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Recenseadora do Concellio de Villa Reul, escriplo no-dm 26 de Outubro, isto e, no dia iminediato á noite, em que tiveram Jogar essas desordens ( Leu).

«Ill.mo c Ex.™* Sr. — Os acontecimentos succe-didos naquelles Concelhos deste Districlo, ern que se tem excitado desordens corn o reprovado fim de incutir terror e desviar da Urna os pacíficos Cidadãos, tirando-lhes a liberdade de votnr para deste modo fazer triunfar urna facção detestada peloPaiz, e adversa nos principies consignados na Carta Cons-litucioiud, á Ordem, c ao Cíoverno, e auxiliado isto pela força armada, que devendo servir somente para manter a ordem c a tranquillidade, e a primeira que ataca Cidadãos inofensivos como succedeu na noite de hontem, sendo requisitada por V. Ex.a e obedecendo ás suas ordens, corno indica a voz publica, que igualmente annuncia os tenebrosos tramas que se preparam para o dia próximo das eleições; movem a (Jormnissfio Recenscadora deste Concelho quo se vê ameaçada c subjugada pelo punhal o pelas buyonelas u reclamar de V. lv\.ft as in;us i-iu-r-gicaa providencias a fim de se proceder ú^ eleições com toda a legalidade, liberdade, e socego, providencias que espera sejam prornptas, .irnmcdiatas e decisivas, porque quando não appareçam, desde jú declaram que Oí Presidentes das diversas Assembleas não comparecerão para não serem victimas de premeditados ataques, suspendendo-se a eleição, de que se fará sciente o Governo de Sua Magc-stade para que a responsiibilirlndo roráia sobre quem o mesmo determinar.—Deos Guarde a V. Kx.", Villa Rr;d c Sala da Scssòos da Commissão Reccnçeadora do Concelho, Çfi de Outubro de 1051. — III.'110 o Ex."l° Sr. Governador Civil do Districto. =Jané Cunnlla ferreira Botelho de S. Paio. — Quintino Teixeira de Carvalho. — Stbastiâo Maria da Nobrcga. — José António Teixeira Coelho. — licrnarditio /''«> litardo Rebello. — João Anastácio de Meirelles. n

Notem-se bem estas ultimas palavras do Officio para que a responsabilidade recaia sobre quem o Governo determinar. — Isto e que e intender oSys-foma Liberal J Isto c que oí intender as Leis. A Commissão não quer que a responsabilidade recaia sobre quem a Lei determinar e designar que cila recaia, a Commissão quer que a responsabilidade recaia sobro quem o Governo determinar c designar!... Absurdo, sempre absurdo, da parte daquclles, que a si se alcunhem de Partido de l*rogreiso, e de Liberdade ( Apoiados) !

Agora, Sr. Presidente, vou ler também á Junta o OíTieio de resposta que o Governador Civil dirige á Commissão (Leu).

u Governo Civil de Villa Real.— 1." Repartição. — Illustrissimos Senhores: — Tenho presente o Orneio que V. S.08 se*dignaram dirigir-rne na qualidade de Membros da Commissão do Recenseamento deste Concelho; e com quanto todos Os capítulos do dicto OíTicio sejarn estranhos ás attribuiçòcs da mesma Co m missão, explicita e declaradamente fixadas na Lei Eleitoral, julgo do meu dever, e em desaggravo da auctoridade de que estou revestido, repellir as al-lusòcs que se fazem insinuando-me corno protector ou ao menos como impassível espectador dos manejos de uma facção adversa ao Governo e aos princípios da Carta Constitucional. Comtudo desejando eu remover todos os pretextos para que os diversos Partidos não attribuam a sua derrota ou vencimento a

outras (..'ausas que não sejam as próprias e natural, assevero á Commissão que por minha parte hei de empregar os mais assíduos esforços para que a urna-seja livre e clesaffrontadamente accessivel a todos os suííragios, podendo V. S.as ficar tranquillos em seus receios, porque eu sei comprehender a extensão da~ recursos, e da força legal da minha auctoridade; de outro modo resignaria nas mãos do Governo, aquém sirvo com fidelidade, o cargo que me confiou. Por esta occasião não posso deixar de significar a V. S.as o sentimento que tenho por trazerem como justificação de desconfiança contra a falta da liberdade eleitoral, o acontecimento da noite de 25 do corrente. Jiu procedi como me cumpria, prevenindo a desordem que ordinariamente apparece cm grandes v inesperados ajuntamentos, e taes como o alludido, ern horas da noite em que a Policia deve ser mais activa e vigilante; e mesmo porque estou convencido, que poucos dos que compunham os grupos que mandei dispersar, por bem da ordem e socego publico qu<_ eleitoral='eleitoral' illustrissimos='illustrissimos' guarde='guarde' de='de' senhores='senhores' governador='governador' membros='membros' poderão='poderão' pinto='pinto' do='do' deos='deos' outubro='outubro' manter='manter' lei='lei' villu='villu' lhes='lhes' me='me' liberdade='liberdade' presidente='presidente' _='_' a='a' nega='nega' c='c' _28='_28' privação='privação' real.='real.' _1851.='_1851.' recenseamento='recenseamento' real='real' o='o' p='p' concelho='concelho' votação.='votação.' nunc.a='nunc.a' commissão='commissão' s.1='s.1' v.='v.' queixar-se='queixar-se' civilantónio='civilantónio' imciimbe='imciimbe' lemos.='lemos.' direito='direito' da='da' villa='villa' porque='porque'>

Péssima Auctoridade deve ser esta por força ! O homem que assim responde, o homem que di» que du sua parte Imdc empregar os mais assíduos esíor-çoi paia que a Urna seja livre c desaffrontadameute Hccessivel a todos os suííragios, só devia merecer á Commissão louvores, e não as accusaçoes, e os sarcasmos, que se encontram no Parecer, c que o Sr. Relator da Commissão lançou constantcmentu sobre; elle no seu discurso (Apoiados). .Esta correspondência e um monumento de gloria para o Governador Civil (Apoiados), e um monumento de confusão paru aquelles, que tão injustamente o aecusarain (Apoiados).

Vou ler á Junta uru outro documento por onde se mostra que a Commissão do Recenseamento teve dois modos dever a questão. — Já a Junta sabe comoella a viu rio dia 26 de Outubro; repare-se agora como a viu no dia 2 de Novembro.—Diz elle no seu Offi-cio de 3 de Novembro o seguinte (Leu).