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trabalhos podem ou nao ser aproveitados para o Diário da Camara. Ora esles Practicantes de que trácia o Parecer, ha já qualro annos que mais ou menos trabalham para o Diário, e não estão por isso compre-bendiMos já nessa classe, nâo lhe podendo por lanto corresponder nem a denominação de Practicantes, nem o vencimento desta classificação.—Além dislo, Sr. Presidente, como e possivel que um Empregado possa passar com 120^ réis sujeitos a decima tendo ninda de enlrar- destas portas para denlro, oceupar aqui logar decente, vestir com decência e tirar para o seu sustento?... Portanto eu nesta parte peço licença á Mesa para apresentar uma Proposla a respeilo dos Ires Practicantes, fazendo como minha aquella, que acerca delles veiu da Secrelaria, dando-se por isso ao qué vem proposto com 150^000 réis 200$, o aos que veem com 120#000 réis lôO/OOO téis.
Esla minha Proposta nâo passa além da cifra das despezas desla Repartição, pois apresenlando-se no Parecer a economia de 240$000, ve-se que ainda fica a de 12 0^000.
Agora ha também nesta Reparlição um homem encarregado do Expediente', 1em esle individuo o mesmo serviço, senão mais, que Icem os oulros Correios da Casa, mas ao tempo que estes lêem 200$ réis de oídenado, lem esle 100^000 réis, já se vé pois que ha uma grande desproporção; eu também chamava a altenção da Mesa para esle Empregado; e em quanlo aos Praclicanles mando a seguinte
Proposta. — u Proponho qne se vole a todos os quatro Practicrnles de Tachygrafia, aos quaes se au-gmenlam os seus ordenados áquelles que foram pro-poslos pela Secretaria.»— Lopes Branco.
Foi admiitida.
O Sr. Ferreira Pontes: — Sr. Presidente, sendo um principio incontestável e reconhecido por lodos que os ordenados dos Empregados de qualquer Repartição devem eslar em harmonia corn o serviço que prestam, com a utilidade que delle resulta, e com as habilitações que se preci-ain para o bem desempenhar, não vejo que estejam em harmonia com este preceito os que se acham estabelecidos para os da Tachygrafia desta Casa. Eu lambem sigo o systema das economias, por ellas votarei sempre que se nào projudiqne o Serviço Publico ; porém quando esle se não faz, não se pódechamar economia, antes desperdício pelos inconvenientes que lesullnin de se encarregar a pessoas sem as precisas habilitações: ora o serviço desles Empregados é uma das primeiras necessidades do aclual systema, e de ser bem ou mal desempenhado depende o credito nâo só dos Membros do Parlamento, inas mesmo das Camaras e do Governo, lanlo denlro como fóra do Paiz: é muilo preciso que o Publico seja informado do que se aqui passa', e não ha outro meio de o conseguir senão fazendo os Exlraclos, e publicando-se os discursos como aqui se proferem.
O Irabalho da Tachygrafia é Ímprobo e excessivo, alé sâo precisas muilas forças físicas para o desempenhar bem, pois que exige uma applicaçâo aturada aqui, e depois um trabalho de dez edoze horas, par-que além de lerem estes Empregados de assistir ás Sessões têem depois de se oceupar seguidamente do fazer os Exlraclos que hão de apparecer no dia seguinte nos Jornaes. E além do irabalho material é preciso terem certas habilitações liderarias, sem as quaes debalde se cançariam em os fazer dignamente, Skssão N." 5.
porque as funeções destes Empregados não se limitam somente a escrever o que se diz, anles estando encarregados como eslão, de fazer os Extraclos sobre que o Publico ha de assentar o seu juizo, é necessário qee lenham mais alguns conhecimentos, aliás appa-recerão elles com erros graves, lanlo cm douclrina, como mesmo em grammalica. E admiro-me da desigualdade que existe entre esles Empregados com os das oulras Repartições Publicas, para que se não precisam lautas habilitações nern lanlo trabalho!
Sr. Presidente, é indispensevel tomar-se alguma medida para que os Extractos appareçam com mais altruma exactidão e extensão em nl O Sr. Presidenle: — O que se discule é o Parecer da Commissão, e não se iracla dos Extractos acluaes das Sessões. Peço no Sr. Depulado que se limite a elle; porque sendo o objeclo dos Extraclos pertencente por ora a uma Empresa particular aCamara não tem ingerência nisso.
O Sr. Ferreira Pontes: — Eu sei; mas pedia a V.Ex." que em razão do seu officio desse ordem para que os Exlraclos da Camara fossem maiores do que qualro columnas, e não apparecesse o escândalo de virem discursos cortados, de alguns Oradores, ao passo que d'outros vem por extenso.
O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado não é dos que lem mais razão paia se queixar. Eu torno a di-zer que o Extracto das Sessões é um contracto parti-culnr, o por conseguinte a Mesa nâo leni auctoridade sobre isso, nem lambem esláauctorisada para pagar a despeza da impressão dos discursos dos Srs. Deputados, sem que aCamara assim o resolva. ( Apoia-dos).
O Sr. Lopes Branco: — O que acaba de dizer o illustre Depulado é exacto; osExlraclos da maneira porque são feilos, era melhor não os haver; eu nâo censuro a Empresa; é particular, portanto pôde fazer o qne quizer; mas peço a allenção da Camara a este respeilo; eu já pedi providencias á Mesa, c vislo a Camara não querer allender ao meu pedido, então lembrava eu que como a Empresa não pôde dar os Exlraclos com maior extensão em consequência das condições com que se acha ligada, que sc fizessem novos ajustes com cila.