e ate' podia rece'ber aquella , e substitui-la por outra. Eu recebi urna dessas listas, li-a, vi que continha os noirres de dous cavalliciros muito capazes, em quern eu queria voíar , e por consequência votei com muita liberdade. Muitos eleitores , dando-se-lhes as listas fechadas, abriram-nas, e disseram em \oz aliai esta e a-minha lista. O facto de um só fazer as lis» tas não tern nada cofm a validade da eleição; e as que são feitas 'na imprensa, não são feitas por uma terceira pessoa? Por consequência não houve nem sombra de coacção, e a eleição está valida.

O Sr. Rebelto Cahral: — Por parte da Cormnis* são darei algumas pequenas explicações.