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não acreditar ; a maior parte destes Srs. conhecem-laie bem , e fazem-ine a necfssaria justiça para não sue ai t ri buírem u m a frase lauto abaixo dalingoagem vulgar, como dizer: as.diffcrenças que houver,, vos~ •sê é f/ue as ha de pagar. Que bella frase ! A Camará fiiime-ha a justiça de m'a uão attribuir? Penso que sim. — ., .

Disse-se que tive o Juiz Eleito preso/ que o fiz, demorar alli algum tempo. E' verdade; esteve de-inorado e mais alguém ;, porque todos sabem que quando, se tiram declarações a testimunhas, não devem íallar umas com outras , para se não poderem entender entre si ê illudirem o fim da Lei. He.esta a razão, Sr. Presidente, porque mandando sahir outro deelaranle o que lhe causava transtorno derno-rar-ye, lhe ,recommendei (pelo que hontem muito me censuraram) que saísse, mas que não fallasse com as outras testemunhas,; porque eu, Sr., Presidente , não queria que ellas depois viessem depor o que elle lhes dissesse. , Esta é a praljca seguida em todas as audiências, é a Lei; e quando eu executo 8 Lei, não me importa que me argua.m. : sei cumprir ftieus deveres; nunca faltei a elles voluntariamente, ç não acceito, nesta parte, á censura do illusire Debutado.; (

Finalmente. Sr. Presidente , disse-se aqui que eu havia ameaçado com demissões todos os empregados administrativos, que havia dissolvido Camarás, e que as Çommissões Municipaes nomeadas, pela demissão das Camarás, eram conniventes com as aucloridades e com o Governo* Principiarei pelas demissões,; aponte-se uma, só no Dislricto ,de "Vianntí: onde está a áuctoridade que foi demitli-da ? Aporite-se alguma, que eu ameaçasse com, a demissão*' Ahi está o Administrador do Concelho de Vianna, aucloridade debaixo das minhas im-mediatas ordens, que trabalhava contra o Governo nas eleições, e que foi candidato nas listas da Op-posição ; foi elie detnitlido í, Aqui está um exemplo das demissões que eu dei: não .hà^uma única. Quanto ás Camarás só duas foram dissolvidas,' a de Ponte de Lima e Valladares , desde que eu es^ tou em Vianna; a, de Valladares foi dissolvida em Abril ;• .porque , desde Janeiro que servia, devendo fazer duas sessões por semana , só tinha feito dez em qua.tjo «içzesj.os expostos estavam por pagar, e um Vereador era o arrematante das rendas do Município que, ainda se não haviam cobrado, o que era unia iTíega!idáde. JEis aqui porque foi dissolvida a Camará de VaJ-lodáres ;•, tem isto ^alguma cousa cotn eleições? A Camará de Pojite de Lima foi dissolvida, porque as es.Uadas do Concelho estavam cheias de agua e de atoleiros,. os expostos por pagar , e a Camará só iractava de embellezar a casa das suas sessões , estucando-a e, fazendo salas novas nos Paços do Concelho ; o Consellro de Districto glosou esta despeza, a Camará resjsliu a,o Conselho e continuou com as obras. Esta Camará não devia continuar e foi dissolvida: digam agora ,que foi por mo.tivo, de. eleições. Respondam os il-lustres Deputados da Ojoposiçào.

Sr. Presidente, que é das Çommissões Munici» pães que foram conniventes contigo? Será a de Ponte dê Lima, que n'um dia dizia uma Cousa e depois outra? Eis aqui uma bèlla prova de cori* ni vencia. r , ~

. Parece-me, Sr. Presidente, quê toquei todos os

pontos da accusação que se ene dirigi u ; se não toquei algum , foi involuntariamente. Julgo ter rebatido, não com razões fúteis^ rrías corn documentos è provas Jegae* todos os argumentos, que contra mim se produsiram : se a!gu

Sr. Presidente, diífici! cousa e' governar em tem» pôs taes, quando no Parlàmenso se assenta uma Opposição acintosa, uma Opposição de pessoas e não de princípios, unia Opposição ao Podor, uma Opposição ambiciosa, que, falta de factos com que possa deprimir o Governo e seus empregados, lança mão de factos quê deteriora: o seu fim é qtie táes accusações corranl de galeria em galeria, de praça em praça , de terra em terra , e .rue lá onde for expirar o ecco da sua voz, haja alguém qu-e di* ga :'-=J- a Opposição fallou verdade.— Mas engana-se , Sr, Presidente, porque lá onde chegarem essas vozes, também ha de chegar o som da minha voz que rne defencíe, a força das razões que convence, e o resultado da innocencia que absolve. Sr. Presidente, a maioria deve ser essencialmente tolerante; rnas a minoria deve ser respeitosa, se quizer ser considerada. (Apoiados, muito bem , muito bem.)

O Sr. José Maria Grande: — (O Sr. Deputado ainda, não restituiu o seu discursai)

Q Sr. Gavião; -^ Eu peço a V. Éx.a ò/iíe me reserve a palavra para o fim da discussão, por agora éedo clella. (Apoiado.) (l^oz^s: -s— Votos , votos.)