O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

(I )
N.° 10. $.a ok*88&Q $tt$vtt*toxi* em 14 %m%ntú 1846.
Presidência do Sr. Vaz Preto.
(Chamada — Presentes Ti Srs. Deputados.
Abertura—Meia hora depois do meio dia.
Acta — Approvada sem discussão.
O Sr. Moniz:— Participou que o Sr. Deputado Meirelles Guerra não podia comparecer á sessão de hoje por incommodo de saúde. — A assembléa ficou inteirada.
O Sr. Lacerda: — Por parle dal.* commissão de verificação de poderes leu e mandou para a mesa o parecer da mesma sobre a eleição do circulo eleitoral de S. Thomé e Principe.
Mandou-se imprimir no Diário do Governo, e delle se dará conta quando entrar cm discussão.
ordem do dia.
Continuação da. discussão sobre a eleição do circulo eleitoral do Minho.
O Sr. Emilio Brandão: — Sr. Presidenle, esta discussão vai já tão longa e de certo tão sufficiente-menle esclarecida, que eu já não posso ser ouvido com interesse; porém e'tão especial aposição em que eu estou collocado que não posso prescindir de Ainda que, Sr. Presidente, todas as accusações que se tem produzido nesta casa, todas ellas se dirigem e nem podem deixar de ser dirigidas ao Governo; com tudo eu não posso absolutamente separal-as da minha pessoa, porque eífcclivainenle algumas destas accusações me foram especialmente dirigidas pela relação que ha entre mim e alguns factos apontados; e por isso eu necessito muilo da indulgência de V. Ex." e da indulgência desta Junla, porque, Sr. Presidente, eu não posso prescindir de fallar de mim, e fallar de nós e' sempre diíTicil e muito mais quando eu lenho de procurar destruir as impressões desagradáveis que os discursos dos Srs. Deputados daquelle lado da Camara não podiam deixar de produzir sobre o espirito daquellas pessoas que não estão habilitadas a julgar dos factos senão pelas cores feias e carregadas, com que foram aqui pintados ou antes desfigurados.
Sr. Presidente, ha muito tempo que eu ambicionava-por ver chegar este dia. Eu tinha a minha consciência segura e tranquilla, e nutria a certesa de que podia vir aqui restituir os factos á sua verdadeira luz e apresental-os destituídos de todo o fundamento para qualquer accusação: factos estes, Sr. Presidenle, que tem sido altamenle adulterados, qne tem servido de thema aos discursos que aqui se tem proferido, e a longos artigos de fundo dos jornaes que defendem os princípios da opposição, e (pie ate' tem dado logar a não menos de dois libellos famosos, que por ahi correm impressos contra mim e conlra o meu illustre collega o Sr. João Elias. E o que mais e', Sr. Presidente, muito extranhei eu de ver um illustre Deputado que se senta daquelle lado da Camara ordenar asna accusação por um desses libellos destituídos dc lodos os fundamentos, e desacompanhados de toda a prova!!
Vol. J vne1ro— 18l<_.br> Sr. Presidente, se eu não occupasse uma cadeira nesta casa já ha muito que eu leria arrancado a mascara dehypocresia e de falsidade ao auclor de scmi-Ihanles obras; porém como linha a esperança dever chegar a occasião de me achar aqui em presença dos meus amigos, e á face delles e do paiz poder declarar no Parlamento a verdade, fiz um doloroso sacrifício conservando-me silencioso, porém ao menos poupei ao paiz uma polemica que serviria só de provocar mais uma dessas seenas ridículas que entre nós tem feito da imprensa que é quasi sempre uma. garantia poderosa para a liberdade das outras nações, um escolho perigoso onde a liberdade do nosso paiz ameaça de naufragar ! (apoiados)
Sr. Presidente, o orisonle da minha vida não o vejo ainda a tão curta distancia que eu quizessc manchar o meu nome com indeléveis, nódoas e nírnversar assim esse grande espaço que é possivel fallar* me, mas que tenho mais probabilidade de percorrer.
Sr. Presidenle, tudo quanto tem dito a imprensa conlra mim, conlra o meu nome eu tudo despreso, e appello para os meus amigos e para a opinião publica, (apoiados) mas não para a opinião publica de que a opposição se diz representante; porque eu não supponho que a opposição represente a opinião publica do paiz. (apoiados)
Sr. Presidente, é necessário que se entenda, que todos os partidos querem representar a opinião publica e quasi sempre são. esses mesmos partidos os que a representam menos. — A opinião publica de quem é mais, é de (piem a invoca menos: e por isso eu não posso suppor que a opposição represente bem a opinião publica; porque esla não seconliadiz como acontece quasi sempre aquella.
Sr. Presidente, a minha vida publica é ainda pobre de acontecimentos; mas assim mesmo, lendo de fallar de mim, não posso prescindir de apresentar uma prova que em mim próprio se verefica da con-tradicção da opposição quando se quer arrogar a representação da opinião publica.
Sr. Presidente, quando em 18t3 alguns Srs. Deputados que se sentavam daquelle lado da Camara, e invocavam a liberdade appellando para o campo da discussão e para a liberdade da urna, foram no dia seguinte ao ultimo que aqui combateram, proclamar a revolta que assolou este paiz, coube-mc a honra de governar a segunda cidade do reino. Então a lingoagein da opposição foi outra a, meu respeito ; e com quanlo eu prezasse em muito as claras demonstrações que me deram os Portuenses de que a minha conducta naquella difícil conjunetnra , tinha merecido a sua approvação, por que cu linha lido a fortuna, auxiliado dos verdadeiros amigos do paiz, de salvar aquella cidade do contagio perigoso que nascera em Torres Novas: com tudo eu nunca pude avaliar caros os elogios da opposição; e os factos, esses poderosos argumentos, vieram em auxilio do meu pressentimento, por que efleclivamenle pouco lardou que o mesmo órgão da opposição (são as suas próprias palavras) «que se ufanava de me alevanlar um padrãosinho de gloria » poucos dias depois me não chamasse iniuotauro, sanguisedenlo, assassino, ele. e