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DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

Concluo portanto votando a primeira parte da moção, que ultimamente foi mandada para a mesa, pelas rasões que apresentei, e rejeitando a segunda parte, por entender que ella está em desharmonia com o nosso dever (apoiados).

O sr. Mariano de Carvalho: — Eu, quando mandei para a mesa a minha moção de adiamento, emittia n'ella a minha opinião e consultava a da camara.

Conheço os projectos de lei que estão dados para ordem do dia de hoje, sei quaes são, e sei que a respeito de todos elles tenho duvidas, ácerca das quaes preciso ouvir o governo. Portanto, se propuz que se encerrasse a sessão, foi unicamente com o fito de poupar trabalho á camara e a mim, isto é, foi para não estar a mandar para a mesa successivas propostas de adiamento.

Repito: julgo a presença do governo indispensavel para me esclarecer as duvidas que tenho ácerca dos projectos dados para ordem do dia de hoje. Talvez ámanhã venham alguns, para os quaes eu não julgue indispensavel a presença do governo, e então de certo não proponho nenhum adiamento, ainda que o governo não esteja presente; mas no caso actual propuz que a sessão se encerrasse, porque a não ser assim via-me obrigado a tomar tempo á camara com successivas propostas de adiamento, visto que a respeito de todos os projectos dados para hoje eu tenho duvidas que só o governo me póde esclarecer.

Tambem me não parece que haja invasão nas attribuições de v. ex.ª, se a camara manifestar desejos de que a sessão seja encerrada. Não me lembro de ver no regimento disposição alguma em sentido contrario a esta iniciativa.

O sr. Pedroso dos Santos (para um requerimento): — O sr. Lopo Vaz, de quem acabo de receber um telegramma, deseja que a camara lhe conceda licença para estar ausente durante quinze dias. N'este sentido mando para a mesa um requerimento, para v. ex.ª ter a bondade de consultar a camara a este respeito.

Vozes: — Não ha numero.

O Orador: — Se não houver numero, peço a V. ex.ª que reserve a votação para a sessão seguinte.

O sr. Presidente: — Antes de se verificar se ha ou não ha numero, preciso fazer uma recommendação. Ha duas commissões, a commissão de expostos e a commissão ecclesiastica, que ainda se não constituiram. Peço, pois, aos srs. deputados nomeados para estas commissões, que as constituam com a brevidade que for possivel.

Agora vou ainda designar a ordem do dia antes de se proceder á votação.

A ordem do dia para depois de ámanhã é o parecer n.º 12, da commissão de fazenda, sobre as contas da junta do credito publico, e os outros pareceres que vinham para a ordem do dia de hoje. Amanhã, como ha muitos objectos de que as commissões se devem occupar, a ordem do dia são trabalhos em commissões.

Como ainda não deu a hora e não ha mais nenhum senhor inscripto sobre a ordem do dia vae votar-se.

(Indo a votar-se, reconheceu-se que não havia na sala numero sufficiente de srs. deputados.)

O sr. Presidente: — Não ha numero, e por isso vou fechar a sessão.

Fica tambem para ordem do dia de depois de ámanhã a eleição de um membro para a commissão de instrucção publica, e outro para a do ultramar.

Está encerrada a sessão.

Eram tres horas e um quarto da tarde.