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cios q.tifi eram presentes; por Cons&qiiftnèia jamais podia tirar a conclusão que o masmo illuslre Deputado tirou. Diz-se que no primeiro escrutínio houve liberdade, e no segundo não, porque no primeiro houve trinta votos para. um-lado, e trinta para o outro, e no segundo por um lado houve 3t , e por outro 29! Se este argumento valesse , este mesmo nrgurnenlo era para eu dizer, que houve toda,a liberdade assim no primeiro como no secundo escrutínio. Quando se fractou da constituição o'ã Mesa, o Presidente foi eleito por 31 votos, e se então houve liberdade , qual ha de ser a razão para que se diga , que quando se tfaelon da votação e apuramento dos Deputados,, os mesmos 31 que vo* taram no Presidente, não votaram com liberdade nos Deputados? \

•Diz-se, que houve coacção, porque entre os Eleitores que declararam espontaneamente, que não tinham sido vío/entados, a maior parte são Empregados Públicos! —Quem assim o disse, ou julgou os oulros por si, ou suppõe incompatível ,a honra, e a independência com o emprego publico, ou nào altendeu 5 ou não examinou os factos!... Se se combinar o contraprolesto vêr-se-ha , que entre aquelles que declararam, que tinham votado nos S.rs. Barreio Feio, e Silva e Malta, ha'muitos, e talvez a maior parte, que não são Empregados Públicos; e enlre aquelies que assignarain o protesto ha muitos que são, Empregados Públicos. Se estes pelo f a (j f o de assignarern o protesto se pozeram, para assim dizer, em collisão com o Go*erno, e deve reputar-se que estiveram em.perfeita liberdade, por que motivo os outros que conlraprotestaram espontaneamente, ou declararam como tinham votado, nào hão de considerar-se ern perfeita liberdade ?'Só na Opposiçâo. aonde ha Empregados mesmo amovíveis, e que ha liberdade? ! ! Em uma "palavra a Coinmissão—acceilando o ^processo que lhe foi presente — ailendendo mesmo a que segundo a Lei, e segundo a natureza do escrutínio não se podia indagar quem volòu deste ou daquelíe rm-do — altende-ndo iguaímente a que todas as declarações subsequentes ao acto do escrutínio não são àttendiveis, não podia deixar de tirar a ilíação que tirou, por que o acto de qualquer Eleitor mandar fazer a lista por outro ou de receber 'urna lista feita por terceiro, não se pôde reputar filho de coacção, nem e fustigado cosn a pena.de nullidade; e torno a dizer, sem sanclificar o facto se acorttecéú como-se diz, considerando que o apuramento "se fez segundo as formalidades da Lei, insiste em tirar a conclusão que tirou. - , ,

' O Sr. Ávila: — Sr.. Presidente-; a questão está 'perfeitamente esclarecida ; a Camará tem já suffi-cientes informações para formar o seu juízo. O Sr. Deputado não nega que fizesse as listas, não nega que as listas fossem fechadas, e á medida que se" ia fazendo P. chamada, os eleitores as íarn receber da mão do hrtinern que as dobrava! ... Estes factos não se podem negar: estes facto» foram descriptos por 25, 26 ou 93 pessoas, pouco me importa o'numero, rnas estão a hl testificados por homens muito respeitáveis que a nação co"nhece, é a quem farájus-'tiçá ; esses homens citaram factos que os 3Í não ôusaratn negar; nem aqueiles mesmos que os praticaram, :se atreveram a nega-los, porque as explica-;ções que deram, não alteram a essência dos factos» VOL. 1.°—JANEIRO —1843.

ST. Presidente, eu não argumentei com presump* coes, eu argumentei com os protestos; mas eu sei tatiibern o que aconteceu em Évora, e já que me cbnmaram a este campo, entrarei nelle. A Camará forme o juiso que quizer, mas esses factos foram praticados na presença de uma Cidade inteira, que os observou cheia de indignação ; esses factos ainda que aqiíi mós neguem, lá t>stá Évora em pezo que os conhece e me faz justiça ; lá está fivora em pezo, que fará justiçv» aos bornenâ que não duvidaram na sua presença praticar escândalos taes, e na presença do Parlamento se atreveram a negal-os. Eu presenciei «>rn Évora nas eleições de Junho de 184-2 um facto que liorrorisa ; este facto contei-o nesta Camará, ninguém o nogou,.e só um illustre Deputado disse que nào- constava das actas!... Esse illustre Deputado está-me ou v indo. Quando se fez a chamada dos eleitores para votarem na Mesa, e depois nos Deputados, (fa//o diante de; dois e/eifores que íá estavam n essa occasião-) o- Presidente da Assembleia eleitoral tirou do bolso «m maço de listas, das quaes tirou uma para si, e entregou as outras a uni fnembra da Mesa, que as deslribuiu pelos eleitores do Governo que estavam sentados todos a um iadoda Mesa do Presidente í... A Camará despresou este facto e que resultou "daqui 1 O escândalo, que agora se praticou'! Amanhã serão os Deputados nomeados por Portarias do Governo! ...Aqui está ocaminhr» que vai levando o systerna eleitoral e«i Portuga/, mas o edifício hade desabar, e hade desabar sobre ás cabeçiis dos homenssacri!egos, que se atrevemas-> s-iui a> calcar aos pés os princípios sanctos do GoVer-no [Representativo í.. . O Governo Representativo tem força siifficiente para expelfir os falsos sacerdo-le?, que'a'-»usam do seu nprrs<_ p='p' tamanhas='tamanhas' para='para' iniqurdades='iniqurdades' eotnniétter='eotnniétter' _='_' _.='_.'>

Sr. Piesidente, vamos á historia do que occor-réu em Évora, e que e confirmado pelo próprio testemunho dos homens que praticaram esses escândalos. No primeiro escrutínio o Sr. Lucas d*Aguiar nào teve a vontade de fazer listas; note-se bem isto, não teve esse zelo , essa vontade de satisfazer aos desejos dos seus collegas que o animou no segundo. Cada um fez a sua lisla, e o:escrutínio provou, que no. lado, et« que tinham apparecido 31 votos, quando as votações eram por levantados e sentados, houve um homem que fiel aos princípios da sim consciência, mas timorato..... (Alguns Sm. Deputados riam-se.) Sim para estes e que é o segredo do escrutínio, não se" riam, é para estes qoe a Carta o consigna; é para acobertar os homens tímidos, .que não ousam arrostar a prepoten-eio, mas querem ser fieis á sua consciência; por-qde se-o Sr. Lucas dV^guiar tem coragem suffi-ciente para votar contra os Ministros futuros, nem. todos os homens a têern para votarem contra os 7 preferi lês. que os podem demittir, e os futuros sabe DPOS se cá virão!..... Sr. Presidente, disse eu, que o primeiro escrutínio veio revelar, que na casa do Senhor havia um homem que aili estava constrangido, que votava pela sua situação, mas não pela sua convicção: não sei quem é esse homem, nern m« importa sabê-lo, mas o facto e', que o escrutínio revelou esta grande verdade, houve una 'hom.ei.ri, que estava sentado no logar a que a sua convicção q não chamava!.. Então, Sr. Presidente, e nestas circumstancias que se levantou o «elo