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dislinclo ornamento, e que se .-.eu i a no banco inferior tracto u esta matéria profissionalmente., Mas lia certas circumstancias que revelam a natureza dos facto?, e ás vezes circumstancias bern insignificantes; eu peço a atenção da Junta para o que vou dizer, lia um Presidente de uma Assemblea que diz que foi assaltado no caminho, que lhe tiraram os Cadernos do Recenseamento, que lhe esmagaram a Urna para que ollc não fosse presidir, c que esteve em risco a sua vida. Pois este indivíduo que ia presidir a urna As-scmblea, deixou a estrada real por onde todos vão; estava cheio de medo e de terror; se ha de ir por uma estrada povoada, vai por uma estrada escura! Sacrn-lhe os salteadores, os salteadores eleitoraes, porque também ha salteadores em eleições, e onde lhe saíram? Exactissimamente no ponto do caminho que não tinha saida, porque uma torrente tinha levado a ponte! Não havia ponte, nem saida, foi ahi exactamente onde lhe sã iram, foi quando não podia passar para diante! Veja-se com imparcialidade se «islã cireumstancia revela oti não o pensamento que piesidiu a este romance, como aqui se Mie chamou .' Porque este Parecer e um romance, e urna ficção; e uma ficção de que os próprios auctores seriem, porque alguns se riram na minha presença.

Efoiaccusada a Auctoridade por mandar força para aquelle Concelho! Pois os Presidentes, esses a quern se roubou a Urna, são os próprios que confessam que o Concelho estava em agitação, que se premeditava uma violência contra as suas pessoas, e então a. Auctoridafle não havia de providenciar, não lhes havia de dar uma garantia! Pois que maior garantia queriam, que maior garantia pôde dar urna Auctoridade do que empregar a força publica, porque está í, estado u pagar-lhe para ií>so ? A força publica foi posta á disposição do Administrador do Concelho ; mas logo que começasse a eleição, era posta á disposição do Presidente da Assernbléa (Apoiados). Pois esse Presidente disse que não carecia da força para segurança, e não quiz presidir porque a força estava fechada em uma casa, porque a força não apparecia, por que a força estava á sua disposição, e por que tinha um Orneio do Governador Civil que lhe decla-ravo isto mesmo, isto é, quando clle tinha a maior segurança possível, e que se declarou coacto! Não sei, que a presença de um indivíduo qualquer, quando elle se apresenta de um modo inoffensivo, desafie u vingança de alguém.

Mas o Presidente apresentou-se lendo um Protesto; pois elle teve a coragem de insultar na sua presença os seus Adversários políticos, e não teve a coragem de presidir? Isto não se pôde acreditar. Eu persuado-rne que nesse caso ha duas coragens; eu intendo que e preciso uma coragem para presidir á eleição, e outra coragem para insultar homens respeitáveis e dignos: são duas coragens.

Em Sabrosa retumbou o mesmo eco — annullem-se as eleições, — isto e, façam-se todos os esforços para se annullarcrn as eleições; e desgraçadamente esse eco também reflectiu, onde não devia reflectir! .... Urn dos Presidentes, como já se disse, mandou os Cadernos, outro negou-se a mandal-os, como a Lei marca; e ainda ate' hoje não foram presentes á Camará; por que esse Presidente, queassignou oOíficio, escquizcrem saber inais também o digo, não só aqui, mas digo-o em outra parte qualquer, que esse Presidente, que íiindíi ate hoje não mandou os Cader-

nos, arvorou-se em Legislador, e mandou afixar Kdi-taes por todas as Freguezias; para que ninguém fosse á eleição ; ondeestá esse artigo da Lei, que de es-se poder ao Presidente ? Mas ha uma circumslancia rio Parecer da Com missão, relativamente ás eleições do Pezo da Regoa, e da qual já rne ia olvidando, quando diz — Que aquellas cópias, que deante-tnão estavam preparadas, revelavam de alguma maneira, que queria obstar-se ás eleições, intimidando os seus Presidentes;— isto não e'assim, não se justifica : o Recenseamento não apparcce, c não apparece porque ? Por que ha vehernenles suspeitas, e talvez haja provas, de que esse Recenseamento estava viciado e por isso não appareceu. Nesse Protesto diz-se — «Os abaixo assignados Cidadãos recenseados» — Pois, Sr. Presidente, nestes Cidadãos recenceados ha 27 que assig-naram de cruz, e bem se vê dos Cadernos (O Sr. Holtreinan: — A aulhenticidade é que eu nego) e a cópia da certidão, que o Escrivão de Fazenda passou : a Lei auelorisa o para elle passar essas certidões, e marca-lhe o quanto deve levar por isso; agora se a certidão não c authentica, não sei; eu não sou Jurisconsulto; se essas ceitidões são ou não au-thenticas, o illustre Membro da Commissão lá decidirá com aquelles, que professam a mesrna matéria. Pois, Sr. Presidente, nessa certidão, esses indivíduos são na maior parte proletários, e ate' muitos estrangeiros: era preciso olhar-se para isto, Sr. Presidente, rnas não se olhou: não são recenseados, e occul-tou-se o Recenseamento; não se rnando-i para aqui: pois não se hão de pedir estreitas contas, a quem não * cumpre a Lei ( Apoiados) ?

Intendia eu que era da honra da illustre Commissão reformar aquelle Parecer; equivocou-se, enganou-se, tem toda a desculpa; porque o processo era longo, era fastidioso, a própria Commissão o confessa ; mas eu desejava, que prestasse um testemunho á imparcialidade, que tem, e que a caracterisa.

Sr. Presidente, ha dois modos de dizer as cousas: as cousas podem dizer-se de urn modo claro e simples, que todos as intendam ; ou as cousas pódein dizer-se ou apresentar-se como os Oráculos das Sybil-las. Essa contagem que ahi se fez para a validade ou não validade das eleições, relativamente ao numero legal, parece-me que e uma cousa muito simples, e se não fosse simples, como se havia de executar essa Lei nas terras ruracs ? A Lei deve ser clara, Sr. Presidente; para intender? A Lei não d preciso um espirito agudissimo, basta um espirito claro.