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(•7a.)

lhe dirigiu parle da Mesa da Afsemble'a de Barcos.

Lêo-u, e diz ella ao Governador Civi! — que reu--nida no dia ò de Junho fizera a chamada dos votantes , ate que a final se concluha a eleição: que a urna se fechara com Ires chaves, que foram distribuídas pelo Presidente, e Esc-nitinadorev;' que fora encenada na Sacristia da Igreja, fechando-se a porta com a competente c-liave, e tudo isto mediante as duas horas da chamada ger.il; que reunindo-se novamente a Mesa pata proceder á extracção1' das listas, se achara a urna arrombada pela fechadura, como bem rnostr.vain pregos ai l ti idos', e pontas dos mesmos quebradas: que abnndo-a ,-se acharam quairo listas mais, que--o numero dos votantes, que fora de 73: que o vicio da urna se acabou de conhecer pela leiima das listas, porque tendo nella entrado 4,'í , levando no revez o nome da Freguezia dos volantes, só £2 appareceram com essa declaração : que por isso o Commnndante do Contingente, que para a!li fura escoltado, levai a o urna por mandado do Presidente, a fim de se lhe fazer exame: que tudo fora praticado para se obi-er a maioiia pá a o Candidato Opposieionisiíi : .e q:xj para se proceder a nova cJeiçào lhe mande S/ Ex.d •maior forca de tropa para a proteger, castiga;KÍo os trarmtdores.

Este Orneio tem no fim cr-—Está conforme -—posto pelo Secretario do Governo Civil de VÍZMI. Vem •Hf l lê três assignaturas ^ a Mesa devia compôr-se pelo menos de 5 membros, nào comando reveladores. JVlas -a assignatura ' principia .por esta forma-—O Presidente e mais membros da Mesa.

Eis-çaqui como parte da Mesa Eleitoral de Barcos conta o acontecido. E precisar-se-ha de maior documento para se mostrar, que alli houve o que houve crn quasi todas as Assembléas Eleiloraes, u intervenção da força armada 1 Para se mostrar que o Cominandarite d'um destacaroertio influío tão essencialmente nnquella eleição, que no acto do apuramento chegou ao excesso de pegar na urna debaixo do braço, -e de a levar para onde quiz , dizendo-se cjue era para ser examinada! .. .,

A illuslre Comrnissão não achou isto ponderoso para o notar : disse apenas, que se .procedeste àtlei-Çao de Barcos, (com razão porque lá não houve eleição.) Mas parece~me , que estas circunstancias eram muito escenciaos para serem presentes á Camará dos Deputados eleitos, af:m cTei-la tomar sobre si a resolução que conviesse.

Todavia o caso foi ainda mais atroz. E quer saber-se corno fili se passou tudo?

Na occasiào, em que principiara a eleição, acampou defronte da porta da Igfeja um destacamento de tropa, couxa, que nunca *i!i se tinha visto: o Commandante cTesse destacamento, de espada á cinta, foi-se irmnedialamente assentar ao lado do Presidente da Assembie'a Eleitoral: os soldados com a sua baioneta entraram na Igreja, esahiram d'ella todas as vezes, que bem lhes uppròuve : e a Mesa fez também o que não devia fazei, (e issobas» lava para a eleição se reputar viciada.) porque foi para casa durante as duas horas, qne deviam decorrer depois da chamada geral, quando lhe cumpria ficar esperando, que os eleitores concorressem a dar o seu voto ! Diz, que não concorreram mais; mas como pôde. ella asseverar, isto, confessando o

facto de se ter ausentado antes de chegar o sol posto ?

Logo qtie de novo se reuniu , começou a contagem e a extração das listas; e quando se linbatn !idt> 48 listas, quando rTestas 48 o candidato Opposicionista tinha 34 votos, e o candidato por parte do Governo só 14, um cunhado do candidato Ministerial disse — ai i nu l Io a eleição — O Presidente, dando in-urros sobre a Mesa, gritou que igualmente a anniilíiíva !.... (O Sr. José Estevão — E viva a Carla !..).' .

E então Sr. Presidente, não e' osle facto igualmente escandaloso , próximo áquelle que se fez cm Santa Maria d'Arcozello? E nem um estigma se lança sobre este facio ! Nada se diz a respeito do Commaodanltí do destacamento, que teve ingerência na eleição, quando a única pane, que um Cidadão militar tem em taes actos , é o poder dar o seu vot.o tão livremente como qualquer outro, e quando muito ainda manter o socego, quando se tenha alterado, e para isso seja requisitado!.... E nem urn stigma houve" conlra unia Auctoridade tão alheia ao piocesso eleitoral, quando antes de hontern se stigmatisou á carga serrada um Jui-z de Direito, que se em alguma cousa se excedeu, foi unicamente em assignar um officío com a declaração do que era Juiz de Direito ! .... Esse Juiz de Direito no acto eleitoral era um Cidadão coma os outros; e se qualquer oulio, vendo a falsificação que se fazia, tinha direito de reclamar conlra essa falsificação, tinha direito de pedir, e officiar ao Presidente da Camará, ou da Commissào Munici-pa-i , que nomeasse outro Presidente, vistu que o primeiro nomeado tinha fugido; se qualquer outro podia requisitar os cadernos do recencearnenlo: po-rque o não poderia fazer o Juiz de Direito? cessou esse Juiz de Uireito de ser Cidadão, e de gozar dos direitos, que aos mais competem? Como é então, Sr. Presidente, que sobre o Juiz de Direito ; de Ponte de Limii se lança uru stigma tão pezado , que ale nào sói como elle não está já rnettido em processo, e nem uma palavra de censura se profere conlra procedimentos muito mais escandalosos .'!!.. Como é que, coi;tfa essa auctoridade, só porque as-signou por descuido um orneio , co'm a declaração de qne er»í Juiz de Direito, n'um caso em que como tal não devia figurar; como e que contra essa authoridade se desenvolve tanto azedume, não se dizendo nada a respeito do que praticarão) outras auctoridades, que rias eleições trabalharam, einflui-ram a favor do Governo .'!!....

Furtou-se uma urna, á visla de todo o mundo, confe-sa-se isso n*um documento official, e a Com-missão passa por tudo isto como se nada tivesse havido ; e só declara que a eleição é nulla, que dave •proceder-se a outra !!!•., Que jiuiiça é esta !.-...