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Ia segurança a de um Districto em que o Presidente de uma Assemblén Fileitoral necessitava andar acompanhado por 30 homens armados! Quem lhe deu esse direito? A mesma Lei que lh'o concede, a da necessidade, o concederia a outro qualquer Cidadão. E agora perguntarei eu: se, usando desse direilo, me fizesse acompanhar de 20 homens armados e tivesse andado a percorrer as propriedades de meu pni á frente desla escolta, as Auctoridades julgariam que eu estava no meu direito de prover assim á minha segurança? Os Presidentes das Assembleias tiveram medo e dahi st: pertende concluir que elles conspiraram : obstam a que se fizessem «s eleições. A consequência que eu tiro daqui é bem diversa; se os Presidentes tiveram medo, foi que attendendo ao estado do Dislricto julgaram que havia uma conjuração para affastar da Urna os Cidadãos pacíficos, e dessa conjuração e' que existem sobejas provas.

Tem-se perlendido, Sr. Presidente, que as listas pelas quaes se procedeu á eleição na falta dos Cadernos do Recenseamento, são publicas formas por se acharem rubricadas por Escrivães; como já se demonstrou, existe uma differença notável entre uns e outro?, e neste caso ou se lhe deverá continuar a chamar papeis informes, ou se quizerem que attendamos a serem passados por Escrivães, deveremos exigir destes a responsabilidade que lhes compete por lerem passado publicas formas falsas visto não terem copias fieis dos originaes, e terem commellido erro deofficio.

O Orador qoe me precedeu leu tantos documentos que longa tarefa seria analiza-los a todos, e mostrar que se deve desses documentos tirar conclusões diversas Hás suas. luterrompi-o porque riã<_ que='que' de='de' eleitoraes='eleitoraes' saber='saber' tinha='tinha' do='do' tanto='tanto' presidentes='presidentes' asíignado='asíignado' aquelle='aquelle' talvez='talvez' das='das' mão='mão' ex.='ex.' s.='s.' informação.='informação.' dar-me='dar-me' como='como' a='a' á='á' assembleas='assembleas' os='os' omcio='omcio' injuria='injuria' deputado='deputado' sr.='sr.' o='o' p='p' concelho='concelho' esteja='esteja' esta='esta' sabrosa.='sabrosa.' esses='esses' quem='quem' papeis='papeis' tendo='tendo' desejava='desejava' disposto='disposto'>

(O Sr. Moraes Soares).......................

Como não tinha conhecimento daquelle Orneio, lembrou-me que elle poderia ser do próprio Administrador do Concelho de Sabrosa, mas ainda que não seja daquella Aucloridade, nem por isso tem mais valor aos rneus olhos, nem por isso deixa de ser es-cripto com urna parcialidade manifesta. Para prova disto basta que eu chame a attenção dos meus Col-legas sobre ae'poca em que elle foi esci ipto. Foi quando a opinião geral accusava o Administrador do Concelho de Sabrosa d t- ter dado um tiro n'um Eleitor, facto que linha precedido a eleição apenas 21 horas; e o Funccionario que vai, por ordem superior, syndi-car o que tinh<_ que='que' de='de' no='no' tiro='tiro' silencio='silencio' do='do' eleição='eleição' pelo='pelo' por='por' occasião='occasião' dar='dar' gravidade.='gravidade.' um='um' mão='mão' credito='credito' não='não' occorrido='occorrido' partido='partido' respeito='respeito' tanta='tanta' acaso='acaso' ter='ter' a='a' á='á' administrador='administrador' seu='seu' e='e' inteiro='inteiro' subrosa='subrosa' importância='importância' áquelle='áquelle' parece='parece' o='o' p='p' concelho='concelho' levava.na='levava.na' criado='criado' acontecimento='acontecimento' já='já' pistola='pistola' versão='versão' da='da'>

Sr. Presidente, antes de entrar nesta Q.isa já eu eslava convencido que as eleições do Circulo de Vil-la Real tinham muitas causas de nullidade. Nesta discussão não tenho ouvido cousa alguma que possa abalar a minha convicção: c notei sobre tudo que as provas de nullidade são tão palpáveis, que mesmo o Orador que requereu a Commissão de Inquérito, declarou que, se a Camará não julgasse necessário esse inquérito, elle votaria pela nullidade das eleições,

donde c< neluo que as prov.ii foram tão sufiicienlea para oillustre Deputado como são para mim, e como espero o serão para a maioria desla Junta.

Sr. Presidente, voto pelo Parecer da Commissão na parte em que annulla os eleições no Circulo eleitoral de Villa Real.

O Sr. Moraes Soares: — Sr. Presidente, antes de dizer o que rne cumpre, acerca das eleições de Villa Real, principiarei por esclarecer urn facto que com muita inexactidão apresentou agora o Sr. Conde do Villa Real. Diz S. Ex.* que o Administrador do Concelho de Proresende mandado ao Concelho de Sabrosa, para investigar os acontecimentos cleitoracs que alli extraordinariamente tiveram legar, foi o mesmo que investigou acerca do facto que se diz haver practicado o Administrador de Sabrosa.

O Sr Conde de mia Real (D. Fernando): — Então hu 2 Administradores cm Provesende.

Orador: — Ha só um; o meu desejo e esclarecer a V. Ex.a, e não convence-lo de conlradirção.— O Administrador de Provosendo não tomou parle em averiguação alguma acerca do tiro, foi ultimamente mandado pelo Governador Civil, investigar certos factos como se vê do relatório que está annexo ao processo eleitoral. — O Administrador do Concelho de Provesende e' um Cavalheiro daquelle sitio, José Pereira, Cavalheiro muito digno, e homem rnuito de bem.

A Eleição do Cireulo de Villa está nu l Ia.

K a^im como termina o Parecer dfi illustre Commissão de Verificação de Poderes, quando eu li a concluzão deste Parecer, recordei-me de um Jacto que menciona o nosso Chronisl.:i (rareia de Resende. O Duque de Bragança foi prexo por ordem de El-Roi D. João 2.", e o Rei mandou-lhe os Capítulos da sua accusação, intimando-o para que respondesse; o Duque leu com serenidade; escreveu um bilhete, e disse, levai esta minha resposta ao Rei; era um ver-sif/ulo do Psalmista que diz—» Non intreu in judicio CU-H servo tuo Domine, quia n-m -fnslijicnlntiir in conspectu tuo omnis vivem» — Sr. Presidente, o desgraçado Duque via que a cólera do Rei se despenhava ern torrentes sobre a sua cabeça, e que toda a justificação era imposivel.