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hontem eu não só duvidaria dei lê, mas nem ao menos teria suspeitado a potabilidade de que tão estranho acontecimento se houvera verificado , não é Br. Presidente por que PU deixe de .entender que é urgen* tissiífit» o assumpt" f que devera já ter sido reiolvido, sé o Governo não procrastinasse, e depois de n* ma dibcuaiiiio rotular, e solemne o nào houvesse retirado da Hi,eu-são, lia quanto tempo cataria o negocio do Douro resolvido senão fora ler sido retira» cio pt-lo Governo: Ora neste caso, quem é o causador das diffieuldddes que tem sôbre-sahido senão o Governo, o Governo e altamente responsável por Iodas as consequências que tem vindo, e que podem resultar: i^Ui é sabido.

Sr. Presidente nenhuma Nação {ilustrada, e muito menos a Nação Hespanhola, que e cheia de il-liistruçào, e bom censo poderia ter achado motivo, e, não dijío já motivo mus nern pretexto, se o negocio do Douro houvesse seguido uma discussão regu-for, ^ se o procedimento do Governo a respeito deste íípgulamefito nào fosse ambíguo, e com sympto-ttia- d* dobíe.

Sr. Pre-sidente quando apresentou o Governo o negocio do Douro nesta Camará? Qua-u no fim de uma Sessão longa P lab-.rinsa, equasi lodo elia destinada a crear o seu syslema de aulhoridade, e à offerecer «lhe meios governai! vos no fim de unsa Sessão, digo cumu o Governo a cargelf-nsou , longa e Idhorio-a e que elle se apresento» u instar pela rpsuluçfto do negocio du Douro. Sr. Presidefc-te SB exí&liáo enlào poderosas tasões ri* listado, §e por motivo* de utilidade, ou se por motivos de cou-di-seortdpnciu, ou por reclamações d.i Nação viai-nhã o Governo entendeu que devia apresentar na-quelle tempo o negocio á Camará, se por todos estes motivos ou por cada um delle* o Governo julgou que Vntão era oce.isião oppurluna , para que o fulirou? Quaes foram os motivos por que o Governo retirou esse negocio da discussão? A. pretexto dadis-cu»são do Orçamento não foi, por que elle ficou deferido para o fim da Sessão; a pretexto de projecloô que deviãolfvar 10 A 15 minutos de discussão : quaea foram pois os motivos por que o Governo retirou da discussão t1 m que se acuava grave e Bolemnp esse negocio? Se exi*liào poderosas razões d'listado para o negocio ser presente ú Camura, porque mutivo se retirou, porque motivo senão deixou progredir a discussão! Porque motivo se encerraram as Corte» stindo tão pequeno o período que existia para a a-bertura da presente SessSo.

Sr, Presidente, a origem das d i me u Idades que tem aobre-sahido no negocio do Douro são originadas pelo Governo , foi neste seu procêdimentd que um povo cioso da sua independência, tem podido achar senão motivo, ao menos pretexto para as ameaças: mas e Sr. Presidente o desejo de guena, não e o desejo de sustentar caprichos, nem são as doutrinas sustentadas pela opposiçào as que tem indisposto a .Nuçfio vesinha , o que poderá umcarnente servir do pietexto á Nação vesinha, é o procedimento do Governo ((jpoiadok), porque não é possível hoje ima-gmar^se que appareça uma Nação, ou urn Gabinete t«^o pouco informado do estado Europeu que se es-candalise, ou que se offenda por se nào discutir um K«»£ulninento......e que sem a força moral que resulta da justiça qnizesse ameaçar-nos com uma invasão que teria estranhada pela Europa civilisada» 1.° — Janeffo----1841.

e pelo Mundo inteiro: aonde adiaria esta Governo apoio, aonde achava força moral contra nós, gê ol-ie quizesae sustentar, que ae tinha nfftmdido porque uma Nação pequena tinha sustentado placidamente e com justiça o seu direito? Como se quer irnaginar? quê appareccsse um Gabinete tão pouco informado do eiUnio social Europeu que se desse por escanduli-siido, por Iinje discutirmos grave e íolemnerncnte um Regulamento porante o Poder competente, perante o Poder Legislativo.

Sr, Presidente, é preciso partir do verdadeiro ponto de vista ne^le negocio; se o Gabinete da Nação visinha se offendeu, offendeu.se do procedimento do Governo. O Governo, pois, Sr. Presidente, que poderia ter tido ou escolhido tempo para H apresou-, tacão deste negocio, 'escolheu precisamente o tempo mais inopportuno, escolheu o fim de uma Sessão bem laboriosa, corno o Governo a caracterizou; e apesar da Maioria da Camará, quando ella se acha-» vá empenhada etn uma discussão renhida, grave, e regular, o Governo, por meio d« pretextos frivo* los, retirou o Regulamento da Dioeusiuo, oífereceu um procedimento ambíguo, e, por fim, encerrou a Sessão; eeis-aqui a origem dai difficsildatlfg que tem havido, e eis-aqui os moiivos ou os prolesto-i qua pode ter lido o Governo Hespanhol para nos obrigar aos immensos e extraordinários sacrifícios a que o Governo se julgou obrigado.

Agora, Sr. Preèidenle, depois deste procedimento exótico , Gontradietorio , e irregular , e que não poderá dtíKur do trazer graves inconvenientes , de-pyiã deste procedimento segue-se outro período , o certo e' que, se a indisposição do Governo Hespatiíiol para cotn o nosso Governo, qus se receou, houvease sido pressentida, ou houvesse de existir anlej do encerramento das Cortes, e durante o discuçfio do Regulamento, sehouve&se existido, creio que os Srs, Ministros nào negarão, que nebte caso, não lerião retirado da dbcução o Regulamento, ou não teriao encerrado a Sessão. Por tanto as occurrencias et* traordinarías, que liveram logar no segundo período do negocio, não podem ser explicadas, nem são relativa* ao que se passoji acerca da Navegação do Douro até ao fim d j Sessão, e str ta! disposição liou* vesse do Gabinete de Madrid , o Governo de certo, ou não teria retirado o negocio, ou não teria encerrado as Camarás. Por tanto as consequências só podem ser explicadas pelo procodimeulo dn Governo desde o encerramento da Se^ão até hoje.